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NewPOP abre pré-venda e assinatura do mangá Given

Anunciado há pouco mais de uma semana, o mangá Given está chegando ao Brasil pela Editora NewPOP. Agora, a pré-venda já teve início junto do plano de assinatura do mangá que contempla os cinco volumes disponíveis! Confira detalhes abaixo.

A NewPOP traz para o Brasil um dos mangás mais pedidos do último ano! A história apaixonante de Given ganhou uma adaptação em desenho animado em 2019, com uma qualidade que fez jus à história e conquistou fãs em todo o mundo. O animê é uma produção do Estúdio Lerche (Assassination Classroom, Danganronpa, Asobi Asobase) e está disponível na Crunchyroll, que você pode acessar clicando aqui.

Sinopse: “Ritsuka Uenoyama é um guitarrista colegial com talentos de sobra, que por acaso conheceu Mafuyu Sato quando este o pede para trocar as cordas. Na mesma ocasião, Mafuyu pede para que Ritsuka o ensine a tocar guitarra, porém, o guitarrista não gostou muito da ideia. No entanto, ele se vê obrigado a mudar de opinião assim que ouve o canto estonteante de Mafuyu, a ponto de convidá-lo a fazer parte de sua banda.

A assinatura de Given contempla além de um exemplar de cada volume (Volumes 1 ao 5), 5 postais e um pôster no formato A4 exclusivos aos assinantes que serão enviados junto com o Volume 5 e um marcador de páginas, além de frete grátis. Cada volume é enviado assim que lançado pela editora.

Um filme de Given está previsto para estrear no Japão em maio de 2020. Outros mangás da autora Natsuki Kizu são Links e Yukimura-sensei to Kei-kun, ambos de volume único. A editora frisa a importância do apoio, se possível, via assinatura.

A capa do primeiro volume ainda está em produção.

O primeiro volume está previsto para o mês de maio, e o preço de capa de cada edição é de R$ 29,90. Given chega em formato 12,8 x 18,2 cm, com papel offset 90g, página colorida, capa cartonada em couchê brilho e sobrecapa em couchê fosco. A pré-venda individual do primeiro volume pode ser acessada clicando aqui.

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Editora NewPOP anuncia Solo Leveling e A Voz do Silêncio em edição definitiva

Em sua live semanal transmitida no YouTube, a Editora NewPOP anunciou dois títulos que serão lançados futuramente, sendo eles Solo Leveling e relançamento do título A Voz do Silêncio (Koe no Katachi) com novo acabamento gráfico! Confira detalhes abaixo.

Solo Leveling

Manhwa de extremo sucesso na internet, totalmente colorido, de autoria de Chugong e Sung-Rak Jang, Solo Leveling é da NewPOP, que já havia lançado outro manhwa há alguns anos (Tarot Café). A editora ainda não divulgou detalhes gráficos ou previsões acerca deste lançamento, pois ainda está definindo os mesmos.

Saiba mais detalhes da obra clicando aqui.

A Voz do Silêncio – Edição Especial

O título A Voz do Silêncio será relançado pela editora em capa dura, com papel couchê e em formato 2 em 1, contendo material extra inédito e com a inclusão do fanbook oficial no quarto e último volume da coleção. A média de páginas de cada volume será de 300 a 400.

Sinopse: “Shouya é um bully, suas brincadeiras infantis são uma verdadeira tortura para sua colega de classe, Shouko, uma nova aluna surda. Conforme a coisa piora e todos ao seu redor parecem ignorar ou estimular as brincadeiras maldosas, Shouya passa dos limites, forçando Shouko a mudar de escola. Tendo sido considerado o culpado por tudo, agora é ele quem sofre torturas e bullying, aprendendo na pele o seu erro. Agora, seis anos depois, o rapaz decide encarar de frente a menina que atormentou e tentar corrigir os erros do seu passado. Será que ele conseguirá sua redenção?

Ganhador de diversos prêmios no mundo todo, A Voz do Silêncio, no original Koe no Katachi, chegou a ser adaptado para as telonas no final de 2016, tornando-se um dos grandes sucessos do ano. O título lançado pela NewPOP em 2018 está com alguns volumes esgotados, e o relançamento vem também para suprir demanda.

Na semana passada a NewPOP anunciou um grande sucesso de crítica e público de 2019 (ano em que foi animado), o mangá Given. Para saber mais detalhes do anúncio de Given, clique aqui. Também foi divulgado o preço de capa do título: custará R$ 29,90. As edições terão papel offset, com sobrecapa e capa cartonada com couchê brilho. A coleção também terá páginas coloridas em todos os volumes.

Assinantes de Given receberão cinco postais colecionáveis e um minipôster em formato A4. As assinaturas estarão disponíveis a partir da meia-noite do dia 10/04. Acesse a Loja NewPOP clicando aqui.

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Editora NewPOP anuncia lançamento do mangá Given

Em sua live organizada na página do Facebook, a Editora NewPOP anunciou o lançamento do mangá Given, de Natsuki Kizu. Confira detalhes abaixo!

Por algum motivo, a guitarra que ele amava tocar e o basquete que ele adorava jogar perderam a graça. Essa era a vida de Ritsuka Uenoyama até encontrar Mafuyu Sato. Ritsuka tinha começado a perder seu amor pela música, mas ao ouvir Mafuyu cantar pela primeira vez, a canção ressoou em seu coração e a distância entre os dois começou a encurtar.

Given seguirá o formato original japonês com sobrecapa e página colorida, e de acordo com o editor Junior Fonseca, o preço será um pouco acima do valor de capa da coleção de Great Teacher Onizuka, outra série da editora que segue um padrão parecido.

