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Super Mario Bros. Wonder ganha detalhes de gameplay, história, mecânicas e edição especial do Nintendo Switch OLED

Como já noticiado, estava prevista uma apresentação completa sobre a nova aventura de Mario e sua turma em um Nintendo Direct inteiramente dedicado ao game.

Uma das grandes diferenças já destacadas é que o jogo não se passará no conhecido Reino do Cogumelo, mas em um novo mundo chamado Reino da Flor.

Dessa vez, ao invés de resgatar uma princesa, o bigodudo e sua turma terão a missão de ajudar o Príncipe do Reino da Flor, chamado de Florian, a recuperar seu reino das mãos de Bowser que tomou o reino para si com o uso da violência e instaurando o caos.

Mario, Luigi, Peach, Toad, Toadette serão jogáveis sem nenhuma diferença na jogabilidade entre eles. Também serão jogáveis o Yoshi e o Nabbit, esses como opção de acessibilidade e invulneráveis a danos comuns.

Além do novo power-up de Elefante já mostrado, foram apresentados novos poderes que nunca apareceram na franquia, dando uma dinâmica diferenciada ao jogo.

Além do mais foi demonstrado como o multiplayer, local e por internet, funcionará, com várias opções de jogo.

Por fim, foi anunciada uma edição especial do Nintendo Switch OLED inspirado no jogo a ser disponibilizada  em 06 de outubro desse ano.

Confira abaixo o vídeo da apresentação completa:

Super Mario Bros Wonder será lançado exclusivamente para Nintendo Switch em 20 de outubro deste ano.

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The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom ganha seu último trailer

Hoje, dia 13 de abril, como a Nintendo havia anunciado, The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom ganhou o seu trailer de lançamento, e o último dos trailers do game, que foi ao ar em todas as redes sociais por volta das 11 da manhã.

Com o difícil fardo de acompanhar o sucesso de The Legend of Zelda: Breath of the Wild a Nintendo apresentou um emocionante trailer de lançamento para o game, que será uma sequência direta em história, universo e narrativa do seu anterior, como poucos jogos fizeram na franquia.

Confira o trailer na íntegra:

The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom será lançado exclusivamente para o Nintendo Switch no dia 12 de maio deste ano.

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Novo Mundo Velho – Metroid Prime Remastered (Review)

Em novembro de 2002, a Nintendo e a Retro Studios trouxeram um desafio ambicioso e necessário: Transportar as aventuras da caçadora de recompensas Samus Aran, da franquia Metroid, do 2D para o 3D.

Como se não bastasse, a entrega foi ainda mais audaciosa, a franquia Metroid ganharia uma perspectiva em primeira pessoa, em um jogo de tiro nunca visto antes, revolucionando o que entendíamos como FPS (First Person Shooter, ou tiro em primeira pessoa no bom português) em um mercado crescente mas cada vez mais repetitivo na abordagem e execução.

As especulações eram inúmeras, e muitos fãs, inclusive eu mesmo, questionavam de nariz torcido as decisões de abordagem de uma franquia tão querida, focada na exploração e precursora de um subgênero (o Metroidvania) transportada para um mundo em três dimensões visto todo da perspectiva da própria Samus, a eterna protagonista armadurada de toda a franquia.

O jogo saiu e a resposta foi praticamente unânime, sucesso de vendas (dentro do que podia ser em um console que vendeu tão pouco como o GameCube), de crítica e varreu pra longe todas as desconfianças que restavam sobre aquela adaptação com notas altíssimas e o título de um dos melhores jogos de todos os tempos.

Mais de 20 anos depois, depois do Boom de Metroidvanias no mercado de jogos indies (Como Hollow Knight, Dead Cells, Ori, Blasphemous e muitos outros), que expandiram e mudaram ,ao seu modo, o próprio subgênero, será que Metroid Prime ainda entrega uma experiência satisfatória e não datada em sua versão remasterizada?

Remake ou Remaster?

Muito embora, de fato, o jogo tenha sido remasterizado, com a manutenção de tudo o que estava na base do jogo original, há de se ressalvar que as mudanças feitas para deixar o jogo atual são extremamente relevantes para que ele se estabeleça como um jogo do próprio Nintendo Switch.

Isso porque a própria movimentação da personagem e da câmera não atendiam aos padrões atuais de FPS, ficando muito datados na maneira que foram concebidos em relação aos dias de hoje.

Felizmente, os controles foram adaptados em sua integralidade, com várias opções de controle e câmera disponíveis que agrada desde os saudosistas com os controles clássicos do Game Cube, os de movimentação como no Wii, os que correspondem exatamente a um FPS atual, uma trava de câmera mais amigável e até mesmo a possibilidade de controles híbridos e câmera que podem ser jogados tanto pelos botões do controle como podem fazer uso dos controles de movimento do Switch.

E incrivelmente, isso muda tudo!

Além de perfeitamente fluido em sua movimentação e jogabilidade, o tratamento visual que o jogo ganhou também está muito acima da média.

Apesar de tudo estar no mesmo lugar que sempre esteve, o jogo parece outro de tão lindo.

Todas as texturas foram refeitas e redesenhadas do zero, os inimigos e cenários ganharam mais camadas de complexidade visual.

Os efeitos de iluminação, partículas, sombras, e novos detalhes de vegetação fazem o jogo não ficar atrás de nenhum lançamento atual.

Isso tudo a constantes 60 quadros por segundo sem um engasgo sequer. É o tipo de primor de desempenho que poucos games atuais do console da Nintendo tem.

Na solidão do espaço

Uma das características mais importantes da franquia Metroid, além do foco na aventura e na exploração é, sem dúvidas, o sentimento de solidão em um ambiente completamente hostil, consagrado pelo clássico Super Metroid (uma das maiores joias do Super Nintendo) e o medo de muitos fãs se amparava justamente se este sentimento conseguiria ser transposto para um jogo em terceira dimensão em primeira pessoa.

