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E o prêmio de melhor editora de mangás vai para…?

Já dizia o famoso bordão entre aqueles que frequentam a roda de pagode nipônica, “japonês é um povo estranho”; porém o brasileiro também tem as suas peculiaridades. Uma das coisas que mais me impressiona é que gostamos de fazer “TOPs de final de ano“. O que é bem comum, afinal vemos o fim do ano como o término de um ciclo em que tentamos avaliar o que houve de bom e ruim ao decorrer do tempo, e isso é ainda mais forte dentro de uma comunidade tão exigente quanto a “otakada brasileira”, que gosta de avaliar papel, de escolher um lado para dizer “nós somos os melhores”, entre outros clichés da competitividade e do maniqueísmo que está em nossa volta no dia a dia.

Mas então o que falar das nossas amadas editoras, que tanto se esforçam para agradar um público tão meticuloso e cheio de manias, mas que possui uma grande paixão por ler coisas que são escritas da direita para esquerda? sem política por favor

NewPOPnewpoplogoNewPOP, a editora de Junior Fonseca, há algum tempo sofre de algo que poderia ser chamado de “complexo de Narciso” (do mito grego): é uma editora que tem um grande zelo pela estética de suas publicações, mas que peca muito nos detalhes, principalmente nas revisões dos textos de suas publicações e isso nunca é deixado barato pelos leitores. Este ano a editora trouxe um grande leque de obras do Osamu Tezuka, que nunca será mal visto pelo público (afinal Tezuka tem mais clássicos que a Marvel, segundo pesquisas de opinião) e eles publicam várias obras do renomado autor já há algum tempo, e é importante dar valor a isso, visto que ele é simplesmente o Deus dos Mangás.

Além disso, eles tem apostado no mercado de light novels que é bastante ignorado pelas outras editoras, e que também deveria ser valorizado, e as tais light novels (com análise feita por aqui), como Log Horizon, Fate/Zero e continuações de No Game No Life foram bastante elogiadas no decorrer do ano, com publicações recorrentes. A NewPOP trouxe um dos mangás mais polêmicos do ano publicados por aqui, que foi “Helter Skelter“, com resenha já publicada na área do Pagode da Torre.

Podemos dizer que a NewPOP investiu na diversidade. Publicando novels, graphics novels, gêneros de mangás menos consumidos como yaoi, mais Tezukão (torço que para que tragam Black Jack) e conseguiu manter uma regularidade bem modesta de duas publicações mensalmente. Merece seu destaque, tentando superar um momento tão difícil do país.

JBC (ou como chamo, Jei Bi Ci)jbcA editora que tem no seus expoentes as estrelas do bacanudo editor Cassius Medauar e o maníaco por “Os Cavaleiros do Zodíaco” (leia com a voz do narrador da chamada do desenho) Marcelo Del Greco teve um ano digno de tudo que foi 2016. A JBC não teve medo de dar a cara a tapa: ela arriscou novos formatos esse ano, materiais novos, com preço mais altos e pouco comuns ao público que estava acostumado a gastar valores menores para ler e que sempre ficará reclamando dos preços (que se são justos ou não, não cabe a mim julgar). Entre estes novos formatos está o adotado para a publicação de Blame! (com análise feita pelo Pagode), Ghost in the Shell e o Kanzenban de Os Cavaleiros do Zodíaco em capa dura, além do artbook deThe Lost Canvas. A editora também trouxe títulos diferenciados e tem um contato com o público de muito mais fácil acesso (quando não ignora as perguntas nas redes sociais)  do que as concorrentes. Contudo, a editora também leva algumas críticas, principalmente quanto a questão de transparência do papel em publicações, como em “Orange“, e a tal “cor especial” das capas de Fullmetal Alchemist, que deu alguma dor de cabeça aos leitores quando começou a descascar.

