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A alucinação coletiva em Midsommar: O Mal Não Espera a Noite

Produzido pela A24 e dirigido/escrito por Ari Aster – diretor do excelente Hereditário, Midsommar: O Mal Não Espera a Noite é mais uma revolução do gênero terror feita pelo diretor. O segundo longa de Aster é difícil de se digerir inicialmente, talvez pelas sequências que não apresentam um sentido inicial ou pelo choque que o filme causa em sua primeira exibição, entretanto com o passar das horas, o objetivo do diretor se torna claro e o filme fica mais nítido.

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Em Midsommar acompanhamos Dani Astor (Florence Pugh), que em meio a todos seus problemas psicológicos se vê lidando com um novo trauma: o suicídio de sua irmã e a morte de seus pais e seu namorado, Christian (Jack Reynor), que não rompe sua relação com ela por medo do que ela poderá fazer. Em meio a esse momento delicado, o casal viaja com um grupo de amigos para o vilarejo de Peele (Vilhelm Blomgren), na Suécia, para vivenciar as tradições (um tanto quanto peculiares) da comunidade para comemorar o solstício de verão. Conforme as comemorações vão passando e eventos bizarros vão acontecendo, o pessoal começa a estranhar e a se perguntar o que de fato está acontecendo.

A trama é bem construída ao decorrer do filme, deixando algumas coisas em aberto para sua interpretação pessoal. É interessante notar o quanto a personagem de Florence, Dani, se fortalece em meio a cultura em que está sendo apresentada – de uma pessoa emocionalmente instável, com inúmeras crises de pânico e traumas, a uma pessoa forte que se sente vingada por enfrentar todos os seus problemas, que sorri no fim de tudo. E comentando brevemente sobre o elenco, os destaques do longa são o casal protagonista, interpretado por Florence Pugh e Jack Reynor – ambos conseguem transmitir com precisão seus sentimentos, seus medos e suas angústias de acordo com os eventos que vão acontecendo. O elenco secundário está excelente também.

Tecnicamente falando, Midsommar é um filme belo. A direção de Ari Aster é impecável e a fotografia é algo lindo de se ver: a paleta de cores em cada cômodo, representando desde a escuridão de um apartamento até o colorido de flores em conjunto com as vestimentas utilizadas pelas pessoas do vilarejo e pelo clima ensolarado da Suíça, além dos planos utilizados para representar as passagens entre diferentes cômodos, tornam o filme uma alucinação. E a imersão, em conjunto com o choque causado a cada rito de passagem define Midsommar como uma alucinação coletiva na sala do cinema.

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Um ponto negativo é que o diretor tenta abordar diversos assuntos e não consegue desenvolver todos da mesma forma, deixando algumas lacunas incompletas ao decorrer do filme e diversas dúvidas ao telespectador (assuntos esses que eu não posso comentar sem dar spoilers). Talvez esse seja um dos únicos defeitos do filme: ser ambicioso demais e não conseguir concluir totalmente as subtramas.

De certa forma, o objetivo de Ari Aster foi concluido com sucesso: deixar o telespectador em choque e sem reação durante a exibição do filme, fazendo com que ele ria de nervoso em diversos momentos e que ele fique tenso com o que está acontecendo. Por conta de toda a situação que o filme se desenvolve, com cores que remetem ”paz” mas com momentos que certamente é o oposto, o choque vem mais forte.

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Midsommar: O Mal Não Espera a Noite é uma alucinação coletiva pelo simples fato de chocar o público com cenas fortes, em uma paisagem um tanto como paradisíaca e que é semelhante daquelas vistas em folhetos de igrejas. Além da imersão que o filme trás ao telespectador. Focando mais no terror psicológico, o longa consegue deixar o público atento ao que está acontecendo com uma trama boa, uma direção bem executada e uma fotografia excelente. No final das contas, Midssomar é mais uma evolução do gênero ao deixar de lado os clássicos jumpscares do gênero e focando no terror psicológico e misturar brevemente com a fórmula clássica de um bom slasher, isso em conjunto com sua fotografia e sua ambientação tornam o filme algo único – podendo ser definido como uma jogada genial de Ari Aster.

 

Nota: 3/5

Um jovem casal atravessa a Suécia para visitar um grupo de amigos e participar de um festival local de verão. Ao invés das férias tranquilas com a qual sonhavam, os dois vão se deparar com rituais violentos e bizarros de uma adoração pagã.

Midsommar: O Mal Não Espera a Noite estreia nos cinemas brasileiros dia 19 de Setembro.