A série conta com cinco volumes lançados até o momento e foi adaptada para animê em 2019 com produção do Estúdio Lerche (Assassination Classroom, Danganronpa, Asobi Asobase). A série animada está disponível na Crunchyroll, que você pode acessar clicando aqui.

Um filme de Given está previsto para estrear no Japão em maio de 2020. Outros mangás da autora Natsuki Kizu são Links e Yukimura-sensei to Kei-kun, ambos de volume único. A publicação nacional de Given terá início em maio e a editora frisa a importância do apoio, se possível, via assinatura que será disponibilizada na loja online da mesma.

Futuros lançamentos, além de Given, serão abordados em lives semanais no YouTube. Clique aqui para se inscrever no canal da editora.

Acesse a loja da Editora NewPOP clicando aqui!

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Resenha | Napping Princess: A Minha História Que Eu Não Conhecia

Publicado pela Editora NewPOP em setembro de 2019, esse volume único, além de uma leitura divertida e leve, é também um exemplar importante para o mercado, por ser uma excelente porta de entrada para o mundo das Light Novels.

Mas vamos começar do começo, e apresentar a obra: “roteiro” do filme de mesmo nome, que saiu em 2017 e foi pré-indicado ao Oscar de animação, a novel foi escrita pelo diretor Kenji Kamiyama (que você talvez conheça por ter dirigido, também, Ghost in the Shell Stand Alone Complex).

A história segue Kokone Morikawa, uma garota “caipira” que vive no interior do Japão com seu pai, o mecânico Momotarou. Com apenas três dias para a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Tóquio, o passado do pai de Kokone vem à tona da forma mais inesperada possível. Com isso, a garota se vê numa missão de salvá-lo de caras maus, tendo como arma apenas um tablet rachado e… As informações que ela consegue no mundo de seus sonhos.

O charme de uma Light Novel está em suas personagens, e o maior gosto de se ler uma série está em acompanhar o crescimento e desenvolvimento dos protagonistas. Por conta disso, livros em volume único acabam sendo meio perigosos pois podem não dar tempo o suficiente para que você se importe com a personagem em questão.
Esse é um problema que eu não encontrei em Napping Princess: em poucas páginas, você já acaba se interessando por Kokone, já que ela é uma personagem tão… Como posso dizer? Intensa. Seja a sua versão do mundo “real” ou dos “sonhos“, ela está sempre fazendo algo, buscando algo. Não há um único minuto sequer pra parar e respirar.
Quer dizer, a menos que você feche o livro. Esse é um dos lados bons de livros né? Você pode parar pra respirar, se quiser.

Como essa imagem do filme mostra… A menina não para!

Para falar da história, acho que já posso ligar com o segundo ponto lá do parágrafo de introdução, sobre essa novel ser uma boa iniciação em Light Novels. De forma grosseira, podemos dizer que uma LN está no meio do caminho entre um Mangá e um Livro, e por causa disso, acaba afastando pessoas de ambos os extremos, com medo da semelhança com o outro lado.
E o que eu acredito é que Napping Princess poderia ajudar a trazer pessoas que gostam de livros de ficção, mas nunca se aventuraram em Light Novels, por serem “muito animê“. A história, mesmo se passando no Japão e dependendo de diversos clichês comuns da mídia, não soa como uma coisa “otaku“, por ter uma ambientação muito mais global.
Em 2020, apesar das iniciativas de guerra e de doenças fatais estarem tendo o maior foco nesse começo de ano, em breve voltaremos nossa atenção ao Japão, por conta das Olimpíadas. É um contexto onde as pessoas param de encarar o país como um “antro de otaquices” e provavelmente lembrarão que se trata de um lugar como qualquer outro. Justamente aqui que nossa história se passa, com todos os holofotes do mundo voltados para a pequena ilha asiática. Dessa forma, conseguimos apresentar, superficialmente, aquilo que você pode esperar de uma obra mais comum do gênero.

Inclusive, esse livro é genial por conseguir atrair pessoas de dois lados opostos da ficção, que normalmente nunca se encontram: aquelas que gostam de fantasia, e aquelas que preferem uma história mais realista. Tendo “dois núcleos” absurdamente diferentes, você pode se interessar mais por um do que por outro, e se divertir na parte que te agradar mais. Eu, por exemplo, fiquei muito intrigado com o mundo de Heartland no ínicio, enquanto as aventuras de Kokone no mundo real não me interessaram muito. Mas com o passar dos capítulos, me vi interessado mais com os acontecimentos de Tóquio do que do mundo fantasioso.

O último ponto que tenho a levantar sobre isso é a ausência de ilustrações. Uma das marcas registradas de Light Novels são seus desenhos internos, a maioria das vezes em “estilo mangá” (ou, como meu pai gosta de dizer, “que parece uns mangázinho“). É mais uma das características que acabam afastando potenciais leitores por passar a impressão de que o material é “muito animê“. Tirando a – belíssima, por sinal – ilustração de capa, não temos mais nada dentro, além de palavras: o miolo é praticamente um livro comum.
Isso pode assustar quem vem do mundo dos mangás, mas para quem está partindo do mundo dos livros, pode ser a bênção que eles precisavam.

Com toda essa baboseira de lado, vamos para a parte importante e o provável motivo de você estar aqui: vamos ser sommelier de lombada. O livro é no “Formato Pocket“, que a editora insistentemente lembra que não é um formato pocket pois é publicado assim no Japão. Dessa forma, você pode colocá-lo lado a lado com seus exemplares de Fate/Zero, No Game No Life, Toradora ou Shakugan no Shana, apenas para citar alguns de mesmo tamanho. Também segue a tendência recente, de vir com miolo em papel Polén Soft e capa cartonada, e se encerra com 246 páginas, fazendo-o não ser muito grosso. Honestamente, um belo exemplar para a sua estante.

