Se apaixonar é fácil, difícil mesmo é amar, mas quando amamos, nada se compara com essa sensação. A frase que você acabou de ler nada mais é do que um fato que acompanha o ser humano desde a época que os primeiros seres pensantes da nossa linhagem histórica começaram a caminhar pelo globo. Durante toda a vida, nós nos apegaremos de maneira amorosa por diversas pessoas, seja você homem ou mulher, mas, na visão de quem vos escreve, o coração de um determinado indivíduo só pertencerá ao seu companheiro(a) apenas uma única vez, afinal, se amar fosse tão simples assim, ninguém estaria sofrendo pelo amor após o término de uma relação duradoura (ou não).
Estou cursando o terceiro ano do colegial e assumo que apesar de ser um garoto um tanto quanto jovem, já sei o que é o amor, e ele é lindo. Comecei a namorar no início desse ano com uma garota que eu julgo ser a melhor do mundo. Você deve estar se perguntando: ”como que esse mero rapaz tem tanta propriedade no que fala? Sendo que ele começou a namorar nesse ano pela primeira vez?” Eu apenas sei do que estou falando. Lembra da primeira frase que você leu nessa coluna? Então… Mas, estou aqui para falar da excelente comédia romântica Para Todos os Garotos que já Amei, adaptação cinematográfica da série de livros de mesmo nome, composta por mais duas obras, que são: Agora e Para Sempre, Lara Jean e P.S. – Ainda Amo Você e que me fez pensar muito mais sobre o meu atual relacionamento.
No longa, acompanhamos a personagem Lara Jean Song Covey, que escreve cartas de amor secretas para todos os seus antigos paqueras. Um dia, essas cartas são misteriosamente enviadas para os meninos sobre os quem ela escreve, virando sua vida de cabeça para baixo.
Mesmo sendo uma história deveras clichê, a produção me surpreendeu em diversos aspectos. Confesso que de primeira, fui conferir o filme com olhar pessimista e um tanto quanto ranzinza, mas óbvio, esses pensamentos ”chulos” da minha parte, desapareceram logo nos primeiros minutos, após a película se provar como uma transposição extremamente fiel ao material original.
Lara Jean, vivida pela atriz Lana Condor, se sustenta por si mesma. Ela está longe de ser aquela pobre coitada que o telespectador está acostumado a presenciar nos longas de comédia romântica mais usuais. Sua inteligência e a maneira que ela trata as coisas, principalmente os seus problemas, são os pontos chaves da composição sentimentais de sua personagem; lidando com bom humor em diversas situações tensas e constrangedoras que vão lhe perseguindo em determinados momentos fundamentais da trama. Mas como tudo não é um mar de rosas, a garota também chora e sofre pelos amores de sua vida, transformando alguns momentos da trama em algo mais raso e menos alegre.
Assim como Lara, os personagens secundários são os pontos altos do longa. Peter Kavinsky e Josh Sanderson, interpretados respectivamente por Noah Centineo e Israel Broussard, são os principais crush’s da personagem principal, que demostra ter um enorme carinho e compaixão pelos dois rapazes, nos quais em resolutos momentos, alegam a si mesmos e para quem está assistindo, de que são excelentes possíveis futuros namorados ideais para a garota.
Além dos dois rapazes, está a presença de mais três garotos que não são tratados com muita ênfase durante a narrativa, esquecendo de mostrar um deles durante a jornada cinematográfica e deixando os outros dois de escanteio apenas para serem usados em ápices temporais mais insignificantes. Primeiro e único ponto fraco do filme.Sua trilha sonora também não é uma das mais memoráveis, mas, com certeza despertará um certo nível de curiosidade na mente de quem está assistindo para que após a conclusão da película, vá correndo procurar quem é o produz um ou outro hit presente na obra.
Vale mencionar, que as atuações dos atores John Corbett, Anna Cathcart e Janel Parrish estão entre o alto panteão da película, sendo os responsáveis por fazer diversas piadas geniais ao desenrolar da narrativa, que por incrível que pareça, não cansam e muito menos perdem a graça com o passar do tempo.
Para Todos os Garotos que já Amei representa a minha vida amorosa nos últimos meses. Demorou muito para que eu encontrasse ”aquela que eu pudesse colocar a sapatilha de vidro em seus pés”, mas, finalmente ela apareceu e a espera valeu muito a pena. O que foi testemunhado durante os seus primeiros minutos até os seus últimos segundos é totalmente incrível e até mesmo um pouco mágico, afinal de contas, um filme de comédia romântica que não cansa e inspira é até um pouco difícil de se ver (sim, eu conheço mais alguns, mas vamos dar o foco para a história de Lara, ok?).
Espero que tenha gostado, até a próxima e não se esqueça: ”eu darei todo o meu amor à você em letras maiúsculas” <3