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NewPOP Editora anuncia On or Off e Ilha de Cachorros

Em uma transmissão realizada em seu canal do YouTube, a NewPOP Editora anunciou mais novos mangás para o seu catálogo. São eles:

On or Off

Yiyoung está construindo uma startup com seus amigos de faculdade. Eles têm a chance de apresentar sua proposta à SJ Corporation, uma das principais empresas do país. Mas na sala de reuniões ele vê Kang Daehyung, o figurão extremamente bonito da empresa que é muito seu tipo, e o coração de Yiyoung começa a disparar … O jovem de rosto bonito pode vencer tanto no amor quanto em sua carreira?

O manhwa é publicado no D&C Media e tem autoria de A1.

Ilha de Cachorros

Atari Kobayashi é um garoto japonês de 12 anos de idade. Ele mora na cidade de Megasaki, sob tutela do corrupto prefeito Kobayashi. O político aprova uma nova lei que proíbe os cachorros de morarem no local, fazendo com que todos os animais sejam enviados a uma ilha vizinha repleta de lixo. Como não aceita se separar do cachorro Spots, Atari convoca os amigos, rouba um jato em miniatura em parte em busca de seu fiel amigo, aventura que transforma completamente a vida da cidade.

Baseado no filme de Wes Anderson, Ilha de Cachorros, o mangá ilustrado é por Minetaro Mochizuki.

Mais anúncios serão realizados durante o NewPOP Week.

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10 mangás seinen que mereciam ser publicados no Brasil

A variedade de títulos e demografias de mangás disponíveis no mercado nacional – apesar da pandemia – está cada vez maior, mesmo que engatinhando em comparação com outros países como França e Estados Unidos. E entre os gêneros de maior destaque, junto dos shounen, estão os mangás seinen, destinados ao público masculino adulto no Japão.

Abaixo, listamos dez mangás desta demografia que poderiam ser lançados no Brasil com base em alguns critérios, tais como: gosto pessoal, histórico de publicação do(a) autor(a) no Brasil e adaptação para animê em andamento ou já concluída.

Designs (Daisuke Igarashi)

Com duas obras já publicadas em território nacional pela editora Panini (Witches, série completa em 2 volumes e Children of The Sea, completa em 5 volumes), Daisuke Igarashi não é exatamente uma novidade para os leitores do Brasil, porém, algumas de suas obras ainda poderiam ser boas apostas, e talvez a opção de maior destaque seja Designs.

Serializada entre 2015 e 2019 na revista Afternoon, Designs é uma série completa em 5 volumes centrada em “híbridos humano-animal”, criados com um propósito misterioso de importância para o futuro da humanidade, e enviados para missões de massacre. O autor, que sempre aborda a ligação da natureza com o homem em seus mangás, entrega o estilo narrativo similar ao utilizado na série que alavancou sua fama, Kaijuu no Kodomo (a já citada Children of The Sea), porém com foco também em ação.

Dorohedoro (Q Hayashida)

Série adaptada recentemente para animê pelo estúdio MAPPA – e disponível internacionalmente na Netflix -, a coleção de Dorohedoro possui 23 volumes (190 capítulos) e foi serializada nas revistas Ikki e posteriormente HiBaNa e Gessan. A obra é uma ficção pós-apocalíptica que se passa em duas dimensões, o Buraco (a paisagem sombria e urbana onde residem os humanos) e o mundo dos feiticeiros.

A garota Nikaido conhece Caiman, um homem com cabeça de réptil e amnésia grave, e enquanto um clã de feiticeiros vem utilizando pessoas como cobaias em experimentos das artes negras, a dupla começa a caçar e matar os mesmos buscando desfazer o feitiço. A serialização de Dorohedoro, no Japão, se deu de 2000 a 2018.

A série animada está disponível na Netflix.

Eizouken ni wa Te wo Dasuna! (Sumito Owara)

Um dos sucessos recentes dos animês no mundo todo, Keep Your Hands Off Eizouken! (nome internacional) ganhou o carinho de todos graças ao carisma das protagonistas e a fantástica direção do animê, por Masaaki Yuasa, com produção espetacular. O mangá, de autoria de Sumito Owaara, é serializado no Japão na revista Gekkan! Spirits desde 2016, ainda em andamento com 5 volumes.

Eizouken conta a história de, principalmente, três garotas que iniciam um clube de animê na escola e desejam fazer animação, enfrentando as dificuldades de produção, orçamento, som e etc. Asakusa, Mizusaki e Kanamori são três garotas bem diferentes em personalidade que, juntas, dão início ao clube e aos poucos ganham destaque. A obra chama atenção especialmente pelo carisma, mas também pela criatividade visual.

A série animada está disponível na Crunchyroll.

Billy Bat (Naoki Urasawa)

Naoki Urasawa não é novidade no Brasil. Já tivemos os lançamentos de algumas séries completas, como 20th e 21st Century Boys, Monster (que vem sendo republicado em novo formato, de luxo) e Pluto. Mas a produção de Urasawa no Japão é muito extensa e entre suas diversas séries que poderiam ser lançadas no Brasil (como Master Keaton ou Yawara!) destaca-se Billy Bat.

A história é centrada num autor nipo-americano chamado Kevin Yamagata, criador da popular série Billy Bat para a editora Marble Comics em 1949. Kevin se dá conta de que pode ter copiado inconscientemente a imagem de Billy Bat a partir de algo que viu durante o período em que o Japão estava ocupado no pós-guerra, e aos poucos o autor se vê envolvido numa série de mistérios, assassinatos e profecias quando tenta buscar a permissão do autor original para que utilize o personagem. Como outras séries de Urasawa, esta traz um crescente de dramas psicológicos envolventes.

Shinya Shokudou (Yarou Abe)

Um simples restaurante que só abre durante a madrugada onde os clientes interagem contando histórias diversas. Shinya Shokudou (conhecido internacionalmente como Midnight Diner) é um mangá de autoria de Yarou Abe serializado desde 2006 na revista Big Comic Original contando com 22 volumes encadernados lançados até o momento.

Com um desenho único e bem diferente do habitual, Midnight Diner cativa pelo retrato perfeito do que é um slice-of-life. O dono do restaurante serve um menu fixo e prepara pratos customizados caso seja possível e, enquanto isso, histórias de vida são narradas. O mangá foi adaptado para uma série live-action que possui 5 temporadas, duas delas disponíveis na Netflix com o subtítulo Tokyo Stories.

A série live-action está disponível na Netflix.

Atom: The Beginning (Masami Yuuki, Tetsuroh Kasahara, Makoto Tezuka)

Adaptado para animê em 2017, Atom: The Beginning é um mangá baseado na criação de Osamu Tezuka, o Astro Boy. Com roteiro de Masami Yuki e arte de Tetsuro Kasahara, ATB é serializado na revista Monthly Hero’s, onde também é publicada a série moderna do Ultraman, também adaptada há pouco tempo para animê.

Como o nome sugere, este mangá é centrado no que aconteceu antes da criação do Astro Boy propriamente dito, com personagens clássicos como o Dr. Ochanomizu e Umatarou Tenma em versões mais jovens interagindo com A106, o protótipo de robô criado por eles que pode vir a ser um deus ou simplesmente um amigo. No Japão, a coleção de encadernados contém até o momento 11 volumes, e a serialização teve início em 2014. No México a publicação da série se dá pela editora Panini.

Bokurano (Mohiro Kitoh)

A criação mais famosa de Mohiro Kitoh (autor publicado no Brasil uma única vez pela editora L&PM com o compilado Fim de Verão), Bokurano é uma série de mecha serializada entre 2003 e 2009 na revista Ikki que ganhou destaque por diversas razões ao longo da publicação de seus 66 capítulos, totalizando 11 volumes encadernados e sendo adaptada para animê em 2007.

Quinze estudantes se envolvem num misterioso evento ao adentrarem uma caverna na praia onde recebem o convite suspeito para jogar um jogo onde cada um terá a chance de pilotar um robô gigante para batalhar contra inimigos que estão invadindo a Terra. O preço que o controle do robô cobra após o fim de uma batalha é chocante. Desta forma, as quinze crianças estão com um contrato assinado onde, no final, todas podem perder tudo.