A Retro Studios, no entanto, mostrou exatamente como se faz e a essência de Metroid está em cada pixel do game.

Desde a ausência de diálogos e poucas cutscenes, com cada cenário contando uma história em meio a ruínas do que já foi um pomposo império galáctico, seja pela descrição de itens e monstros obtidos pelo Scanner, ferramenta disponível desde o começo do jogo, seja pela própria disposição do cenário, pelo tipo de inimigos presentes ou até mesmo pelos chefes que são engenhosos e criativos.

Tudo isso embalado em uma trilha sonora excepcional e marcante, fazendo do jogo uma autêntica experiência Metroid.

A aventura e exploração estão lá, cada cenário pode ter inúmeros segredos, e muitos deles você só terá acesso mais tarde, dependendo dos itens e ferramentas que encontrar.

O carinho que Metroid Prime Remastered recebeu foi visto poucas vezes em remasterizações, cada detalhe da tela teve um novo tratamento e até mesmo o HUD que imita como seria a visão do capacete da Samus, está customizável para o tipo de experiência que você procura, podendo até mesmo serem retiradas todas as informações da tela.

O mapa 3D parece um pouco confuso no começo, mas a medida que o jogo passa se torna cada vez mais intuitivo e se torna uma excelente ferramenta para checar onde você já foi ou onde há uma porta ou entrada ainda não explorada.

Desafio de outro mundo

Pela implementação de novas funcionalidades, como a trava de mira e nova opção de dificuldade casual, Metroid Prime Remastered é consideravelmente mais fácil que o Metroid Prime original em alguns momentos mas em nenhum momento o jogo deixa de ser desafiador e bem recompensante.

Na exploração, após vários minutos perdido em sua exploração, o jogo pode dar eventuais dicas de referência no mapa, sem nunca indicar como acessar aquela região mas apenas informar que há algo fora do normal em tal região, pelos reportes do próprio capacete inteligente, sem tirar a imersão do jogo.

O jogo não pega na sua mão nem quando você morre, relembrando o tempo todo como é importante salvar o seu progresso, que será completamente retornado á última vez que você salvou, não importando se você pegou algum item importante ou derrotou algum chefe: o que permanece após a morte de sua personagem é restrito ao que você salvou ou não.

Não salvou? Vai ter que fazer de novo!

Felizmente, há várias salas de salvamento espalhadas (e algumas até escondidas) pelo mapa, e o famoso backtracking que consiste em sempre voltar a lugares que possuíam partes intransponíveis anteriormente vai ajudando com a familiarização dos mapas que são um primor em level design, tornando toda a experiência muito mais orgânica e intuitiva, deixando o jogo desafiador mas nunca frustrante ou com a sensação de “impossível”.

Como uma caçadora

O sentimentos de aventura, solidão, medo, curiosidade e satisfação em um mundo perigoso que se abre cada vez mais que o jogador explora estão lá pra nenhum fã botar defeito, inclusive, apresentados de maneira elegante e muito bem executada.

É tão gostoso jogar Metroid Prime que as horas passam tranquilamente sem notar, e o jogo não se torna tedioso graças à sua refinada percepção de ritmo.

Há desafios de plataforma, puzzles e até inimigos que irão exigir a sua atenção e até mesmo os momentos em que a Samus se transforma em bola com a famosa habilidade Morph ball, presente em todos os jogos da franquia (forçando o jogo a mudar temporariamente para visão em terceira pessoa) abrem múltiplas possibilidades de abordagem e exploração.

Veredito

É assombroso ver que mesmo após mais de 20 anos Metroid Prime brilha e ofusca tranquilamente jogos do mesmo gênero lançados atualmente.

A cadência, os gráficos, a jogabilidade, nada fica atrás de um jogo moderno, inclusive ainda hoje se sobressai em muito da maioria destes.

Metroid Prime Remastered é a versão definitiva de um dos melhores jogos de todos os tempos e aquisição obrigatória a todos os possuidores do console híbrido da Nintendo.

Pra quem ama a caçadora de recompensas espacial mais famosa da galáxia é um verdadeiro presente ver Metroid Prime brilhar como deveria, em resolução e performance.

Nota: 5/5 (Diamante)

E que venha a próxima aventura!

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Consoles Games RPG Séries

Nintendo anuncia portfólio robusto de lançamentos para o Nintendo Switch em 2023

Na última quarta-feira, dia 8 a Nintendo, em mais um de seus eventos de demonstração para apresentação de Line-up de jogos e serviços, o Nintendo Direct apresentou uma relevante quantidade de games com a inclusão de novos serviços muito esperados em sua assinatura online.

Como de costume, vamos seguindo os anúncios na ordem em que foram apresentados!

Pikmin 4

O evento começou com Pikmin 4 e sua primeira demonstração de gameplay.

Fomos apresentados também a novos tipos de Pikmins e um novo companheiro canino chamado de Oatchi com novas funcionalidades e alterações significantes na gameplay.

Será que Shigeru Myiamoto nos surpreenderá outra vez?

Pikmin 4 tem previsão de lançamento no Switch para 21 de julho deste ano.

Dead Cells: Returns to Castlevania

Finalmente a tão esperada expansão de Dead Cells ganha data de lançamento, com direito a trailer de gameplay e um crossover com Castlevania

A DLC chega aos consoles no dia 6 de março.

Xenoblade Chronicles 3 – Passe de Expansão Volume 3

O Volume 3 do Passe de Expansão de de Xenoblade Chronicles 3 será lançado na semana que vem, no dia 15 e além de um novo herói, também trará novos desafios com elementos de roguelike.

Samba de Amigo: Party Central

Nascido no DreamCast, e já tendo passado pro vários consoles portáteis da Nintendo, o jogo rítmico contará com mais de 40 músicas de vários gêneros.

Mario Kart 8 Deluxe – Booster Course Pass Wave 4 

Finalmente foi mostrada a Wave 4 do Pacote de Pistas de Mario Kart 8 Deluxe que ainda não tem data definida, mas que sairá em 2023.