O Formato “BIG” que a JBC propôs trouxe obras que há muito haviam caído no limbo por outras editoras. Foi um formato que dividiu opiniões, mas que merece o seu destaque (principalmente se você tiver paciência de esperar as promoções em sites) e que conseguiu trazer obras que agradam gregos e troianos, principalmente do gênero “sci-fi“. Mas o maior destaque ao meu ver é conseguir tornar um hábito trazer mangakás, como por exemplo a vinda de Tsutomu Nihei à CCXP, que com certeza não é uma tarefa fácil, mas que a editora tem conseguido cumprir esse plus com primor nos últimos anos.

Paniniplanet mangáA multinacional italiana, que tem no Brasil o selo Planet Mangás e que possui em suas figuras editoriais a persona da simpática Beth Kodama e do discreto Bruno Zago, teve um ano em que conseguiu trazer muitos clássicos de volta às bancas e conseguiu realmente fazer uma avalanche de publicações ao longo do ano.

Os formatos que a editora adotou, principalmente para as obras Vagabond, One-Punch Man e Ajin, vem sendo aproveitado nos demais lançamentos, especialmente agora no final do ano com os clássicos Slam Dunk e Lobo Solitário, mesmo que estes últimos tenham tido alguns problemas de gráfica que deixaram muita gente com um pé atrás. É fato que a Panini conseguiu juntar qualidade com um preço bem competitivo e de fácil acesso em comparação às outras editoras que trabalham por aqui, mas ainda tem as suas falhas, principalmente com alguns erros de lote, de volumes de mangás que descolam na primeira folheada, entre outros. Apesar disso, também é fato que editora tem tentado resolver tais problemas de produção, ouvindo por exemplo as críticas a “Naruto Gold” que também sofreu dos mesmos problemas.

Talvez por ser uma multinacional com teoricamente muito mais recursos que as suas concorrentes, deveria ser menos difícil tentar trazer mangakás para eventos, tais como a CCXP ou Anime Friends, mas isso é algo que ainda não tem ocorrido por parte da editora, que visa o lançamento de blockbusters. Pode ser por burocracia ou talvez falta de vontade mesmo, já que a editora também tem a sua divisão de comics, e a Panini em grande parte terceiriza a sua mão de obra por aqui, e isso cria uma ponte burocrática mais complicada para buscar essas visitas. Enfim, é uma observação que pode tirar pontos da editora, que com certeza conseguiu o seu destaque este ano, principalmente por ter publicado muito material novo e possibilitado a volta de grandes clássicos.

Mas e a resposta para a pergunta do título?

Creio que a resposta seja NÓS, consumidores, leitores que ganham o maior prêmio com isso, visto que muitos que consomem estes produtos (como no meu caso) vem de uma época em que tudo era incerto, cancelamentos eram feitos sem explicação e em que era necessário encarar um meio-tanko que mais parecia ter sido feito de papel pra secar mão de rodoviária, entre outras complicações do mercado de alguns anos atrás.

masaka
“Mas eu queria ver treta!” Vai ficar querendo…

Está perfeito? Lógico que não está, mas é fato que melhorou bastante. Como dito pelos visitantes japoneses à CCXP, “o mercado brasileiro de mangás está em expansão e já se assemelha ao mercado francês (muito maior) de algum tempo no passado.

E o que esperar do futuro? Bom, sabemos que também em 2017 a DarkSide Books irá entrar nessa briga, tendo anunciado mangás do insano Junji Ito, com um formato que deve ser diferente de tudo que já vimos por aqui. A JBC ainda tem uma carta na manga chamada Akira, e a Panini tem também os seus trunfos, como o mangá do descolado Sakamoto, o retorno de Dr. Slump, entre outros. Já a NewPOP no seu ritmo também vai levando os seus trabalhos e ganhando uma certa assiduidade quanto as publicações, e já anunciou relançamento de alguns itens de seu catálogo, como o clássico Speed Racer. Vale também lembrar que durante o ano a Astral Comics marcou presença nas bancas quase mensalmente, publicando diversos hentais e até mesmo alguns mangás franceses. Ah, eu ia esquecendo a Arrow Ray e a Nova Sampa, mas o que falar dessas duas?



Enfim, que venha 2017 e com isso vários bons mangás, e por mais um ano toda a otakada brasileira sonhará com a vinda de Jojo ou Hokuto no Ken. Até a próxima e um feliz ano novo a todos!

