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Primeiras Impressões | Drifters

Samurais. Decapitações. Sangue jorrando em doses cavalares. Elfos. Esferas mágicas. Um homem usando óculos. Portas que levam a outros mundos. História japonesa e patos depenados. Adicione a tudo isso uma trilha sonora bem louca com um humor doente e temos Drifters, um dos animes mais promissores da atual temporada. É até meio louco parar pra pensar que tudo isso saiu da cabeça de um japonês estranho.

Drifters é um mangá escrito e ilustrado por Kouta Hirano. Caso o nome não signifique nada pra você, saiba que esse gordinho simpático é o criador de Hellsing, mangá violento com vampiros nazistas em dirigíveis matando pessoas por nada. Drifters vem sendo publicado no Japão numa velocidade tão lenta quanto a editora Nova Sampa lança mangás no Brasil, já que em sete anos a série teve somente cinco volumes compilados. Mas quem se importa? Nada impede que um anime bacana seja feito.

No vídeo acima é possível ter uma leve noção da porraloquice desse anime. Produzido pelo estúdio Hoods Entertainment (que só fez porcarias que não merecem ser mencionadas), Drifters possui uma história peculiar. Figuras históricas japonesas são teletransportadas para um mundo desconhecido onde deverão, basicamente, salvar esse mundo da destruição total. Mas é impossível chegar a essa conclusão assistindo somente o primeiro episódio, já que ele não diz absolutamente nada sobre a história. No próximo eles podem formar uma banda e começar a dar shows, destruindo essa parte do texto. Quem sabe?

Após sofrer ferimentos mortais durante a Batalha de Sekigahara (que ocorreu no ano de 1600), Shimazu Toyohisa se vê transportado para um corredor com diversas portas ao seu redor e um homem usando óculos sentado numa mesa. Subitamente, após ação do homem misterioso, Toyohisa é sugado para uma das portas e acaba sendo salvo e conhecendo outros dois guerreiros, Oda Nobunaga (daimyo do Período Sengoku da história japonesa que viveu entre 1534 e 1582) e a garota Nasu Yoichi Suketaka (samurai que viveu no final do Período Heian, entre 1169 e 1232). E o primeiro episódio acaba aí mas ouso prever que, juntos, essa turminha do barulho (que mal foi apresentada) entrará em várias confusões neste mundo com elfos e anões.

Remember Monstros S.A.? This is him now! Feel old yet?
Remember Monstros S.A.? This is him now! Feel old yet?

É difícil julgar Drifters somente pelo primeiro episódio, mas ao mesmo tempo o currículo do autor nos permite fazer isso. Hirano é um cara muito louco, que adora fazer loucuras loucas em situações malucas. E Drifters, numa primeira impressão, é o tipo de coisa que só um cara como ele conseguiria pensar. Ao mesmo tempo que a série parece não exigir muito do espectador, um leve conhecimento da história do Japão é importante para que algumas piadas façam sentido, visto que a obra usa tais personagens históricos como protagonistas. Porém, tirando isso, você pode simplesmente gostar de ver algumas cenas violentas, típicas das obras de Hirano, uma vez por semana.

E essa violência fica linda de se ver na ótima animação utilizada no anime. Ágeis, poluídas, meio granuladas e respeitando muito o traço do autor no mangá, as cenas são todas muito bem animadas. Além disso, o character design de Nakamori Ryouji (que trabalhou na animação Hellsing Ultimate) é perfeito e, sendo fiel à obra original, diferencia muito bem todos os personagens. Pausa rápida para admiração de violência gratuita:

VASH! SPLASH!

Outro ponto positivo do anime é sua trilha sonora, que simplesmente não dá a mínima para o contexto da época da Batalha de Sekigahara e enfia logo um rock’n roll nas cenas de luta, para alguns momentos depois utilizar uma típica música relaxante de dez horas do YouTube com o objetivo de criar um aspecto mais sério. Música essa que é quebrada rapidamente com um rap louco. No final das contas, assim como a trama, os personagens e a animação, a trilha sonora também é uma bagunça. É tudo uma bagunça. E funciona muito bem. Como ponto negativo só consigo pensar no ritmo acelerado até demais, dificultando a leitura e associação dos nomes de personagens. Alguns morrem com cinco segundos de cena, então tudo bem. Pausa rápida para admiração de violência gratuita:

VASH! VASH! PÉIM! BLOSH!