Nas questões técnicas, eu devo dizer que não encontrei problemas com a versão nacional. A tão temida revisão da NewPOP vem melhorando nos últimos tempos, e nesse livro, me lembro de encontrar apenas um único erro que passou por ela. A adaptação e tradução também foram bem interessantes, optando por deixar o texto o mais “brasileiro” possível (sem honoríficos, com nomes na ordem ocidental, etc.) e colocando notas de rodapé apenas para conversões monetárias (afinal, ninguém é obrigado a saber quanto que dez mil ienes valem, né?). Foram escolhas que ajudam ainda mais a deixar o livro amigável para quem for marinheiro de primeira viagem.

Créditos da versão nacional.

No geral, uma leitura que não pesou no bolso e nem na cabeça, e que conseguiu me entreter por toda a sua duração. Recomendo a leitura para quem já está acostumado com Light Novels e para quem não está.

Se ficou interessado, você pode ter uma dessa só para você: a Light Novel está disponível e com desconto na loja da Amazon.

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Log Horizon retorna em setembro pela NewPOP Editora

Após um ano e meio ausente das livrarias do Brasil, a série de light novels Log Horizon retornará no mês de setembro em mais um lançamento da NewPOP Editora. Confira detalhes abaixo.

O RPG Online Elder Tale é jogado por milhões de pessoas no mundo todo, no entanto, durante o lançamento de seu décimo segundo pacote de expansão, “Desbravamento da Noosfera”, trinta mil jogadores japoneses são teleportados para o mundo de Elder Tale. Retirados da sua vida normal, o que antes era seu hobby, agora é a dura realidade que eles precisam enfrentar. Em meio à confusão, Shiroe e seus amigos Naotsugu e Akatsuki se unem para desafiar esse novo mundo.

Neste quarto volume, intitulado “Fim do Jogo (Parte 2)“, as aventuras ganharão continuidade: a tensão entre os jogadores e NPC’s aumentará, e o aprendizado obtido nas dungeons pelo grupo de aventureiros sofrerá grandes mudanças.

O terceiro volume da série foi publicado no Brasil em março de 2017, e a mesma entrou em hiato desde então devido a complicações legais que aconteceram no Japão. Com o atraso, a editora NewPOP enfrentou algumas dificuldades para encaixar a série novamente em sua agenda, e aparentemente tudo deverá voltar aos trilhos a partir de agora.

Ainda não sabe o que são light novels? Clique aqui e descubra!

Log Horizon é uma das séries de light novels publicadas pela editora NewPOP, que também lança Re:Zero, No Game No Life, Toradora! e já finalizou Fate/Zero. A adaptação em mangá também é licenciada pela editora, e o único volume disponível já foi lançado simultaneamente com o primeiro da série de novels. A criação e roteiro são de Mamare Touno, e as ilustrações são de Kazuhiro Hara.

Log Horizon Vol. 4: Fim do Jogo (Parte 2) possui 328 páginas encadernadas em formato 18,2 x 12,9 cm, e o preço de capa sugerido é R$ 29,90. Clique aqui para comprar sua edição na pré-venda com preço mais baixo garantido.

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Re:Zero: Começando uma Vida em Outro Mundo – Livro 4

Se você achou que eu tinha desistido de Re:Zero, achou quase certo! Infelizmente por motivos contratuais sou obrigado a dizer apenas a verdade e contar pra vocês que eu vou continuar lendo independente do rumo que o livrinho tomar. Além dos japoneses, eu também sou um pouco estranho.

Para você que está totalmente perdido e caiu aqui de paraquedas, essa é a Re:Zenha (ai meu deus) do quarto volume de “Re:Zero: Começando uma Vida em Outro Mundo“, Light Novel publicada no Brasil pela editora NewPOP e que atualmente conta com cinco (5) volumes publicados. Estamos um pouco atrasados mas vamos chegar lá. Os volumes anteriores foram cobertos (todos sem spoilers de seu respectivo conteúdo) aqui: 1 | 2 | 3

Viemos do terceiro tomo com uma promessa: que agora, finalmente ganharíamos a nossa merecida recompensa por ter aturado Subaru por quase mil páginas; que iríamos receber mais desenvolvimento de mundo, informações faltantes para entendermos onde estamos e para onde vamos.

Podemos dizer que, de certa forma, a promessa foi cumprida. Mas assim como um serelepe gênio da lâmpada, o autor usa da pior interpretação possível das palavras que usamos para nossos desejos: o mundo foi desenvolvido e descobrimos que ele é terrível; e que o único caminho para qual rumamos tem destino o caos, logo ao lado do desespero sem fim, esquina com a agonia eterna.

Queria começar pelo world-building, mas pra isso preciso passar pelas novas personagens, então… Uma enxurrada de pessoas novas, com todos os tipos de aparência, posição social e ganha-pão, mas com uma coisa em comum: terem personas terríveis. Menos o Al, o Al é gente boa.

Se o Al, por baixo da máscara, não for ESTE HOMEM, eu ficarei bravo.

Tá bom, tá bom, posso estar forçando um pouco a barra. Algumas delas não são TÃO ruins assim. Aliás, deixar claro que quando eu digo “ruim”, não estou querendo dizer “mal escrita” ou “pessimamente desenvolvida“, mas sim “coração ruim“, pessoas que têm a alma maldosa mesmo. Porém, isso já era uma característica esperada: quando o maior ponto de exaltação de sua heroína é, justamente, a sua gentileza e seu coração bom, é normal imaginar que seus arredores serão cobertos por tudo quanto existe de ruindade no mundo, para fazê-la se destacar. E Re:Zero faz justamente isso.

