Mais uma parte de nossa cobertura chega e dessa vez vamos dar atenção aos cosplayers. Todos os eventos hoje têm centenas de visitantes que se vestem de seus personagens favoritos e nos jogos a situação é a mesma. Na BGS 10, à partir do terceiro dia (13/10) a quantidade de Cosplayers começou a aumentar, muito por ser o dia em que Hideo Kojima seria jurado de um dos concursos. Por alguns momentos era mais comum ver cosplay que qualquer outro tipo de visitante caminhando pela feira. Confira à seguir uma seleção que fizemos de todos os dias que estivemos por lá:
Os concursos de Cosplay tinham um palco especial reservado para as atrações. Além de Kojima, Nolan Bushnell e Alexandre Henderson foram jurados ilustres dos concursos.
O prêmio era 1 ano de cinema grátis na rede que patrocinava o concurso com exceção do concurso especial de Metal Gear, onde o vencedor ganhou a cadeira de jurado usada por Kojima autografada pelo próprio. Os vencedores foram:
Yuna, de Final Fantasy X
Dr Eggman (Robotnik), de Sonic The Hedgehog
Raiden, de Metal Gear Rising (Vencedor do concurso especial Hideo Kojima)
Apesar de tantas imagens, nossa cobertura ainda não acabou! Logo mais sai a quinta e última parte de nossa presença na BGS 10 com as últimas análises e considerações finais. Até lá!
As dores e bolhas nos pés compensavam a cada nova atração que aparecia na BGS, mas antes de mais uma parte da série de demos testadas na feira, gostaria de dar destaque aos vários painéis e auditórios que ocorreram durante a feira. Espalhados por diferentes estandes e palcos, aqui vai uma seleção dos mais importantes que presenciamos:
Lifetime Achievement Award com Hideo Kojima
O provável painel mais aguardado da BGS foi dia 12/10. Sua inscrição no site do próprio evento esgotou em poucas horas, superando apenas o Meet and Greet do próprio Kojima onde sua inscrição foi encerrada em menos de 2 minutos. O público estava ávido a ver Hideo no palco com seu carisma e absoluta harmonia com os fãs. A espera valeu? A meu ver, de certa forma, não!
O começo já estava errado. Lembram as inscrições? Pois bem, serviram para nada. Qualquer um podia chegar à plateia que cercava o palco da BGC (Brasil Game Cup, porque é o mesmo lugar usado para torneios durante o evento) sem precisar ter em seu celular ou de forma impressa o comprovante de inscrição. Ora essa: Então para que fazer? Ninguém chegou perto de mim ou de qualquer outro para checar se eu estava de fato inscrito. O local não tinha paredes ou entrada, era só chegar e sentar. O problema não se tornou de fato real porque todos os assentos não foram preenchidos, mas se fosse…
Os dois apresentadores chegaram após a apresentação da banda Vivalma, que já havia feito um pocket show bem bacana antes do evento principal. Tudo parecia promissor, mas o maior problema foi na cerimônia em si: Kojima mais uma vez foi extremamente atencioso, assim como fora no meet and greet do dia anterior, mas faltou um tempero especial na apresentação. O garoto vencedor do polêmico concurso digital que o elegeu para entregar em mãos à Kojima o prêmio da edição ficou poucos segundos no palco, nem sequer teve a chance de perguntar algo ao game designer. Isso foi o de menos, o pior veio depois: As perguntas feitas pelo público selecionadas atrasvés da página do Facebook para o criador de Metal Gear responder: As perguntas eram ” O que você seria se não fosse criador de jogos?” R: Cineasta; “Quando você decidiu trabalhar com jogos?” R: Durante a faculdade; “Qual é seu jogo favorito?” R: Super Mario Bros (o apresentador confundiu com Smash Bros); “Qual a dica que você daria para quem quer trabalhar com jogos?” (nesta última, Kojima pediu a participação do público para saber quantos gostariam de seguir nessa área) R: Sejam convictos de suas ideias.
