É chegado o grande dia. Após uma massiva campanha de divulgação, vários prelúdios e polêmicas com New York Times, Batman #50 está entre nós. O Casamento, veio para fazer história na cronologia do personagem. Mas não da forma o qual muitos leitores anseiam ou aguardam. A edição já está dividindo opinião de muitos leitores. Enquanto uns dizem que é apenas enrolação por parte do roteirista, outros defendem a história como uma brilhante carta de amor.
É compreensível a revolta, mas esperamos e torçamos para que ela não atinja o patamar de Império Secreto. Edições sendo queimadas e xingamentos direcionados aos autores seria uma atitude extremamente desrespeitosa. A culpa, portanto, reside na campanha de marketing, mas ao mesmo tempo, é compreensível. Analisando a situação como editora, essa é a chance para aumentar ainda mais as vendas do título. Como diria um sábio: “É Batman. Batman vende.”
Logo, o que nos resta é analisar a história de forma isolada ou como uma continuação a tudo o que o roteirista desenvolveu até agora. Alerta de spoiler: Funciona. Mais uma vez, King faz o que sabe fazer de melhor: Poesia. A narrativa é dividida em duas: A preparação para o evento e as cartas de amor do Morcego para a Gata, ou vice-versa. King faz o seu “Como a Luz dos Olhos Teus“ em mais de 20 páginas. Tudo isso acompanhado de uma equipe talentosa de artistas incluindo seus parceiros: Mikel Janín, Joelle Jones, Mitch Gerads e David Finch. Assim como outros grandes artistas: Paul Pope, Frank Miller, Tim Sale, Jason Fabok e outros.
A outra história, como eu disse, são as preparações para o casamento. Mikel Janín mais uma vez entrega um bom trabalho e há uma splashpage espetacular e extremamente romântica. Há um paralelo traçado na distribuição dos quadros, uma característica sempre bem-vinda nos roteiros de King. Assim como, alguns momentos emocionantes. Daqueles de fazer qualquer fã do Morcego chorar. Agora, vamos entrar na zona de spoilers: Eles se casam ou não?
A resposta é: Não. Entretanto, ainda há esperança. “Como assim, depois desse marketing todo?” Isso é algo o qual muitos não entenderam ainda. Este não é o fim do run de King pelo personagem. Como o roteirista descreveu em entrevista a Entertainment: “Imagine que você está assistindo ao Império Contra Ataca e Vader acabou de pegar a arma do Han”. A ideia central é um questionamento: Bruce Wayne pode ser feliz? Nós ainda vamos descobrir, mas ao que tudo indica, ele pode. Selina não o larga no altar pois ele é uma criança a qual se recusou a crescer – como foi erroneamente interpretado pelo New York Times – , mas sim, pois Gotham precisa do Batman.
Além disso, é necessário falar sobre a última página da edição: Vários personagens dos arcos anteriores reunidos no Asilo Arkham. Entre estes personagens, vilões como o Coringa e Charada. Assim como, aliados: Thomas Wayne de Flashpoint e Gotham Girl. Simultaneamente, Holy (Amiga de Selina) e Bane falam sobre o Morcego ter sido quebrado. As teorias começam: A busca pela felicidade de Wayne é um plano dos vilões, ou é algo maior?
De qualquer forma, chegamos à metade deste fantástico run e as coisas prometem (e irão) pegar fogo nos próximos anos. Além disso, Selina ganhou uma revista mensal escrita e desenhada por Joelle Jones a qual começou bem e promete mostrar o “novo” status dela. Para saber sobre tudo o que acontece na Editora das Lendas, fique ligado na Torre de Vigilância.