Mushishi (Yuki Urushibara)

Mushishi ganhou o mundo desde o início de sua serialização na revista Afternoon entre os anos de 1999 e 2008, totalizando 50 capítulos compilados em 10 volumes. Criação da mangaká Yuki Urushibara, o sucesso foi tanto que a obra já possui três séries animadas e dois OVAs. O mangá possui uma continuação de apenas um volume, e uma antologia também de volume único.

A história apresenta criaturas onipresentes chamadas Mushi que frequentemente apresentam poderes sobrenaturais. Os mushis são descritos como seres em contato com a essência da vida na sua forma mais básica e pura. Devido à sua natureza efêmera, a maioria dos seres humanos são incapazes de perceber os mushis e são alheios à sua existência, mas há alguns que possuem a capacidade de ver e interagir com tais seres. Uma dessas pessoas é Ginko, o personagem principal. Ele emprega-se como um “Mushishi” (termo dado a pessoas que possuem a habilidade de enxergar mushis) viajando de um lugar para outro a pesquisar mushis e ajudar pessoas que sofrem de problemas causados por eles.

A série animada está disponível na Crunchyroll.

Yokohama Kaidashi Kikou (Hitoshi Ashinano)

Mais uma série da espetacular revista Afternoon, Yokohama Kaidashi Kikou (nome internacional Quiet Country Cafe) possui a incrível capacidade de contar uma história que soma 142 capítulos e 14 volumes encadernados onde quase nada acontece, girando em torno de contemplação e ideias muito simples.

Sendo uma ficção científica muito singular, YKK (como é chamada pelos fãs) é a série pós-apocalíptica mais good vibes de todos os tempos. Num Japão futurista onde o nível do mar subiu e invadiu boa parte das áreas costeiras do planeta, onde a população diminuiu drasticamente e as instituições políticas e tecnológicas ruíram, impedindo a existência de formas de comunicação que não sejam presenciais ou através de cartas e também blindando a existência de eletrodomésticos como a televisão, a robô Alpha é dona de uma pequena e simples cafeteria onde recebe seus poucos clientes e vive sua vida de forma simples e extremamente calma. Ela observa a passagem do tempo e faz amizade com outros robôs e humanos, e suas experiências são passadas com imersão única com poucos diálogos e muita apreciação dos momentos através da narrativa e bela arte do mangaká Hitoshi Ashinano.

Saint☆Oniisan (Hikaru Nakamura)

Após a publicação de Arakawa Under The Bridge pela editora Panini, é natural que um dos mangás listados aqui e que mereciam ser lançados no Brasil seria Saint☆Oniisan (nome internacional Saint Young Men), da mesma autora de Arakawa, Hikaru Nakamura.

Saint☆Oniisan narra a história de Jesus e Buda morando no Japão moderno, dividindo um apartamento pequeno e tendo que lidar diariamente com as situações mais inusitadas que existem. As duas figuras religiosas enfrentam problemas variados com relação ao dinheiro, interações humanas, tecnologia e muitos mais. O humor é afiadíssimo, fazendo piadas inteligentes sem ofender quaisquer crenças, e a autora evolui gradativamente enquanto toma controle das rédeas da publicação, lançada no Japão na revista Morning Two e totalizando 18 volumes até o momento, tendo iniciado em 2006.

Menção Honrosa

Kaguya-sama wa Kokurasetai: Tensai-tachi no Renai Zunousen (Aka Akasaka)

Série de sucesso da revista Young Jump em publicação desde 2015, totalizando 18 volumes até agora, Kaguya-sama: Love is War (nome internacional) ganhou muito destaque no mundo por conta das duas recentes temporadas de animê adaptando o mangá.

Shinomiya Kaguya e Miyuki Shirogane são membros do Conselho Estudantil da Academia Shuchiin, sendo ambos gênios entre os gênios. O tempo que eles passam juntos acabou fazendo com que se apaixonassem, mas o orgulho deles não permite que se confessem, pois quem o fizer será considerado inferior. Começa uma batalha mental: quem conseguirá fazer o outro se confessar primeiro?

A primeira temporada da série animada está disponível na Crunchyroll.


Acha que algum outro título merecia chegar por aqui? Deixe nos comentários, e vamos trocando uma ideia!

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Editora NewPOP anuncia Solo Leveling e A Voz do Silêncio em edição definitiva

Em sua live semanal transmitida no YouTube, a Editora NewPOP anunciou dois títulos que serão lançados futuramente, sendo eles Solo Leveling e relançamento do título A Voz do Silêncio (Koe no Katachi) com novo acabamento gráfico! Confira detalhes abaixo.

Solo Leveling

Manhwa de extremo sucesso na internet, totalmente colorido, de autoria de Chugong e Sung-Rak Jang, Solo Leveling é da NewPOP, que já havia lançado outro manhwa há alguns anos (Tarot Café). A editora ainda não divulgou detalhes gráficos ou previsões acerca deste lançamento, pois ainda está definindo os mesmos.

Saiba mais detalhes da obra clicando aqui.

A Voz do Silêncio – Edição Especial

O título A Voz do Silêncio será relançado pela editora em capa dura, com papel couchê e em formato 2 em 1, contendo material extra inédito e com a inclusão do fanbook oficial no quarto e último volume da coleção. A média de páginas de cada volume será de 300 a 400.

Sinopse: “Shouya é um bully, suas brincadeiras infantis são uma verdadeira tortura para sua colega de classe, Shouko, uma nova aluna surda. Conforme a coisa piora e todos ao seu redor parecem ignorar ou estimular as brincadeiras maldosas, Shouya passa dos limites, forçando Shouko a mudar de escola. Tendo sido considerado o culpado por tudo, agora é ele quem sofre torturas e bullying, aprendendo na pele o seu erro. Agora, seis anos depois, o rapaz decide encarar de frente a menina que atormentou e tentar corrigir os erros do seu passado. Será que ele conseguirá sua redenção?

Ganhador de diversos prêmios no mundo todo, A Voz do Silêncio, no original Koe no Katachi, chegou a ser adaptado para as telonas no final de 2016, tornando-se um dos grandes sucessos do ano. O título lançado pela NewPOP em 2018 está com alguns volumes esgotados, e o relançamento vem também para suprir demanda.

Na semana passada a NewPOP anunciou um grande sucesso de crítica e público de 2019 (ano em que foi animado), o mangá Given. Para saber mais detalhes do anúncio de Given, clique aqui. Também foi divulgado o preço de capa do título: custará R$ 29,90. As edições terão papel offset, com sobrecapa e capa cartonada com couchê brilho. A coleção também terá páginas coloridas em todos os volumes.

Assinantes de Given receberão cinco postais colecionáveis e um minipôster em formato A4. As assinaturas estarão disponíveis a partir da meia-noite do dia 10/04. Acesse a Loja NewPOP clicando aqui.

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NewPOP anuncia lançamento de Devilman e outros títulos

Durante uma transmissão na sua página do Facebook, a Editora NewPOP anunciou três novos títulos para compor o seu catálogo.

São eles:

Little Knight

De autoria de Ai Nimoda, o mangá é um Yaoi, e completo em 1 volume.

Com previsão de lançamento para o Anime Friends, em julho.

Devilman

Demônios existem e seu poder está além do que os humanos podem entender. Na verdade, eles são tão fortes que os humanos não têm chance contra eles em uma luta. A única coisa forte o suficiente para derrotar um demônio é outro demônio e é através dessa lógica que Ryo Asuka pensa em um plano para que seu amigo de bom coração, Akira Fudo, fosse possuído por um demônio. Se uma pessoa é pura de coração, então ele pode ser capaz de controlar o demônio que o possui e, assim, adquirir poder igual a um demônio. Depois de um incidente em um clube, o plano funciona e Akira é possuído pelo poderoso demônio conhecido como Amon. Agora, Akira é o único defensor da justiça da humanidade contra a ameaça oculta dos demônios que atormentam a humanidade desde o início dos tempos.

Será uma edição em capa dura, completa em 2 volumes.

Cutie Honey

A história conta sobre uma andróide chamada Honey Kisaragi, que pode se transformar na heroína bem-dotada de cabelo vermelho chamada Cutey Honey. Ela luta contra uma associação de vilões que ameaçam o mundo ou ela mesma. Algo famoso sobre suas transformações é que ela perde toda a sua roupa quando muda de uma forma para outra. Ela também foi a primeira protagonista mulher em uma série de ação.

