Jump Forceé a aposta da desenvolvedora, Spike Chunsoft, para esse momento histórico de crossovers que vivemos, desde cinema, até quadrinhos e séries. Por que então, não concretizar isto com personagens de animes em um jogo de luta frenético e cheio de fã-service?
Seguindo o consentimento padrão, enredo bem desenvolvido nunca é um ponto para ser avaliado em jogos de luta. O que de certa forma deixa os jogos desse nicho, numa zona de conforto não muito agradável para os entusiastas de games. Felizmente ou infelizmente, este não é um jogo de luta comum, e assim como alguns jogos recentes,Jump Force se arrisca em entregar uma narrativa mais bem trabalhada. Não é pra menos, temos um enorme mix de personagens de vários títulos diferentes, o mínimo que esperamos é uma explicação para tal. O problema é todo o potencial da história é entregue de forma rasa, mas de certa forma aceitável. Bastante justo, podemos dizer, há muitos personagens para se encaixar, com uma lista tão grande, é compreensível, mas decepcionante, que o jogo raramente tente fazer algo interessante com seus personagens. Há algumas exceções interessantes como, Light Yagami, de DeathNote, e Ryuk, que dirigem toda a campanha para um único jogador, trabalhando em seus próprios planos, enquanto os vilões originais Kane e Galena provam antagonistas únicos. Estas são muitas exceções à regra.
O maior problema do Jump Force é que ele não parece saber se é um RPG baseado em uma história, ou um simples jogo de luta. Também não há consistência real em como o jogo progride. É tudo estranhamente amarrado, com um ritmo desajeitado. Cutscenes em momentos inapropriados, que acabam afastando a imersão, é apenas um pequeno ponto dentro de um grande espaço vazio, onde você ficará vagando por alguns minutos sem saber para onde ir, observando apenas animação de personagens criando um espetáculo esquisito com acrobacias nem um pouco “naturais” e diálogos muitas vezes engessados.
A história, se aceitarmos o fato de existir uma, nós leva a um dos melhores momentos game. Começamos com uma força obscura, com o poder de criar portais, arrancouvários personagens dos mundos dos mangás de seu lugar, enviando-os em rota de colisão com o mundo “real” e causando destruição global. Além do surgimento dos Cubos Umbras, que tem a capacidade de conceder poderes para seres humanos normais. Tendo em vista a destruição de todos os universos, nossos heróis se unem e forma a Base Umbras, e você é um ser humano comum que ao ter a vida quase perdida em um ataque dos vilões é ressuscitado por um dos Cubos, e assim se une à Jump Force.
O processo de criação de seu avatar é a melhor parte em Jump Force. Quanto mais mangás e animes do Shonen Jump você conhece, mais você se diverte com a ferramenta de edição, com os penteados, olhos e características faciais extraídos de outros personagens.
Algumas lutas são uma enrolação contra personagens que estão a margem da história principal, outros são várias rodadas contra minions. Às vezes você estará lutando apenas com o seu avatar, outras vezes com um herói aliado, outros ainda indo com uma equipe completa de três, como é o padrão para lutas multiplayer. Se você aterrizar em Jump Force puramente como um lutador, evitando o máximo possível entretenimento baseado na história e da mecânica de RPG, isso dará uma impressão melhor. Você pode escolher Missões para jogar sozinho, com desafios definidos para ajudar a fortalecer seus personagens, ou simplesmente pular para ataques de jogador versusCPU ou PVP, com suporte para multiplayeronline ou local. Isso, tecnicamente, é o que sustenta o jogo, as batalhas três contra três são muito legais e bem divertidas.
Jogar desde o início faz com que certas mecânicas se tornem mais claras, os tutoriais obrigatórios provam ser necessários para melhorar sua gameplay ao redor das arenas 3D, mas Jump Force ainda é vítima um sistema de controles que tenta fazer muito mais do que o necessário.
Seus controles mais básicos conseguem criam um sistema onde personagens com poderes muito desiguais, como Dai de Dragon Quest podem entrar em combate corpo-a-corpo com Sanji de One Piece, sem ter que se preocupar em como eles se encaixam. É simplesmente uma mistura de ataques básicos fracos e fortes. Qualquer coisa mais chamativa ou personalizada para um determinado herói é feita carregando energia, e selecionando um dos quatro movimentos especiais.
Os problemas surgem quando você tenta dominar a mecânica do Jump Force, mesmo que um pouco mais avançada. Como por exemplo, um botão clicado realiza uma determinada ação, você clicar mais de uma vez, o jogo já reconhece como uma outra ação, e pressioná-lo por determinado intervalo de tempo, já realiza uma ação completamente distinta das duas anteriores, ou seja, o mesmo botão possui 3 ações específicas. Agora aplique isso para todos os botões utilizáveis in game. Um pouco demais não é mesmo?
VEREDITO:
Apesar de todas as suas falhas claras, Jump Force consegue ser um ótimo jogo para se divertir com os amigos e família. É encantador poder juntar personagens de Saint Seiya com os de JoJo’s Bizarre Adventure e até mesmo Yu-Gi-Oh, e participar de batalhas visualmente impressionantes. Um pouco mais de contenção, no quesito desenvolvimento de história e personagens, seria ideal, unido a sua mecânica de luta, e seus elementos de RPG. Jump Force, no entanto, encanta os fãs de anime, mesmo assim, parece que falta algo para realmente brilhar.