Sério? SÉRIO? O painel disputado à tapas foi feito com perguntas tão genéricas que qualquer um que nem sequer teria experimentado uma obra de Kojima poderia fazer? E ainda mais: Que ele possivelmente já deve ter respondido tantas e tantas outras vezes, então bastaria uma busca no Google para obter as respostas? Por favor… não me entendam mal, mas se foi feito um tamanho esforço pra trazê-lo para cá, com uma viagem longa (que demora de 26 a 35 horas de vôo com escalas, ou mais) as perguntas poderiam, no mínimo, serem melhor selecionadas. Em uma das respostas, Kojima ainda explicou que “sempre busca trazer algo novo aos games” pena que as perguntas não eram tão novas assim. Não bastando isso, o evento se encerrou com cerca de 25 minutos de duração, bem menos do que os 60 minutos planejados.
Hall da Fama com Hideo Kojima
Feita no dia seguinte ao Lifetime Achievement Award, a cerimônia foi bem parecida à anterior. A diferença é que, como já sugeria o título, dessa vez Kojima marcou no gesso suas mãos e depois o assinou. Ambos os painéis poderiam ser no mesmo dia, ou melhor, serem um só? Sim, mas acho que foi uma boa ideia separar, para quem hipoteticamente não conseguisse ir em um fosse em outro. Mais uma vez, não foi necessário apresentar a inscrição.
Novamente a banda Vivalma fez um show antes e promoveu a trilha sonora. Kojima, que foi o primeiro a ter seu nome no Hall da Fama da Brasil Game Show, agradeceu muito e disse que ficou muito impressionado da admiração e educação de seus fãs por aqui. Se houve ou não advertência ao nível das perguntas do outro painel, boa notícia foi que as perguntas foram melhores que na apresentação do dia anterior. Sobre o cancelamento de Silent Hills, e ainda ter planos de fazer um jogo de terror, Kojima disse que, apesar de se considerar medroso, pretende ainda fazer um jogo tão assustador de se borrarem de tanto medo. Perguntado se os jogos já superaram os filmes, acredita que na verdade os dois meios estão se aproximando para criar um entretenimento mais inédito e também pensa em algum dia produzir um filme mas antes precisa finalizar Death Stranding. Essa apresentação se encerrou com uma selfie com os apresentadores e foi mais curta ainda que a anterior: 15 minutos.
Lifetime Achievement award com Nolan Bushnell
O criador do Atari teve um painel e cerimônia bem parecida com a de Kojima, a diferença é que tanto a premiação e marca no Hall da Fama aconteceram de uma vez só e no estande da Twitch, além de perguntas serem feitas na hora com escolha dos participantes da plateia a quem quisesse participar. As perguntas feitas para Bushnell foram muito melhores e resultaram numa numa conversa incrível. Bushnell defendeu que políticos deveriam abraçar de vez os games, que os jogos eletrônicos usados de forma correta têm uma ferramenta e eficácia de aprendizado que hoje não se vê em escolas. Sobre a venda da Atari, apenas lamenta não mais dirigir a empresa, seu arrependimento mesmo é de não ter aceito a proposta de 15 mil dólares que Steve Jobs o fez para se juntar a Apple porque. se fizesse, hoje seria dono de 1/3 da empresa.
Apesar de já estar com 74 anos de idade, diz que baixa ao menos 2 jogos para celular por semana e admira League of Legends e Portal 1 e 2 . Assim como a Atari revolucionou o mercado, acha que os jogos em VR também podem porém defende que seu uso não deveria passar de 30 minutos ao dia pois ainda são desconhecidos os efeitos colaterais que esses aparelhos podem causar. Para encerrar, avisou que ler ficção científica ajuda a buscar novas ideias e que se deve exercitar o físico também, o tradicional “mente sã, corpo são”. Bushnell ainda recebeu uma camisa como presente dos responsáveis pelo estande.
Infelizmente, um ponto negativo ocorreu: O barulho vindo dos estandes próximos fez com que ficasse muito difícil de ouvir as palavras que vinham do palco para quem estava da sexta fileira para trás. Por isso, alguns dos expectadores deixaram a apresentação antes do fim. Uma participante ao meu lado lamentou que “uma palestra tão bonita estivesse sendo prejudicada por isso” Uma pena. Ainda assim, valeu para quem pôde ouvir e aprender muito, mas muito mesmo. Ao fim, foi convidado a retornar à feira mas avisou meio em tom de brincadeira que seu gás está acabando, e em alguns anos não deve mais estar em eventos assim. Sinceramente, espero que antes disso ele retorne, pois foi o melhor painel com louvor.