O formato será semelhante ao de Devilman, completo em 1 volume.

Ambos são de autoria de Go Nagai e ainda não possuem data de lançamento.

Ainda não há uma previsão de lançamento.

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Editora NewPOP anuncia os mangás Citrus e Made in Abyss

Após uma série de dicas, com a interação do público, a Editora NewPOP anunciou dois novos mangás, que, a princípio, serão publicados ainda em 2018. São eles:

O mangá yuri Citrus, escrito por Saburouta e publicado na revista Comic Yuri Hime. É considerado um dos melhores títulos do gênero.

Ainda em publicação, com 9 volumes.

A mãe de Yuzu voltou a se casar e isso trouxe muitas mudanças na vida da garota: uma nova cidade, um novo lar, uma nova escola. Para ela, nada foi de acordo com o que esperava, já que agora tem aula em um instituto feminino super restrito e conservador. Assim pois, em lugar de seu sonhado doce romance escolar, deve suportar a constante importunação da presidente do conselho estudantil, Mei, que também passa a ser sua nova meia-irmã. Mas o tempo vai mostrar que entre o ódio e o amor não há tanta distância. Sinopse via BBM.

Citrus possui uma adaptação para anime, que foi ao ar em Janeiro desse ano, e foi produzido pelo estúdio Passione.

No Brasil, seu anime foi exibido pelo Crunchyroll.

Já o outro anúncio, é o recente sucesso Made in Abyss, escrito por Akihito Tukushi e publicado digitalmente na editora Takeshobo.

Ainda em publicação, com 6 volumes.

Um enorme sistema de poços e cavernas chamado “Abismo” é o único lugar inexplorado no mundo. Criaturas estranhas e maravilhosas residem em suas profundezas, e estão cheias de preciosas relíquias que os seres humanos comuns não poderiam fabricar. Os mistérios do Abismo fascinam os seres humanos e descem para explorá-lo. Os aventureiros que se aventuram no poço são conhecidos como “Cave Raiders”. Uma pequena órfã chamada Rico vive na cidade de Ōsu à beira do abismo. Seu sonho é tornar-se um Raider da caverna como sua mãe e resolver os mistérios do sistema de cavernas. Um dia, Rico começa a explorar as cavernas e descobre um robô que se assemelha a uma criança humana. Sinopse via BBM.

O anime de Made in Abyss, foi uma das grandes surpresas do ano passado, e foi considerado o melhor anime do ano. Sua adaptação foi produzida pelo estúdio Kinema Citrus.

No Brasil, o anime foi exibido pelo serviço de streaming HIDIVE.

Mais detalhes sobre ambas as publicações serão divulgados ao decorrer do ano.

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Os 15 melhores mangás para colecionar hoje

O mercado de mangás do Brasil passa atualmente por sua melhor fase em diversos sentidos. Com os últimos dois anos tidos por muitos como a “Era de Ouro” dos mangás no Brasil, as editoras vem ousando em apostar em diferentes formatos e numa variedade de demografias (shounen, seinen, gekiga, shoujo, etc) impressionante, publicando títulos que se adequam aos mais variados poderes aquisitivos dos leitores. Panini, JBC, NewPOP, Nova Sampa, e Astral são algumas (dentre outras) das editoras que publicam mangás atualmente, com destaque para as três primeiras que vem sobrevivendo à crise.

Mas com tantos títulos sendo lançados mensalmente nas bancas, livrarias e lojas especializadas, quais se destacam? Esta lista tem como objetivo indicar alguns mangás com o melhor custo-benefício, melhor desenvolvimento de história, valor histórico, entre outros aspectos como a duração e formato. É importante ressaltar que esta lista foi redigida com base na opinião de dois redatores do site, e é possível que haja discordância com seu gosto pessoal. Além disso, os títulos não estão rankeados em ordem de melhor para pior ou vice-versa. Sem mais delongas, confira abaixo os quinze títulos escolhidos!

Noragami

Escrito e ilustrado por Adachitoka, Noragami é um shounen. Na história acompanhamos Yato, uma divindade menor do Japão que está em busca de novos fiéis e de ter seu próprio santuário. Para conseguir isso ele anda pela cidade pichando muros com seu número de celular e informando que ajudará as pessoas no que elas precisarem, com a condição de receber cinco ienes pelos seus feitos. Durante um desses seus trabalhos como “deus delivery” ele é salvo de ser atropelado por um caminhão pela jovem Hiyori Iki, que acaba sendo atropelada em seu lugar e fica entre a vida e a morte. Após o atropelamento, Yato decide salvar a vida da menina e essa ação acaba mudando o destino dos dois para sempre, já que após isso, Hiyori começa a sair de seu corpo às vezes, podendo assim andar entre os dois mundos, o dos humanos e o dos mortos. Mesmo não trazendo nada de novo, Noragami se sobressai pelo carisma de seus personagens e pelas lições que o mangá quer passar. Tudo em Noragami é bem equilibrado. É dramático quando tem que ser, sem parecer um dramalhão. As piadas funcionam perfeitamente, e o elenco de apoio é muito bem utilizado. No Japão, o mangá se encontra no volume 17, em publicação desde 2010. No Brasil foi lançado o terceiro volume pela Panini em novembro de 2016. O mangá ganhou duas adaptações em anime, Noragami e Noragami Aragoto, ambas com 13 episódios cada.


Assassination Classroom

Um dos mangás mais inteligentes (e nonsense) já publicados na revista semanal Shōnen Jump, criado por Yuusei Matsui, Assassination Classroom narra a história dos alunos da classe 3-E que tentam diariamente assassinar seu professor, um alienígena amarelo que destruiu 70% da lua e ameaça aniquilar todo o planeta Terra caso não consigam matá-lo no período de um ano. O professor (Koro-sensei) é um exemplo ideal de excelente tutor, e visa transformar os alunos da problemática classe 3-E (a pior de todas) em alunos também exemplares, dedicando sua vida a tornar estes alunos os melhores. A história gira em torno de grupos de personagens, e serve como uma crítica ferrenha ao sistema de ensino japonês. Essas críticas também se aplicam ao sistema de ensino brasileiro, e muitas vezes o autor traça paralelos entre a palavra “assassinato” e o “ideal de humano” que deve ser formado na escola, criando correlações entre ambos os conceitos de forma metafórica. Quando Koro-sensei diz que vai “torná-los os melhores assassinos do mundo“, ele também quer dizer que irá transformar estes alunos nos melhores seres humanos possíveis, ensinando a todos valores e deveres essenciais para que sejam boas pessoas. A obra foi completa em 21 volumes, publicada entre 2012 e 2016, e foi um dos maiores sucessos da Jump no período, alcançando famosos mangás da revista como Naruto e One Piece. O autor sempre deixou claro que encerraria a história quando ele tivesse esgotado o que planejou para o ano de convivência entre Koro-sensei e seus alunos, sem se deixar levar pela ideia de “shounens infinitos” e sem se deixar influenciar pelo sucesso arrebatador das vendas. Graças a estes ideais o artista criou uma obra com poucas falhas, muita ação e situações divertidamente inusitadas. Assassination Classroom é publicado no Brasil pela editora Panini e atualmente encontra-se em sua 15ª edição encadernada.


Terra Formars

Escrito por Yu Sasuga e ilustrado por Ken-Ichi Tachibana, Terra Formars é um mangá seinen de ação, ficção-científica e horror, publicado no Japão desde 2011 na revista semanal Young Jump. No Brasil, a Editora JBC é a detentora dos direitos do mangá, em publicação desde 2015. Narra a história de grupos de humanos geneticamente modificados vindos de diferentes partes da Terra, que vão para Marte, nos anos 2600, enfrentar baratas gigantes que sofreram mutação após tentativas da humanidade de tornar o planeta vermelho habitável, ainda no século XXI. Os 100 humanos escolhidos, detentores de diferentes poderes animais, devem enfrentar a população estimada de 200 milhões de baratas gigantes, com todas as características físicas (e intelectuais) de uma barata comum elevadas em centenas de vezes. Terra Formars une uma história envolvente, personagens carismáticos e uma arte competente e entrega um excelente mangá de ação, com muitas reviravoltas de roteiro e muitos momentos memoráveis. Além disso, o mangá conta com uma base científica bem trabalhada (e realista na medida do possível), sempre contando com apoio de diferentes fontes para criar suas ideias, e também trabalha muitas tramas políticas no desenrolar da história. No Japão, o mangá ainda está em publicação contando com 19 volumes encadernados, enquanto no Brasil estamos na 15ª edição.