Cada um tem sua peculiaridade, e claro, algumas coisas boas para poderem ter salvação, pelo menos. Ao menos, é o que eu gostaria de pensar. É muito triste imaginar que existem tantas pessoas inteiramente ruins em um lugar só, então espero que esses pequenos detalhes que foram trabalhados pelo autor sejam sinais de que no fundo, cada uma dessas personagens sejam boas. Embora admita que algumas não tem salvação…

A grande questão é que, mesmo com o esforço colossal de fazer todo mundo parecer ruim para elevar a bondade da Emilia para níveis Hollywoodianos, uma única pessoa é o suficiente para isso, e não é nenhuma das novas personagens… Meu Deus do céu Subaru, como você consegue?

Eu venho falando mal do nosso amigo protagonista desde os primórdios da criação, e fico feliz de saber que minha expectativa nunca é falha. Ele realmente sempre faz tudo errado, o tempo todo. Ele se esforça de uma forma colossal para conseguir obter o pior resultado possível em suas ações. O cara precisa morrer de duas a quatro vezes ao dia pra entender o que diabos ele tá fazendo de errado. E isso, como você lerá, se torna um problema (gritante) neste volume.

Só que chega desse blá-blá-blá e vamos ao que interessa: World-building. Levou só quatro volumes, mas finalmente começamos a entender o motivo da história inteira acontecer. Não, não tô falando sobre como o Subaru foi isekai-zado, mas logo depois disso. Afinal, tudo começou com o roubo da insígnia, não é?

A sucessão real foi o assunto principal do volume (se excluirmos a teimosia do Subaru, que sempre é o número um), e rapaz, não é que dessa vez o autor acertou em cheio? Conseguiu nos dar um panorama geral da situação, mostrar muito bem quem está envolvido e por quais motivos, e ainda teve a audácia de meter uma meta-piada de quebra de quarta parede no meio da sala do trono do castelo. Eu faço críticas a rodo sem dó nem piedade, mas quando elogios são merecidos, eu não faço descaso. Nesse quesito (e convenhamos, só nesse), tá de parabéns.

Não apenas a sucessão real, mas também aprendemos muito sobre a capital, seus habitantes, suas ordens e grupos, e até mesmo sobre o mundo de Subaru. Confesso que fiquei realmente chocado (ainda é cedo pra dizer se positiva ou negativamente) com as surpresas que envolvem o “mundo real“. Além disso, temos a oportunidade de conhecer mais sobre política, magia e história do mundo alternativo. Foi extremamente produtivo nesse aspecto.

Aos poucos, vão sendo reveladas as peças necessárias para montar o grande quebra-cabeça do mundo de Re:Zero. Afinal, convenhamos: não estamos lendo essa novel por causa de seu protagonista cativante, né? O grande atrativo é o seu mundo rico e cheio de mistérios. O charme está em justamente não ter muitos mistérios de verdade, mas ser um grande mistério por nós não o conhecermos, e irmos descobrindo-o uma parte de cada vez.

Eu sobre a história de Re:Zero, mesmo depois de quatro volumes lidos…

De novo mais uma vez novamente tivemos a edição impecável da NewPOP que já conhecemos. Papel, capa, ilustrações, acabamento, etc etc etc. Eu já cansei de falar sobre a qualidade não só das Novels como de todos os produtos da editora.

Inclusive, dessa vez gostaria de deixar um elogio a mais: a adaptação que a equipe escolheu para os “sotaques” dos personagens. No volume, fomos apresentados a diversos personagens, como citado, mas dois em especial são bem marcantes (por diversos motivos): Priscilla e Al. A garota se encaixa no esteriótipo de “dama chique”, e fala como tal no original; enquanto o homem é a própria definição de “tiozão de anime“, e usaria uma camiseta havaiana se não estivéssemos em outro mundo. Como isso foi localizado para o papel? A garota fala em segunda pessoa como em novelas de época; o homem fala com gírias dos anos 80 e parece ter saído da TV Manchete.

Sério, ficou muito bom, e adorei a escolha. Não sei se foi ideia do Thiago Nojiri (o tradutor) ou foi sugerido a ele por outrem, mas dou os parabéns a equipe pela excelente localização. Não só nisso, como nas “frases antiquadas” da Emília e nas piadas do Subaru.

Agora voltamos a programação normal e damos o nosso já costumeiro puxão de orelha sobre a revisão. Confesso que deu uma melhorada nesse volume, nada muito gritante como no anterior, mas ainda assim, diversos erros bobos, principalmente nos capítulos finais. Depois de notar esse padrão pela quarta vez, fica impossível de negar que o prazo é o culpado. O começo é revisado com calma, e quando a água bate na bunda e a data de entrega aperta, a revisão afrouxa. Tem que ver isso aí, Júnior.

No geral, foi tanto o melhor como o pior volume da série até aqui, dependendo de que parte do livro você pegar pra ver. O que isso significa? De verdade, nem eu sei mais. Acho que dá pra recomendar mais do que o último.

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O que falta para o mercado brasileiro de Light Novels crescer?

Lendo o título da postagem, você pode levantar diversos questionamentos, como por exemplo “Isso é algo que realmente pode ser feito?“; “De onde que um zé ruela que escreve pra um blog poderia ter tirado uma fórmula mágica pra isso?“, ou “A maioria dos problemas não está fora do alcance das editoras?“. E, embora confesse ter sido um pouco sensacionalista na chamada, acredito ser um tema relevante o bastante para discussão, e onde todas as perguntas mencionadas possam ser analisadas e eventualmente, respondidas.