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Marighella | Cinebiografia de guerrilheiro brasileiro ganha seu primeiro trailer

A história de Marighella nos tempos da ditadura será contada no longa que contará com Wagner Moura na direção pela primeira vez. O primeiro trailer pode ser visto abaixo:

Cinebiografia de Carlos Marighella, ex-deputado, poeta e guerrilheiro brasileiro que foi assassinado pela ditadura militar em 1969. Adaptação do livro Marighella – O Guerrilheiro Que Incendiou o Mundo de Mário Magalhães.

Marighella será lançado em novembro nos cinemas brasileiros.

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Midsommar: O Mal Não Espera a Noite ganha novo trailer nacional

A Paris Filmes liberou o segundo trailer nacional de Midsommar: O Mal Não Espera a Noite, novo terror dirigido pelo aclamado cineasta Ari Aster, conhecido pelo seu trabalho em Hereditário.

O elenco é composto por Will Poulter, Jack Reynor, Florence Pugh, Julia Ragnarsson, William Jackson Harper e Anna Åström.

Um jovem casal atravessa a Suécia para visitar um grupo de amigos e participar de um festival local de verão. Ao invés das férias tranquilas com a qual sonhavam, os dois vão se deparar com rituais violentos e bizarros de uma adoração pagã.

Midsommar: O Mal Não Espera a Noite estreia em 19 de Setembro.

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John Wick: Capítulo 4 | A carnificina continua em 2021

A Lionsgate confirmou através de suas redes sociais, que o próximo longa da franquia John Wick está oficialmente em desenvolvimento.

O Capítulo 4 terá o retorno de Chad Stahelski na direção e Keanu Reeves no papel principal. O novo longa estreia em 21 de Maio de 2021.

John Wick é um lendário assassino de aluguel aposentado, lidando com o luto após perder o grande amor de sua vida. Quando um gângster invade sua casa, mata seu cachorro e rouba seu carro, ele é forçado a voltar à ativa e inicia sua vingança.

Para futuras informações de John Wick, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

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Dolby Cinema divulga novos cartazes exclusivos de John Wick 3: Parabellum

A Dolby Cinema liberou com exclusividade, quatro novos cartazes de John Wick 3: Parabellum, novo filme de Keanu Reeves que já está em cartaz em todos os cinemas brasileiros.

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John Wick (Keanu Reeves) está em fuga por duas razões: Ele está sendo caçado por um contrato global de US$14 milhões por sua vida, e por quebrar uma regra central: tirar uma vida no terreno do Continental Hotel. A vítima era um membro da Mesa Alta que ordenou o contrato aberto. John já deveria ter sido executado, exceto que o gerente da Continental, Winston, concedeu a ele uma carência de uma hora antes de ser “Excomungado”. A associação foi cancelada, banida de todos os serviços e cortada de outros membros. John usa a indústria de serviços para se manter vivo enquanto luta e mata para sair de Nova York.

Para futuras informações de John Wick, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

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Frenético e violento, John Wick 3: Parabellum entrega o que há de melhor na franquia

Dando continuidade aos eventos do segundo filme, “John Wick 3: Parabellum” chega aos cinemas com a difícil tarefa de apresentar um encerramento para o arco construído até então, ao mesmo tempo em que deve expandir a mitologia deste universo sem deixar de abraçar seu gênero em todas as situações. Com muito mérito, já é possível afirmar que a trilogia do assassino Baba Yaga está consolidada como uma das melhores da história do cinema.

Na terceira película da saga, John Wick (Keanu Reeves) está sendo caçado pela associação após ter assassinado Santino D’Antonio (Riccardo Scamarcio) dentro do Hotel Continental. Banido e com uma gorda recompensa de US$ 14 milhões pela sua cabeça, cabe ao herói encontrar formas de sobreviver para manter seu objetivo: preservar as boas memórias que possui de sua amada e falecida esposa.

“John Wick 3: Parabellum” se destaca em boa parte, pela terceira vez em três filmes, graças ao visual. O diretor e ex-dublê Chad Stahelski utiliza todo seu conhecimento para entregar ao espectador as melhores coreografias de ação possíveis, em sequências de luta imparáveis e totalmente compreensíveis cercadas por uma paleta de cores chamativa, aplicando movimentos inventivos e tomadas únicas para um filme deste tipo, com realismo através da utilização de golpes de artes marciais e belas batalhas com armas de fogo. O longa inicia de forma frenética, dada a situação em que John se encontra após o final do segundo filme, e segue com poucas interrupções para construir momentos vindouros.