PONTOS POSITIVOS
Lista imensa de personagens.
Movimentos super característicos de anime.
PONTOS NEGATIVOS
Controles complicados.
Uma história confusa.
O jogo se perde em seu próprio desenvolvimento
Esta análise foi realizada no PC. Jump Force foi lançado em 15 de fevereiro de 2019 para Microsoft Windows, PlayStation 4 e Xbox One.
Criada por Yukito Kishiro e publicada nos anos 90, Gunnm (Battle Angel Alita) não é uma obra cyberpunk tão conhecida para o grande público como Ghost in The Shell ou Akira são. O cineasta James Cameron, vem querendo há um bom tempo, adaptar a história para os cinemas. Entretanto, com o advento de Avatar, um marco para o cinema blockbuster, o projeto foi quase esquecido. Quase. Robert Rodriguez, amigo de longa data de Cameron, se candidatou para dirigir a adaptação e concretizar sua visão. Anos depois, Alita: Anjo de Combate finalmente chega aos cinemas.
No ano de 2564, muito tempo após A Queda, o Doutor Dyson Ido (Christoph Waltz) encontra a cabeça de uma cyborg em meio ao ferro-velho da Cidade de Ferro, desprezado pela elitista cidade voadora Zalem. Logo após, o cientista utiliza o corpo e o nome de sua filha, Alita, para reconstruí-la. Sem noção de quem ela foi, Alita (Rosa Salazar) embarca em uma jornada por auto-descoberta, pontuada por paixões, combates e decepções, como toda aventura com uma pitada de coming of age.
Coming of age é um termo em inglês utilizado para filmes sobre amadurecimento. Um exemplo recente do termo em blockbusters, é Mulher-Maravilha. A personagem começa a projeção com uma visão de mundo preto e branca e a finalização, com uma visão mais cinza, mais ambígua. O roteiro de Cameron trabalha de forma simples e com bastante competência todos os aspectos da jornada da personagem-título. Ela é o centro da narrativa.
Talvez isso explique porque o elo mais fraco da produção resida nos outros personagens, moldados por diálogos expositivos e arcos dramáticos que não se permitem uma dose de aprofundamento. O que é sinceramente uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo em que é compreensível os realizadores terem escolhido esse método de comunicação com o público, os personagens continuam rasos. Contudo, todas as performances funcionam. Ido, Chiren (Jeniffer Connelly), Vector (Mahershala Ali), Hugo (Keean Johnson), Zarpan (Ed Skrein) e o monstruoso Grewishka (Jackie Earle Haley), giram em torno da protagonista e a afetam, de alguma forma, solidificando sua jornada.
Mas a alma de Alita está na impressionante performance de Rosa Salazar, acompanhado da perfeita captura de movimento pela WETA. Enquanto a empresa de efeitos visuais torna a heroína foto realista e convence ao público de que ela existe em meio aos seres de carne, é Salazar quem dá alma à personagem. Entre cada espaço de cada diálogo, lá está o olhar, de vez em quando inocente, ou guerreiro, mas sempre determinado, transmitido por ela. Toda a intensidade humana está ali, seja na tensão, ou na calmaria. Ela é a conexão perfeita com a audiência.
O trabalho inteiro da WETA é digna de aplausos. É um dos trabalhos visuais digitais mais fluídos dos últimos no cinema blockbuster. O que imediatamente faz com que o espectador considere re-assistir ao filme mais algumas vezes apenas para apreciar o trabalho insano do VFX na película.
Assim como a surreal capacidade da WETA em trazer veracidade ao mundo de Anjo de Combate, o diretor Robert Rodriguez sabe como coordenar muito bem todos os elementos, o seu olhar na direção é veloz e ágil para as cenas de ação (Tão brutais quanto as do material-base). Já a trilha sonora composta por Junkie XL não foge do básico, com exceção de algumas faixas, como por exemplo: Motorball, onde entrega toda a adrenalina necessária para a grande corrida no ato final.
Por fim, Alita: Anjo de Combate é um sopro de ar fresco para o blockbuster. É uma narrativa honesta, sem grandes pretensões, mas nada raso que faça residir um vazio em seu coração. É um filme de ação, com uma protagonista de ação. Os diálogos poderiam ser menos expositivos e o filme poderia ter encontrado seu ritmo antes de seus 40 minutos iniciais, mas é um espetáculo visual que carrega tanta humanidade e sinceridade, que será impossível não sair do cinema clamando por mais.
Nos dias 15 e 16 de Dezembro, acontece em São Paulo o Ressaca Friends 2018, evento de Cultura Nerd e Otaku. Dentre diversas atrações, as palestras das editoras sempre são as mais esperadas por aqueles que querem aumentar sua coleção, por normalmente trazerem anúncios.
Em sua palestra, a Editora NewPOP anunciou cinco novos títulos. Confira:
FIREWORKS
Mangá e Novel, baseados na obra de Shunji Iwai.
Em um dia de suas férias de verão, um grupo de garotos vai até o farol da praia para ver um show de fogos de artifício, e tentar descobrir como eles se parecem quando vistos por outro ângulo. Porém, um dos garotos, Norimichi, recebe um convite da garota que ele gosta, Nazuma: Ela queria fugir dali, junto com ele.
ZERO NO TSUKAIMA
Mangá e Novel, baseados na obra de Noboru Yamaguchi.
