Categorias
Quadrinhos

Divulgadas as primeiras páginas de Amazing Spider-Man 850

Desde sua criação em 1963 pelas mãos de Stan Lee e Steve Ditko, Amazing Spider-Man, título principal das histórias do Homem-Aranha nos Estados Unidos, passou por diversas reformulações que, dentre outras ideias editoriais, teve sua numeração zerada três vezes desde 2014. 

Apesar da caótica contagem, todas as encarnações da publicação agora atingem somadas a marca histórica de 850 edições, que terá a seguinte capa regular assinada por Ryan Ottley: 

Mesmo com esse número total, a edição também será conhecida como Amazing Spider-Man Vol.5 nº49, graças a mais um processo que zerou sua numeração, esse mais recente datado de julho de 2018.

Divulgadas inicialmente pelo site Comic Book Resources, as primeiras páginas internas da edição podem ser conferidas a seguir:

IMAGEM: cbr.com
IMAGEM: cbr.com
IMAGEM: cbr.com
IMAGEM: cbr.com
IMAGEM: cbr.com
IMAGEM: cbr.com

A edição terá quatro histórias distintas produzidas por um grande time de colaboradores, com o roteiro de Nick Spencer, Tradd Moore, Kurt Busiek e Saladin Ahmed, e com arte nas mãos de Ryan Ottley, Humberto Ramos, Mark Bagley e Chris Bachalo. Tanto o time de roteiristas quanto de desenhistas foram responsáveis por várias das histórias do Amigão da Vizinhança nas duas últimas décadas. Dentre as tramas apresentadas, em uma delas teremos o retorno do Duende Verde, o mais tradicional vilão das histórias do personagem.

Para marcar a conquista de forma ainda mais expressiva, a HQ ainda contará com, segundo informações divulgadas até agora, quinze capas variantes, produzidas por Joe Quesada, Olivier Coipel, Bruce Timm, J. Scott Campbell, Patrick Gleason, entre outros.

Amazing Spider-Man nº 850 terá 96 páginas chegando às Comic Shops norte-americanas no próximo dia 7 de outubro com preço de capa de U$9,99. Ainda não há previsão da edição ser publicada no Brasil.

Categorias
Quadrinhos Torre Entrevista

Torre Entrevista Panini Brasil sobre o aumento de preços

O recente aumento de preços nas edições de luxo da Panini Brasil está gerando imensa polêmica por parte dos lojistas e leitores da editora.

Encadernados estão chegando a 120 reais no preço de capa por menos de 300 páginas, que até pouco tempo eram comercializados na casa dos 80 reais.

Leitores já se mobilizam pelas redes socias com campanhas de boicote à editora, ao mesmo tempo que outros aproveitam promoções de grandes sites de varejo, que colocam descontos de até 40% em produtos recém lançados.

Campanha seguida com a hashtag #vaiencalharpanini surge no Instagram

Enquanto isso, lojas de quadrinhos independentes ficam sem ter como concorrer com os preços das gigantes do mercado e esperam o que pode ser feito por parte das editoras caso o projeto de lei 49/2015, que pretende taxar uma porcentagem máxima de desconto em livros nos seus primeiros 12 meses de circulação, seja aprovado.

Em resposta à algumas dúvidas, a editora soltou uma nota oficial à imprensa, mas perguntas ainda ficaram no ar. Agora, em entrevista exclusiva à Torre de Vigilância a Panini Brasil, através de sua assessoria de imprensa, busca esclarecer as principais questões que surgem no mercado.

Como funciona a distribuição às grandes redes de varejo (Amazon, saraiva…) e para comic shops que vendem os mesmos produtos? Por que as lojas grandes oferecem ao consumidor descontos maiores em relação ao preço de capa do que lojas menores, como Itiban, Comix, Gibiteria…?

A Panini vende os produtos para as redes de varejo sempre da mesma maneira, isso é, a Panini não beneficia nenhuma rede em especifico. Entendemos que dessa maneira não interferimos nas estratégias dessas empresas. A política de descontos das livrarias não tem qualquer ligação com a Panini.  O preço de capa sugerido aos varejistas, sendo online ou não, são iguais. Cada varejista utiliza a estratégia de desconto que melhor lhe convém.

O aumento do preço tem a ver com a política de altos descontos da Amazon, que costuma aplicar descontos de 30% a 50% do preço de capa pouco tempo depois de seu lançamento, assim fazendo seu preço ser similar ao praticado meses atrás pela Panini? Exemplo: A Noite das Trevas hoje está custando 48 reais, já com o desconto aplicado sobre o preço de capa de 72 reais. 48 reais era o valor de capa similar (com margem para maior ou menor valor dependendo do produto) meses atrás em edições da Panini nesse formato e número de páginas. Tal prática faz os leitores hoje dificilmente pagar o preço de capa do material destinado à livraria.

O aumento não tem qualquer ligação com os descontos praticados por qualquer loja, online ou off, do varejo. O preço de capa sugerido aos varejistas, sendo online ou não, são iguais. Como respondido anteriormente, enfatizamos que cada varejista utiliza a estratégia de desconto que melhor lhe convém.

A Noite das Trevas: R$72,00 por 126 páginas

Esse aumento fez algumas edições serem mais caras que sua versão importada. Exemplo: Escalpo Volume 1 está custando 94,02 reais mesmo com desconto aplicado sobre o preço de capa de 120 reais; A versão Importada, Scalped Deluxe Edition book One está saindo por 82,44 reais no mesmo site (Amazon Brasil). Sendo que as duas edições são em capa dura, o valor da Panini está acima do valor internacional, algo que foi informado no comunicado que está abaixo. Por quê?

Apesar do realinhamento de preços que tivemos que fazer para manter, em muitas oportunidades, aproveitamos para melhorar a qualidade editorial e gráfica de nossos produtos.

Dessa forma evidenciamos que o preço praticado no mercado nacional, está quando não abaixo, em linha do mercado americano, quando convertido para a moeda Real, mas com qualidade gráfica equivalente.

Diferenças de preço como o caso do título “Escalpo”, se deve a variações como tiragem, negociação com a licença para um título especifico ou mesmo obrigatoriedades contratuais.

As edições antes eram impressas na China para baratear os custos de produção. Esta tática ainda é aplicada?

Com a constante flutuação da moeda e o aumento de preço das commodities,as impressões no exterior tem se tornado menor e menos atrativas para a empresa, do ponto de vista do planejamento de custos a longo prazo.

Estão cientes do projeto de lei 49/2015 que, caso aprovada, visa impedir descontos acima de 10% sobre o preço de capa nos primeiros 12 meses após seu lançamento? De acordo com o projeto, acabaria com a ação predatória das grandes redes sobre lojas menores. O que acham sobre o assunto e  Em outros países que a Panini atua essa lei já existe. Essa lei faria o valor do preço de capa abaixar?

Essa lei, se aprovada, não afetaria a precificação da Panini, uma vez que não usamos como base os possíveis descontos do varejo para a formulação dos preços.

Tal situação do mercado editorial de quadrinhos será assunto de outra matéria, a ser publicada aqui na Torre em breve. Aguardem!