Em uma entrevista dada ao The Graham Norton Show, Keanu Reeves comentou sobre as capacidades de sobrevivência de John Wick, bem como aceitar determinadas situações.

Entretanto, assim como seus predecessores, Parabellum não se limita à ação – apesar desta ser boa parte do longa. O universo dos assassinos ganha novas camadas através da atuação da Alta Cúpula, representada aqui pela juíza vivida por Asia Kate Dillon, e parte do passado de John também é pincelado de forma pontual e sem subestimar a capacidade do espectador em compreender as entrelinhas. Novas personagens, como Sofia (Halle Berry) e A Diretora (Anjelica Huston) acrescentam mais enigmas que podem vir a ser desenvolvidos em outras mídias, e o vilão Zero (Mark Dacascos) rouba a cena com sua canastrice de vilões caricatos, porém extremamente funcionais. Vale lembrar que os já conhecidos membros da sociedade, como o Rei do Bowery (Laurence Fishburne), Winston (Ian McShane) e Charon (Lance Reddick) retornam triunfantes às suas funções, com mais destaque e reviravoltas inesperadas.

Parte da diversão também se encontra no humor negro da fita, que não ameniza em brincar com seus absurdos típicos de bons filmes de ação. Ao conhecer as principais características deste universo como a palma de sua mão, o roteirista Derek Kolstad, agora contando com a colaboração do diretor Chad Stahelski, sabe dosar muito bem os momentos em que uma boa e inusitada piada será encaixada, ainda que de forma séria. A constante presença dos animais, marca registrada do filme, funciona de forma tão orgânica quanto todo o restante e rende alguns dos melhores momentos de alívio cômico.

Cena de John Wick 3: Parabellum presente no segundo trailer do filme.

A construção das hierarquias da associação e a reutilização de propostas dos longas anteriores também é muito orgânica, estabelecendo mais do mundo em que esta franquia se passa. John Wick é um homem de poucas palavras e isso colabora para agravar a forma mitológica como ele é encarado por todos que o cercam, apesar da crescente dificuldade em superar os desafios conforme o desenrolar da história. No terceiro ato, John já está em seu limite, cansado e quase incapaz, transformando com naturalidade algumas coreografias em um desenrolar mais lento, que peca um pouco pela excessiva quantidade de acontecimentos sem pausa.

Finalizando com um ótimo – e corajoso – gancho para continuação, sem um final feliz, “John Wick 3: Parabellum” é tudo que os fãs esperam da série. O herói de Keanu Reeves, em toda sua perfeição quase imperfeita, é um livro com algumas páginas em branco que podem ser preenchidas, e toda a associação regida pela Alta Cúpula possui enorme potencial para ser mais explorada em um futuro retorno às origens. A fidelidade e os votos prestados, com muita honra e sobriedade, podem e devem ser honrados, e determinadas ações exigem reações, por mais perigoso que isso possa ser.

As decisões tomadas pelo protagonista, neste que encerra a primeira trilogia da série, podem e devem reverberar de maneira retumbante no resto do mundo. É uma questão de tempo até que o preço seja pago, e o prognóstico não é muito bom. A não ser, é claro, que John possua uma nova carta na manga. E pelo histórico, essa é uma possibilidade bem forte.

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Confira o primeiro Trailer oficial de O Doutrinador

Alguns meses depois de seu teaser ser divulgado, o longa-metragem nacional O Doutrinador ganha seu primeiro trailer completo. Confira:

O filme narra a trajetória de Miguel, um agente federal que vive num Brasil tomado por uma quadrilha de empresários e políticos corruptos. Uma tragédia pessoa o faz eleger a corrupção endêmica sua inimiga, começando assim sua pessoal cruzada contra a corrupção e sua elite política em pleno período de eleições presidenciais. 

O longa-metragem de O Doutrinador, que tem a produção assinada pela Paris Entretenimento e distribuição da Downtown/Paris Filmes, é baseado na HQ homônima de Luciano Cunha, lançada em três partes no anos de 2013 e edição encadernada em 2017, ambas pela Redbox Editora.

Trazendo em seu elenco nomes como Kiko Pissolato, Samuel de Assis, Tainá Medina, Marília Gabriela, Eduardo Moscovis e Helena Ranaldi e direção de Gustavo Bonafé, O Doutrinador tem estreia prevista para 20 de setembro de 2018. A obra também ganhará uma série a ser exibiba pelo canal Space.