Começo, de cara, respondendo a segunda: longe de mim querer ser o dono da verdade. Mal sou o dono da minha própria vida, quem dera ter razão em alguma coisa. O que eu venho aqui sugerir hoje (destaque pro verbo) é apenas uma (de diversas) formas de tentar dar o empurrão que pode embalar o mercado que hoje é tão parado.

Diferenças postas de lado, me escutem nessa. Light Novels são livros, e todos sabemos que o brasileiro odeia ler. Tá, tá, “odeia” é uma palavra forte, mas vejam as estatísticas: em pesquisa da Ibope Inteligência para o Instituto Pró-Livro em 2015 (a mais recente que pude encontrar sobre o assunto), apenas 56% dos Brasileiros leram (de forma parcial ou integral) algum livro nos últimos três meses. Já começamos mal. Então quando uma Light Novel – que tem, dentre outras possíveis, uma periodicidade trimestral – é publicada, já temos apenas 56% da população como possíveis compradores.

Mas veja o dado seguinte, que intrigante: dentre esses que leram algum livro, 25% deles o fizeram por gostarem do que estão lendo, e 15% estavam interessados somente em se distrair. E também vemos que 30% dos livros são escolhidos devido ao seu ‘Tema ou Assunto‘. Consegue perceber para que lado eu estou querendo levar essa conversa?

Existem tantos gêneros e tantos tipos de Light Novels diferentes, que a nossa tentativa de estereotipar a mídia para fins cômicos acaba sendo a piada. Dos poucos títulos que temos no mercado atual, muitos deles acabam tendo gêneros que se sobrepõem, limitando ainda mais as possibilidades para possíveis leitores. Finalmente chego até meu ponto: o que falta no Brasil é variedade.

Antes que você comece a vir pra cima de mim com três pedras na mão, eu já adianto que eu sei que popularidade dentro do nicho é importante, e que as editoras usam fama de adaptações como termômetro para anúncios. Posso parecer que não entendo absolutamente nada sobre o que estou dizendo (o que é verdade na maioria das vezes), mas tenho noção do que sugerirei agora, e vocês entenderão também, se tiverem saco para ler.

Agora que tudo está colocado no papel, vamos para aquilo que Brasileiro gosta: LISTAS. Todo mundo adora listas, não é verdade? Listarei os gêneros de Light Novel que ainda não têm um representante aqui no país, e darei algumas sugestões (justificadas, pois não quero levar aquelas pedradas do parágrafo anterior) de possíveis títulos.

1 – Comédia

Não, sério? Como não temos um título que seja puramente cômico sendo publicado? Humor é um dos carros-chefe da mídia. Apesar de termos partes com foco cômico em alguns títulos (Re:Zero, No Game No Life ou Log Horizon como exemplos), ainda não existe algo que seja dedicado a isso. As sugestões são óbvias:

  • KonoSuba – Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku o!

Além de fazer parte do clube de “títulos enormes característicos de Light Novels”, KonoSuba foi adaptado em duas temporadas de anime, ambas extremamente populares (Média 4,7/5,0 no Crunchyroll), e tem um “novo projeto animado” já anunciado, podendo fazer ibope para a publicação nacional no futuro.

  • Hataraku Maou-sama!

No longinquo ano de 2013, Hataraku Maou-sama! foi a sensação da garotada. Tá certo que coisas que foram um sucesso cinco anos atrás (é rapaz, 2013 não foi ontem não!) não necessariamente fariam sucesso agora, mas parece que uma Copa do Mundo não é tempo o bastante para largar o osso, não é mesmo?

2 – Harém Escolar Mágico Genérico

O termo acima, cunhado por este mesmo que vos digita, é, provavelmente, o mais próximo do estereótipo de Light Novels que você chegará. Ao menos no mundo animado, quando falamos de “Adaptações de Light Novel”, é isso que vêm a cabeça. O nome ‘correto’ (se é que dá pra ser mais correto do que isso) para o gênero é “Escola Mágica”, mas – quase – todas são acompanhadas por um harém e por clichês literários mais batidos que mulher de vagabundo, então… De qualquer forma, é um gênero que é polarizante, sendo um Hit or Miss, ou você adora, ou você detesta.

  • Mahouka Koukou no Rettousei

Falando no diabo… A Panini recentemente (e repentinamente, convenhamos) anunciou a publicação desta obra… Em sua adaptação para mangá. Assim como a maioria, fiquei decepcionado por não termos recebido a obra original. Acho que só a comoção que foi feita na página da editora no Facebook já é sinal o bastante de que a galerinha tá bem animada com isso. E se quiser mais, a adaptação em anime tem média 4,2/5,0 no Crunchyroll.

  • Gakusen Toshi Asterisk

Tudo bem, podemos argumentar sobre a qualidade da popularidade do anime de Gakusen Toshi Asterisk, mas não podemos negar que popular ele foi. Em suas duas temporadas, com sua mais recente em 2016, o show não saía da boca (e dos teclados) do povo, por ser o ápice de tudo que um Harém Escolar Mágico Genérico é aclamado (ou difamado) por ser.

  • Date A Live

Confesso que esse está na lista por indicação do Redator, mas não me crucifiquem que eu tenho um motivo! Date A Live não foi muito popular na época em que sua adaptação animada saiu, com primeira temporada em 2013 e segunda em 2014, mas ele se encaixa bem no gênero (com certa licença poética). Além disso, a publicidade está garantida, pois uma nova temporada já está anunciada, e confiem em mim quando digo que os arcos que serão cobertos pelo novo anime são ótimos e com certeza gerarão atenção para a obra. Olha que baita oportunidade, hein?