O continente de Halkeginia é agitado – um lugar onde vários Reinos, Principados, Ducados e Feudos lutam entre si buscando expandir seus domínios. A nobreza trama internamente para ganhar influência com seus soberanos, ou até mesmo soberanos rivais. No centro de Halkeginia existe o pequeno (mas importante) Reino de Tristein. Seu maior destaque é por conta da Academia da Magia de Tristein, que recebe nobres de todo o mundo para que possam estudar magia. Embora diversas amizades, independente de nacionalidade, podem ser forjadas dentro da Academia, elas sobreviverão as tramóias políticas do mundo, depois que os estudos terminarem?
Louise é uma estudante da Academia de Magia de Tristein, e tem fama de ser uma péssima maga. Um dia, os alunos participam de uma cerimônia onde cada um deles deve evocar uma entidade para servir como seu familiar. De alguma forma, Louise acaba por evocar um garoto chamado Hiraga Saito. Logo após ser transportado de seu mundo natal para esse novo mundo mágico, ele acaba se tornando o familiar da garota.
MY LESBIAN EXPERIENCE WITH LONELINESS
Mangá, baseado na obra de Kabi Nagata.
O mangá é uma autobiografia da autora, Kabi Nagata, e conta a fundo sobre temas como sua saúde mental, a exploração de sua própria sexualidade, e as experiências que vivenciou enquanto crescia.
A própria editora tweetou sobre seus cinco anúncios algum tempo depois da palestra:
Previsto para ser lançado em dezembro, o mangá nacional Born Cartolla finalmente está disponível em pré-venda! Após uma campanha bem-sucedida no Catarse, a obra de Levi Tonin chegará às livrarias em lançamento da AVEC Editora. Confira detalhes abaixo!
Galla Cartolla é uma misteriosa viajante mágica, cuja bagagem é apenas o chapéu. Perdida em trilhas mundo afora, sua jornada se vê em um ponto crucial ao encontrar Terry MAC Éan, um garoto cego, vítima da mais temida criatura mágica, a Sombra Absurda. Com seu sangue mágico, a jovem cura Terry, trazendo sua visão de volta. Prometendo apresentar a ele os mais diversos lugares pelo mundo, ambos partem numa breve viagem, mas que alterará todo o equilíbrio do mundo mágico.
Amarrada a grandes decisões, influenciada por anseios insondáveis, Cartolla reascende ao universo viajante para evitar seu declínio total, enquanto Terry, vislumbrando o novo mundo, deseja abandonar a forma humana, se tornando viajante. Criaturas misteriosas, organizações revolucionárias mágicas, chapéus milagrosos, tudo vale no mundo mágico de Born Cartolla, onde só o inimaginável tem vez.
O primeiro capítulo de Born Cartolla foi publicado online em abril de 2013. Após a publicação do décimo capítulo, o autor, Levi Tonin, paralisou-a durante cerca de dois anos, e retomou com dois novos capítulos para a publicação do livro impresso. A série possui cerca de 10 personagens de destaque para a trama, e apesar do financiamento coletivo ter sido feito através do Catarse, toda a diagramação do livro é da AVEC Editora, bem como a mesma cuidará da distribuição.
Comemorando onze anos desde sua fundação, a Editora NewPOP promoveu o seu já tradicional evento, o NewPOP Day, neste dia 18. Dessa vez em um local maior e mais chique, tivemos programação para todos os gostos, com descontos exclusivos em todo o catálogo (que conta com títulos de diversos gêneros e demografias), palestras, debates, oficinas e interação com o público.
Como não pode faltar em eventos desse calibre, tivemos da boca do próprio editor-chefe Júnior Fonseca, novidades e anúncios da editora para o ano que está apenas começando. Confira os anúncios:
Napping Princess – Mangá e Novel – COMPLETO EM 2 VOLUMES (mangá), 1 VOLUME (novel)
Ela e seu Gato – Novel – COMPLETO EM 1 VOLUME
Joi – Mangá – COMPLETO EM 1 VOLUME
Dia Game – Mangá – COMPLETO EM 1 VOLUME
Outras novidades incluem o Retorno de Loveless agora Semestral; Happiness em Junho; GTO com periodicidade mensal; Girls and Panzer e Velvet Kiss em Março, ambos mensais; Toradora em Julho; e a gravação de um tema musical para a editora, na voz da banda Snolkel (que estará no novo CD da banda!).
E aí, o que achou dos anúncios? Surpreso por algum título? Esperava algo mais? Qual atingirá seu bolso com sucesso, e qual economizará seu dinheiro no fim do mês? Fique ligado nas novidades aqui na Torre de Vigilância.
No mais recente vídeo do seu canal no YouTube, a Editora Pipoca & Nanquim anunciou qual será o seu primeiro mangá: Guardians of the Louvre, de Jiro Taniguchi.
Guardians of the Louvre é um mangá de volume único.
No vídeo, é dito que a edição brasileira seguirá o formato lançado na França, ou seja, em capa dura e totalmente colorido. Além da leitura ser em sentido oriental. O preço do mangá ainda não foi divulgado.
Recentemente, a Editora Devir lançou o mangá, O Homem que passeia, também de autoria de Jiro Taniguchi.
Todo ano, a Editora NewPOP faz um evento para comemorar seu aniversário, sempre recheado de atrações, ofertas e anúncios. Estivemos lá ano passado, e fizemos uma cobertura do evento, que contou com bate-papos e palestras, além de todo o catálogo da editora com pomposos descontos.
