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Resident Evil: Village e o Retorno Triunfal da Franquia

Resident Evil é uma das franquias mais famosas no mundo dos videogames. Passando por diversas decepções como o sexto título da franquia, o jogo inovou em sua gameplay com o lançamento de Resident Evil 7 em 2017, apresentando-se em primeira pessoa e retomando as origens do survival horror com características de jogos fluentes na época, como Outlast.

No jogo acompanhamos uma nova história com Ethan Winters, um civil que vai em busca de sua mulher desaparecida. Essa jornada o leva para uma mansão que aparentemente estava abandonada, mas que na realidade estava habitada pela família Baker. O sétimo título da franquia dividiu a opinião dos fãs: enquanto alguns achavam que a essência da franquia havia retornado, outros desaprovaram a câmera em primeira pessoa e o excesso de gore e terror, fazendo com que consequentemente estes dois elementos fossem reduzidos na sua continuação. Inclusive, este foi o jogo da franquia que menos obteve lucro no Japão.

No Metacritic, 'Resident Evil Village' se torna um dos jogos mais bem avaliados da franquiaAgora, alguns anos se passaram desde os eventos do jogo anterior e Ethan Winters vive tranquilamente com a sua esposa, Mia. Ambos estavam construindo uma vida nova com sua filha, Rose, até que Chris Redfield surge e muda a vida dos dois. A partir disso, Ethan se vê em um vilarejo estranho e irá precisar combater os novos monstros da franquia para resgatar sua filha. Sendo uma continuação direta de Resident Evil 7, a trama agora apresenta mais detalhes acerca do universo apresentado no seu antecessor e explora bem os novos personagens inseridos na franquia, seja por meio de diálogos ou documentos – coisa que o título anterior não fez de forma correta.

Por si só a história já consegue ser mais cativante do que a do título anterior – mesmo que o plot inicial seja relativamente semelhante, é diferente do seu antecessor  em diversos aspectos. Enquanto a história de Resident Evil 7 tem um início lento e gradual onde o seu ápice é focado apenas em gore, neste em seus dez minutos iniciais já somos apresentados ao que está por vir em uma sequência de tirar o fôlego e que gera diversas perguntas ao jogador. E em suma, a trama é isso: inúmeros mistérios que surgem a cada momento e provocam uma busca desenfreada pelas respostas, que revela mais ameaças e áreas para se explorar.

Infelizmente o jogo não está livre de momentos tediosos e monótonos em algumas ambientações. Entretanto, no fim das contas, cumpre seu papel e acaba prendendo o jogador do início ao fim. A duração do jogo é relativa, a minha primeira jogatina foi na dificuldade média e explorei o máximo possível dos cenários, demorando cerca de 19 horas registradas na Steam para concluir o jogo.

Resident Evil Village ganha data de lançamento e gameplay para PS5 | Jogos de terror | TechTudo

Outra melhora observada é que, enquanto em seu antecessor os personagens passavam despercebidos (onde o próprio protagonista não era carismático, não tinha rosto e apresentava poucos diálogos), no atual não só o personagem principal como os demais – incluindo alguns vilões da trama – apresentam um certo desenvolvimento e mais diálogos, cativando o jogador e trazendo uma importância aos mesmos. Ethan agora apresenta um rosto, diálogos em todos os momentos com reclamações e comentários sarcásticos a respeito do que está acontecendo. Além disso, sua motivação é clara e é impossível não se ligar aos sentimentos do protagonista e ao seu amor paterno pela Rose.

A partir desse ponto entra uma das decepções do jogo: Lady Dimitrescu. O marketing do jogo deu um foco absurdo em uma das vilãs enquanto durante a jogatina sua presença é bem rápida e não provoca nenhuma sensação ao jogador. Juntando isso ao final medíocre da personagem, ela se torna apenas uma personagem secundária que não foi aproveitada na franquia.

Fica nítido que Resident Evil: Village é um somatório de todos os acertos feitos nos remakes da empresa e no sétimo título junto com as correções que deveriam ter sido feitas nos respectivos jogos.

Impressões: Resident Evil Village relembra atmosfera de RE4

Village pode ser definido como uma junção entre a ambientação e a ação presentes no Resident Evil 4 com a jogabilidade de Resident Evil 7. O jogo se passa em grande parte do tempo no vilarejo semelhante ao que Leon Scott Kennedy visita em seu título, trazendo nostalgia para a jogatina. Conforme você progride, novas ambientações são desbloqueadas sendo elas o local de cada boss do jogo. Todos os cenários são bem feitos e apresentam detalhes impressionantes mas os destaques mesmo são o vilarejo e a casa Beneviento, sendo este último um dos melhores momentos do jogo. Enquanto isso, tal como a personagem o cenário que mais deixa a desejar mesmo é o castelo da Dimitrescu.

Os gráficos do jogo são os mesmos observados nos remakes e no anterior, sendo bem otimizado e rodando tranquilamente em computadores com placa de vídeo integrada no processador – entretanto, o desempenho pode ser comprometido em processadores da AMD segundo os testes realizados e relatos vistos na internet.

Resident Evil Village - PC - Buy it at Nuuvem

Os puzzles do jogo intercalam entre serem bons, exigindo certo raciocínio e entre serem um pouco arrastados em determinados pontos. Os novos inimigos da saga apresentam visuais únicos e apresentam uma IA excelente se comparado com outros jogos da franquia, apresentando um certo nível de desafio e dificuldade principalmente por parte dos chefes. A jogabilidade do título é a mesma apresentada no anterior, com novidades que foram bem-vindas: agora os itens importantes para progressão são separados do inventário normal, não ocupando espaço e há como fazer upgrades no personagem.