Além de mostrar a nova pista baseada em Yoshi’s Island e um novo piloto, a Birdo.

Sea of Stars

Dos mesmos criadores de The Messenger, o RPG que se passará no mesmo universo será lançado no dia 29 de agosto de 2023.

Além do mais uma demo já está disponível no Switch.

Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon

O spin-off de Bayonetta contará com a bruxona ainda jovem ao lado de seu demônio de estimação Cheshire.

Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon será lançado dia 17 de março de 2023.

Fashion Dreamer

Um jogo focado em  moda  lançado exclusivamente no Switch em 2023 e promete muitas opções de customização e combinação com um volume gigantesco de roupas.

Ghost Trick: Phantom Detective

Um dos grandes nomes do Nintendo DS e chega ao Switch ainda este ano.

DECAPOLICE

A Level-5, a desenvolvedora japonesa de Ni No Kuni, apresentou sua nova franquia de RPG,  DECAPOLICE.

Harmony: The Fall of Reverie

Harmony: The Fall of Reverie é uma nova experiência narrativa dos criadores de Life is Strange e conta a história de uma jovem que consegue viajar entre dimensões para evitar o fim do mundo.

We Love Katamari REROLL + Royal Reverie

We Love Katamari ganhará uma resmasterização para o Switch dia em 2 de junho de 2023 incluindo conteúdo novo.

Omega Strikers

Omega Strikers é um jogo multiplayer online e gratuito que combina futebol hóquei em partidas de 3 contra 3.

O jogo sairá no Switch no dia 27 de abril de 2023.

Splatoon 3 – DLC

A expansão de Splatoon 3 retorna à cidade do primeiro jogo, lançado para Wii U, Inkopolis com bastante conteúdo novo. Além do mais, a expansão será dividida em 2 partes e a segunda, ao que tudo indica, será uma nova campanha.

Disney Illusion Island

Bem vindo a nova aventura de Mickey, Minnie, Pateta e Pato Donald

Disney Illusion Island será lançado dia 28 de julho de 2023.

Octopath Traveler 2

Octopath Traveler 2 ganhou uma demo, já lançada no dia do evento, e você poderá aproveitar os arquivos de salvamento se adquirir o jogo.

O RPG será lançado para Switch, PC e PS5 em 24 de fevereiro de 2023.

Baten Kaitos I & II HD Remaster

A franquia que surgiu no Game Cube e foi desenvolvida originalmente pela Monolith Soft (da série Xenoblade) ganhará uma coletânea remasterizada.

FANTASY LIFE i: The Girl Who Steals Time

Também produzido pelaLevel-5, é uma sequência direta franquia Fantasy Life, que combina RPG com simulação de vida ao bom e velho estilo Harvest Moon.

Professor Layton and the New World of Steam

O terceiro jogo apresentado no evento pela Level-5  trata-se de uma sequência para a aclamada franquia Professor Layton.

Advance Wars 1+2:  ReBoot Camp

Após adiamento em decorrência dos tristes eventos da Ucrânia, Advance Wars 1+2: Boot Camp retorna ao line up e tem previsão para ser lançado no Nintendo Switch dia 21 de abril de deste ano.

Etrian Odyssey Origins Collection

Os três primeiros jogos da franquia Etrian Odyssey serão lançados no Switch e PC no dia1 de junho de 2023 totalmente remasterizados.

Fire Emblem Engage DLC

Parece que a DLC de Fire Emblem Engage trará muito conteúdo incluindo novos anéis de Emblema com os heróis Merrin, Hector, Soren, Camilla, Chrom, Robin e Veronica.

Além disso, a campanha ganhará um novo capítulo chamado Fell Xenologue.

Game Boy e Game Boy Advance no Nintendo Switch Online

Um dos serviços mais esperados e pedidos pelos fãs finalmente foi atendido, o Game Boy e Game Boy Color estarão disponível no Nintendo Switch Online comum, enquanto o Game Boy Advance estará disponível para os assinantes do Expansion Pack.

Para Game Boy, no primeiro dia teremos Tetris, Super Mario Land 2 – 6 moedas de ouro, The Legend of Zelda, Link’s Awakening DX, Gargoyule’s Quest, Game & Watch Gallery 3, Alone in the Dark: The New Nightmare, Metroid II – Return of Samus, Wario Land 3, Kirby’s Dream Land.

O Game Boy Advance começa com The Legend of Zelda: Minish Cap, Super Mario Advance 4: Super Mario Bros. 3, Wario Ware, Inc.: Mega Microgame$, Kuru Kuru Kururin, Mario Kart: Super Circuit, Mario & Luigi: Superstar Saga.

Metroid Prime Remastered

Após muita especulação, Metroid Prime Remastered não apenas foi confirmado como já está disponível desde o término da transmissão do evento.

Master Detective Archives: RAIN CODE

O novo jogo de aventura da equipe de Danganropa ganhou data de lançamento e será exclusivo do Switch no dia 30 de junho.

TRON: Identity

Visual Novel no universo de Tron ganhou novo trailer.

Kirby’s Return to Dream Land Deluxe

O remake de Kirby’s Return to Dream Land, originalmente lançado para Wii, será lançado no dia 24 de fevereiro, e além da demo ficar disponível ao final do evento conhecemos o novo conteúdo do jogo que estará disponível ao terminar a campanha controlando o personagem Magolor.

The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom

Como esperado, The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom encerrou o evento com chave de outo com um novo trailer e confirmando a data já anunciada, dia 12 de maio de 2023.

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Consoles Games

Mario Strikers Battle League: Golaço de diversão e Cartão vermelho no conteúdo!

Super Mario Strikers estreou em 2005 no GameCube com a proposta de ser uma mistura de Futebol de Salão e Mario Kart com muita bagunça, uso de itens clássicos da série do encanador bigodudo e muita diversão.