Drifters entregou um primeiro episódio muito bom. Não se levando muito a sério e prometendo situar o espectador aos poucos especialmente com relação aos mistérios (tipo quem diabos é aquele cara do corredor), a trama tem um potencial absurdo e praticamente infinito, já que existem diversas portas diferentes que, deduzo, levam para outros mundos. A ideia gera situações cômicas com um humor típico do autor, e mesmo que entregue um desenvolvimento de personagens raso como um pires, tem um potencial gigantesco para gerar uma boa diversão despretensiosa.

Resta saber se, com tão pouco material do mangá disponível até o momento, o estúdio optará pela fidelidade ou apelará para os tão odiosos fillers, que porém, podem ser bem aplicados numa ideia como a desta série. É tudo uma incógnita e uma bagunça, assim como esse anime. Mas que ele é legal, é.

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Primeiras Impressões | Qualidea Code

Psst. Ei. É, você mesmo. Vem cá, deixa eu te contar um segredo: Sabia que Japonês é um povo estranho? Hein? Como assim todo mundo sabe disso? De qualquer maneira, aconchegue-se e venha ler o mais novo Primeiras Impressões. Depois de paradoxos quânticos do Jailson Mendes e garotas sexistas e superficiais, podemos ir para frases de bandeira, que tal? Uma vez um amigo meu me disse que frase de bandeira é sempre algo que nós fingimos que temos, mas na realidade é o que mais precisamos (vide: Ordem e Progresso). Quer uma frase de bandeira maior do que algo próximo de “Qualidade” no nome desse anime?

A reação mais normal que qualquer pessoa poderia ter, ao assistir isso (além de falar mal da péssima animação, mas que já comento sobre), é ficar mais perdida que garota inocente na hora de levar madeirada. Eu não me perdi muito, já que fiz minhas pesquisas antes de começar, mas um ser humano médio ficaria atordoado com o que viu.

Vou passar rapidamente sobre os resultados de minhas pesquisas. Se quiser ir mais a fundo, você pode ler o mesmo post que eu li, no blog do Frog-kun (em inglês, infelizmente). Basicamente, a série “Qualidea” é uma cooperação de três autores de Light Novels relativamente famosas: Tachibana Koushi, autor de Date a Live, uma série que eu gosto bastante; Sou Sagara, autor de Hentai Ouji to Warawanai Neko, ou Henneko para abreviar; e Watari Wataru, autor de Oregairu (essa eu nem ouso escrever o nome completo). Juntos, eles tiveram essa ideia depois de beber até falar mole (é sério), e decidiram botar em prática.

Cada escritor toma conta de uma das escolas da trama: Koushi da escola de Kanagawa (a escola das espadas), Sagara da escola de Tóquio (a escola dos magos), e Wataru, da escola de Chiba (a das arminhas). Tendo em vista que o projeto ainda é novo, há pouco material disponível, mas o plano é de que cada escola possua suas histórias independentes, contadas em Light Novels separadas. A história do anime é um “roteiro original”, escrito em conjunto pelos três.

Os três autores da obra em seu habitat natural (é sério, são eles mesmo).
Os três autores da obra em seu habitat natural (é sério, são eles mesmo).

Isso significa que você precisa ter lido as outras trocentas obras para entender o que está dançando na sua tela? Não exatamente. Basta você entender que o show não é um universo fechado, mas sim uma peça de um quebra-cabeça maior. Ainda não tenho uma bola de cristal, mas acredito fortemente que a obra será auto-suficiente o bastante para poder ser aproveitada sozinha. Para questões não resolvidas e desentendimentos de história, só podemos dar tempo ao tempo.

Falando na história… Caras, não dá. Quando eu criei o gênero “Harém Escolar Mágico Genérico” alguns anos atrás, eu não imaginava que o último adjetivo viria a ser o mais importante e o mais relevante. Tá certo que o que faz sucesso tende a ser copiado, e que algo só se torna ‘clichê’ porque foi tão bem recebido que começou a ser utilizado em demasia… Mas nossa, é demais, caras… Não tem nada que eu não tenha visto em Qualidea Code. Tudo que está presente e todos os aspectos envolvidos são genéricos e você encontra, quase que na íntegra, em outros 49 shows semelhantes.