Há algumas semanas, foram liberadas as informações sobre a edição de 2018, ano em que a editora completa onze anos:
Ela ocorrerá no Domingo, 18 de março, a partir das 13h, e será no Nikkey Palace Hotel, no bairro da Liberdade.
A própria editora compartilhou uma descrição do evento, e destacou que haverão sorteios e novidades:
A NewPOP Editora convida a todos para o “NewPOP Day”, evento especial para celebrar a interação entre nós e nossos leitores! Onze anos atuando no mercado de livros, mangás e quadrinhos, trazendo séries de sucesso, clássicos, light novels e obras de autores renomados.
O “NewPOP Day” acontece no dia 18 de março (domingo), com os portões abertos a partir das 13h, a entrada é gratuita, mas recomendamos chegar cedo, pois as vagas são limitadas e preenchidas em ordem de chegada.
Vocês não podem perder! Teremos promoções exclusivas em todo nosso catálogo, brindes e sorteios entre todos os presentes, além de uma programação especial com bate-papo, novidades da editora e palestras!
Reservamos ainda um lote promocional de copos temáticos e balde de pipoca das séries Street Fighter e Hetalia, além de camisetas e a lata temática do energético Fontt Energy Drink.
Uma outra novidade é a mudança de local, o “NewPOP Day” ocorrerá no Nikkey Palace Hotel, localizado em um ponto da cidade de São Paulo que todos os fãs de cultura oriental adoram: o bairro da Liberdade.
Além de tudo isso, presença confirmada de profissionais da Escola de Desenho ÁreaE (que farão caricatura estilo mangá dos interessados). Não fiquei de fora, leve seus amigos e vista seu cosplay! Nos vemos lá!
A programação do evento também já foi divulgada:
PROGRAMAÇÃO: 13h00 – Abertura 13h30 – Mangás: Além do entretenimento, uma ferramenta de ensino 14h30 – O poder do “Isekai” no Japão 15h30 – Da proposta à distribuição, o duro processo de lançar mangás no Brasil 16h30 – Com a palavra, nosso diretor!
Nossa equipe estará no evento novamente este ano para fazer, mais uma vez, a cobertura das novidades.
Você pode confirmar sua presença e conferir mais detalhes sobre a programação, pelo evento no Facebook.
O história vista pelo lado brasileiro do mangá que conquistou inclusive os leitores que queriam detestá-lo.
Em 20 de dezembro de 1982, o primeiro capítulo de um dos mangás mais famosos do planeta foi publicado em seu país de origem. A obra nipônica rendeu muito mais que o reconhecimento de seu autor: Akira é um mangá que atende até quem não gosta desse estilo. O reconhecimento é tanto que Katsuhiro Otomo se tornou o primeiro autor japonês de quadrinhos a ser agraciado com o Grand Prix de Angoulême. Mas a França é um país que trata as HQs de uma forma muito mais respeitosa. Por lá, quadrinhos são assunto até em revistas de fofoca. E no Brasil? Como deu certo num mercado que quase não tinha leitores de mangá e até hoje tem vários colecionadores que repudiam essa escola da nona arte? A resposta é longa.
A Estrada
Não gosto de chegar a esse ponto, mas desta vez se faz necessário: Meu depoimento pessoal sobre minha relação com uma história em quadrinhos.
Lembro exatamente a primeira vez que ouvi falar de Akira: Na semana que precedeu o sábado de 8 de abril de 2000, data que o Cine Band exibiu a animação. Passou foi muito tarde, não aguentei e fui dormir antes do fim, ainda mais porque estava compromissado com o desfile de aniversário da minha cidade natal que aconteceria exatamente no dia seguinte. Não reclamei de ter que acordar cedo naquele domingo, mesmo que 9 de abril sempre era feriado. Eu ainda estava extasiado pelo (pouco) que tinha visto de Akira na noite anterior. Explicando: Eu era um garoto com ainda 10 anos incompletos, não tinha visto até então algo tão absurdo mesmo já tendo experimentado os animes que passavam na já finada Rede Manchete. Aquilo realmente chamou minha atenção.
No mesmo ano, numa data que não lembro exatamente, encontrei uma edição do mangá em Santos. Era o nº 8 publicado pela editora Globo. Depois de certa insistência, convenci minha mãe a pagar os R$4,00 que o jornaleiro queria. Ouvi ela reclamando até o fim da viagem de volta para casa, mas valeu a pena.
Assim como na minha introdução à animação, meu início no mangá de Akira foi fragmentado. Li uma edição aqui, outra ali… mas cada capítulo se juntava como um quebra-cabeças e eu lembrava exatamente cada edição e as reunia mentalmente à medida que ia lendo-as. Ainda em 2000, achei uma cópia do VHS mofando em uma locadora. Aluguei dois dias depois pagando R$1,50 pelo serviço.
E esse artigo é exatamente para isso: Juntar as peças sobre a história de publicação do primeiro mangá que eu e muitos colecionadores de HQ leram. No Brasil e fora dele.