O título ganhou uma sequência para Nintendo Wii denominada Mario Strikers Charged em 2007 e retorna na geração atual dos consoles de mesa para o Nintendo Swicth sendo um dos jogos mais aguardados do mês de Junho deste ano.

O jogo é totalmente localizado em português do Brasil e simplifica (ao mesmo tempo em que modifica) algumas regras do Futebol clássico para que até pessoas como eu, que não acompanham muito o esporte, conseguem entender muito bem o funcionamento de tudo.

As regras simplificadas do Futsal, no entanto, não tornam o jogo simplório. Há camadas acessíveis de complexidade que são ensinadas pelo competente tutorial do jogo:

Quando você der uma rasteira no jogador inimigo que não estiver com a bola você nãos será penalizado, mas, o time adversário vai receber da torcida uma caixa de item (que terá as cores do time inimigo) que só poderá ser aberta pelo time adversário deixando equilibrada a compensação já que não há o sistema de faltas no jogo. A esquiva na hora certa concede super velocidade ao jogador, incentivando ainda mais o domínio das fintas e ataques. O chute carregado no momento exato também pode render um “chute perfeito” com muito mais chances de acertar o gol que um chute comum, e até passes seguidos na hora certa dão este efeito à bola, que, inclusive, pode ter a sua rota modificada na finalidade enganar o time e o goleiro adversários.

Cada jogador conta com uma jogabilidade diferente, alguns com mais força, outros mais velocidade, outros com mais habilidade no drible e no chute, outros no passe e estas habilidades podem ser modificadas com o sistema de equipamentos do jogo, que podem ser comprados com a moeda do jogo obtida somente através de ganho de partidas rápidas, online e as copas garantem ainda mais moedas para customização do seu time.

Caixas holográficas de itens são jogadas esporadicamente no campo e podem ser adquiridas ao encostar nelas por qualquer membro do time. O time pode carregar até dois itens por vez e terá que usar os itens para conseguir pegar os demais eventuais itens que aparecerão e podem ser utilizados por qualquer jogador do time.

O cogumelo te deixa temporariamente mais rápido, o casco verde corre sem direção ao passo que o casco vermelho vai atrás de quem está atrás da bola.

A banana pode ser arremessada em inimigos próximos ou deixada no campo para alguém escorregar, a bomba pode causar um estrago em vários jogadores ao mesmo tempo e a estrela lhe garante invulnerabilidade por um espaço bem curto de tempo. O uso de todos os itens garante um fato de sorte e bom emprego da ocasião aumentando a variedade de possibilidades da partida, mas atenção, os seus itens também podem atingir você e jogadores do seu time então use-os com sabedoria!

Além do mais, eventualmente, em algum lugar aleatório do campo aparecerá uma esfera de energia garantindo, por um pequeno espaço de tempo, que os jogadores usem o Super Chutaço, que varia de acordo com cada personagem e tem sua própria animação, além de tudo o Super Chutaço quando efetivo garante dois pontos ao invés de somente um ao time que conseguir usá-lo pra atingir a rede rival.

Eu, honestamente, não achei que fosse possível me divertir tanto com um jogo de esporte, mas, a fórmula da Nintendo costuma surpreender em vários aspectos e torna Mario Strikers uma boa fonte de satisfação individual e gargalhadas com os amigos, sobretudo quando jogado de galera.

Após algumas horas de jogo, no entanto, uma falha grave do jogo vai ficando mais evidente: A escassez de conteúdo.

Com pouquíssimas opções de campos (que só afetam cosmeticamente o fundo do cenário e levemente a cor da grama do campo), poucas opções de times, apenas 8 personagens controláveis e um dos modos single player mais fracos já encontrados em jogos da Nintendo, Mario Strikers deixa um gosto agridoce na boca depois de um tempo de jogatina.

Há uma boa dose de emoção encontrada nos esportes, como a reação das torcidas e até mesmo as comemorações dos atletas após marcarem gol, com direito a câmera de replay em vários ângulos e animações variadas de celebração mesmo entre os mesmos personagens.

A limitação na customização dos próprios times que são restritos ao modo online é bem questionável e a incompreensível decisão de que os goleiros sempre serão controlados pela inteligência artificial, mesmo que você traga algum amigo pra jogar com você, dá uma certa frustração na paridade do jogo, já que a própria inteligência artificial dos goleiros é bem inconstante, em algumas partidas o goleiro apanhará a maioria dos chutes ao gol, ao passo que em outras deixará algumas passarem facilmente.

Os oito personagens, no entanto, podem ser controlados localmente por até 8 pessoas, podendo haver personagens repetidos no mesmo time e até escolher se prefere usar o personagem padrão ou com os equipamentos pré-selecionados no menu de equipamentos.

Como cada personagem tem um estatísticas e um Super Chutaço diferente, o uso do especial acaba tornando a partida ainda mais diversificada: Enquanto Mario faz um ciclone de fogo carregar sua bola, Peach faz curvas em forma de coração fazendo com que os inimigos fiquem temporariamente apaixonados, Luigi provoca um furacão que carrega inimigos e por aí vai.

A Nintendo já confirmou que mais conteúdo gratuito será lançado para o jogo, o problema é que, como de costume da grande Japonesa, não há especificação de qual conteúdo será este, e quando o mesmo será disponibilizado. Ao que parece, o certo é que as adições serão periódicas e também seguem sem previsão.

É importante lembrar que até mesmo o modo online ficou disponível somente vários dias após o lançamento do jogo, muito embora encontre-se estável durante as partidas.

Mario Strikers Battle League empolga na jogabilidade acertada, na diversão balanceada e na própria fórmula Nintendo de inserir os esportes no mundo do encanador mais famoso do mundo.

No entanto, peca na escassez de conteúdo, trazendo a impressão de que o jogo não está 100% pronto e sem sequer traz alguma previsão de que um dia o game estará completo para compensar o seu preço cheio e pesando no fator replay ao longo do tempo.