Agradecimentos à galera do “AMA“, “Mangás Brasil“, “O mercado de mangás que deu certo” e do ”Os Consumidores do Mercado de Mangás que Deu Certo“, pela ajuda com a ideia e pelas críticas apontadas.

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Panini | Vem aí Dr. Estranho Shamballa

Graças ao hype para o filme do Dr. Estranho, a editora Panini se adiantou e preparou 2 encadernados do Mago Supremo para os fãs. Um é Juramento, que já está em pré-venda em muitas lojas, e o outro acabou de ser anunciado e se trata de uma mini-série muito elogiada: Shamballa!

Lembrando a todos que para saber onde as histórias se encaixam dentro da cronologia do herói, temos aqui no site o recente Guia de Leitura do Dr. Estranho. Vamos as informações!

Sinopse: 

“Dr. Estranho: Shamballa, desafia Stephen Strange a retornar ao Himalaia, local onde ele adquiriu seus poderes, para atender a um último desejo de seu falecido mestre, o Ancião. Em sua jornada em busca do autoconhecimento através de várias paragens sagradas e tentando dar início a uma nova Era Dourada para a humanidade, Strange será tentado de todas as maneiras possíveis, e talvez nem todas as suas capacidades sejam  suficientes para que saia vitorioso.”

Capa da edição
Capa da edição

DETALHES DA PUBLICAÇÃO:

Encadernado
68 páginas
Papel: Couché
Capa Dura
Lombada Quadrada
Distribuição Setorizada
Vendas: Bancas e livrarias
Preço: 23,90

O volume é escrito por  J.M. DeMatteis (Moonshadow e Blood) e ilustrado por Dan Green e tem previsão pra sair ainda esse mês. A editora, ainda em seu hotsite, disse que esse é o mês do mago e que devemos esperar mais novidades por aí.

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Quadrinhos

Panini | Vem aí Caça aos Titãs

Além do mix da Liga da justiça, há muito não tínhamos um material dos Titãs sendo lançado por aqui pela Panini, mas isso não vai durar muito, já que a editora acabou de anunciar em seu Hotsite o encadernado Caça aos titãs, acompanhe a sinopse e mais algumas informações abaixo, que foram divulgadas pela editora:

“Essa aventura tem um gosto ainda mais especial para quem é fã das antigas, já que, pela primeira vez nos Novos 52, vão ser revelados fatos que esclarecem quem são e o que aconteceu com a primeira equipe a assumir o nome “Titãs”. Em meio a uma implacável caçada visando jovens figuras heroicas (ou não tão heroicas assim) do UDC, questões que os leitores vêm se perguntando há anos serão esclarecidas… e um enigma que em pouco tempo vai mudar toda a realidade se apresentará!”

 

Caça aos titãs
Imagem usada para divulgação do encadernado.

HISTÓRIAS ORIGINAIS:

Titans Hunt  #1-8

DETALHES DA PUBLICAÇÃO:

Encadernado
196 páginas
Papel: LWC
Capa Couché
Lombada Quadrada
Distribuição Setorizada
Vendas: Bancas e comic shops
Preço: ainda não divulgado

Escrita por Dan Abnett (Guardiões da Galáxia, Crise Infinita: Batalha pelo Multiverso) e pelos e desenhada por Geraldo Borges (Adventure Comics, Nova) e Stephen Segovia (Wolverine Sombrio, Capuz Vermelho e os Foragidos). O encadernado chega às bancas e comic shops no final de novembro.

 

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Quadrinhos

Panini | Vem aí Indestrutível Hulk

Suponho que muitos já estavam praticamente verdes de raiva pela falta de lançamentos relacionados ao Hulk, certo? Bom, podem se acalmar, a Panini anunciou hoje em seu Hotsite mais um encadernado do Golias esmeralda com o nome de Indestrutível Hulk, que pegará sua fase na Nova Marvel. Dê uma olhada nas informações:

Sinopse: 

“Quando o cientista Bruce Banner foi atingido pela explosão da Bomba Gama, ele deixou de ser um homem normal para virar uma arma mortífera, a mais poderosa do planeta! Agora trabalhando para o governo, tanto ele quanto o Hulk são agentes da SHIELD e enfrentam as mais diversas ameaças, como o Pensador Louco, o Homem Quintrônico e Attuma, sem deixar de lado sua mais notória especialidade… esmagar quem cruzar seu caminho!”