3 – Fantasia Urbana

Como assim? Temos várias novels de fantasia publicadas no Brasil! Você pirou?” Talvez você se indague. É mais uma questão de classificação, no final das contas. Os títulos que poderíamos enquadrar no gênero “Fantasia” acabam sendo engolidos por um gênero maior, mais corpulento e ameaçador: O Isekai. Re:Zero, No Game No Life e Log Horizon são todos títulos de fantasia, é claro. Mas todos eles acontecem em outro mundo, cada um por seu motivo. E justamente por serem obras Isekai, elas têm suas características próprias, deixando os arquétipos de “Fantasia” mais comumente conhecidos de lado.

Fora que nenhum deles é, de fato, uma Fantasia Urbana. Um subgênero da fantasia que, como o nome sugere, se passa no nosso mundo moderno. É uma categoria inteira que não se vê representada no mercado desde o fim da publicação de Fate/Zero, completo em seis volumes pela editora NewPOP.

  • Fate/Apocrypha

Já que o único caso do gênero foi justamente outra obra da franquia… Nada melhor para substituir Fate/Zero do que a sua prima pobre, não é mesmo? As vantagens são diversas: já temos algo no mercado, então já existe um público garantido; Uma adaptação em anime acabou de sair, e também foi deveras popular; E o melhor de tudo, a dita adaptação está disponível na Netflix! Quer divulgação mais abrangente que estar disponível na maior, mais famosa e menos julgada-por-ser-assinante-de plataforma paga do país?

  • Toaru Majutsu no Index

Se você forçar a barra, pode entrar como “Harém Escolar Mágico Genérico” também. Veja só, é dois pelo preço de um! O anime, apesar de criticado por alguns, é extremamente popular, e gerou comoção global quando teve sua terceira temporada anunciada para ainda este ano. Por também possuir um spin-off de grande sucesso, Toaru Kagaku no Railgun, a mídia está sempre na boca do povo. E outro ponto positivo: a série ainda está em publicação, mas foi dividida em duas partes. A primeira parte (chamada de “Velho Testamento”) já está completa. Talvez seja mais fácil e/ou menos arriscado licenciar somente uma parte, com número já estabelecido de volumes.

  • Monogatari Series

Talvez seja cedo demais, talvez o mercado ainda não esteja maduro o bastante para isso, mas Monogatari é uma das obras mais pedidas para todas as editoras, o tempo todo. O meu receio – e talvez dos editores também – em recomendar isso é que a obra é deveras… complicada. Ela é longa, possui uma gramática e ortografia extremamente complexas, e tem diversos títulos com nomes diferentes e que não fazem muito sentido para alguém de fora da bolha. Fico muito frustrado quando vou ver alguma série nova e os livros não tem “Livro 1”, “Livro 2”, etc, na lombada, e cada um tem um nome que não indica de forma alguma em que ordem eu deveria comprá-los.

Apesar dos pesares, o título é pedido com ardor por milhares de fãs ao redor do Brasil. E a franquia não parece dar sinal de estar acabando tão cedo: com novos volumes e novas adaptações sendo anunciadas e lançadas o tempo todo, estará sempre relevante na mídia.

  • Baccano! e Durarara!!

Duas obras pelo aclamado autor Ryōgo Narita, elas seriam o ápice da “Fantasia Urbana”. O anime de Durarara!! teve sua primeira temporada em 2010, e já foi um sucesso. Quando teve sua continuação anunciada, foi outro estardalhaço. Seu episódio final saiu em 2016, e tem uma nota de 4,8/5,0 no Crunchyroll. Baccano! teve sua adaptação em 2007 e repercutiu na mídia recentemente por conta de seu irmão mais novo. Surfando na fama de Durarara!!, acabou voltando a ser pauta.

4 – “Mas o que diabos…?”

Outra parte que define a mídia, que é marca registrada de Light Novels, é o absurdo. O formato pequeno, de periodicidade espaçada e o baixo custo de publicação são os fatores perfeitos que abrem espaço para obras que beiram o surrealismo, e nos fazem questionar nossa sanidade. Em bom português, são aquelas coisas nada a ver com nada e que você tem dificuldades de entender como que um script desses foi aprovado.

Essas obras são muito mais de nicho do que qualquer outra (isso num assunto que já é de nicho), e fica difícil de fazer uma lista igual as anteriores. As coisas absurdas existem e são uma parte importante do mercado, mas não tem tanta repercussão fora do Japão. O melhor que posso fazer é trazer alguns dados do mercado estadunidense de Light Novels:

  • Kumo Desu ga, Nani ka?

Publicado nos Estados Unidos pela Yen Press como “So I’m a Spider, So What?” (“Então Eu Sou Uma Aranha, E Aí?” em tradução livre), temos uma história de uma garota que… Vira uma aranha. Do nada. E é isso, essa é a história.

  • Ore ga Heroine wo Tasukesugite Sekai ga Little Apocalypse!?

Com o título de “I Saved Too Many Girls and Caused the Apocalypse” (“Eu Salvei Garotas Demais e Acabei Causando o Apocalipse?!”), essa obra é publicada pela J-Novel Club e, como o nome sugere, é sobre um rapaz que por motivos absurdos e desculpas esfarrapadas acaba sendo a causa de uma guerra intergalática.

  • Slime Taoshite 300-nen, Shiranai Uchi ni Level Max ni Nattemashita

Se você não se cansou dos títulos monumentais até agora… Está de parabéns. Esse será o último: pela Yen Press, é publicado como “I’ve Been Killing Slimes for 300 Years and Maxed Out My Level” (ou, “Eu Fiquei Matando Slimes Por 300 Anos e Acabei Chegando No Nível Máximo”). Adoro como eu não preciso fazer uma descrição da obra, apenas lendo seu nome já temos prova o suficiente para enquadrá-la na categoria.