O Despertar
A versão de Akira mais conhecida pelos leitores brasileiros espelha-se na edição norte-americana, que foi lançada em agosto de 1988 pelo selo Epic, uma divisória da Marvel Comics fundada em 1982 e capitaneada por Jim Shooter e Archie Goodwin. Oriunda da publicação Epic Illustrated, o selo visava dar maior autonomia aos seus colaboradores e publicar obras mais adultas, nacionais e internacionais. Sem maior fiscalização do Comics Code Authority,essafoi a chance de ouro para sair (ou entrar) no papel HQs que se tornariam clássicos com republicações até hoje: Elektra Assassina, Elektra Vive, Legião Alien e Dreadstar, de Jim Starlin, este o primeiro título publicado pelo selo na data de novembro de 1982. Buscando essa diferenciação, os lançamentos da Epic eram publicados em edições em melhor qualidade comparadas às mensais tradicionais da Marvel.
Assim, a Marvel introduziu no (até então) fechado e conservador mercado norte-americano materiais de Alejandro Jodorowski (O Incal) e Moebius (A Garagem Hermética). Curiosamente, essa conexão entre o velho e o novo mundo gerou um posterior intercâmbio e, pelo mesmo selo, Moebius publicouSurfista Prateado – Parábola. Faltava então o oriente. O Japão já levava algumas animações aos cinemas de todo o mundo, mas mangás eram uma raridade. Juntando as duas mídias, o escolhido foi Katsuhiro Otomo. Com um longa em animação batendo na porta dos cinemas, a obra escolhida (claro) foi Akira, que por sua vez foi toda impressa em papel off-set, lombada quadrada e preço de capa no valor de U$3,50, chegando às lojas especializadas em agosto de 1988, mês seguinte à estreia do filme nos cinemas.
Guerra de Gangues
O tratamento diferenciado dado às HQs lá fora mudou inclusive o nosso mercado, fazendo a Editora Abril lançar seus selos de Graphic Novel, Graphic Album e Minissérie de Luxo à partir de 1988. Se tornou constante a publicação com acabamentos nesse padrão, que até então raramente se via nas bancas brasileiras. A primeira referência sobre a publicação de Akira do Brasil partiu da própria Abril, que na seção de cartas da HQ Homem-Aranha nº69 de março 1989, a editora Sadika Osmann anuncia o título junto com outros que estavam por vir. Por algum motivo desconhecido, essa foi a única HQ da lista a não ser publicada pela então editora de Victor Civita.
Veio então a Editora Globo, que publicou outros títulos da Epic antes e depois de Akira. A Guerra de Luz e Sombras, Moonshadow e O Último Americano são alguns exemplos. Todos seguiram o padrão de luxo adotado pela editora concorrente.
Com os direitos de Akira, a Globo explorou de diversas formas a divulgação do material. Com base em um briefing desenvolvido pelos editores da Globo, um vídeo de propaganda da HQ era exibido como uma espécie de Trailer no vídeo VHS da animação e nos intervalos comerciais de emissoras de televisão:
Pôsteres gigantes foram pendurados nas bancas brasileiras. Um padrão para as publicações da Globo na época era que as 6 primeiras edições terem essa forma de divulgação, mas como se confirma pelas imagens, os cartazes de Akira foram bem além:
Propagandas de Akira eram estampadas em vários produtos da Globo, inclusive HQs de estilo totalmente oposto como Tex. Neste título, a propaganda de Akira apareceu pela primeira vez na edição 261 e estampou a contracapa ininterruptamente do número 268 até o 273, sendo interrompida na edição 274 para uma propaganda de Sandman e voltando pela última vez no número 275.
Além disso, uma festa de lançamento do mangá foi realizada no Hotel Nikkey, situado no bairro da Liberdade, reduto asiático no centro da cidade de São Paulo. Após tanto investimento, a primeira edição veio às bancas em dezembro de 1990 com o preço de capa de Cr$350,00, equivalente a R$18,04 na cotação de 2017.
Imperador do caos
Como em várias mídias, os quadrinhos também sofrem muito preconceito. No Brasil não é diferente: Até os dias atuais há leitores que instantaneamente não gostam de Fumetti, Bande Dessinée, Manhwa, Quadrinhos nacionais e… mangá. É comum ver leitores que não gostam de determinada escola de narrativa gráfica simplesmente por não gostar. Se hoje as coisas são dessa forma, quase 30 anos atras era ainda pior.
Assim, a Globo decidiu publicar Akira no Brasil seguindo os padrões da edição estadunidense. Nosso primeiro Akira tinha cerca de 68 páginas por volume publicadas em formato americano. “A série AKIRA sempre foi tratada como uma série de luxo e, por este motivo, desde o início, o projeto foi concebido para ter um acabamento gráfico diferenciado. Em vez do couchê, que era um papel muito caro naquele período, optamos por um papel chamado LWC. Seminobre, mas melhor do que o papel adotado nas revistas em quadrinhos comuns”, afirma Leandro del Manto, editor do mangá pela Globo. As edições (assim como as da Epic) eram coloridas por Steve Oliff, escolhido pelo editor Archie Goodwin para a tarefa, já que publicar a obra em preto e branco como no original era um risco grande. Até a tradução seguiu esse padrão, já que as edições da Globo foram traduzidas do inglês e continham muitos palavrões e linguagem coloquial. A diferença de linguajar foi escolhida graças à ser um título destinado ao público adulto.
Mas, um detalhe foi diferente: As capas. Estas foram feitas no Brasil. As capas da edição Epic foram consideradas pouco atraentes pela Globo e no começo gostariam de ter publicado como a versão de luxo japonesa, porém na época estas não se adequavam por conter imagens que seriam censuradas. Com isso, a solução proposta foi de fazer suas próprias capas. O logo na vertical foi uma referência à forma japonesa de leitura, apesar de, como nos EUA formato adotado ser o sentido ocidental. O design foi inspirado pela edição espanhola de Akira.