Capa da edição.
Capa da edição.

HISTÓRIAS ORIGINAIS:

Indestructible Hulk  #1-10

DETALHES DA PUBLICAÇÃO:

Encadernado
Tamanho:17 x 26 cm
268 páginas
Papel: Couché
Capa dura
Lombada Quadrada
Distribuição Setorizada
Vendas: livrarias e megastores
Preço: R$ 80,00

O roteiro do encadernado é de  Peter David (Demolidor) e os desenhos são de Francis Leinil Yu (Invasão Secreta, Superior). Vale ressaltar que a Editora disse que esse título inaugura um novo modelo semelhante ao Marvel Deluxe, porém com histórias da Nova Marvel.

O encadernado chega às livrarias, ainda esse mês.

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Detective Comics Quadrinhos

A turnê da Canário Negro chegou no Brasil

Com a iniciativa DC & Você seguindo a todo vapor em terras brasileiras, a Panini Comics lançou o sexto encadernado da nova fase da Editora das Lendas, sendo este o primeiro inteiramente protagonizado por personagens femininas. “Canário Negro: O Som e A Fúria” conta a história de uma nova fase na vida da heroína, enquanto deve lidar com sua rotina de vocalista e enfrentar inimigos ao mesmo tempo.

Criando um spin-off derivado das páginas de Batgirl, o roteirista Brenden Fletcher recebeu uma importante missão: revitalizar uma das heroínas mais famosas da DC Comics. A Canário Negro sempre foi uma das personagens mais queridas pelos fãs, tida como a segunda mulher mais importante da Liga da Justiça, atrás somente da Mulher-Maravilha. E assim como o competente escritor modernizou a Garota Morcego, a história se repete nas páginas do gibi de Dinah Lance.

Dinah assumiu o posto de vocalista na recentemente rebatizada banda Canário Negro, e a partir daí, começou a causar furor no mundo da música. Usando o apelido DD, a personagem acaba notando que, por algum motivo misterioso, todos os shows de seu grupo (composto por Lorde Byron, Ditto e Incrível Paloma) acabam atraindo algum tipo de confusão, sempre terminando em violência e tudo sendo destruído. A partir daí, a história explora não somente a vida da banda, como também o passado de Dinah e os inimigos que ela acaba enfrentando.

Assim como o Bizarro de Gustavo Duarte foi uma modernização de um personagem conhecido, a revista da Canário Negro introduz novos elementos que funcionam muito bem. O roteiro, acompanhado das belíssimas artes de Annie Wu e Pia Guerra, sempre tenta focar no dia-a-dia da banda encrenqueira, acompanhando seus shows, backstages e até mesmo os elementos do passado do grupo, já que Dinah não foi a vocalista fundadora.

Compilando as edições #1 a #7, o encadernado possui um arco fechado que funciona muito bem. Aos poucos uma trama maior vai sendo costurada, e a história não falha ao tentar explorar um pouco mais do passado da protagonista. Por ser uma revista de super-heróis, todas as edições obviamente acabam descambando para momentos de porradaria, mas isso acaba sendo uma tendência de mercado para agradar todos os públicos. Afinal, seria inviável contar uma história somente da vida de artista de uma mulher que possui um grito fatal.

Mas já que é necessário termos momentos de ação, também é importante citar seus méritos. As cenas de luta são muito bem ilustradas, algumas misturando elementos musicais (como ondas sonoras, instrumentos e partituras), outras simplesmente de porrada bruta. E nisso entram os vilões, com motivações um pouco clichés, mas que funcionam dentro da proposta da revista. No final do arco, o grande vilão é bem mais interessante. Algo que beira o lado Grant Morrison da vida.