Essa categoria te deixou um pouco tonto? Normal, é justamente esse o papel dela. Mas acredite que, assim como memes surrealistas fazem sucesso com um certo público, Light Novels de títulos gigantes e auto-descritivos com premissas absurdas também fazem.

Essas foram apenas algumas sugestões, baseadas na minha – limitada e normalmente errada – visão de mundo. Sei que com certeza nada disso vai mudar o mercado em si, mas apenas ergui a bandeira para uma discussão que pode vir a ter algum efeito de fato. Apesar de isso tudo depender das editoras e seus respectivos manda-chuvas, nós – que compramos as obras e sustentamos a empresa – ainda temos (ou fingimos ter) voz para buscar melhorias e tentar fazer o mercado cada vez melhor.

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Re:Zero: Começando uma Vida em Outro Mundo – Livro 3

Para a surpresa de ninguém que tenha lido o segundo volume, chegamos no terceiro tomo de Re:Zero, aquela novel que você nunca sabe se bota dois pontos pra escrever o subtítulo ou não, pois já tem dois pontos no próprio nome e repetições são feias. Se você caiu de paraquedas aqui e não sabe nem do que eu estou falando, a resenha (sem spoilers) do livro um pode ser um bom começo.

Como dito da última vez, esse volume foi uma continuação do arco da mansão – que, digo para vocês: Deixou de ser da mansão rapidamente – e trouxe não só um fim para o nosso sofrimento, mas também para muitas dúvidas que pairavam no ar.
Bem, todas as dúvidas sanadas podem ser classificadas em duas categorias distintas: ou eram “dúvidas” que você poderia concluir sozinho trinta e dois capítulos atrás; ou eram mais dúvidas relacionadas a fanbase do anime do que à novel em si. Vou falar sobre uma de cada vez.

Começando pela puxada de orelha ao autor, temos as “revelações” (que me esforço para chamar de tal modo) da trama. O que eu normalmente espero quando estou imerso em uma nova história, é que ela consiga me surpreender. Obras cujo foco estão em te manter preso a elas através de reviravoltas (plot twist: quase todas que existem são assim!) precisam… Bem, te manter preso através de reviravoltas.

Quando penso nisso, sempre me vem à cabeça livros de detetive, aquela coisa no melhor estilo Agatha Christie, que te dá dicas aqui e ali, e você interpreta da sua forma, mas nem sempre você está certo no final da história. É sempre uma sensação boa não importa o resultado. Acertou? Satisfação por um trabalho bem feito. Errou? Surpresa por uma reviravolta intrigante.

Ok olha eu sinto muito por isso tá bom, eu não vou nem tentar fazer uma piada relacionando algum livro dela com Re:Zero. Apesar de ter vários, pode escolher: A Mansão Hollow? A Mão Misteriosa? Hora Zero? E no Final a Morte?

Por isso, quando peguei esse volume de Re:Zero, pensei: “Já tenho alguns palpites para as coisas que estão acontecendo… Mas elas parecem estar muito descaradamente fáceis de acertar… Não sou nenhum Xeroque Rolmes, mas acredito que é justamente isso que o autor quer, que eu tome conclusões precipitadas baseadas em suas falácias propositais…“.

Foi um suspense enorme, o autor ficou botando lenha no fogueira pra incendiar minha expectativa… E a realidade foi o maior fogo de palha do mundo. Tudo aconteceu da forma mais óbvia possível, tudo que estava praticamente PREMEDITADO desde o volume anterior aconteceu exatamente como eu estava esperando.
Sério, o autor é péssimo em guardar segredos. Não só as “surpresas” que deveriam ter sido o ponto alto desse volume, mas também a trama que virá no futuro. Acho impossível alguém ler a novel e não conseguir imaginar o que vai acontecer no futuro, ou o motivo de Subaru ter sido evocado para esse outro mundo. É tudo muito descarado, acaba até perdendo a graça.

Voltando ao ponto inicial, a segunda puxada de orelha é quanto a fanbase. Não necessariamente culpa deles, na verdade. Acho que é mais culpa do autor – de novo – do que dos leitores. É sobre como os personagens se desenvolvem ao redor do mundo de Subaru.

Após o fim do volume anterior, me indaguei: “Como diabos as pessoas podem gostar tanto da Rem? O que ela fez aqui é imperdoável!” e mantive esse pensamento durante a leitura do livro seguinte. O que senti foi que a barra estava sendo forçada demais, tentando nos fazer gostar da empregada. Não só dela, mas de outros personagens secundários também (A Beatrice, por exemplo, mas no caso da bibliotecária eu até consigo aceitar, tendo em vista suas ações anteriores).

Não só essa barra (que é gostar de você) que está sendo segurada, mas também a própria personalidade das personagens. Além de tentar nos convencer de que devíamos gostar delas, o autor, do nada, resolve mudar as personagens para fazê-las gostar da pior personagem já escrito na história da humanidade, o Subaru.
Não adianta, cara. Não importa o que você faça, eu nunca vou gostar do Subaru.

Sim, essa é minha conclusão. Jamais vou gostar do Subaru. Que sofra.

Ambos os pontos negativos de lado, posso dizer que o restante do volume (se é que sobrou alguma coisa) foi até que proveitoso. Como já dito anteriormente, a única coisa que me prende a história é o seu mundo e as coisas e pessoas excepcionais que existem nele. Esse volume nos trouxe um grande desenvolvimento de world-building, mesmo quando a melhor parte do livro tenha sido a preview do próximo.
Não, sério, estou ansioso pelo próximo, pois finalmente vamos ter alguma coisa acontecendo.