O responsável foi José Moreno Capucci e do diretor de arte Helcio Pinna de Deus. O Capista era Kim Oluf Jorgensen. Nesta época, ele lembra que“Recebia uma montagem em xerox e uma indicação de colemetria em tamanho 1 por 1, tamanho da capa final. No caso da primeira capa me chamaram para fazer apenas esta, por problemas com a chegada dos fotolitos dos Estados unidos. Portanto, fiz a primeira capa nesta proporção. O desenho eu passava para papel Scheller poroso, usando mesa de luz e uma lapiseira com grafite duro sem marcar o papel. Montava a folha numa placa de madeira com fita crepe, para evitar que o papel enrugasse ao pintar. Poderia ter usado papel premontado da scheller, mas precisava de algumas das características mais frágeis da folha. Preparava uma base com tintas acrílicas, dos tons mais claros da ilustração, para revelar o brilho com pincel e água, lavando a camada de guache e tirado excesso de água com um rolo de papel toalha. Resultava num resultado mais poroso”.
O trabalho feito na confecção das capas foi bem mais minucioso: “Brilhos menores recebiam um tratamento com lápis de borracha; A pintura geral era feita com aerografia tradicional, máscaras de Friskfilm; As tintas eram guache, acrília, ecoline e aquarella para filetar os traços. Achava que aquarella me dava uma resistência que combinava mais comigo. Depois que ficou determinado que faria as demais capas passei a fazer as ilustrações maiores. A minha capa favorita deveria ser a primeira, por ser aquela que abriu portas para mim por toda a minha carreira, mas como fiz no tamanho 1 por 1, passei a gostar mais de outras. Olhando para trás… realmente gosto das capas e eu estou entre a número 10 e/ou 21″ acrescenta o capista, que acabou ficando até a edição 25. Capucci continuou sozinho com o design das capas até a edição 33 com eventual ajuda de outros profissionais.
Akira teve uma venda constante nas bancas brasileiras. Cerca de 7.000 exemplares eram vendidos todos os meses e era um valor satisfatório para a época levando em consideração o tratamento escolhido e preço mais caro. A publicação ocorreu mensalmente sem muitos obstáculos. Em novembro de 1992 as distribuidoras de materiais às bancas entraram em greve e várias cidades ficaram sem receber o volume 23, mas fora isso, tudo ia bem. A situação mudou na edição 33, lançada em setembro de 1993 quando após essa, assim como na trama original, Akira desapareceu em um longo período de hibernação.
Em meio às ruínas
Outubro de 1993. Quem foi às bancas atrás da edição 34 de Akira, não a encontrou. Era uma época diferente, não havia como ter tanta informação. Vários leitores brasileiros não sabiam que, há mais de um ano da data descrita, quem ficou sem entender o que estava acontecendo eram os leitores dos Estados Unidos mesmo com a série já ter se encerrado no Japão em junho de 1990.
A paralisação foi global. O pai de Akira deixou de supervisionar sua obra para trabalhar em outros projetos. Nesse período, Otomo dirigiu os filmes World Apartment Horror (1991), Memories (1995) e Steamboy, esse último que só estrearia nos cinemas em 2004. Otomo fez poucas HQ nessa época, sendo a mais famosa uma curta para a coletânea Batman Preto e Branco.
Uma particularidade do mercado editorial japonês é a rigorosa supervisão que fazem em todas as versões de seus mangás ao redor do mundo. Quase todas as editoras japonesas exigem receber inclusive uma cópia física de cada volume independente de onde é publicado até os dias atuais. Até a Marvel sofreu com isso: A tradução da obra era feita no Japão por funcionárias da Kodansha, que enviavam o texto aos EUA para a editora Mary Jo Duffy adaptá-lo para os padrões norte-americanos. Feito isso, o texto era introduzido nas provas de impressão já com os balões pré estabelecidos pela Kodansha e Otomo e enviados novamente ao Japão. Depois, passava por mais um processo de aprovação para só assim ir para a fase de colorização digital realizada por Oliff em seu estúdio Olyoptics. Somado a isso, vinha o perfeccionismo de Otomo em querer redesenhar algumas páginas do mangá para esta nova versão. Todo o processo de idas e vindas era feito por serviço postal e até hoje vários mangás são produzidos assim para sua versão em outras partes do mundo.
Sem esse serviço, Akira entrou em hiato. Apesar do contrato em vigor, a Globo ficou impossibilitada de continuar. Segundo Del Manto, “O contrato foi feito uma vez com a Kondansha e a interrupção ocorreu por causa da falta de material disponível para a reprodução. Quando esse problema foi resolvido, a Kodansha propôs uma extensão do contrato para o término da publicação. Houve o risco da série não ser mais publicada porque não existia uma definição de quando haveria mais material para licenciamento.” Ainda de acordo com o editor, um fato que por muitos anos foi tratado como lenda urbana é verdade: Uma reclamação no Procon foi feita por um leitor exigindo o prosseguimento da publicação. Mas, como explicado, esse não foi o motivo da Globo ter retomado Akira de onde parou.
Akira está de Volta!
