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Logan Lerman diz que não possui interesse em interpretar personagens da Marvel e DC

Em um depoimento feito para o site da GQ Magazine, o ator Logan Lerman afirmou que não possui interesse em interpretar quaisquer personagem da Marvel ou DC.

“Já recusei convites para grandes projetos. Obviamente que, para alguns deles, pensei, ‘Ah, isso acabou se tornando um grande sucesso. Não é algo do meu gosto pessoal, mas talvez deveria ter aceitado. Mas, sendo bem honesto, não tenho muita vontade de me vestir em roupas coladas e coisas do tipo.”

Posteriormente, Lerman afirmou através de seu Twitter, que adora tanto os filmes da Marvel Studios quanto os longas da DC, mas que ele só não quer vestir uma cueca ”apertada”.

Logan Lerman é um ator norte-americano, conhecido por interpretar o personagem-título da série de filmes de fantasia e aventura Percy Jackson e Charlie, do drama adolescente, As Vantagens de Ser Invisível.

Para futuras informações a respeito de Logan Lerman, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

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Hunters consegue tocar na ferida com humor negro e diversão setentista

”Passei trinta anos infiltrado neste lixo de país. Clubes de striptease em Washington, bastidores do Senado, o Salão Oval. E agora, semanas depois do nosso avanço, acha que eu deixaria tudo ir água abaixo por uma judia miserável? Criei problemas desnecessários? Claro. Mas o Tio Sam não suspeita de nada. Eu poderia marchar que nem um nazista na frente do congresso americano que eles nem ligariam. Estes tolos estão ocupados demais achando que seu povo é o inimigo. Tornaram-se cegos para nós. Bota a culpa em um negro que você se safa de qualquer coisa nos EUA.”

Biff Simpson.

Amazon Prime não poupou esforços para mostrar um roteiro carregado de humor negro num nível tão ácido, que após o telespectador rir durante alguns segundos, para imediatamente e começa a sentir o impacto da mensagem que está sendo transmitida. Está tudo ali sendo jogado para a gente da maneira mais sublime ou até explícita para refletir sobre determinados assuntos que estamos acostumados a nos deparar em nosso dia-a-dia como racismo e a xenofobia. A série se passa nos anos 70, mas poderia estar situada muito bem atualmente.

A trama, por si só, já consegue fisgar o público em mostrar o grupo denominado Caçadores iniciando uma jornada sem precedentes para exterminar todos os nazistas infiltrados nos EUA após a II Guerra Mundial e com isso, acabam esbarrando numa conspiração ariana para trazer toda a glória da época.

O elenco é bem afinado e contracenam com tamanha naturalidade mesmo com a presença de Al Pacino como Meyer Offerman, o líder da empreitada. O tempo de tela para todos não deixa a desejar e cada um tem a sua hora de brilhar sem comprometer os demais. Destes, destaco Harriet como a personagem com várias camadas e sua dualidade é explorada ao longo dos episódios. Mindy e Murray também merecem a atenção necessária, pois acrescentam de forma satisfatória e o passado de ambos traz uma carga dramática pesada. Até Logan Lerman se garante em determinadas partes no papel de Jonah, o adolescente iniciante.

Tendo a II Guerra como o principal contexto histórico, é claro que menções ao Holocausto e ao campo de concentração de Auschwitz não ficariam de fora da trama. É aqui que a série ganha ainda mais a atenção de quem assiste. Os flashbacks são carregados de drama e emoção. São pesados. Não é fácil digerir determinadas cenas e diálogos trocados entre os personagens. Você sente o peso delas e sente-se mal por isso.

Como eu disse anteriormente, a Amazon não poupou esforços para mostrar um roteiro caprichado no humor negro e isso se repete aqui. Mesmo que as situações vividas pelos personagens tenham sido criadas pela produção, acabamos sentindo onde mais dói. É louvável quando conseguimos nos conectar desta forma tão intensa.

Porém, quando um assunto tão delicado como este é usado em determinada adaptação televisiva, é esperado algum tipo de reação negativa por parte de uma comunidade específica. O Museu de Auschwitz fez uma crítica sobre a cena do xadrez humano e classificou a trama como uma ficção irresponsável. Finalizou dizendo que honra todas as vítimas preservando a precisão factual.

A produção não poderia perder a oportunidade de falar, seja no tom sério ou satírico, sobre a tão famosa Operação Paperclip e teve como principal função, o recrutamento de cientistas nazistas em território americano para aumentar o seu poderio contra a URSS comunista pós-II Guerra. As principais contribuições foram de foguetes até a icônica conquista da Lua. Wernher Von Braun é bem lembrado na trama numa das Caçadas e na vida real, ele teve um papel fundamental no desenvolvimento de todo programa espacial dos EUA na NASA, onde chegou a assumir o cargo de diretor. Assim como não deixam escapar a chance de mencionar a ida dos nazistas para América do Sul para se refugiarem.

Hunters acerta significativamente em sua proposta em nos entreter na ambientação setentista com referências e contextos sociais da época, além do humor que beira ao brega ou cafona. Não que isso seja um demérito, pelo contrário. Cumpre também de forma satisfatória sua função na parte técnica como trilha sonora e fotografia. As sátiras foram feitas para incomodar, doa a quem doer. São reflexivas e com isso, trazem a composição para entender todo o cenário do passado e presente. Os plot twists mudam o status quo e deixaram excelentes caminhos para serem explorados na segunda temporada. Mesmo com uma duração mais longa em seus episódios, o que pode comprometer a atenção de quem assiste, ainda sim é gratificante a experiência no final.

Hunters conta com 10 episódios e está disponível no Amazon Prime Video.