Sobre a parte física do negócio… Eu não vou nem comentar mais sobre a qualidade da impressão, do acabamento e da lombada. Segue a mesma maravilha dos outros volumes. Se um dia mudar, eu comento.

Agora algo que não mudou mas será sempre comentado é aquela, o nêmesis da editora e que eu preciso sempre cutucar sobre: a revisão. Dentre os três volumes, esse foi o que teve maior número de erros de revisão. São todos erros bobos, coisas que eu, lendo o livro de madrugada, consegui notar. Não consigo entender como esse tipo de coisa continua acontecendo.

Mas nesse volume, pela primeira vez, tivemos alguns erros que prejudicaram o entendimento da obra. Perdi a conta de quantas vezes os nomes Rem e Ram foram trocados. Em algumas frases fica óbvia a troca entre as irmãs (até pelo contexto), mas em alguns momentos, talvez eu tenha realmente tido uma interpretação errada da cena, por pensar que tal fala foi dita por uma das gêmeas, e não a outra.
Isso não pode continuar. Fica difícil defender a obra, a editora, e o mercado de light novels do país, quando esse tipo de erro amador continua acontecendo edição após edição.

Apesar dos pesares, o volume três de Re:Zero foi muito superior ao seu antecessor, e a promessa de COISAS™ no próximo volume nos dá esperança de que a leitura possa continuar valendo a pena. Se acharem com desconto na Amazon, acho que vale o preço.

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NewPOP Day 2018 | Confira os anúncios da editora

Comemorando onze anos desde sua fundação, a Editora NewPOP promoveu o seu já tradicional evento, o NewPOP Day, neste dia 18. Dessa vez em um local maior e mais chique, tivemos programação para todos os gostos, com descontos exclusivos em todo o catálogo (que conta com títulos de diversos gêneros e demografias), palestras, debates, oficinas e interação com o público.

Como não pode faltar em eventos desse calibre, tivemos da boca do próprio editor-chefe Júnior Fonseca, novidades e anúncios da editora para o ano que está apenas começando. Confira os anúncios:

  • Napping Princess – Mangá e Novel – COMPLETO EM 2 VOLUMES (mangá), 1 VOLUME (novel)
  • Ela e seu Gato – Novel – COMPLETO EM 1 VOLUME
  • Joi – Mangá – COMPLETO EM 1 VOLUME
  • Dia Game – Mangá – COMPLETO EM 1 VOLUME

Outras novidades incluem o Retorno de Loveless agora Semestral; Happiness em Junho; GTO com periodicidade mensal; Girls and Panzer e Velvet Kiss em Março, ambos mensais; Toradora em Julho; e a gravação de um tema musical para a editora, na voz da banda Snolkel (que estará no novo CD da banda!).

 

E aí, o que achou dos anúncios? Surpreso por algum título? Esperava algo mais? Qual atingirá seu bolso com sucesso, e qual economizará seu dinheiro no fim do mês? Fique ligado nas novidades aqui na Torre de Vigilância.

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NewPOP Day 2018 está chegando!

Todo ano, a Editora NewPOP faz um evento para comemorar seu aniversário, sempre recheado de atrações, ofertas e anúncios. Estivemos lá ano passado, e fizemos uma cobertura do evento, que contou com bate-papos e palestras, além de todo o catálogo da editora com pomposos descontos.

Há algumas semanas, foram liberadas as informações sobre a edição de 2018, ano em que a editora completa onze anos:

Ela ocorrerá no Domingo, 18 de março, a partir das 13h, e será no Nikkey Palace Hotel, no bairro da Liberdade.

A própria editora compartilhou uma descrição do evento, e destacou que haverão sorteios e novidades:

https://www.facebook.com/editoraNewPOP/photos/a.382923155071755.94911.176604269036979/1804467656250624/?type=3

A NewPOP Editora convida a todos para o “NewPOP Day”, evento especial para celebrar a interação entre nós e nossos leitores! Onze anos atuando no mercado de livros, mangás e quadrinhos, trazendo séries de sucesso, clássicos, light novels e obras de autores renomados.

O “NewPOP Day” acontece no dia 18 de março (domingo), com os portões abertos a partir das 13h, a entrada é gratuita, mas recomendamos chegar cedo, pois as vagas são limitadas e preenchidas em ordem de chegada.

Vocês não podem perder! Teremos promoções exclusivas em todo nosso catálogo, brindes e sorteios entre todos os presentes, além de uma programação especial com bate-papo, novidades da editora e palestras!

Reservamos ainda um lote promocional de copos temáticos e balde de pipoca das séries Street Fighter e Hetalia, além de camisetas e a lata temática do energético Fontt Energy Drink.

Uma outra novidade é a mudança de local, o “NewPOP Day” ocorrerá no Nikkey Palace Hotel, localizado em um ponto da cidade de São Paulo que todos os fãs de cultura oriental adoram: o bairro da Liberdade.

Além de tudo isso, presença confirmada de profissionais da Escola de Desenho ÁreaE (que farão caricatura estilo mangá dos interessados). Não fiquei de fora, leve seus amigos e vista seu cosplay! Nos vemos lá!

A programação do evento também já foi divulgada:

PROGRAMAÇÃO:
13h00 – Abertura
13h30 – Mangás: Além do entretenimento, uma ferramenta de ensino
14h30 – O poder do “Isekai” no Japão
15h30 – Da proposta à distribuição, o duro processo de lançar mangás no Brasil
16h30 – Com a palavra, nosso diretor!

Nossa equipe estará no evento novamente este ano para fazer, mais uma vez, a cobertura das novidades.

Você pode confirmar sua presença e conferir mais detalhes sobre a programação, pelo evento no Facebook.