Desfeito o imbróglio, Akira voltou aos EUA em outubro de 1995. No Brasil, a edição 34 só chegou em dezembro de 1997. A editora publicou na segunda página da edição brasileira um comunicado explicando o que havia acontecido:
Mesmo com o plano real já em vigor, o valor de capa ainda era alto para a época: R$7,00. Corrigido pela inflação, era aproximadamente R$32,00. Esse é apontado como um dos fatores para as edições de 34 em diante serem as mais raras da coleção brasileira, sendo vendidas por valores que, ainda em 2017, chegam a R$100,00 por exemplar. Del Manto, que voltou a editar Akira em seu retorno às bancas brasileiras, ainda diz que “Por causa das crises econômicas que assolaram o país durante o tempo em que a série ficou interrompida, as tiragens e as vendas dos quadrinhos tiveram de ser adequadas ao novo momento do mercado de revistas. As tiragens de todas as revistas diminuíram. Por causa disso, os preços de capa ficavam mais elevados. Quando menor a tiragem de uma revista, maior é o preço de capa.”
Akira teve sua derradeira edição publicada em março de 1998 no Brasil, totalizando 38 exemplares. Como nos EUA, esta teve alguns extras com histórias curtas e pin-ups de vários artistas homenageando o mangá; Dentre eles, Michael Allred, Joe Madureira, Warren Ellis, John Romita sr., Kevin o’Neill e Moebius:
A única baixa foi a não publicação do último encadernado. Akira no Brasil e em outros países tinha seus capítulos reunidos em edições mais grossas, cada uma com cerca de 7 a 8 edições mensais. Com o hiato, o último encadernado nunca foi lançado no Brasil. Nos EUA, a mesma coisa aconteceucom a versão encadernada por lá. “As edições encadernadas eram feitas reaproveitando o encalhe das revistas. Para a distribuição de bancas naquela época eram impressas muitas revistas já se prevendo uma perda com o encalhe. Como a história de AKIRA era contínua, podíamos reunir volumes na sequência. Após a interrupção da publicação e a diminuição da tiragem, sobraram pouquíssimos exemplares de encalhe. Por causa disso, houve bem menos exemplares para se fazer uma edição encadernada. Assim, não conseguiram uma quantidade suficiente para se fazer um volume. Também por causa disso, há bem menos exemplares disponíveis no mercado paralelo de atrasados.”, completa o editor.
Por quase 20 anos Akira não foi mais publicado no Brasil, apesar de reedições em outros países, inclusive com a versão em cores. Apenas em 2015 a editora JBC garantiu os direitos de uma nova publicação por aqui. O lançamento era previsto para dezembro de 2015 durante a segunda edição da Comic Con Experience, mas só aconteceu em julho de 2017devido à uma exigência da editora Kodansha de que a nova versão brasileira seguiria os padrões de uma edição que estava ainda em preparação. O Brasil foi o segundo país do exterior a publicar essa nova versão, ficando apenas atras da França. O “Novo Akira” tem previsão de ter, ao todo, 6 volumes como o original japonês, publicado em preto e branco com volumes que variam de 350 a 500 páginas cada e ordem de leitura original. Apenas o primeiro volume foi publicado até agora, o segundo era previsto para dezembro de 2017, mas ainda não foi lançado.
Agradecimentos mais que especiais à Leandro Del Manto e Kim Jorgensen pelos depoimentos prestados que, sem estes, não teria como concluir este trabalho.
E ainda não acabou. Um detalhe muito importante do “nosso Akira” ainda necessita de melhores respostas. Em breve aqui no Torre de Vigilância algo muito especial será publicado. Aguardem!
Já estamos na segunda metade de dezembro e a Devir abastece o mercado com vários lançamentos para as livrarias e lojas especializadas. A editora, cujo fundador Douglas Quinta Reisfaleceu recentemente, traz 5 títulos novos em seu departamento de quadrinhos, entre novas séries e continuações de títulos já lançados. Vamos à eles com os releases oficiais da editora brasileira:
Rugas
“Internado num asilo para idosos porque sofre de Alzheimer, Emílio encara a vida comunitária como uma prova difícil de se vencer. Mas ele aceita rapidamente o seu novo ambiente e decide lutar para escapar à decadência que sua doença o levará. Para o autor, a comunidade do ser-humano lembra uma biblioteca, na qual os livros se empilham em montanhas de papel amarelado, povoadas de sonhos e fantasias.O desgaste de toda uma vida os cobre de rugas, e alguns veem as letras das suas páginas se apagarem, folha após folha, até ficarem totalmente brancas. Apesar disso as emoções mais intensas sobrevivem, preservadas como um tesouro escondido numa ilha distante.”
Formato: 20 x 26 cm com de 106 páginas coloridas em papel couchê com Capa dura e laminação fosca pelo preço de R$59,90.
Klaus
“Em um passado fantástico e sombrio, cheio de mitos e magia, Klaus conta a origem do Papai Noel – a história de um homem e seu lobo contra um estado totalitário e o mal ancestral que o sustenta. O premiado autor GRANT MORRISON (Grandes Astros: Superman, Multiverso DC) e o artista DAN MORA (Hexed) renovam e reinventam um super-herói clássico para o século XXI e Klaus pode ser considerado um ‘Papai Noel: Ano Um’ que finalmente responde à pergunta: o que o Papai Noel faz nos outros 364 dias do ano?”
Formato: 18,5 x 27,5 cm de 208 páginas em papel couché e Capa dura pelo preço de R$96,00.