É importante lembrar que, pela história ser parte do novo universo da DC, elementos da antiga cronologia não fazem parte do passado da personagem. Porém, mesmo para os mais saudosistas, as novas personagens utilizadas são boas a ponto de segurar a história contada, já que todas possuem personalidades interessantes e bem construídas (especialmente Lorde Byron e Ditto, a garotinha).

No fim das contas, O Som e A Fúria é uma aventura despretensiosa, nova e ao mesmo tempo muito interessante graças a sua proposta, que é muito bem trabalhada – apesar de alguns clichés básicos – e se encerra de maneira inesperada (no bom sentido da palavra). Por ser um arco fechado, talvez o aproveitamento seja ainda melhor do que em outros encadernados publicados recentemente (como Arqueiro Verde: Pássaros da Noite, que deixou um arco pela metade). Porém, ainda existem pontas que estão soltas e devem ser exploradas num segundo volume.

Canário Negro: O Som e A Fúria é um encadernado em capa cartão contendo 164 páginas em Papel LWC e distribuição nacional ao preço de R$ 22,90.

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Cultura Japonesa Mangá

Panini anuncia Dr. Slump, Sakamoto Desu Ga? e Yo-Kai Watch

Durante sua palestra no Anime Friends 2016, a Panini Mangás anunciou três novidades que irão compor seu catálogo, sendo elas: Dr. Slump de Akira Toriyama, Sakamoto Desu Ga? de Nami Sano e Yo-Kai Watch, baseado na franquia de jogos. Confira abaixo todas as informações!

Dr. Slump está de volta ao Brasil. Compondo o catálogo da Panini que já continha Dragon Ball e Ginga Patrol Jako, ambas obras de Akira Toriyama, Dr. Slump é um mangá completo em 18 volumes publicado antes de Dragon Ball, durante 1980 e 1984. O mangá foi o responsável por alçar a fama de Toriyama, e alguns personagens já até mesmo apareceram em Dragon Ball. Dr. Slump foi publicado anteriormente no Brasil pela editora Conrad. A editora Panini disse que ainda não há previsão de data de lançamento, preço ou formato do mangá.

Capa original japonesa do primeiro volume.
Capa original japonesa do primeiro volume.

Dr. Slump se passa na Vila Pinguim, um lugar onde os seres humanos vivem com todos os tipos de animais e outros objetos. Nesta vila, vive Sembe Norimaki, um inventor. Seu apelido é “Dr. Slump”. Ele constrói o que ele espera ser a primeira robô do mundo, a que ele deu nome de Arale Norimaki Sembe. Por ser um inventor muito desastrado, cria uma robô míope, e ela logo acaba precisando usar óculos. Arale é também muito ingênua. Ao contrário dos humanos, ela possui super-força. Em geral, o mangá centra-se em confusões entre Arale, a humanidade e as invenções do Dr. Sembe.

Outro anúncio da editora foi o mangá Sakamoto Desu Ga?, de Nami Sano. Adaptado para anime na última temporada japonesa, Sakamoto é um slice of life de comédia completo em 4 volumes. A história é centrada no incrível e popular garoto chamado Sakamoto, estudante do primeiro ano do ensino médio, adorado por garotas e invejado pelos garotos, que são todos ofuscados graças a magnitude de Sakamoto. Não importa quais problemas ele enfrente, Sakamoto consegue resolver tudo, e embora pareça frio e distante, consegue ajudar todos que precisam.

Capa original japonesa do primeiro (de quatro) volume.
Capa original japonesa do primeiro volume. A obra é completa em apenas quatro volumes.

Assim como Dr. Slump, Sakamoto Desu Ga? não possui maiores informações como preço, formato e data de lançamento.