Cutucando a ferida, falemos da tal animação. O estúdio responsável, a A-1 Pictures (também conhecido na comunidade tóxica de animes como “McDonalds”. Longa história…) está claramente com as mãos cheias demais. Com uma pesquisa rápida, pude ver que Qualidea Code é o TERCEIRO show que eles estão fazendo ao mesmo tempo. Digo terceiro pois os outros dois (B-Project: Kodou Ambitious e a adaptação de Phoenix Wright) são lançados antes dele.

Antes que me joguem pedras ou peguem os tridentes e as tochas, já adianto que não sou especialista em animação ou expert no trabalho de estúdios, mas consigo muito bem imaginar que a culpa da arte HORRENDA de Qualidea se dá, além do baixo investimento, pela sobrecarga dos responsáveis.

Uma dessas prints é de Qualidea Code, a outra é de uma obra de 2001. Consegue descobrir qual é qual?

A A-1 Pictures normalmente não é associada a boas animações, embora possa tirar alguns bons resultados vez ou outra. Mas quando o assunto são animes atuais, nós sempre esperamos um nível MÍNIMO de qualidade. Se você mostrar o primeiro episódio de Qualidea para alguém que conhece o meio, mas está por fora dos lançamentos atuais, uma reação muito plausível seria a pessoa achar que o show foi produzido em meados dos anos 2000. E que me perdoem Haruhi, Cowboy Bebop e Sakura Card Captors, que tem uma animação muito superior, mesmo sendo dos anos 2000.

Você percebe que não é simples falta de capacidade, ao assistir a abertura: a animação lá é boa. Não chega a ser maravilhosa, mas é um nível aceitável. A primeira coisa que passou pela minha cabeça, ao vê-la, foi: “Essa qualidade deveria ser o padrão DO EPISÓDIO, e não da abertura”. É uma pena, já que o show poderia ser muito mais aproveitável (menos insuportável).

Já que toquei no assunto musical, a direção sonora é, com certeza, um dos pontos positivos do show. Talvez o único indivíduo que tenha feito um trabalho decente em todo o elenco seja o senhor Taku Iwasaki. Suas grandes participações incluem Ben-to, Tengen Toppa Gurren Lagann, Soul Eater e a Parte 2 de JoJo. Com um currículo desses, é de se imaginar que a BGM seja, no mínimo, satisfatória de se ouvir. Além das músicas de fundo, as músicas-tema da abertura e encerramento foram muito bem produzidas, sendo cantadas por dois grandes nomes da cultura recente, LiSA e ClariS, respectivamente. Poderia até ser maldoso e dizer que gastaram o orçamento inteiro do anime só na contratação das cantoras, e depois tiveram que animá-lo com os vales-refeição.

https://www.youtube.com/watch?v=cMRqSKCZ0wQ

Outro ponto que podemos dizer ser algo positivo, são os personagens. Desde seus designs (nem tão) marcantes, até suas habilidades (nem tão) especiais e suas personalidades (nem tão) bem definidas.

Na aparência, temos quatro garotas com características que, embora facilmente encaixáveis em “esteriótipos”, não são tão óbvias quanto as que vimos em New Game! (tirando a loirinha, ela é estereotipada demais, meu deus do céu. Mas ainda é linda melhor garota 10/10). Temos também dois garotos que… Bem… São garotos, então quem liga pra aparência deles? Apesar que devo dizer que a armadura mágica (ou seja lá o que for aquilo) no braço do Líder de Tóquio é até que bem estilosa.

Já as habilidades… Como comentei algumas vezes, já vi iguais em outros shows. Não são muito criativas, nem fogem do básico. Talvez a única inovação, seja a enorme possibilidade de piadas com JoJo, por conta de tais poderes serem chamados de “Worlds“.

Por fim, as personalidades são, sim, bem definidas. Tendo em vista que isso não é algo que se pode ter um espectro enorme, até que foram escolhidas sabiamente. Chega a ser engraçado, pois com um pouco de conhecimento sobre os três autores, fica muito fácil de descobrir quem criou cada personagem, só por suas personalidades.