Ore Monogatari!!

Mangá shoujo escrito por Kazune Kawahara e ilustrado por Aruko, completo em 13 volumes, Ore Monogatari!! é uma excelente dica até mesmo para quem não é tão fã do gênero. Um dos sucessos mais recentes dos mangás shoujo no Japão (ao lado de Aoharaido e Orange), tem sua história girando em torno de Takeo Gouda, um rapaz totalmente atípico no quesito “protagonistas de mangás shoujo” por ser grande, forte, pesado, e se “assemelhar a um gorila”. Takeo salva uma garota (Yamato) de um abusador no metrô, e eles começam a namorar. As edições então giram em torno do relacionamento dos dois, somado a um grupo de coadjuvantes divertidos como o melhor amigo de Takeo, Sunakawa (que é um típico garoto bonito de shoujos), os amigos da escola de Takeo e Yamato, e até mesmo os pais de Takeo. Todas as situações do mangá são típicas de um shoujo, porém, a dose de humor é bem alta neste título, agradando também os leitores da categoria “comédia romântica“. No Japão, Ore Monogatari!! foi publicado entre 2011 e 2016, na revista mensal Bessatsu Margaret, enquanto no Brasil a detentora de seus direitos é a editora Panini, tendo publicado até o momento apenas 3 volumes da obra, bimestralmente.


Zetman

Masakazu Katsura é um autor conhecido pelo público brasileiro especialmente pela publicação de duas obras suas pela editora JBCVideo Girl e D.N.A². Famoso por sua arte realística bem detalhada e por suas histórias com elementos de ficção-científica, Zetmanseinen de sua autoria, foi o mangá onde o artista se permitiu debandar para o lado da ação. Zetman narra a história de Jin, um órfão que possui uma misteriosa auréola na sua mão esquerda e apresenta capacidades físicas acima do normal. Tendo vivido parte de sua infância na rua, o garoto acaba se envolvendo numa misteriosa trama relacionada a um experimento de uma famosa corporação após um monstro chamado “player” atacá-lo e tirar a vida de seu avô. Jin cresce e se vê mais uma vez envolvido neste misterioso projeto, a qual é sempre referido a ele o codinome Z.E.T. O mangá, completo em 20 volumes, possui cenas de ação magníficas e um grupo de personagens interessantes e bem desenvolvidos, como o garoto Kouga, e sua irmã Konoha. Katsura tece os fios da trama de Zetman aos poucos e de forma fluida, tornando a leitura de cada volume extremamente rápida e prazerosa. O conteúdo da obra é bem adulto, com muita violência e alguma nudez, além dos elementos ecchi (já conhecidos pelos fãs) característicos do autor. A publicação brasileira de Zetman pela JBC está atualmente no 15° volume, com novas edições lançadas bimestralmente.


Blade – A Lâmina do Imortal

Segundo mangá em formato BIG (dois volumes japoneses em um) lançado pela JBC em 2015, Blade de Hiroaki Samura é tido por muitos como um dos melhores mangás de samurai de todos os tempos. No Brasil a obra já havia sido lançada pela editora Conrad em meados de 2004, no formato meio-tanko, e desde outubro de 2015 a obra retornou às livrarias, revisada e num capricho editorial muito superior graças à JBC. O mangá narra a história de Manji, um ronin contratado para matar aqueles que se negam a pagar impostos. Ao notar que estava assassinando inocentes, o assassino se rebela contra seu contratante e acaba o matando, além de assassinar seus 99 guarda-costas. Ao ser salvo, bastante ferido, por uma monge que lhe deu o chamado “chá de vermes”, Manji torna-se imortal e a única forma de reverter seu status de imortalidade e se livrar de sua culpa, sendo capaz de morrer, é matando 1000 criminosos. Blade foi serializado de 1993 a 2012 na revista mensal japonesa Afternoon, casa de muitos outros títulos de qualidade. A obra se encerrou com 30 volumes encadernados, e no formato BIG da JBC, será concluído com apenas 15 edições, sendo que o volume 7 está programado para ser lançado ainda em janeiro de 2017.


One-Punch Man

A história do herói Saitama, criada por ONE e adaptada por Yusuke Murata, é um dos maiores sucessos do Japão atualmente. No Brasil, a editora Panini é detentora dos direitos da obra, e caprichou no acabamento do blockbuster que alcançou fama mundial graças ao anime exibido no ano passado. A trama gira em torno do herói Saitama, o invencível homem que derrota qualquer inimigo com apenas um soco, seu aprendiz Genos, um androide poderoso, e diversas situações cômicas envolvendo vilões inusitados, a Organização dos Heróis e a vida cotidiana do próprio Saitama. Originalmente, One-Punch Man é uma webcomic publicada desde 2009 com roteiro e arte de ONE, e o mangá é um remake publicado digitalmente na Weekly Young Jump, especificamente na Young Jump Web Comics. O remake possui 11 volumes encadernados lançados até o momento, e cativa o leitor graças às diferentes formas que os criadores trabalham a ideia da busca por um inimigo verdadeiramente desafiador para Saitama. Além disso, a arte de Yusuke Murata é uma das mais belas em mangás seinen de ação, com a colaboração de sua equipe de assistentes que aplicam efeitos verdadeiramente cinematográficos para os desenhos, concedendo uma fluidez impressionante, como você pode conferir clicando aqui. Um excelente título para quem busca uma paródia de super-heróis e mangás shounen, com uma leitura despretensiosa e um capricho editorial absurdo.


Arakawa Under The Bridge

Comédia escrita e desenhada por Hikaru Nakamura (autora de Saint Onii-San), completa em 15 volumes e publicada no Japão na revista seinen Young Gangan de 2004 a 2015, Arakawa Under The Bridge é um deleite para fãs do gênero nonsense. O mangá foi trazido ao Brasil pela editora Panini e conta a história da vida de Kou Ichinomiya, herdeiro da grande Ichinomiya Company, que tem como lema “nunca dever nada a ninguém“. Certo dia, um grupo de crianças rouba as calças de Kou e a pendura no alto de uma ponte, onde ele conhece Nino, uma garota loira que acaba salvando a vida de Kou. Como forma de recompensar o favor e sanar a dívida de Kou para com a garota misteriosa (que, é importante dizer, mora debaixo da ponte e diz ter vindo de Vênus), Nino pede para que o rapaz mostre para ela o que é o amor. Com isso, Kou passa a viver debaixo da ponte, onde muitos outros moradores e amigos de Nino também levam suas vidas das formas mais loucas imagináveis. A obra conta com um rol de personagens coadjuvantes brilhantemente bem escritos, todos com suas próprias características e momentos engraçados, e também tece comentários e críticas (não muito sutis, sendo fáceis de identificar) muito pertinentes sobre diversos temas sociais.


Knights of Sidonia

Obra máxima do gênio dos mangás cyberpunk Tsutomu Nihei, Knights of Sidonia é publicado no Brasil pela Editora JBC, e completo em 15 volumes. O mangá (serializado na revista japonesa Afternoon) é um seinen de mechas que narra a história de Nagate Tanikaze, um garoto que cresceu na base subterrânea da nave Sidonia, no ano 3394, após a humanidade fugir do planeta Terra graças aos ataques de uma raça de alienígenas gigantes chamados Gauna. Sidonia é uma das várias naves (com destinos desconhecidos) que fugiram em direção ao espaço, e tem forte influência da cultura japonesa, criando tecnologias e avanços científicos como a reprodução assexuada, clonagem e fotossíntese humana. Nagate, que sempre treinou em simuladores no subterrâneo, sobe à superfície após a morte de seu avô e acaba tornando-se piloto de um Guardião, robôs criados para proteger Sidonia dos ataques de Gaunas, além de desempenharem tarefas braçais como mineração. Knights of Sidonia une a bela arte sombreada de Nihei a diversas ideias de mangás prévios do autor (como Abara, publicado no Brasil pela Panini) e entrega sua obra mais longeva e com melhor desenvolvimento de roteiro e personagens. A vida em Sidonia é narrada com o desenrolar da trama, e diversas subtramas envolvendo até mesmo grandes empresas da nave Sidonia começam a ser criadas com o passar do tempo. O mangá foi adaptado para anime, produzido pela Netflix em 2014, enquanto no Brasil estamos rumando para o lançamento do 8° volume da obra.


