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Damian Wayne, a criança quebrada

Falar de um personagem controverso, principalmente na internet, é um negócio complicado. Mas hoje eu serei o advogado do diabo, pelo menos para aqueles que odeiam, o que eu considero, um dos personagens mais interessantes da Bat-família: Damian Wayne. Se você ainda não é familiarizado com esse negócio de quadrinhos, esqueça o que viu nas animações, que, por mais divertidas que sejam, pegam apenas uma parte superficial do que estamos querendo falar aqui. Sabe aquele papo de livro x filme? É mais ou menos isso.

Sua primeira aparição se deu em 1987, como um bebê na graphic novel Batman: O Filho do Demônio (começamos bem, hein?) mas ele foi se transformar em um personagem de fato em sua reintrodução anos depois em Batman #655-658, pelas mãos de Grant Morrison. Esse arco saiu aqui tanto nas mensais quanto no encadernado Batman & Filho. Nosso primeiro contato com o menino não foi um dos melhores, nos apresentando algo muito parecido com o que vemos nas animações. Confesso que a melhor parte desse início é o Batman dando um belo de um esporro em seu filho.

Só faltou pegar o Bat-Chinelo.

Arrogante, teimoso, violento e sem nenhum talento para trabalho em equipe. Mas quem diabos gosta de personagens assim?

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Uma criança que foi treinada desde o seu nascimento para ser uma arma mortal por sua mãe e a Liga dos Assassinos, Damian se torna interessante à partir de sua evolução como Robin, aprendendo com seu pai e mestre, o conceito de heroísmo. Desconstruir tudo aquilo tudo que ele aprendeu até então não é fácil. É uma criança, e crianças por si só são difíceis de lidar. Mas não estamos falando de uma criança comum, não é? Afinal, o que poderia sair de bom misturando os genes de Talia al Ghul com Batman?

Meu professor de roteiro costumava dizer “Sem conflito não há história.” Bem, conflitos não faltam nessa run de 2011, pela excelentíssima dupla (e que dupla) Peter J. Tomasi e Patrick Gleason. Damian é constantemente testado em sua moral e ética, até então questionáveis, pelos personagens inseridos na trama. Bruce tem medo e receio de seu filho, e do que ele pode se tornar sem uma bússola moral. Ele sabe de seu potencial, tanto pro bem quanto para o mal. O pequeno Robin é um assassino em essência. A regra do Morcego de nunca matar é explorada mais a fundo aqui, mostrando o quão deturpada pode ser essa ideia e quanto ela pode transformar alguém. Afinal, todo vilão acha que está do lado certo. A dinâmica de pai e filho é outro ponto positivo na trama, e nos apresenta pontos diferentes de um choque de gerações.

E pra falar de pontos positivos, Patrick Gleason simplesmente arrebenta na arte, nos entregando cenas fluidas e empolgantes de ação. Pra fã nenhum do Batman botar defeito.

Também somos apresentados ao personagem Ninguém (Morgan Ducard) que aparece para fazer o contraponto dessa bússola. Ele vê a aptidão do menino para a destruição, e tenta arrastá-lo consigo para a escuridão, apresentando argumentos em prol de sua filosofia menos branda com criminosos. Por muitas vezes, vemos Damian como um personagem permanentemente danificado, sem empatia e sem qualquer senso de heroísmo. Mas, ao mesmo tempo que você o odeia por ser um personagem impulsivo, teimoso e arrogante, você acaba se compadecendo com ele em muitos momentos. E é aí que mora a mágica desse gibi: A quebra de expectativa.

“Não quero acabar como Ducard, sem uma bússola moral. Eu quero ser como você. Eu sempre quis ser como você.”

 

A criança monstro vem numa crescente de desenvolvimento, em uma leitura viciante que te prende do início ao fim. Méritos a Peter J. Tomasi, que soube muito bem conduzir a trama até o seu ápice, nos surpreendendo e nos emocionando em muitos momentos. Quando você se dá conta, você está já está torcendo por ele. Caímos na real e vemos a humanidade em seus olhos e em suas ações, constatamos: É uma criança. Uma criança que nunca conheceu o afeto e que está tentando achar o seu lugar no mundo ao lado de seu pai. Em um dos volumes seguintes ao arco, Damian acaba desobedecendo seu pai e sai em uma missão sozinho. No final, descobrimos que tudo aquilo foi pra conseguir recuperar a última pérola do colar de Martha Wayne, perdida nos esgotos de Gotham. Uma cena de uma pureza ímpar.

Nascido para Matar compila as edições de Batman & Robin #1-#8 de 2011, pertencentes aos Novos 52. Mas a recomendação fica para todos os 40 volumes. É uma leitura que vale cada página, e talvez seja uma das melhores coisas do selo N52, com momentos memoráveis, que trabalham do micro ao macro do Universo DC.

No fim, você aprende a amar a criança quebrada, que aos poucos tenta se refazer. Damian Wayne quer apenas ser o orgulho de seu pai.

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Destino de Jor-El após a explosão de Krypton será contado em Superman

Em Action Comics #987 a DC Comics contará o que aconteceu com Jor-El após a explosão do planeta Krypton. A HQ vai dar a partida no primeiro capítulo da saga The Oz Effect, onde veremos as consequências depois da revelação em que o pai de Kal-El é o vilão Mr. Oz.

Na Torre de Vigilância já falamos sobre a revelação  e no que ela implica na vida do Homem de Aço e de toda a sua família. Mr. Oz apareceu pela primeira vez durante os Novos 52 e ganhou destaque no Renascimento como uma figura misteriosa que vive rondando não somente a vida de Clark Kent, mas também de alguns personagens do universo da DC Comics.

Confira as capas lenticulares na galeria abaixo:

 

 

Em meio às revelações, Jor-El disse ao Superman que enviou o filho para o planeta errado.

“Vocês descobriram para onde ele queria envia-lo em Action Comics #990” disse Dan Jurgens em recente entrevista ao site CBR. “É um lugar tentador. Um local que Jon (filho de Clark e Lois Lane), em particular, acha muito atraente”.

Mas primeiro temos o desenrolar desse mistério a partir de Action Comics #987. A capa é com a arte de Robson Rocha e Daniel Henriques.

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DC Comics | Capas variantes em homenagem aos Novos 52

Em 2011, a DC Comics  lançou os Novos 52, um reboot com 52 revistas que foram lançadas aos poucos e foram reconfigurando os super-heróis em um novo universo.

Muitas revistas foram canceladas ou concluídas desde o recomeço da editora. Algumas das séries que ainda estão em emissão,  ganharão capas variantes nas edições #52,  recriando as primeira edições lançadas em 2011.

Confira as capas que serão recriadas:

Action Comics #52 por Ben Oliver
Aquaman #52  by Brett Booth e Norm Rapmund
Batgirl #52 por Babs Tarr
Batman #52 por Rafael Albuquerque
Mulher Gato #52 por Inaki Miranda
Detective Comics #52 por Francis Manapul
The Flash #52 por Jesus Merino
Arqueiro Verde #52 por Szymon Kudranski
Lanterna Verde #52 por Billy Tan
Superman #52 por Mikel Janin
Mulher Maravilha #52 por Finch e Matt Banning

A previsão é que as revistas em suas respectivas edições #52, serão lançadas em Maio nos EUA.