Resumindo tudo, então: três caras beberam demais e criaram mais um harém escolar mágico genérico de baixo orçamento, mas com uma música bacana, e que poderia ser viável, se não parecesse ter sido criado nos anos 2000. Difícil dar mais que 4/10 para essa estréia, e resta torcer para que façam um make-over total nos Blurays, como aconteceu com Mekakucity Actors (todos podemos sonhar, não é?).

A série pode ser assistida legalmente na Crunchyroll, com episódios novos todos os sábados.

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Primeiras Impressões | New Game!

Ok, calma lá. Vamos começar devagar. Que tal começar um novo jogo? Prometo que nesse save eu não falo que japonês é um povo estranho. Ah, droga!

Por mais relacionado a jogos que esse post possa passar a impressão de ser, estamos ainda no ramo de análises prematuras de animes. E no Primeiras Impressões de hoje, vamos dar uma olhada nesse grupo de garotinhas que com certeza estão vivendo no Easy Mode. E como sabemos, easy-mode é para criancinhas.

Com o início da serialização em 2013, o mangá é de Tokunou Shoutarou (Não muito famoso, mas que em seu pequeno nicho de fãs é conhecido por suas “ilustrações divinas”), que apesar de não ser um estouro de vendas, tem alguns números bons para o gênero, além de ter desbancado outros títulos de peso, como ReLife, Gundam e GATE. Ainda não é publicado no Brasil, mas seria uma ótima adição ao catálogo nacional. Não que eu esteja insinuando algo, mas o cantinho de sugestões da NewPOP é ali do lado…

<Alerta de Garotas bonitinhas fazendo coisas bonitinhas>

Você sabe que está assistindo uma obra de ficção, quando a pessoa diz que conseguiu o emprego dos sonhos logo após se formar no ensino médio. E quando uma pessoa se dispõe a trabalhar numa empresa sexista de jogos sem nem saber modelar em 3D. E quando uma empresa sexista de jogos aceita contratar uma garota recém-formada que nem tem as qualificações para o emprego.

De qualquer maneira, se você for assistir já sabendo que é uma ficção, você vai se deparar com um típico humor de quatro painéis. Pela obra original ser um 4-koma, as piadas são quase que cronometradas. O que pode não ser um agrado muito grande pra quem prefere algo mais elaborado, mas pode ser ótimo pra pessoas que se cansam rápido de coisas que se prolongam demais, e querem algo mais dinâmico, mais veloz ou pra quem tem problema de atenção tipo eu.
É um tipo de humor bem característico do gênero. Não tem uma piada sendo contada, ou uma situação (muito) absurda acontecendo. É só… A existência das personagens. Elas existem, e isso é cômico. O dia-a-dia delas que deveria te fazer rir. Não é algo pra todo mundo.

Bagulho é tão doce que chega a dar dor de dente...
Bagulho é tão doce que chega a dar dor de dente…

Já a belíssima animação fica por conta do Estúdio Dogakobo, que além de já ter uma boa experiência com o gênero (Outras adaptações de 4-komas muito aclamadas incluem Gekkan Shoujo Nozaki-kun e Mikakunin de Shinkoukei), trazem todos os lucros gerados pelo inferno demônio capiroto tinhoso sucesso de Himouto! Umaru-chan. A primeira sequência do show é de deixar qualquer um pasmo, de tão detalhada e bonita. Não há um corte que não seja bem executado nos dois primeiros episódios… Embora 90% do tempo essa qualidade toda seja usada em garotinhas tomando chá. Também existem alguns frames onde você percebe a clara influência da origem em mangás da obra: Cenas que quebram totalmente o fluxo de animação, sendo imagens estáticas de poses características, mas que ainda assim conseguem passar a ideia de movimento, quando sobrepostas umas as outras.

Falando nas garotinhas, vamos a elas: Na realidade, são todas maiores de idade, apesar do design de personagens dizer o contrário (e isso é, infelizmente, uma prática bem comum em animes…). Excelente trabalho por parte do veterano Kikuchi Ai, que conseguiu fazer com que sempre haja uma nova expressão no rosto da Aoba (nossa querida protagonista), qualquer que seja a situação.
As personagens tem suas características e personalidades muito claras desde o princípio, sendo fácil de identificar quem deveria ser o quê ali. Mais uma vez, uma herança de seu gênese como 4-koma, que não possui muitos quadros para estabelecer caráter. Mas elas são todas bonitinhas, então não tem problema elas serem superficiais, né?