Berserk

Mais longeva infinita obra criada por Kentaro Miura, Berserk é um mangá seinen de fantasia medieval já tido por muitos como um verdadeiro clássico dos gibis japoneses. Narra a história de Guts, um ex-mercenário e espadachim amaldiçoado que vaga pelo mundo sem descanso em busca de vingança pelos atos de um antigo rival. O mangá explora diversas facetas humanas, mostrando sempre o melhor e o pior da humanidade, tendo como temas assuntos como isolamento, traição, autopreservação, etc. Berserk é um dos seinens mais populares do Japão, tendo sido publicado em duas revistas diferentes, a Animal House e a Young Animal, ambas mensais; porém, especificamente este mangá possui periodicidade indefinida graças aos constantes hiatos do autor. Apesar disso, a obra possui 38 volumes encadernados, e a arte de Miura é extremamente realística e bem detalhada, sendo cada página um show de exuberância em todos os sentidos. A serialização de Berserk começou em 1989 e no Brasil ele é publicado pela editora Panini em dois formatos, o meio-tanko desde 2005 (que está emparelhado com o Japão), e a nova edição de 2014, revisada e de tankos completos, que encontra-se atualmente em seu 14° volume. O retorno do mangá (que encontra-se em hiato desde setembro de 2016) está previsto para o início de 2017. Berserk também é um dos 60 mangás mais vendidos do Japão.


Vinland Saga

Um mangá sobre vikings, Vinland Saga é a obra máxima de Makoto Yukimura, conhecido por seu mangá de ficção-científica Planetes. Vinland Saga narra a jornada de Thorfinn, um garoto cujo pai foi assassinado por Askeladd, em busca de vingança contra o assassino. Para alcançar seu objetivo e vingar a morte de seu pai desafiando o assassino, Thorfinn une-se ao bando de Askeladd, um grupo famoso de vikings que realizam diversos trabalhos e saqueamentos. Yukimura é um autor antibelicista com ideais que se assemelham muito aos de Osamu Tezuka (conhecido por tecer críticas ao exército e guerras no geral), e apesar disso ficar muito visível em Planetes, o autor toma Vinland Saga como o meio ideal de transmitir sua mensagem à humanidade. Por muito tempo (oito volumes) o mangá serve somente como um prólogo para a verdadeira história que o autor almeja contar, e quando a mensagem fica clara, o roteiro sofre uma reviravolta inesperadamente bela. A calma com que Yukimura desenvolve seus personagens e tece sua trama no desenrolar dos anos é admirável, e apesar de ainda estar em publicação no Japão (com 18 volumes, sendo que o próprio volume 18 será publicado pela Panini em breve, alcançando o Japão), é uma obra que te inspira e desperta uma vontade de ler mais e mais. No Japão, o mangá é publicado mensalmente na revista Afternoon, e vale ressaltar que não existe mangá ou anime algum que retrate a era viking de forma verdadeiramente séria exceto este. Segundo o autor, a obra seria encerrada com 25 volumes, mas pode demorar muito mais visto que ele define a extensão de sua criação conforme o roteiro se desenrola de forma natural. No fim das contas, Vinland Saga é um mangá obrigatório para qualquer coleção.


Vagabond

A vida de Miyamoto Musashi na visão do mangaká Takehiko Inoue é um dos maiores sucessos da Panini atualmente. Após algumas tentativas infrutíferas de outras editoras em dar continuidade à publicação deste mangá tão aclamado no mundo, a multinacional italiana começou a lançar tudo novamente em um novo formato, com nova tradução e acabamento mais luxuoso que o restante de seu catálogo. Vagabond se passa logo após a Batalha de Sekigahara (1600), onde um jovem chamado Takezo e seu amigo Matahachi foram lutar após deixarem sua vila, Miyamoto, buscando fama e glória. Contudo, na Batalha ambos só encontram a derrota, e a partir dali trilham caminhos diferentes em busca de força, numa jornada de autodescobrimento cercada por confrontos e desafios espirituais. O mangá tem maior parte de seu foco na vida de Takezo tornando-se Miyamoto Musashi, grande espadachim e ronin, criador do estilo de luta com duas espadas chamado Niten Ichi Ryu. Takehiko Inoue baseia-se no romance de Eiji Yoshikawa para criar sua própria versão da vida de Musashi, e todas as liberdades criativas que o autor toma com relação ao livro são bem aceitas por não existir um relato totalmente fidedigno da vida do espadachim. O mangá possui 37 volumes encadernados, tendo entrado em hiato no Japão em 2015. A arte de Takehiko Inoue é um dos grandes chamarizes da obra, visto que nela o autor capricha no realismo e cria quadros extremamente bem detalhados. No Brasil, o volume 11 foi lançado em dezembro de 2016.


Slam Dunk

Outra obra de Takehiko Inoue, Slam Dunk é o mangá de esporte mais famoso do mundo, e nono mangá mais vendido do Japão, com mais de 120 milhões de unidades vendidas. Esta história publicada semanalmente na Shounen Jump de 1990 a 1996 e totalizando 31 volumes foi responsável por popularizar o basquete na terra do sol nascente. Takehiko Inoue é um grande fã de basquete (tendo outras duas obras publicadas sobre o esporte, uma ainda em andamento), e através de Slam Dunk ele introduziu o esporte a milhares de leitores, de forma calma e muito fluida, através de bastante comédia. O mangá narra a história de Hanamichi Sakuragi, um delinquente impopular com as garotas (que preferem os garotos que jogam basquete), que conhece Haruko Akagi, irmã do líder do time de basquete do colégio. A garota reconhece o potencial de Sakuragi e o introduz ao time, enquanto ele aceita com o objetivo de impressioná-la, e a partir daí o rapaz começa a conhecer o esporte desde o básico e a desenvolver seu amor pelo basquete. A motivação de Sakuragi é um reflexo do jovem Inoue, que também começou a jogar basquete para tentar impressionar as garotas, e mais tarde desenvolveu um grande amor pelo esporte em si. Graças a resposta dos leitores que passaram a gostar do esporte o autor também organizou o Slam Dunk Scholarship, projeto que dá bolsas de estudo para estudantes japoneses. S.D. já havia sido publicado no Brasil pela editora Conrad há alguns anos, e atualmente a Panini está relançando a obra em um formato mais caprichado e baseado no kanzenban japonês, totalizando 24 volumes e contendo adicionais de qualidade que uma edição luxuosa japonesa proporciona.


Lobo Solitário

Um dos gekigás mais famosos do mundo, a obra de Kazuo Koike e Goseki Kojima é um dos grandes clássicos dos quadrinhos japoneses, tido por muitos como a maior obra quadrinística do Japão, publicado entre 1970 e 1976, totalizando 28 volumes. Lobo Solitário narra a história de Itto Ogami, o carrasco do shogun no Período Edo, que foi desonrado por falsas acusações do clã Yagyu e condenado ao seppuku. Ogami pega seu filho de três anos de idade, Daigoro, após a morte de sua esposa, e com as acusações do clã Yagyu sempre em mente ele toma o caminho de um assassino, viajando com seu filho e arquitetando seu plano de vingança, carregando um estandarte que diz: “Alugo minha espada, alugo meu filho.” Lobo Solitário influenciou grandes autores de quadrinhos e filmes, como Frank Miller, que é um grande fã da obra e foi o responsável por trazer o mangá ao ocidente. A obra foi adaptada em seis filmes, peças de teatro e uma série de TV, muito influente, e Kazuo Koike escreveu algumas sequências para o mangá algum tempo depois do fim. No Brasil, Lobo Solitário já havia sido lançado na íntegra pela Panini, porém agora a obra retorna num acabamento mais luxuoso, com papel offset, orelhas e sempre com uma capa original de Goseki Kojima que a editora teve acesso graças aos kanzenbans. Um clássico absoluto, o mangá é obrigatório para qualquer fã de quadrinhos.