Por fim, o mangá de Yo-Kai Watch também será trazido ao Brasil pela Panini. Yo-Kai Watch é uma franquia de jogos de RPG eletrônicos que segue a história de um garoto chamado Keita Amano. Um dia, quando estava procurando por insetos no bosque de Sakura New Town, o garoto se depara com uma peculiar máquina de cápsula ao lado de uma árvore sagrada. Quando ele abre uma das cápsulas, aparece um Yo-Kai chamado Whisper, que dá a Keita um dispositivo conhecido como Yo-Kai Watch. Utilizando isto, Keita é capaz de identificar e ver diferentes tipos de Yo-Kai que estão assombrando as pessoas e causando prejuízos. Acompanhados pelo gato Yo-Kai Jibanyan, Keita e Whisper começam a fazer amigos com todos os tipos de monstrinhos, os que ele poderá convocar para lutar contra os Yo-Kai mal-intencionados que habitam a sua cidade, assombrando os moradores e causando problemas terríveis.

Capa do primeiro volume japonês.
Capa do primeiro volume japonês.

O mangá é desenhado por Noriyuki Konishi e produzido pela Level-5, empresa responsável pela franquia de jogos. Atualmente, encontra-se em andamento no Japão com 8 volumes publicados, e também não foram divulgadas maiores informações sobre a edição brasileira.

Para maiores informações acompanhe as redes sociais da Panini Mangás.

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Quadrinhos

Panini | Elektra está de volta na Nova Marvel

Bom, demorou um pouquinho, mas a Panini anunciou o título da linha Nova Marvel da maior assassina dos quadrinhos: Elektra! Confira abaixo a sinopse divulgada em seu Hotsite, e mais algumas informações sobre o encadernado.

Sinopse:

 “Veremos a superninja da Marvel se preparando para deixar seu passado pra trás e mudar o rumo de sua vida, partindo em busca de um novo alvo: o escorregadio e obscuro assassino conhecido como Corvo Encapuzado!

No entanto, quanto mais a senhorita Natchios mergulha na busca por sua nova presa, percebe que a situação de seu inimigo é muito mais complexa do que imaginava. Será que a maior femme fataleda editora conseguirá embolsar a maior recompensa de sua vida? Lendários assassinos se enfrentam nos confins do mundo e a alma de Elektra chega aos limites do abismo da morte!”

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Capa da edição.

 

DETALHES DA PUBLICAÇÃO:

Formato 17 x 26 cm
Capa Cartão
Lombada Quadrada
Miolo LWC, 116 páginas
Distribuição Nacional
Ponto de venda: Bancas, Livrarias.
Preço: R$ 19,90

Com a arte de Michael Del Mundo e história de W. Haden Blackman a editora disse que o encadernado chega as bancas ainda esse mês.

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Detective Comics Quadrinhos

A vitória dos rebeldes está próxima | Star Wars: Império despedaçado

Compensando a falta de encadernados capa dura da serie Star Wars, recentemente a Panini lançou o título Star Wars: Império despedaçado.

Sendo prelúdio para o filme Star Wars: O Despertar da força, o encadernado, que compila as 4 edições de Star Wars: Shattered Empire, traz como protagonista Shara Bay (a mãe de Poe Dameron) e também conta com a participação de vários personagens da franquia: Han Solo, Leia, Luke Skywalker, Chewbacca, e vários outros.

A história começa dando continuação aos acontecimentos do filme O retorno de Jedi , focando na parte em que Shara Bay e sua equipe voltam da última batalha. Sua primeira missão após a batalha, é ao lado do general Solo, e consiste em acabar com os restos das tropas do império que ainda acreditam que o imperador Palpatine está vivo, devido a uma gravação do mesmo que foi liberada após a sua morte.

Sarah Bay e seu marido
Sarah Bay e seu marido

É importante ressaltar que além das missões de Shara, a HQ também aborda sempre o relacionamento com o seu marido, o Sargento Dameron. Graças a essas abordagens dá pra saber indiretamente sobre a vida de Poe (personagem essencial no sétimo filme da franquia).

Apesar de todo o resto das consequências das outras missões se basearem na primeira, as outras aventuras são ainda melhores. Na segunda podemos ver Shara, Leia e a rainha Soruna (atual rainha de Naboo), pilotando naves caça no intuito de impedir a destruição do planeta, mostrando que sempre conseguiram dar conta do recado sozinhas.