Minha cara quando falam que aquela loli 'tem 900 anos então não tem problema'...
Minha cara quando falam que aquela loli ‘tem 900 anos então não tem problema’…

Um ponto interessante a se ressaltar, é o elenco de dubladores (ou dubladorAs, no caso, já que não tem nenhum personagem masculino no elenco que não seja um porco-espinho): Não há meios-termos, todas as garotas são dubladas ou por profissionais super experientes (Como  Hikasa Yoko, famosa por seus papeis em diversos haréns escolares mágicos genéricos), ou por meninas que acabaram de entrar no ramo (por exemplo, Takeo Ayumi, que está, literalmente, estreando nesse anime, e vem fazendo um excelente trabalho). Acho que de forma semelhante ao que acontece na história do show com a protagonista, essas novas dubladoras aprenderão muito com as veteranas.

E… Isso é tudo? A série, apesar de ser um ótimo show de se assistir, por ter uma pegada divertida e que faz o tempo passar rápido, não deixa muito de uma impressão. Já assisti os episódios há três dias, mas só consegui terminar de escrever um texto razoável o bastante pra ser postado, hoje. É difícil ter “Primeiras impressões” quando não há muitas “impressões”.
Tenho certeza que será um anime que eu adorarei assistir enquanto durar, mas que não ocupará espaço na minha memória poucas semanas depois de ser finalizado. Vai virar aquele “Nossa, isso existe né? Era engraçado! Eu acho… Não lembro.” em pouco tempo.

Depois do sucesso de Pokémon GO, conheça agora Counter-Strike GO.

Mas o passado já era, e o futuro está longe, a vida a gente faz agora, e no agora, eu estou acompanhando e adorando New Game! Esse começo ficará no meu comedômetro com um 7/10, e recomendo a qualquer um que esteja precisando relaxar, ou que goste de utopias empresariais.

A série pode ser assistida na Crunchyroll, com episódios todas as terças-feiras mas boatos por ai dizem que certos becos escuros arranjam os episódios na segunda.

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Primeiras Impressões | 91 Days

Eu poderia começar dizendo que japonês é um povo estranho, mas isso é coisa do Vinicius, então deixa pra lá. Além do mais, hoje o assunto é sério pois envolve vingança e máfia em um anime que conseguiu fisgar a todos logo no seu primeiro episódio com a promessa de ser um dos mais interessantes da temporada.

Produzido pelo mesmo estúdio responsável pela segunda temporada de Durarara!!, 91 Days (naindi uan kawaii desus, em japonês) é uma história original sobre assassinatos que se passa na cidade de Lawless, onde o comércio ilegal de bebidas é o centro dos negócios no mercado negro graças a implementação da Lei Seca. Após ter sua família assassinada por uma disputa da máfia, o protagonista busca vingança contra todos os responsáveis, após receber uma carta de um remetente misterioso que dizia para ele retornar a esta cidade e saciar sua sede de vingança.

O enredo é o ponto forte de 91 Days e se assemelha bastante a uma “história clássica de mafiosos” (estou sinceramente esperando uma cena onde algum personagem acordará com uma cabeça de cavalo na sua cama). O ódio do protagonista pela família Vanetti torna a tensão de algumas cenas algo que é possível sentir na pele, especialmente após as reviravoltas de roteiro. O final do segundo episódio, que foi ao ar recentemente, é de fazer qualquer um bater a cabeça na parede.

O primeiro episódio do anime abre com uma sequência (o assassinato da família de Angelo, o protagonista) de tirar o fôlego, violenta e realmente perturbadora. Algo interessante a ressaltar é que a obra é totalmente pé no chão, então não espere encontrar poderzinhos ou monstros gigantes. O maior monstro da história talvez seja a birita. Essa é marvada.

O verdadeiro inimigo dos homens.
O verdadeiro inimigo dos homens.