Fullmetal Alchemist

O shounen definitivo de Hiromu Arakawa tido por muitos como um dos melhores mangás de todos os tempos está sendo relançado no Brasil pela editora JBC. Completo em 27 volumes, Fullmetal Alchemist conta a história de Alphonse e Edward Elric, dois irmãos que tentaram ressuscitar a mãe através do uso de alquimia, e falharam. Com o erro, Alphonse perdeu seu corpo e Edward, uma perna. Para restituir a alma do irmão, Edward também sacrificou um braço e prendeu-a dentro de uma armadura. Motivados pela falha, os irmãos dão início à sua jornada em busca da pedra filosofal, um objeto poderoso que permitirá que ambos recuperem seus corpos. A história (que foi publicada mensalmente no Japão) possui um roteiro bem amarrado que não desperdiça nada, planejado desde sempre para ter um início, meio e fim. Hiromu Arakawa também é uma ótima escritora de comédia, e todos seus personagens possuem algum destaque na trama. Fullmetal é uma jornada de superação, emocionando seus leitores com tantos problemas apresentados ao longo da vida dos irmãos, sempre motivados a seguir em frente, e também atiçando a curiosidade de todos graças a alguns mistérios apresentados logo no início da aventura. O mangá está entre os 25 mais vendidos do Japão, totalizando cerca de 65 milhões de cópias vendidas, e já havia sido publicado no Brasil em formato meio-tanko. A publicação atual da JBC é em um acabamento mais caprichado, com papel offset e cor especial prateada nas capas, além da tradução e adaptação revisadas e o lançamento no formato original, totalizando 27 tankos. O volume 5 foi lançado recentemente no Brasil.


Com isso encerramos nossa lista de 15 mangás recomendados para se colecionar atualmente! A variedade de gêneros e lançamentos mensais pelas diversas editoras do país é muito grande, tornando impossível sugerir todos os títulos existentes. Muitos outros mereciam ser indicados e comentados em detalhes, contudo, esta matéria ficaria ainda mais extensa! Quem sabe numa segunda parte?

Está acompanhando algum dos mangás sugeridos? Acha que faltou algo? Alguma sugestão? Comente abaixo!

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Blame! | Um novo marco de qualidade dos mangás no Brasil

Durante a Comic Con Experience 2016 a Editora JBC caprichou nas novidades com diversos lançamentos de qualidade. The Ghost in the Shell, Nijigahara Holograph, o Kanzenban de Cavaleiros do Zodíaco e o Artbook de Lost Canvas eram algumas das publicações disponíveis no estande da editora. Além disso, Blame! de Tsutomu Nihei (autor de Knights of Sidonia, presente na convenção) também foi lançado no evento, com uma qualidade gráfica de ponta, surpreendendo a todos pelo custo-benefício da obra. Confira abaixo todos os detalhes técnicos do mangá!

Tsutomu Nihei é um autor conhecido por suas obras cyberpunk de ficção-científica. Blame! foi sua primeira obra serializada, publicada originalmente na revista japonesa Afternoon entre 1998 e 2003, totalizando 10 volumes. O mangá narra a história de Killy à procura de um humano com genes compatíveis para salvar a humanidade, e foi adaptado em 6 episódios ONA (original net animation) em 2003, além de ter um filme produzido pela Netflix anunciado para 2017. Pelo segundo ano consecutivo, a Editora JBC, que também publica Knights of Sidonia, trouxe um mangaká ao Brasil, e também lançou Blame! como uma publicação bimestral, estabelecendo um novo parâmetro de comparação de qualidade gráfica dos mangás brasileiros, custando apenas R$23,90.

Mangá com sua sobrecapa. O adesivo era um brinde da CCXP 2016.
Mangá com sua sobrecapa. O adesivo foi um brinde da CCXP 2016 e não acompanha o produto.

Cada uma das 10 edições terá sobrecapa (não sobrecapa-pôster, como as de eventos da JBC) e uma média de 210 páginas, sem páginas coloridas. A publicação de mangás com sobrecapa no Brasil, algo similar ao modelo japonês de publicação, onde todos possuem sobrecapa, era tida como inviável até alguns anos atrás. O gasto que a sobrecapa iria impor ao produto tornaria o mangá muito custoso. Contudo, Blame! começou surpreendendo com o anúncio de que a coleção inteira será publicada neste formato, muito similar ao modo japonês, por um preço acessível. The Ghost in the Shell também foi lançado com sobrecapa no evento, contendo duas cores especiais e acompanhada do formato maior da obra (17 x 24 cm) e suas 352 páginas com mais de 60 páginas coloridas.

Sobrecapa aberta, extremamente similar à japonesa.
Sobrecapa aberta, extremamente similar à japonesa.
Ao remover a sobrecapa é possível visualizar a capa completa da obra.
Ao remover a sobrecapa é possível visualizar a capa completa da obra.

Ainda nas especificações técnicas, Blame! é lançado em Papel Lux Cream, o papel utilizado pela editora em suas edições de luxo. Utilizado em outras publicações mais caprichadas como O Cão que Guarda as Estrelas, O Outro Cão que Guarda as Estrelas e Death Note Black Edition, o Lux Cream é um papel tido como um “Offset melhorado“, com um tom mais amarelado ou acinzentado, cansando menos a vista do leitor. Além disso, a espessura do papel Lux Cream utilizado pela JBC em Blame! e nas obras de Takashi Murakami torna inexistente qualquer tipo de transparência, ponto de reclamação recorrente dos mangás em papel jornal e offset.

Páginas de Blame!
Páginas de Blame!
Primeira e última (a clássica página de PARE!) páginas do mangá.
Primeira e última (a clássica página de PARE!) páginas do mangá.

A obra exige atenção do leitor. Nihei é um autor conhecido por sua arte sombreada, e a narrativa de Blame! é caracterizada pelo uso de poucas palavras, dependendo muito da compreensão total dos desenhos do mestre mangaká, diferente de Knights of Sidonia, que apesar de ainda basear-se muito no jogo de sombras do autor, possui diálogos explicativos e descritivos constantes, facilitando a leitura da obra. Ambos os mangás são excelentes pedidas para fãs de ficção-científica, obras cyberpunk e admiradores do gênero seinen. Foi traduzido pelo excelente Denis Kei Kimura e conta com a produção editorial de toda a ótima equipe JBC.

Blame! foi o 15° lançamento da JBC de 2016. Recapitulando suas especificações técnicas, a série é completa em 10 volumes, será de publicação bimestral contendo uma média de 210 páginas em papel Lux Cream e sobrecapa em todas as edições pelo valor de R$23,90.

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Light Novels: O que são e por que você devia se importar

Hoje o papo é sério, então não podemos começar com piadinhas. Se quiser rir por causa de japonês, essa nova novela das seis está cobrindo minha cota muito bem. Sério, vocês viram a Giovanna Antonelli falando (ou tentando falar) em glorioso NIHONGO? Nem preciso mais perder algumas linhas pra dizer que japonês é um povo estranho.

Você, caro leitor das partes menos obscuras (e mais ativas) da Torre, pode não dar a mínima para os meus outros posts. Eu escrevo sobre aqueles desenhos japoneses cheios de garotinhas, afinal de contas. E você gosta mesmo é do Bátima. Eu sei, eu sei. Acontece que esse post em específico, assim como aquela série (que eu ainda vou terminar, prometo) sobre como entrar no mundo dos animes, foi feito justamente pra você.

Dessa vez, vou tentar te vender outra roubada, mas um pouco diferente da anterior. Essa está bem mais próxima da sua zona de conforto do que você imagina, e tem uma influência midiática tão colossal, que a probabilidade de você já ter cruzado com algo diretamente amaldiçoado por ela é enorme. Começaremos pelo começo:

O recado está sendo dado na própria capa da Novel! Não diga que não avisei!
O recado está sendo dado na própria capa da Novel! Não diga que não avisei!

O que são Light Novels?

Segundo a Wikipédia: “são romances ilustrados geralmente no estilo anime/mangá, compilados de folhetins de revistas ou sites na internet“. Mas é claro que isso não explica nada. Vamos expandir um pouco a definição café-com-leite que nos foi dada.