Jedi Luke Quadrinhos

Na terceira parte, Shara aceita uma missão de disfarce ao lado do Jedi Luke Skywalker em que o objetivo principal é o resgate de duas árvores que foram tiradas do templo Jedi em Coruscant. Mesmo com todo o tom de espionagem, ação e guerra, vemos também muitos conflitos internos da personagem, que se divide muito entre cuidar do filho, e ajudar a aliança rebelde, onde é muito necessária.

Além do roteiro excelente de Greg Rucka (Wolverine, Justiceiro), como podemos ver nas imagens, a arte de Marco Checchetto (Mundo de vingadores, Justiceiro)  também não deixa nada a desejar, combinando bastante com a história, e deixando a leitura muito mais agradável.

Por ser um encadernado bem curto, mesmo não sendo nada muito espetacular, a história nos prende bastante, principalmente porque explica um pouco sobre as origens  do menino Poe Dameron, portanto, se você é fã da franquia ou apenas tem dúvidas sobre o novo universo, vale muito a pena ler. 

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Detective Comics Quadrinhos

O Arqueiro Verde está de volta em Pássaros da Noite

Em um novo encadernado lançado no Brasil pela Panini, Oliver Queen começa uma nova fase de sua vida nas mãos do roteirista Benjamin Percy. Arqueiro Verde: Pássaros da Noite marca o retorno do herói como um justiceiro social, se opondo totalmente à fase anterior e praticamente ignorando o que foi feito pouco antes por outro roteirista.

Oliver Queen está de volta em Seattle, vivendo com sua irmã Emiko. A nova fase do Arqueiro começa neste encadernado negando as histórias contadas anteriormente por Andrew Kreisberg, produtor de Arrow. Kreisberg assumiu a revista do Arqueiro na edição #35, seguindo o que foi feito antes por Jeff Lemire em uma fase muito elogiada pela crítica e fãs. Contando um arco de seis edições, a pequena fase de Kreisberg no Arqueiro foi extremamente criticada, visto que o autor tentou transformar a revista no que vem sendo feito no seriado de TV, adicionando personagens como Diggle e Felicity e tornando a história completamente cliché.

Após a Convergência, a DC Comics resolveu trocar a equipe criativa da revista do Arqueiro, trazendo então o escritor Benjamin Percy (que havia passado pela Detective Comics anteriormente) e o desenhista Patrick Zircher (Flash, Esquadrão Suicida), fazendo com que novos leitores pudessem se interessar pela mensal na iniciativa DC&Você.

O encadernado publicado este mês pela Panini contém as edições 41 a 44 e o Anual da revista Green Arrow. Nas três primeiras edições, Benjamin conta um arco envolvendo empresários brancos e um sistema de vigilância completamente opressor. Em poucas páginas é possível notar o tom completamente diferente do texto de Percy se comparado ao roteirista anterior.

Conhecido por histórias mais sombrias e pesadas com um tom de horror, o autor traz toda esta carga ao personagem ao unir violência, tecnologia e misticismo. Oliver deixa de ser heróico (mais uma vez, o oposto da fase anterior) e se torna muito mais um justiceiro preocupado com assuntos como racismo, opressão às minorias e aos mais pobres e doentes. A arte de Patrick Zircher é bem detalhada e realística, e casa muito bem com todo este tom mais sério, promovendo uma narrativa fluida e momentos sombrios bem desenhados.

Enquanto muda sua postura e modo de agir, Oliver também lida com as consequências de sua completa irresponsabilidade com relação aos negócios das Indústrias Queen, enquanto uma trama paralela envolvendo uma misteriosa doença chamado Lukos cresce aos poucos, culminando numa história onde existem pessoas matando estes doentes (algo semelhante às doenças sexualmente transmissíveis e o receio das pessoas para com os contaminados), enquanto o medo do governo é exposto, grupos de doentes se reúnem, entre outros aspectos.

Este arco ainda não foi concluído, deixando então somente um gostinho do que está por vir. É importante ressaltar que Benjamin Percy continuou como roteirista da revista do Arqueiro até a edição #52, e também assumiu o personagem no DC Rebirth, prometendo (e até agora realizando) aproximar ainda mais o herói ao que ele era antes dos Novos 52.