O enredo interessante é somado a uma animação muito bonita do estúdio Shuka (que nome), que entrega designs de personagens muito competentes. Cada um possui características únicas, os cenários são bonitos e as cenas de ação são de tirar o fôlego. As cores combinam com o tipo de história contada , e talvez os únicos pontos fracos sejam os momentos de animação em CG, especialmente dos veículos, onde tudo fica meio bizarrinho. Ainda assim não é nada alarmante.

A trilha sonora de Shogo Kaida é outro ponto altíssimo de 91 Days (que eu acabei não explicando, mas recebe este nome pois mostrará o decorrer da história em noventa e um dias. Isso significa que teremos 91 episódios? Deus…). Com músicas belíssimas, e todas combinando perfeitamente com o tom da história, toda a trilha merece destaque e muitos elogios. Existem momentos que são bem parecidos com O Poderoso Chefão, com violinos e outros instrumentos que eu não possuo inteligência suficiente para diferenciar. Talvez nem sejam violinos. Enfim.

Corte rápido. Tramontina.

Apesar de você como espectador comprar a vingança do protagonista, ele não possui uma personalidade muito marcante. Angelo (que mudou seu nome para Avilo) é o típico personagem-calado-frio-e-inteligente de animes, fazendo com que a única empatia que você sinta seja pela vingança. Pode sentir-se mal, pois você vai desejar a morte de pessoas. Seu monstro.

Para equilibrar a balança da chatice, todos os outros personagens possuem personalidades bem marcantes. O que é triste, visto que (obviamente) o enredo entregará diversos assassinatos, e no final deve ser uma amargura só… Sério, nem precisa assistir, o final vai ser trágico com certeza. Você pode evitar essa tragédia na sua vida.

Brincadeiras à parte, 91 Days entregou até o momento dois episódios com uma qualidade bem acima da média, se destacando entre os animes da temporada. Com uma tensão adulta e um enredo convincente, se bem trabalhado até o fim, pode subir ainda mais rumo ao posto de Melhor da Temporada (por mais que seja até um pouco prepotente já ir afirmando isso, mas esse texto é única e exclusivamente minha opinião, então beleza). Este início de temporada entregou algo equivalente a uma nota 8/10, que pode subir ainda mais. Ou cair, vai saber né. Vale destacar, por fim, o tema de abertura cantado por TK do trio Ling Tosite Sigure, que é muito bom.

A série pode ser assistida pelo site da Crunchyroll, com novos episódios exibidos todas as sextas.

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Primeiras Impressões | Orange

ou, “como fazer uma história de viagens no tempo dar errado“.

Japonês é um povo estranho? Já sabemos. Sejam bem-vindos a mais um “Primeiras Impressões“, aquela coluna que parece não ter padrão de postagem, mas que se você analisar direitinho, notará que sempre sai um monte delas de três em três meses. Iniciaremos as análises iniciais da Temporada de Verão com uma cor mais leve, já que no calorzão (lá do Japão, pelo menos) ser gótico não rola, então a moda diz que Laranja é o novo Preto (Perdão).

Com um mangá de extremo sucesso, e com publicação nacional pela editora JBC, Orange é um dos raros casos onde o nome não diz bulhufas sobre a obra (Parei pra pensar por uns vinte segundos aqui, e não me veio nenhum outro exemplo a cabeça… Esse negócio é raro mesmo). Pelo menos não inicialmente. Muitos estavam esperançosos para essa adaptação, e ela finalmente chega em nossas mãos, para podermos fazer piadinhas com aquela série sobre presidiárias.

Não me levem a mal pela primeira frase. Sei que muitos de vocês nem ligam tanto pra esse aspecto tirado de filme da Sessão da Tarde (Não, sério, esse anime não é quase a mesma coisa que aquele “A casa do lago”, filme de 2006 com o Keanu Reeves e a Sandra Bullock?). Mas eu tenho um problema pessoal com viagens no tempo, e vou matalas explicar os pontos que não gostei, mas daqui a pouco.

Vamos começar com a arte do show, que pode ser dividida em dois pontos: Uma animação fluida e bem adornada em todos os aspectos, com cenários de deixar qualquer um boquiaberto, cortesia da Telecom Animation. Por outro lado… Um design de personagens horrendo. Não sei o que houve com o responsável, Nobuteru Yuuki (que fez alguns designs bons no passado, como de Sakamichi no Apollon e Mushishi), mas o que ele entregou para Orange foi simplesmente medonho. Não é nem questão de os personagens serem ruins… Inclusive não são! Todos são bem característicos, com pontos que deixam seu design marcante, e fácil de fazer associações. Mas… Os personagens são mal desenhados, mal adaptados. Qual o problema com a cara dessa menina?