Outra novidade é o retorno do modo The Mercenaries, sendo a mesma coisa apresentada nos títulos anteriores: você precisa eliminar um determinado número de inimigos no tempo estipulado para ganhar pontos e desbloquear itens e habilidades para o personagem. Este modo é extremamente nostálgico e divertido para passar o tempo, prolongando a vida útil do jogo.

De fato o único problema observado durante a jogatina foi a dublagem dessincronizada: o áudio, independente da linguagem selecionada, apresentou-se adiado em relação a legenda e a cutscene. Ignorando esse problema que comprometeu um pouco a experiência, o restante do jogo fluiu bem e sem quedas de FPS ou travamentos mesmo utilizando uma placa de vídeo integrada. Até o momento desta análise, o problema não foi corrigido.

More On Chris Redfield's Significant, Darker Role In Resident Evil Village - Game Informer

Então, é bom?

Por mais que certos elementos estejam ausentes neste novo título, Resident Evil: Village acaba sendo o resultado de uma soma onde as variáveis são todos os acertos dos títulos anteriores e, assim, consegue se tornar excelente. Juntando a mecânica do sétimo com a ambientação do quarto, o título consegue transportar o jogador e dar ao mesmo uma imersão na pele de Ethan Winters mesmo que, em alguns momentos, o seu decorrer seja monótono.

De fato o único problema observado durante a jogatina e que afeta levemente a mesma foi o áudio dessincronizado com as cutscenes – desconsiderando isso, tudo o que foi prometido está devidamente entregue neste título. O título está longe de ser o melhor da franquia, mas sem dúvida alguma marca o retorno triunfal da franquia ao ser nostálgico com os elementos do quarto jogo e se consolida como o maior acerto da empresa nesses últimos anos.

Apresentando uma ambientação de tirar o fôlego junto com uma trama sólida e que prende o jogador, Resident Evil: Village é indispensável aos fãs da famosa franquia da Capcom.

Nota: 4/5 – Ouro

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O Death Note da Netflix é aquilo que ele precisava ser

Confesso que nunca fui muito chegado em animes, mas não pude evitar quando a minha timeline do Facebook só estava falando sobre um assunto: O Death Note da Netflix. Claro que como toda adaptação de anime/mangá, os comentários foram negativos. Foram tão negativos, a ponto de eu assistir aos 37 episódios do anime para assistir ao filme. O anime é uma obra fantástica e derruba o estereótipo criado por alguns (inclusive eu) de que os desenhos são japoneses só tem lutinha e humor nonsense, é um thriller policial focado no embate entre duas mentes geniais: Light e L. E o filme da Netflix? É completamente diferente do anime, mas é um exemplo de uma boa adaptação.

Quando falo em adaptação, falo em se adequar a algo, no caso, o Death Note de Adam Wingard se adéqua perfeitamente à sociedade ocidental. Se no anime acompanhamos o perfeito e futuramente sociopata Light Yagami, aqui acompanhamos o imperfeito e instável Light Turner(Nat Wolff), que é basicamente o retrato do adolescente da geração millenium. Ele é o cara esperto, emocional e loser. Ele quer impressionar a garota que ele gosta e não, ser o Deus do Novo Mundo. Sendo assim, posso dizer que o Light da Netflix é você, ou pelo menos, é mais relacionável com o espectador. Vai me dizer que você também não contaria que tem um caderno da morte para impressionar uma garota?

Principalmente uma garota como a Mia(Margaret Qualley), que deixa de ter o papel de namorada submissa e se torna aquilo que Turner não consegue: Kira. É uma decisão muito mais interessante, para falar a verdade. O detetive L(Keith Stanfield) deixa de ser aquele cara estranho com olheira – você provavelmente já quis se sentar como ele se senta – e se torna alguém mais instável e mais equilibrado, alguém mais real. Realidade em um filme sobre um caderno que mata? Real não, verossímil. Se Light e L no anime são tão parecidos por causa da inteligência, os respectivos personagens da adaptação são parecidos em outro aspecto: A instabilidade.

Nesse conjunto de ideias interessantes do novo Death Note, nem todas são bem executadas devido à duração. 1 hora e 40 minutos é muito pouco para ter seu público totalmente investido nos personagens e ele sofre com isso no terceiro ato, em que ele deveria atingir o seu ápice. O trabalho de CGI em Ryuk é incrível e a voz de William Dafoe, é provavelmente a escolha mais acertada do elenco. A direção de Wingard é competente e criativa. As mortes escritas no caderno são criativas e bizarras, como se a intenção do diretor fosse trazer um filme trash repleto de sangue. A montagem também é eficiente e divertida ainda mais com a presença de músicas como The Power of Love. Em nenhum momento é possível ficar entediado devido a rapidez, em um piscar de olhos o filme já terminou.

Death Note definitivamente deveria ser um pouco mais longo em prol do desenvolvimento de personagens, mas é divertido e tem ideias interessantes para se encaixar no contexto ocidental. É aquilo que ele precisava ser, um filme sobre um cara que quer impressionar a garota e não, escrever nomes em um caderno enquanto faz poses comendo batatinhas.

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Death Note | Personagens do anime reagem ao trailer do filme

Com o recente trailer de Death Note produzido pela Netflix sendo divulgado ao mundo, o canal DrMachakil fez um vídeo parodiando  a adaptação americana, onde os personagens do anime reagem com o trailer do mesmo. O resultado ficou hilário!

Confira ao vídeo abaixo:

A trama se desenrola após Light Turner (Nat Wolff) encontrar um caderno que permite matar qualquer pessoa apenas escrevendo seu nome. Então, o melhor detetive do mundo, L (Keith Stanfield), começa uma investigação para descobrir quem é Kira e quais são seus propósitos.

Death Note estreia em 25 Agosto no serviço de streaming.