Um bom começo de fase, o encadernado pode ser apreciado por novos leitores. Escrevendo bem todos os personagens e criando situações chocantes e interessantes, Benjamin Percy parece ser o roteirista certo para o personagem já que esta versão do Arqueiro Verde foi bem aceita pelos críticos e fãs, aparentando ter vindo pra ficar.

Arqueiro Verde: Pássaros da Noite é um encadernado em capa cartão contendo 140 páginas em Papel LWC e distribuição nacional ao preço de R$ 21,90.

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Detective Comics Quadrinhos

Mistérios e Aventuras | Sejam bem-vindos à Academia Gotham

Criada por Becky Cloonan, Brenden Fletcher e Karl Kerschl, a série Academia Gotham (Gotham Academy no original) está chegando ao Brasil com suas seis primeiras edições compiladas em um encadernado, atualmente nas bancas. Somando características de Harry Potter e Scooby-Doo, a revista não somente é uma excelente história sobre adolescentes, como também é uma ótima adição para o mundo do Batman.

A Academia Gotham é a escola especial para adolescentes mais prestigiada de Gotham City. Financiada pelo bilionário Bruce Wayne, a história deste quadrinho gira em torno de Olive Silverlock, uma garota que teve suas memórias e sua personalidade mudadas após um misterioso incidente ocorrido no verão passado. Voltando à escola, ela terminou seu namoro e começou a se afastar de todos os colegas, sofrendo lapsos mentais algumas vezes com pequenas cenas do ocorrido. Forçada a ser mentora de uma garota (irmã do ex-namorado), a protagonista deve lidar com uma novata hiperativa, e o quadrinho segue a rotina de Olive e sua nova ‘amiga’ Maps, resolvendo mistérios (fantasmas, cultos bizarros, etc) e descobrindo coisas sobre a escola e o incidente de Olive.

Olive Silverlock, Mia "Maps" Mizoguchi e Kyle Mizoguchi.
Olive Silverlock, Mia “Maps” Mizoguchi e Kyle Mizoguchi.

A premissa de Academia Gotham é bem simples. Durante as seis primeiras edições a história é totalmente focada no mistério acerca de Olive e seu relacionamento com todos os colegas (e possíveis inimigos) da escola. Enquanto tenta descobrir mais acerca de suas memórias perdidas, Olive e seus novos amigos acabam se metendo em diversas encrencas e resolvendo mistérios inusitados, uma característica que remete muito ao desenho Scooby-Doo.

O que dá a liga deste quadrinho é a excelente utilização de aspectos do universo do Batman sem soarem forçados, como o próprio herói, o Asilo Arkham e até mesmo alguns vilões. Apesar da história se passar numa escola para adolescentes, os roteiristas se preocupam sempre em situar tudo no universo de Gotham, sempre com designs góticos, criando um aspecto estilo Harry Potter. No final das contas, Academia Gotham é uma junção de Scooby-Doo, adolescentes carismáticos e Harry Potter. E a arte de Karl Kerschl é um show a parte que prende a atenção de qualquer leitor.

O quadrinho brinca bastante com situações relacionadas ao Morcego.
O quadrinho brinca bastante com algo relacionado ao Morcego.

Apesar de (quase sempre) adolescente serem chatos e cheios de problemas, essa característica funciona e é muito bem trabalhada com o passar das edições. Enquanto tudo no início é novo e Olive é uma personagem calada e chata, o leitor acaba se identificando com algum personagem e todos evoluem no decorrer da história. É um quadrinho que cresce muito com o passar das edições.

Rendendo uma leitura fluida com momentos divertidos e um mistério intrigante, Academia Gotham é um ótimo gibi sobre adolescentes e seus relacionamentos. Um respiro para o universo saturado do Batman, o encadernado da Panini é um dos melhores materiais da DC encontrados nas bancas atualmente.

Academia Gotham: Mistério na Sala de Aula possui 132 páginas em papel LWC, formato 17 x 26 cm e distribuição nacional ao preço de R$ 19,90.