Nota: 3/5 (prata)

Mario Strikers Battle League está disponível para Nintendo Switch desde 10 de junho de 2022.

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Anime Games

Crunchyroll lança aplicativo para Nintendo Switch

Em release de imprensa, a Crunchyroll, plataforma de streaming de animê, anunciou hoje (17) que disponibilizará um novo aplicativo para o console Nintendo Switch, que será lançado ainda nesta quinta-feira.

O aplicativo permitirá que usuários do video-game da Nintendo assistam animês tanto em Modo TV (com o console engatado na base), como no Modo de Mesa ou Modo Portátil. A Crunchyroll ainda será o primeiro aplicativo de streaming a oferecer offline viewing no Nintendo Switch.

Assim como a versão para computador e outras plataformas, usuários poderão assistir animês de graça, mas com anúncios. Ou poderão optar por se tornarem assinantes, para assistir animes sem anúncios à vontade, com novos episódios de séries simulcast lançados logo após a estreia na TV japonesa.

A Crunchyroll disponibilizou, ainda, um vídeo promocional para anunciar o lançamento do app:

Além da versão web e da recém-lançada versão para Nintendo Switch, a Crunchyroll também está disponível para iOS e Android, PlayStation, Xbox, Nintendo Switch, Roku, Android TV, Amazon Fire TV, Apple TV e Chromecast.

Para mais informações sobre a Crunchyroll e o mundo dos animês no geral, fique de olho aqui, na Torre de Vigilância!

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Consoles Games PC

DANÇAR ESTÁ AINDA MELHOR QUE ANTES – JUST DANCE 2022 REVIEW

Logo de início dá pra notar que a navegação em Just Dance 2022 já é um passo de facilidade e intuição considerando os títulos anteriores.

Com mais de quarenta músicas no acervo e nomes como Anitta, Pabllo Vittar, Shakira, Dua Lipa, Olivia Rodrigo e Lady Gagasão apenas alguns dos grandes sucessos desta versão.

Agora tudo é ainda mais direto ao ponto, desde o menu principal com e é (como sempre foi) explicitamente um jogo feito pra te tirar do sofá, mantendo uma característica importante do Just Dance 2021, o Sweaty Mode, onde ao final de cada música é demonstrado o número de calorias gastos em média para a coreografia (além da sua pontuação, é claro).

Dançar agora é visivelmente mais fácil, com melhor definição da iluminação dos braços dos dançarinos, mostrando exatamente como cada movimento deve ser feito. E suar faz parte da diversão, é o tipo de jogo que pode sim ser utilizado até para funções de exercício físico em analogia a uma boa sessão de dança aeróbica ou corridinha.

Além disso é possível ver quantos erros e acertos cada jogador teve durante a música, e o jogo te presenteia com pontos Mojo no final de cada coreografia, com estes pontos Mojo você consegue trocá-los por diversos itens secretos e sortidos do game. Você também consegue pontos Mojo jogando os desafios diários (que dão uma sobrevida boa ao jogo depois de um bom tempo) e também subindo de nível com seu personagem.

Falta de controles extras não são problemas, chame os seus amigos e conecte os smartphones que substituem os sensores de movimento, seja um PS Move no PlayStation ou um Joy-Con no caso do Nintendo Switch.

As playlists disponíveis também são bem intuitivas e harmônicas, com a volta do modo kids para a garotada pequena, o único porém é que nesta sessão não há nenhuma música em português pro entendimento dos mais novinhos.

Falando em “porém”, há um “porém” relevante em Just Dance 2022 que especificamente me incomodou. A propaganda constante do Just Dance Unlimited,  serviço da Ubisoft que dá uma expansão grande ao jogo com centenas de músicas incluindo as dos jogos anteriores.

Quarenta e quatro músicas é um número bem relevante, em um mundo onde o direito autoral cada vez vale mais e mais, e, são suficientes pra muitas horas de suor e diversão, e, sim, a expansão é uma opção bem vinda por justamente não ser obrigatória.

O problema é que o jogo te lembra praticamente o tempo todo que você está com a versão mais “limitada” com propaganda do serviço desde a primeira entrada no menu principal (que se repete a cada vez que você entrar), bem como em alguns submenus é fácil esbarrar em conteúdos bloqueados condicionados à assinatura do serviço, o que dá a cada vez a sensação de que você está com algo que não está completo, o que não é verdade considerando o número de faixas.

Em questões de acessibilidade e inclusão é percebido o passo na direção certa, havendo uma janela considerável para os movimentos, bem como ainda surgem alguns poucos corpos mais variados (bem poucos, mas estão lá).

Just Dance 2022, assim como seus antecessores não prometem reinventar a roda ou sequer mudar dinâmicas que vão bem e segue o ditado de que em time bom não se mexe, aliás, acredito que seja o que todos os fãs esperam de um próximo título da franquia: Novas músicas e coreografias! E nisso, Just Dance 2022 acerta em cheio.

Com um espectro amplo de músicas dançantes, Just Dance 2022 acerta quase em todas as músicas selecionadas e no visual colorido,  que lhe cai bem sem poluir a navegação pela interface do usuário.

Muito suor e risadas aguardam as jogatinas do título.

Nota: 3,5/5 (Prata)

Just Dance 2022 está disponível para Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X, PlayStation 5 e Google Stadia.

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Consoles Gameplay Games

Quando a caçadora se torna a caça | REVIEW Metroid Dread

Em 1994 a Nintendo lançava o aclamadíssimo Super Metroid, terceiro título da franquia Metroid, iniciada no NES em 1986, e trazia um contraste explícito com os outros títulos da empresa. Ao passo que Mario e cia. sempre apresentavam temas leves, músicas felizes e muitas cores aqui as cores eram mortas, a atmosfera sombria e misteriosa com direito a trilha sonora de dar medo nos mais novinhos.