A começar por “São romances“. Apesar de grande parte dos títulos terem algum tipo de relação de fato, romântica, entre seus personagens, o termo ‘romance‘ provém de seu significado mais amplo: uma prosa, um gênero narrativo. No ápice dos meus doze anos de idade, achei engraçado o fato de, na capa nacional de “O Diário de um Banana“, estar escrito que se tratava de “um romance em quadrinhos“. De forma semelhante, light novels são, portanto, prosas. Prosas que, por sua vez, são escritas, como é de se imaginar, em forma de textos. Em bom português, se trata, basicamente, de um livro.

Mas não apenas um livro. Continuando, temos que são “ilustrados“. Interessante, estamos começando a pegar o espírito da coisa. Então, além de ser um livro, uma light novel também possui ilustrações. Isso não é tão incomum assim, claro. Existem diversos livros ilustrados por aí. Se expandirmos o conceito o suficiente, podemos até incluir suas amadas HQs nesse conjunto.

A questão muda de figura (entendeu? Estamos falando de ilustrações! Há!) quando prosseguimos na leitura: “geralmente no estilo anime/mangá“. É agora que a porca torce o rabo. Sei que você fez cara feia quando chegou nessa parte. Tudo bem, eu te entendo. Como já comentei outras vezes, eu também mudaria de calçada se cruzasse comigo mesmo na rua. Nem todo mundo gosta desse estilo de arte, e isso faz com que a resistência dessas pessoas aos ‘animes‘ seja enorme. Muitos acabam perdendo ótimas tramas, com excelentes roteiros e histórias envolventes, apenas por desdém ao modo de exibição.

Você ainda vai ter que lidar com isso, só que em doses homeopáticas.
Você ainda vai ter que lidar com isso, só que em doses homeopáticas.

Mas é por isso que as light novels são tão importantes: elas trazem, no geral, o tipo de trama, narrativa e roteiro que você encontraria em animes e mangás… Mas com 347% (segundo fontes confiáveis) menos arte que você odeia! Hooray! Enquanto ambos os casos citados são repletos desse tipo de desenho, as light novels possuem poucas ilustrações em seu miolo, tendo o seu bruto preenchido por letras. É uma oportunidade que você tem de conhecer esse tipo de escrita sem precisar sofrer com imagens que fazem seus olhos sangrarem.

Fechamos, então, com “compilados de folhetins de revistas ou sites na internet“. Se você está no famigerado grupo dos “Millenials”, que tem causado muitas discussões extremamente irrelevantes na mídia ultimamente, muito provavelmente nunca ouviu falar desse bagulho. E é claro que nunca ouviu mesmo. O único título nacional que eu conheço, que saiu nesse formato, é “Memórias de um Sargento de Milícias“, cuja publicação é datada em mil oitocentos e vovó menina (1852). Imagine algo próximo de… Harry Potter. A autora poderia ter escrito um grande livro contando toda a história do rapaz, mas decidiu fazer sete livros diferentes, com lançamentos mais ou menos igualmente espaçados entre si. Light Novels são publicadas nesse estilo: a cada seis ou doze meses, um ‘volume‘ novo é lançado, continuando a história de onde ela parou da última vez. Pensando enquanto digito, é quase que a mesma coisa que mangás e HQs, não é? Viu só como esse universo não é tão diferente do que você já conhece?

Por que elas são importantes?

Agora que você sabe (mais ou menos) do que estamos tratando, podemos dar um passo à frente. No começo do post eu disse que, além de apresentarem boas narrativas, Light Novels possuem uma influência midiática extraordinária. Você, com certeza, não acreditou em mim; e por isso eu irei provar meu ponto. Me acompanhe:

Se até JoJo tem conteúdo em Light Novels, como você pode ignorar algo tão FABULOSO?
Se até JoJo tem conteúdo em Light Novels, como você pode ignorar algo tão FABULOSO?

Começarei com a mídia que, obviamente, é a mais afetada pelo surto de Light Novels, iniciado em meados dos anos 2000: os animes. E eu sei o que você está pensando, você não se importa com animes, certo? Meu grande objetivo de vida (e a única coisa que me mantém vivo atualmente) é fazer você se importar um dia. Por isso, é importante você saber dessas coisas.

Contando as últimas três temporadas de animes que já não estão mais entre nós (julho, abril e janeiro), aproximadamente um dezesseis avos (1/16) dos títulos são adaptações de Light Novels. Isso pode não parecer muito (e não é mesmo, se comparado ao número de adaptações de mangás, por exemplo), mas se levarmos em conta que cada temporada nos trás, em média, entre quarenta e cinquenta novos shows (com algumas abominações, como Julho/2016, que teve exorbitantes sessenta e quatro novas animações), e que essa proporção está mais ou menos constante nos últimos DEZ ANOS, podemos estimar aproximadamente 125 adaptações de Light Novels, na última década.

Não há como discordar...
Não há como discordar…

E não apenas em quantidade, mas em volume de informações, esse dado é importante: uma obra originalmente escrita para animação é fácil de se trabalhar; um mangá requer um mínimo esforço de leitura, mas grande parte da adaptação pode se basear nas massivas ilustrações. Agora, Light Novels? O diretor do show precisa ler e reler diversas vezes cada volume da obra original, e tirar totalmente de sua cabeça todo o cenário e distribuição de todas as cenas que não são ilustradas. O trabalho nas costas do diretor é diversas ordens de grandeza maior, quando a obra a ser adaptada é uma Light Novel. E mesmo assim, elas continuam sendo adaptadas. Se isso não é um sinal de que elas são importantes, então eu não sei o que é.

Se isso não te convenceu, posso usar mais números para te assustar. Sem problemas. O mercado de Light Novels é surpreendentemente gigante, e movimenta muito dinheiro por ano. Em 2009, esse setor movimentou 30,1 bilhões de Ienes (392 milhões de dólares, na época), representando quase um quarto de todo o lucro da indústria de livros japonesa. Os títulos mais famosos vendem, anualmente, na faixa de um milhão de cópias, apenas no mercado nipônico. E os números são ainda maiores, quando expandimos para o mercado ocidental. Recentemente, a Editora Kadokawa publicou dados sobre as vendas mundiais da Novel de Sword Art Online, e os números ultrapassam os dezenove milhões de exemplares.

Acredite, essa imagem é Real™
Acredite, essa imagem é Real™

Mas você não se importa com nada disso, não é? Parece que tudo que eu falei não está assim “tão influenciado” por Light Novels como eu fiz parecer no início. E se eu disser que, na realidade, até mesmo TOM CRUISE já encarnou um personagem vindo desse meio? Que foi, não acredita? “No Limite do Amanhã“, filme de Doug Liman (diretor de “Senhor e Senhora Smith”, a série de filmes de Jason Bourne, entre outros títulos que eu nunca ouvi falar… Exceto “Jumper”. Adoro esse filme, puta merda.) estrelado pelo galã citado é uma adaptação cinematográfica de nada mais, nada menos… Que uma light novel! Escrita por Hiroshi Sakurazaka em 2004, “All You Need is Kill” foi o primeiro (e único) grande sucesso do autor, que recebeu além do filme, adaptações para graphic novel e para mangá (esse último, publicado no Brasil pela JBC).

Ok, “Isso é um caso a parte“, você deve estar pensando. “Esse negócio de Light Novels continua sendo coisa de Japonês safado“. Ah amigo, eu bem que queria concordar contigo. Bem que queria dizer que você está certo dessa vez… DAGA KOTOWARU Mas eu estaria mentindo. O maior exemplo que posso dar para refutar essa sua hipotética afirmação é uma pessoa que, coincidentemente, surge das terras em que nós pisamos agora: Thiago Lucas Furukawa, nascido no Brasil. Este jovem rapaz futuramente seria conhecido pelo nome artístico de “Yuu Kamiya” (afinal, tenho certeza que ele sofreria bullying no Japão, se tentasse publicar qualquer coisa com o nome de “Thiago Lucas”), é a prova viva que para fazer algo dar certo, só é preciso dar um jeitinho brasileiro.