Além da cara estranha, ela tem um problema de coluna seríssimo.

Um outro tópico que posso levantar é o musical. Existe esse senhor de idade chamado Yukio Nagasaki, que por algum motivo desconhecido, está no mercado de direção de áudio para animes. O maluco deve ser um palhaço, aquele tiozão que faz a piada do pavê na festa de fim de ano da empresa. Não vejo outro motivo pras escolhas de músicas de fundo pra Orange. Por mais que elas não sejam totalmente fora de lugar, e funcionem bem para as cenas que são colocadas… Elas são esculachadas demais. É tipo um “Mano, ele tá zoando com a nossa cara, MAS ELE TÁ CERTO, então não podemos fazer nada a respeito“.
São músicas com pegada circense, de chacota, até um Country tem espaço na discografia do moço.

Sobre os personagens, todos tem seus pontos fortes. Não é um forte geral do anime, como foi com Netoge na temporada passada, mas é consistente. Sempre tenho aquela pulga atrás da orelha, de “eu duvido que pessoas de personalidade e estilos tão diferentes, seriam tão amigos assim”, mas na ficção nós relevamos esse aspecto, para dar maior diversidade ao elenco.
Apesar dessa diversidade e tudo mais, não vejo algo ‘novo’ em nenhum personagem. Todos os protagonistas são facilmente enquadrados em esteriótipos típicos, e não se esforçam nem um pouco em fugir deles. Autora foi bem feijão com arroz nesse quesito.

Agora o que eu queria ter falado desde o começo, e o que vocês não estavam afim de ler, por isso joguei pro final: A bendita viagem no tempo. Não gosto de dar sinopses ou contar o que acontece no decorrer do episódio, quando estou escrevendo um “Primeiras Impressões” (isso eu faço nos shitposts do Twitter, se alguém se interessar), mas vou abrir uma exceção pra esse caso.

Não vou nem entrar no mérito de COMO DIABOS ENVIARAM UMA CARTA PRO PASSADO sem usar um microondas, e pular pros problemas reais: A carta foi feita num ponto da linha do tempo, onde todos os acontecimentos que querem ser evitados, já ocorreram. Ela só deveria apontar o futuro com precisão, até o momento em que a protagonista do passado faz uma escolha diferente pela primeira vez. Efeito borboleta, conhecem? É improvável (para não dizer impossível) que os acontecimentos futuros continuem seguindo um padrão, depois de uma mudança drástica em um dos pontos. A autora tenta mostrar isso, passando sutilmente a ideia de que “o esqueleto se mantém, mas algumas coisas vão mudando, conforme ela muda suas escolhas“, mas o exemplo que tivemos até agora, poderia muito bem ser respondido com simples soluções, e mantém o problema da Teoria do Caos.

Imagens exclusivas da autora da obra, quando questionada sobre seus conhecimentos de mecânica quântica.

Porém, o maior problema de todos, é a apatia da garota principal, Naho. Eu fiquei simplesmente indignado com o desenvolvimento inicial do anime. A guria recebe uma carta, supostamente do futuro, que prevê com perfeição o futuro próximo dela… E não tem a mínima curiosidade de ler o resto? Absurdo. Pior: Depois de ler a primeira página (de muitas, visto que a história começa em abril e deve ir até… janeiro?), ela simplesmente ESQUECE DA EXISTÊNCIA dela por DUAS SEMANAS? Abobrinha. Garotas colegiais são loucas por coisas sobrenaturais e pitorescas, ainda mais quando envolvem algo que soe romântico. Em nenhuma situação isso soa plausível.

Mas se você não levar a mecânica quântica em consideração, até que dá pra engolir. Isso, claro, se você tiver afim de acompanhar uma história tearjerker com paradoxos temporais. Coisa que eu não sou muito chegado. Por isso, esse começo fecha com 6/10 pra mim. Se não fosse a Hanazawa Kana dublando a garota principal, pioraria um pouco.

A série pode ser assistida pelo site da Crunchyroll, com novos episódios todos os domingos.