A narrativa, com direito a momentos cinematográficos, casava harmonicamente com momentos de ação, exploração, mistério e principalmente solidão.

Na pele da caçadora de recompensas Samus Aran, você estava totalmente sozinho em um ambiente extremamente hostil, em um engenhoso labirinto vertical, e só você poderia escapar daquela situação obtendo upgrades e voltando em áreas que antes eram inacessíveis (o famoso backtracking) de modo que o jogo, aos poucos, fosse se abrindo mais e mais ao jogador.

Ao final, depois de muito sufoco, você se sentia recompensado controlando uma Samus mais poderosa e capaz de abrir atalhos e caminhos que não eram imagináveis no começo da jornada.

O jogo contou com uma sequência direta lançada em 2002 para Game Boy Advance chamada Metroid Fusion e desde então não houve continuação direta.

Neste meio tempo, Metroid ganhou uma brilhante reformulação para primeira pessoa na trilogia Metroid Prime, que contava eventos anteriores ao terceiro jogo e ganhou remakes no estilo clássico side-scrolling do primeiro e segundo jogos, respectivamente chamados de Metroid Zero Mission (GBA) e Metroid Samus Returns (3DS).

Este último, lançado em 2017 para o Nintendo 3DS, contou com o diretor da obra original e a equipe da MercurySteam e foi o pontapé mais importante para que Metroid Dread visse a luz do dia.

Após o sucesso, a Nintendo, agora aliada à MercurySteam, reviveu os planos do projeto lendário de mesmo nome.

– Sim, Metroid Dread foi inicialmente projetado para o Nintendo DS, em 2006, com nome vazado e teria sido cancelado supostamente após resultados tidos como insatisfatórios com a tecnologia da época ficando apenas como “rumor” na comunidade e mídias especializadas da época.

Com direito a uma bem vinda retrospectiva dos jogos anteriores o jogo começa com uma cutscene contando de maneira resumida e direta os eventos com gráficos modernos e reformulados.

Seguindo diretamente os acontecimentos de Metroid Fusion, Samus Aran é chamada ao planeta ZDR, onde supostamente uma amostra do perigoso parasita X, que teria sido exterminado pela própria Samus na aventura anterior, foi encontrado à paisana neste misterioso planeta. Samus é sinalizada pela Federação Galáctica e vai de encontro a esta poderosa suposta reminiscência de ameaça biológica.

Já no início, com a Samus deitada no chão, temos ciência de que algo aconteceu neste curto espaço de tempo, e que, com alguns flashes, percebemos que Samus foi atacada ao entrar no planeta, sua nave não estava mais ao seu alcance e algo de estranho havia ocorrido com ela mesma.

A jogabilidade é bem fluida e, como em toda aventura, Samus precisa reaver suas habilidades e poderes através da exploração e enfrentamento de chefões começando apenas com seu tiro simples, o parry introduzido em Samus Returns e uma nova rasteira, possibilitando que ela alcance lugares apertados e mudando um pouco a fórmula clássica dos jogos anteriores.

Se nos títulos anteriores a famosa Morphing Ball, que faz com que a protagonista se transforme em uma bola para acessar áreas estreitas, seja um dos primeiríssimos power-ups adquiridos, aqui, com a introdução da rasteira, este item só ficará disponível mais tarde no game, trazendo um estranhamento, mas ao mesmo tempo um frescor ao ritmo do jogo e dificultando um pouco mais a vida do jogador.

Falando em dificuldade e mudança de ritmo temos também os “verdadeiros protagonistas” do jogo, os letais e ágeis robôs de pesquisa E.M.M.I., que patrulham áreas específicas e dão um constante medo ao jogador, que tem que se esconder e contornar confrontos já que essas belezinhas possuem o poder de matar a Samus com um hit.

As suas áreas de patrulha, no entanto, são bastante delimitadas, e não frustram o fator de exploração do jogo. Para derrotar o E.M.M.I. de cada área você precisará do Omega Canon, um upgrade temporário e poderoso que só é obtido após derrotar a unidade central responsável por aquela área de patrulha e que fica imediatamente inabilitado após a destruição de um E.M.M.I.

As perseguições e batalhas contra os E.M.M.I. são eletrizantes e satisfatórias, nestes momentos, inclusive, é onde fica perceptível como o jogo consegue transitar bem entre o side-scrolling e o 3D em terceira pessoa, mesmo que por apenas ângulos de visão quando você está apontando o omega cannon.

Assim como nos títulos anteriores o planeta é dividido em áreas, e estas áreas possuem um próprio mapa a ser preenchido, seja pela exploração, seja pelos mapas adquiridos nas Map Rooms, onde agora é possível salvar o jogo.

O mapa agora é mais amigável, mostrando de amarelo as salas onde são possíveis salvar o jogo, vermelhas para áreas com alta temperatura e azul escuro para áreas com baixa temperatura. Se há algum item pra trás, em uma área que você já explorou, a área ficará piscando no mapa, mas não indicará exatamente em qual parte do quadrante brilhante o item se encontra para não prejudicar a exploração. Há também o registro de porcentagem de itens por área, que é uma implementação de qualidade de vida muito útil para aqueles que, assim como, são maníacos pelos 100%

Cada área tem o seu bioma e inimigos característicos mas, confesso, em comparação com os títulos anteriores, não achei tão marcantes as diferenças entre as áreas pois quase todas compartilham de certas regiões com alta e baixa temperaturas, áreas background robótico/tecnológico e até mesmo as músicas, que são excelentes, não são instantaneamente memoráveis como no resto da série.

Em Super Metroid e Metroid Fusion, por exemplo, era mais evidente as diferenças entre regiões e setores, possibilitando-se adivinhar fácil em qual lugar você estava. A transição entre regiões como Crateria, Brinstar, Maridia e Tourian, ou entre os setores 1, 2, 3 e 4 eram visualmente muito mais perceptíveis pelas diferenças explícitas entre suas paletas de cores, fundo e música.