Lifetime Achievement Award com Ed Boon
Seu painel aconteceu logo após ao de Nolan Bushnell. Ed estava bem brincalhão apesar da correria de ser seu último dia no evento. A cerimônia seguiu os mesmos moldes com prêmios e mãos no gesso assim como os anteriores. Disse que receber um prêmio desses o lembrava que estava ficando velho. Avisou que não tinha como prever a repercussão que Mortal Kombat causaria, seria como prever onde um raio iria cair e o primeiro jogo da série foi feito em 8 meses por 4 pessoas. Apesar dos rumores, Boon ainda não pode dizer quando ou se um novo Mortal Kombat será lançado, mas deu uma dica: Seus últimos jogos de luta foram Mortal Kombat vs. DC Universe, Injustice: Gods Among Us , Mortal Kombat X e Injustice 2, ou seja, MK intercalado com Injustice, e como o último jogo foi justamente de Injustice… alfo de MK deve estar à caminho. Sobre spin offs da franquia, faria se trabalhasse com uma equipe maior já que seu tempo acaba se tornando exclusivo aos jogos principais.
Alguns fãs não fizeram perguntas, simplesmente disseram que o admiravam… ou melhor: Perguntaram se poderiam tirar foto com ele ou conseguir autógrafo em algum item. A pedido de um, bradou seu famoso “GET OVER HERE!” dito por Scorpion, seu personagem favorito da franquia. Eu mesmo tentei fazer perguntas e não consegui por esses pedidos. Boon ainda agradeceu muito à eles e à BGS e disse que deseja retornar, para o que seria sua terceira presença no evento. O painel não foi tão afetado pelo barulho ao redor porque aumentaram o volume das caixas de som do estande e durou cerca de 30 minutos.
Auditório Playstation
Já em outras feiras a Sony providenciava painéis em auditórios fechados dentro de seu estande. Com cerca de 45 minutos cada um, conferi os dois apresentados na feira que também eram reservados mediante aplicativo. Por pedido dos organizadores, não era permitido filmar, fotografar ou sequer gravar o áudio das apresentações, inclusive um vídeo à respeito era apresentado antes, similar aos que vemos hoje antes do início dos filmes nos cinemas. Só me restou tirar uma foto do auditório após seu encerramento.
Detroit: Become Human
Após experimentar Detroit fiquei ainda mais interessado pelo jogo, por isso fui com altas expectativas em sua apresentação. Daimion Pinnock foi o responsável por apresentar a sinopse do jogo e jogar um trecho do jogo onde Marcus, um androide renegado, tenta salvar seus semelhantes de uma loja onde eram postos à venda. Jogando a mesma parte duas vezes, Pinnock mostrou como eram as consequências de resgatar ou não os androides e que no jogo não há escolha errada, apesar de ser possível refazer uma cena.
Também pediu ajuda do público para realizar cada tarefa. Ainda explicou que a Quantic Dreams, produtora do jogo, hoje tem 250 funcionários que trabalham para lançar Detroit em uma data não definida de 2018.
Days Gone
David Alonso jogou um gameplay do jogo parecida com o apresentado na E3 mas com uma diferença: A condição climática. Enquanto um era em chuva, o visto na BGS era na neve. Essas condições mudam o controle da motocicleta do protagonista, que vive (obviamente) em uma realidade fictícia após uma praga dizimar humanos. Alonso ainda explicou que cada cena pode ter diferenças de jogo para jogo.
Ainda foi apresentado o gameplay abaixo de Spider-Man, jogo a ser lançado por enquanto exclusivamente para PS4:
Apesar de ser um vídeo já divulgado, me empolgou bem mais do que Days Gone, que deve sair em 2018.
E ainda tem mais! A parte 4 vem logo logo com mais jogos. Aguardem!