THE BOYS: VOLUME 6 – A SOCIEDADE DA AUTOPRESERVAÇÃO
“A sexta coletânea da Dynamite/Devir da série THE BOYS de Garth Ennis e Darick Robertson (desta vez com uma mãozinha de Carlos Ezquerra, o cocriador de JUIZ DREDD, e John McCrea) finalmente chega às livrarias, com THE BOYS VOLUME 6: A SOCIEDADE DA AUTOPRESERVAÇÃO! Só é possível mutilar e assassinar uma pá de super-heróis quando alguém decide tomar uma atitude a respeito e, no caso da turma barra-pesada da CIA, isso quer dizer a Liga da Revanche – uma superequipe de força inimaginável, superada apenas pelos poderosos Sete. Detonar “supers” adolescentes é uma coisa, mas como é que os nossos heróis vão se virar contra o Jovem Soldado, Mentaldroide, Insetus, Condessa Escarlate e a potência nazista conhecida como Trovoada? O sangue jorra e ossos são esmigalhados quando o Carniceiro e companhia combatem fogo com fogo. E mais: ao ouvir as histórias da origem do Leite Materno, do Francês e da Fêmea, Hughie fica a par dos estranhos caminhos que levaram esse trio tão heterogêneo a se juntar ao grupo THE BOYS. Da tragédia no Harlem ao massacre na Ponte do Brooklyn, e do festival Les Saintes de Haw-Haw ao horror que espreita sob as ruas de Tóquio, esta é uma jornada de descoberta como nenhuma outra – contando apenas com a bruxuleante luz da chama da insanidade para iluminar o trajeto. THE BOYS VOLUME 6: A SOCIEDADE DA AUTOPRESERVAÇÃO reúne as edições #s 31-38 da série campeã de vendas do New York Times do roteirista Garth Ennis e dos desenhistas Darick Robertson e Carlos Ezquerra, e também apresenta todas as capas de Robertson!”
Formato: 16,5 x 24 cm de 20o páginas em papel couché e brochura pelo preço de R$56,00.
THE ANCIENT MAGUS BRIDE
“Chise Hattori, 15 anos. Órfã solitária, desesperançosa e sem meios para sobreviver. Em troca de uma fortuna, a jovem que não possui nada é comprada por uma criatura não-humana que convive com a eternidade e se diz mago. Quando a entidade a acolhe em sua casa como “discípula” e “noiva’’, o tempo congelado da garota começa a se mexer devagarinho… e ela está prestes a começar uma nova e estranha vida, repleta de magia, fadas e outros seres de natureza mágica.”
Formato: 19 x 12,5 cm de 180 páginas em PB e Brochura com sobrecapa pelo preço de R$24,90.
CRIMINOSOS DO SEXO VOLUME 3: A TRÊS É DIFÍCIL
“A premiada e vibrante comédia sexual que a revista Time classificou como Gibi do Ano e a Apple classificou como “ inapropriado para venda em dispositivos iOS”, está de volta em CRIMINOSOS DO SEXO VOLUME 3: A TRÊS É DIFÍCIL. Pelo visto, Jon e Suzie não estão sozinhos: outras pessoas ao redor do mundo, iguais a eles, congelam o tempo quando chegam ao orgasmo. No entanto, um grupo autoproclamado quer discipliná-los e controlá-los através do medo e da intimidação. Jon e Suzie estão começando a se apaixonar e querem chutar o pau da barraca, mas se os dois pretendem reagir, não poderão fazer nada sozinhos. E, afinal, isso não é uma metáfora para a série inteira? De que podemos todos estar sozinhos, mas que estamos sozinhos juntos? Acredito que sim. Se você quiser ler uma história surpreendentemente envolvente, não pode perder CRIMINOSOS DO SEXO VOLUME 3: A TRÊS É DIFÍCIL.”
Formato: 18,5 x 27,5 cm de 120 páginas coloridas em papel couché com Capa dura e laminação fosca pelo preço de R$69,90.
Além disso, mais novidades da Devir estão à caminho como, por exemplo, o recém anunciado relançamento de Uzumaki, obra de Junjo Ito lançada no Brasil há mais de 10 anos pela editora Conrad. Fique ligado!
Gunnm, série cyberpunk de ficção-científica revolucionária criada por Yukito Kishiro, será relançada no Brasil após mais de dez anos desde a publicação da primeira versão meio tanko da Editora JBC.
O mangá original foi publicado na revista Shueisha’s Business Jump de 1990 a 1995, e completo em nove volumes, ganhou alguns spin-offs e sequências. A primeira versão nacional foi lançada em 18 volumes.
A história se passa em um cenário pós-apocalíptico ao estilo de Mad Max em que uma cidade chamada Zalém flutua no céu e há ciborgues e humanos convivendo. A personagem principal, Gally, é uma ciborgue sem memórias revivida por Daisuke Ido que se vê envolvida em situações de batalha e caça de recompensas.
O mangá recebeu uma adaptação em dois episódios OVA, produzidos em 1993, e há atualmente um longa metragem americano dirigido por James Cameron em produção. A atriz Rosa Salazar (Maze Runner) deverá ser a protagonista.
A nova edição nacional chegará com o título internacional da série, Battle Angel Alita – Gunnm Hyper Future Vision. Mais detalhes acerca do formato e acabamento gráfico da nova coleção ainda não foram divulgados pela Editora JBC. Gunnm foi anunciado pela editora no mesmo dia do anúncio da enciclopédia do mangá Death Note.