Isto não significa que Metroid Dread seja feio, longe disso, a direção de arte mais acerta do que erra e talvez tenhamos aqui biomas até mais verossímeis e complexos, não tão heterogêneos e com fundos que contam um pouco mais sobre aquele lugar.

Além dos teletransportes trazidos por Metroid Samus Returns as áreas são conectadas por elevadores e bondes, todos com cenas de loading bem disfarçadas através das lindas cutscenes de transição de imagem para cada mecanismo utilizado.

Os chefes, sem dúvida nenhuma, já não perdem nada em carisma e level design pros bosses da série. Eles até elevam e homenagem alguns já conhecidos. Bem desafiadores, os bosses espalhados pelo jogo lhe farão repensar estratégias, tentar múltiplas vezes, morrer, mudar sua estratégia e, principalmente, memorizar os movesets de cada um. A ambientação de cada batalhe contra chefões, a trilha sonora, e a diversidade movimentos e estratégias são uma verdadeira aula de dificuldade por level design.

A única coisa que eu ressaltaria nas batalhas contra chefes é como a obrigatoriedade do parry em determinadas situações davam uma sensação mais próxima de um quicktime event, já que, em algumas lutas, o acerto do timming do pareamento seja necessário para conseguir matar ou avançar para sua próxima fase caso você erre, e isso dá a impressão que o dano causado não está sendo levado em conta.

Em contrapartida, este caráter não é absoluto sendo que há chefões onde a janela de parry apenas te presenteie com mais oportunidade de causar mais dano, e, quando obrigatório, esta janela se torna mais frequente caso você tenha causado um dano considerável, então não se preocupe.

Outra coisa importante, é que, mesmo com poucos diálogos os mesmos se encontram dublados, com voz até para o computador ADAM, trazido no Fusion, e que tem este nome em homenagem ao antigo comandante da Samus quando a mesma integrava o exército da Federação Galáctica.

Suas salas também se tornaram oportunidade de salvar o jogo e além de por o jogador mais a par do que está acontecendo ADAM dá algumas instruções e insights que podem facilitar a dedução do seu próximo objetivo já que o jogo não o sinalizará no mapa.

Outra coisa que é importante ressaltar, o jogo possui momentos com salvamento automático, então nem sempre que morrer você será punido, sendo levado de volta à última sala de salvamento.

Há a presença de power ups velhos conhecidos como as armaduras Varia Suit (para calores extremos) e Gravity Suit (para andar na água e em frios extremos, como adaptações de poderes como, por exemplo, o Spider Magnet, que te permite grudar em determinadas paredes mas não em forma de bola como na antiga  Spider Ball.

No geral, tanto os poderes já conhecidos como sempre foram, tanto as adaptações de antigos junto aos novos formam uma gama muito gostosa de opções de exploração. A cada power up obtido mais fácil se torna transitar entre salas e mais gostoso acessar e buscar por áreas ainda não vistas ou escondidas.

A história, para não dar spoilers, talvez seja tão polêmica e corajosa que divida a base de fãs, enquanto algumas teorias acabaram se confirmando ainda há bastante pergunta deixada sem resposta e com lacunas imensas para o deleite dos fóruns de especulação da internet.

Explorando bem (e morrendo bastante, bem como ficando perdido na exploração) alcancei 15 horas de jogo quando zerei o game e vi que ainda tinha pego somente 40% dos itens do jogo. Além da deliciosa exploração final pelos 100% dos itens ainda ocorre a habilitação do hard mode para aqueles que já finalizaram a campanha do jogo aumentando consideravelmente o fator replay. E provavelmente aumentando de maneira relevante a duração do jogo já que, sendo bem sincero, não é um jogo fácil nem em seu modo normal. Não se deixe frustrar por algumas mortes, muitas ainda virão e faz parte da experiência. Metroid Dread é difícil mas deliciosamente recompensador.

Em sua imensa maioria de vezes dá pra dizer que o jogo é bem justo e recompensa e até ajuda o jogador na medida certa.

Em questão de performance o jogo fica na maior parte do tempo a 60FPS com eventuais quedas de frames que não chegam a prejudicar a imersão da experiência.

Apesar dos minúsculos tropeços, Metroid Dread alça vôos muito maiores que os detalhes que não afetam em nada a diversão e oferecem uma jornada a altura dos Metroid Clássicos, com direito a plot twist de cair o queixo e um final nada previsível e surpreende de maneira positiva ao invés de frustrar.

NOTA: 5/5 (Diamante)

Metroid Dread é exclusivo de Nintendo Switch e foi lançado no dia 08 de outubro para a plataforma.

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Monster Harvest: Seja bem vindo à Planimália!

Monster Harvest é trazido pela Merge Games (responsável por Alex Kidd in Miracle World DX) e explora conceitos já conhecidos nos gêneros de simulação e monstrinhos colecionáveis a la Pokémon.

Para quem já jogou Stardew Valley e Harvest Moon, Monster Harvest soará bem familiar, em vários aspectos durante a sua jornada, principalmente no começo.

A história é praticamente a mesma que já vimos no gênero, você se muda para uma pacata cidade (chamada Planimália) onde recebe a tarefa de cuidar da fazenda do seu tio, já que ele está muito ocupado com pesquisas sobre o fenômeno que dá um twist inesperado ao gênero de simulação de fazendas: os planimais.

Os planimais são monstrinhos criados através das mutações de plantas com os slimes encontrados nas masmorras, contando o jogo com 75 variações de monstros e possuem o papel semelhante ao de um Pokémon, com direito a batalhas por turno e tudo o mais.

No entanto, até chegar ao verdadeiro brilho do jogo há um enfadonho pedágio a ser pago.