Piadas a parte, “No Game No Life“, maior obra do jovem tupiniquim, é um sucesso absurdo em todo o mundo: no primeiro semestre de 2013 foram vendidas mais de 255 mil cópias da novel, e um dos volume mais recentes vendeu, só na primeira metade deste ano, 168 mil cópias; Foi adaptado em uma série animada pelo estúdio Madhouse, que teve uma média de 8,5 mil blurays vendidos (que é um bom número, caso você não esteja familiarizado), e que causou uma comoção colossal com o público na internet. Enfim, é uma Light Novel importante nos dias de hoje, e de fazer inveja em muito japonês safado.

Tudo bem, você me convenceu! Que Light Novels eu encontro no Brasil?

Ok, ok, formem uma fila organizada para comprar as suas Light Novels! Tem pra todo mundo! (Isso não são light novels, mas use sua imaginação)
Ok, ok, formem uma fila organizada para comprar as suas Light Novels! Tem pra todo mundo! (Isso não são Novels, mas use sua imaginação)

Ora pois, que bom que perguntou! Embora existam milhões de títulos super interessantes e que não apenas eu, mas muitas pessoas adorariam ver sendo publicados por aqui (inclusive… Junior, se estiver lendo esse post… Dá uma olhada no cantinho de sugestões com carinho, vai? Nunca te pedi nada, só queria um Encontro ao Vivo… *wink*), o mercado nacional de Light Novels ainda está começando a engatinhar. É um nicho relativamente recente, e com poucos títulos a disposição. O seu apoio é essencial nessa fase importante da vida dessa criança, pois é neste momento que começamos a moldar o seu futuro, começamos a ver se ele crescerá forte e saudável e conquistará muitas realizações memoráveis em sua vida, ou se vai acabar como um blogueiro depressivo que escreve sobre desenhos chineses. E eu tenho certeza que, por mais que você não se importe com isso, você não ia querer um destino tão ruim para ninguém, não é?

A melhor forma de mostrar para as editoras que você gosta (ou gostaria de começar a gostar) da mídia, e que adoraria um catálogo maior de títulos, é apoiando os títulos atuais, e orientando-os a que rumo seguir. Se os títulos atuais não te agradam, peça novos! Comente, procure, recomende às editoras! Elas, apesar de parecerem, não são monstros de sete cabeças que vivem em outra dimensão. Se você conversar civilizadamente com elas, elas te responderão com todo o prazer.

No Brasil isso não está tão grave... Ainda...
No Brasil isso não está tão grave… Ainda…

De qualquer maneira, vamos deixar essa parte chata de lado e ir logo ao ponto. Embora existam publicações mais antigas de outras editoras, atualmente, apenas JBC e NewPOP publicam Light Novels no mercado brasileiro, normalmente apenas em lojas especializadas (ou seja, você pode não encontrá-las em sua banca de esquina predileta). Mas é claro que compras online são sempre viáveis. Segue lista:

NewPOP

JBC

E… Ufa! Acabamos por aqui, hoje. Se você realmente chegou até aqui, espero que eu tenha te convencido sobre a importância das Light Novels na mídia atual. E mesmo se você não goste, entenda a sua influência, que aos poucos, se alastra pelas vastidões, e logo logo alcançará você. Isso se já não alcançou. Eu não olharia para trás se fosse você…

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DarkSide Books | Editora também publicará mangás

A editora DarkSide Books, conhecida especificamente por publicar obras de terror com um acabamento de tirar o fôlego, anunciou que também entrará no ramo dos mangás.

E a primeira obra a ter o seu lançamento divulgado foi Fragments of Horror, de Junji Ito.

Capa e contracapa original do primeiro volume.
Capa e contracapa original do primeiro volume.

Sinopse:

A nova coleção de contos deliciosamente macabra do mestre do mangá de horror Junji Ito  trás contos avulsos que são completamente insanos dentre eles temos: Uma mansão de madeira velha que bota pra funcionar os seus moradores, uma aula de dissecação com um assunto muito incomum, e até um funeral onde os mortos não são definitivamente colocados para descansar. A obra vai desde o terrível até a comédia, do erótico ao repugnante, essas histórias mostram a tão esperada volta do Junji Ito para o mundo do horror.

Vale dizer também que será um dos primeiros mangás lançados no Brasil com acabamento em capa dura, um diferencial e tanto que a editora está trazendo.

Bom, pela sinopse já deu pra ver o quão sinistro é esse mangá e também o quanto ele tem a ver com a Darkside Books, estão ansiosos?

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Panini anuncia Dr. Slump, Sakamoto Desu Ga? e Yo-Kai Watch

Durante sua palestra no Anime Friends 2016, a Panini Mangás anunciou três novidades que irão compor seu catálogo, sendo elas: Dr. Slump de Akira Toriyama, Sakamoto Desu Ga? de Nami Sano e Yo-Kai Watch, baseado na franquia de jogos. Confira abaixo todas as informações!

Dr. Slump está de volta ao Brasil. Compondo o catálogo da Panini que já continha Dragon Ball e Ginga Patrol Jako, ambas obras de Akira Toriyama, Dr. Slump é um mangá completo em 18 volumes publicado antes de Dragon Ball, durante 1980 e 1984. O mangá foi o responsável por alçar a fama de Toriyama, e alguns personagens já até mesmo apareceram em Dragon Ball. Dr. Slump foi publicado anteriormente no Brasil pela editora Conrad. A editora Panini disse que ainda não há previsão de data de lançamento, preço ou formato do mangá.

Capa original japonesa do primeiro volume.
Capa original japonesa do primeiro volume.

Dr. Slump se passa na Vila Pinguim, um lugar onde os seres humanos vivem com todos os tipos de animais e outros objetos. Nesta vila, vive Sembe Norimaki, um inventor. Seu apelido é “Dr. Slump”. Ele constrói o que ele espera ser a primeira robô do mundo, a que ele deu nome de Arale Norimaki Sembe. Por ser um inventor muito desastrado, cria uma robô míope, e ela logo acaba precisando usar óculos. Arale é também muito ingênua. Ao contrário dos humanos, ela possui super-força. Em geral, o mangá centra-se em confusões entre Arale, a humanidade e as invenções do Dr. Sembe.

Outro anúncio da editora foi o mangá Sakamoto Desu Ga?, de Nami Sano. Adaptado para anime na última temporada japonesa, Sakamoto é um slice of life de comédia completo em 4 volumes. A história é centrada no incrível e popular garoto chamado Sakamoto, estudante do primeiro ano do ensino médio, adorado por garotas e invejado pelos garotos, que são todos ofuscados graças a magnitude de Sakamoto. Não importa quais problemas ele enfrente, Sakamoto consegue resolver tudo, e embora pareça frio e distante, consegue ajudar todos que precisam.

Capa original japonesa do primeiro (de quatro) volume.
Capa original japonesa do primeiro volume. A obra é completa em apenas quatro volumes.

Assim como Dr. Slump, Sakamoto Desu Ga? não possui maiores informações como preço, formato e data de lançamento.

Por fim, o mangá de Yo-Kai Watch também será trazido ao Brasil pela Panini. Yo-Kai Watch é uma franquia de jogos de RPG eletrônicos que segue a história de um garoto chamado Keita Amano. Um dia, quando estava procurando por insetos no bosque de Sakura New Town, o garoto se depara com uma peculiar máquina de cápsula ao lado de uma árvore sagrada. Quando ele abre uma das cápsulas, aparece um Yo-Kai chamado Whisper, que dá a Keita um dispositivo conhecido como Yo-Kai Watch. Utilizando isto, Keita é capaz de identificar e ver diferentes tipos de Yo-Kai que estão assombrando as pessoas e causando prejuízos. Acompanhados pelo gato Yo-Kai Jibanyan, Keita e Whisper começam a fazer amigos com todos os tipos de monstrinhos, os que ele poderá convocar para lutar contra os Yo-Kai mal-intencionados que habitam a sua cidade, assombrando os moradores e causando problemas terríveis.

Capa do primeiro volume japonês.
Capa do primeiro volume japonês.

O mangá é desenhado por Noriyuki Konishi e produzido pela Level-5, empresa responsável pela franquia de jogos. Atualmente, encontra-se em andamento no Japão com 8 volumes publicados, e também não foram divulgadas maiores informações sobre a edição brasileira.

Para maiores informações acompanhe as redes sociais da Panini Mangás.