O começo de Monster Harvest pode espantar quem não tem muita paciência, tarefas mais básicas como limpar o terreno quebrando pedras e cortando madeira consomem exageradamente a energia do personagem a um nível que pode quebrar o ritmo de exploração em meio as atividades necessárias já que você é obrigado a dormir para recuperar a sua energia. Caso durma só até a noite, ela se recuperará um pouco, caso durma até o dia seguinte ela se regenera completamente. Comidas ajudam mas não estão muito disponíveis a você desde o começo.

Como é impossível fazer sua fazendo crescer sem remover pedras e galhos para apanhar matérias e, com apenas 9 sementes de plantio, o começo do jogo por vezes parecerá mais trabalho do que Happy Hour, até o jogo realmente engrenar.

É importante lembrar que os ciclos de dia e noite importam e os adoráveis gráficos pixelados ganham maior destaque devido ao cuidado aos detalhes na ambientação. Reflexos em tempo real nas águas, vagalumes à noite e três estações definidas (Estação seca, estação úmida e estação escura) dão um dinamismo muito bem-vindo e que demonstram a dedicação dos desenvolvedores no jogo.

As plantas necessitam de cuidado como a atividade de regá-las todos os dias, com exceção dos dias chuvosos, onde esse trabalho fica com a mãe natureza.

Os próprios planimais, precisam de todo um cuidado para a criação pois só será seguro leva-los consigo assim que estiverem totalmente crescidos e desenvolvidos.

O jogo brilha com o desenrolar dos dias (e conta com um calendário interno) e as visitas às masmorras, onde você encontrará slimes, materiais de decoração, materiais de crafting e desafios como as lutas entre Planimais ao melhor estilo Pokémon: Batalhas de turnos com ações para cada Planimal e sempre de 1 contra 1.

Até mesmo a primeira masmorra do game poder ser bem desafiadora, requerendo paciência e estratégia em relação a sua movimentação e seu arsenal de Planimais aliados mas no decorrer do jogo ele vai ficando mais amigável e consequente mais fácil.

A trilha sonora não deixa nada a desejar, e combina perfeitamente com o visual pixelado do jogo, uma harmonia bem vista até nas trocas de ambientes.

O jogo está localizado no Português do Brasil brilhantemente, inclusive na versão de Nintendo Switch, onde jogamos o game.

O visível elefante no meio da sala, no entanto, precisa ser mencionado: as referências aos seus títulos de inspiração as vezes chegam a ser parecidos até demais, levando a inevitáveis comparações com Stardew Valley e Pokémon e o problema maior é que, se comparado a tais franquias, ele não consegue se destacar com toda a maestria merecida.

Há um sistema de relacionamentos de relacionamentos com os moradores, mas o sistema é muito simplificado e raso, faltando, na maioria das vezes, a motivação para investir na amizade com outros personagens.

As batalhas entre planimais são bastante divertidas, mas os monstrinhos também possuem limitações rasas pra quem está acostumado com sistemas complexos de Pokémon.

Isso não faz com que o jogo deixe de ser divertido, é justamente a soma destas mecânicas tão diferentes que fazem o game brilhar do seu jeitinho carismático.

Há uma misteriosa e empolgante trama envolvendo uma corporação industrial que estaria utilizando slimes para algo maligno, os personagens são interessantes e tem histórias a contar, que inclusive envolvem o seu personagem, já que a cidade não lhe é estranha, afinal, parte da sua infância foi aqui.

Durante a minha jogatina experimentei alguns pequenos bugs que incluíam até o uso do teclado do jogo, que, infelizmente, não se aproveita dos recursos touchscreen do Nintendo Switch onde poderia brilhar ainda mais.

Veredito:

Monster Harvest é uma excelente escolha para quem gosta do gênero de simulação de fazenda com o fator diferente dos planimais, que podem mudar e complementar a experiência.

No entanto, o jogo não traz nada que não tenhamos visto antes, e peca um pouco quando isolamos as mecânicas que ficam mais simplificadas, devendo ser levado em conta a soma destas mecânicas para realmente brilhar, nada que torne o jogo menos divertido e viciante, mas que definitivamente não o torna para qualquer jogador.

Nota 3.5 (Prata)

O jogo foi lançado hoje, dia 31 de agosto, para as plataformas PC, Nintendo Switch, Xbox One e PS4 (Xbox Series e PS5 através de retrocompatibilidade) e foi nos gentilmente fornecido com antecedência pela Merge Games.

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Metal Slug Tactics é anunciado para Nintendo Switch com lançamento previsto para 2022

 Nesta quarta-feira (11/08/21) aconteceu o evento Nintendo Indie World, evento periódico da Nintendo para dar destaque aos lançamentos de jogos indies de maior relevância para sua plataforma Nintendo Switch.

Um dos principais destaques é o novo Metal Slug Tactics, uma nova perspectiva sobre a amada franquia de shooter arcade Metal Slug!

O game será um RPG tático, ao estilo dos já conhecidos Final Fantasy Tactics, Advance Wars e Fire Emblem, com combate baseado em turnos e foco na estratégia de movimentação e ações de seu exército que contará contará com personagens clássicos como Marco, Eri, Fio e Tarma.

Em desenvolvimento pelo Leikir Studio com distribuição pela DotEmu (mais conhecida pelo lançamento de Streets of Rafe 4) o jogo ainda não conta com uma data de lançamento específica mas com uma janela de previsão para o ano de 2022.

Prometido como uma sequência direta dos eventos dos últimos games da franquia, Metal Slug Tactics, terá elementos de roguelike como criação de desafios procedurais, ou seja, o algoritmo do jogo criará as fases aleatoriamente (respeitando as regras e condições dos desenvolvedores), de forma a manter os desafios sempre imprevisíveis e requerendo novas estratégias.

Contando com um arsenal já conhecido na série, como metralhadoras pesadas e tanques de guerra, o jogo teve um curto trailer gameplay revelando um estilo pixel-art combinado com artes gráficas conceituais:

 

Importante lembrar que o jogo também está previsto para PC através da plataforma da Valve, a Steam, com a mesma janela de previsão de janela de lançamento para 2022.