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Todos deixam um legado | We are Robin: Primeiras impressões

Como muitos já sabiam, a última edição do mix A Sombra do Batman (Edição 45) trouxe para nós as primeiras histórias do título We Are Robin, que até então só havia saído lá fora. Como o mix é maior e mais caro que os demais (apesar de carregar histórias muito boas), muita gente se pergunta se deveria ou não comprá-lo. E no intuito dar uma ajuda ao leitor, aqui vão as primeiras impressões sobre a história. Vamos lá!

We Are Robin ou Nós Somos Robin pela tradução, traz para o leitor uma nova perspectiva. Digamos que seja algo mais ousado, não tão diferente como foi feito em Academia Gotham (se quiser saber mais sobre o título, clique aqui), mas também não é uma história comum sobre super heróis.

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A história gira em torno da vida de alguns jovens que tiveram o mínimo de contato com o Batman, e se juntam após o arco Fim de Jogo para tentar salvar a cidade. A primeira edição foca no jovem Duke Thomas, e conta todo o drama sobre a sua vida. O principal objetivo de Duke, até então, é encontrar os pais que sumiram após serem atingidos pelo vírus coringa, mas enquanto isso não acontece, o jovem acaba se metendo em muitas confusões nas ruas, aumentando bastante a sua ficha criminal.

we are robin

Como a primeira edição foca mais no primeiro personagem, não dá pra saber muito ainda sobre o que virá, porém para não ficarmos perdidos com todos eles aqui vai um pequeno resumo sobre cada um:

Duke Thomas: jovem de 16 anos, estudante com personalidade sujeita a mudanças repentinas. Tem potencial para ser um grande escritor de poesia embora nunca vá admitir isso. Sua primeira aparição foi no arco Ano Zero da revista do Batman dos novos 52, quando ele ajudou o Batman ainda criança.

Riko Sheriden: jovem de 16 anos, estudante com destaque em artes dramáticas. Seus hobbies incluem cosplays, mangás, animes, kung fu, ouvir música e cantar. Ela é fanática na Batgirl. Sua primeira aparição foi em “Detective Comics: End Game“.

Daxton “Dax” Chill: jovem de 17 anos, estudante com problemas de disciplina. Já foi membro de uma banda punk. Tem grande conhecimento na área mecânica. Sua primeira aparição foi em “Detective Comics: End Game“.

Troy Walker: jovem de 17 anos, estudante acima da média com interesse em politica ativista, história e filosofia. Seus hobbies incluem, futebol, beisebol, videogames e cross-fit. Sua primeira aparição foi em “Detective Comics: End Game“.

Isabella Ortiz: jovem de 17 anos, estudante com destaque em linguagem. É bilíngue, mas também estuda francês e latim. Possui atividades suspeitas com gangues. Seus hobbies incluem dança, canto, ginastica, judô e kick-boxing.

Andre “Dre” Cipriani: jovem de 17 anos, estudante com comportamento agressivo e desobediente. É arrogante e tem problemas emocionais. Seus hobbies incluem MMA, boxe, ficção científica, romances policiais e gosta de cozinhar.

we are robins

Dá pra ver que o título tem um futuro bastante promissor, muita coisa pode acontecer ainda, e como é uma revista que foge do tema e apresenta dilemas atuais isso me anima ainda mais, e vocês? Também estão animados pras próximas edições? Deixe a resposta nos comentários.

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Primeiras Impressões | Netoge no Yome wa Onnanoko ja Nai to Omotta?

Japonês é um povo estranho. Até quando falamos sobre coisas que já são estranhas normalmente, eles conseguem se superar e torná-las piores do que você podia imaginar. E o tema “Joguinhos online” é algo que claramente se encaixa nessa descrição. Sério, vocês já viram KanColle? Aquilo é bizarro demais.

Só que hoje, o Primeiras Impressões vai falar sobre um fato que só poderia ter sido desmentido numa obra de ficção vinda da Terra do Sol Nascente. Como tudo vindo de lá, o extenso e quase cansativo nome, Netoge no Yome wa Onnanoko ja Nai to Omotta? serve como uma sinopse para o show: “E você pensou que não existiam garotas na internet?“.

Primeiramente eu queria comentar sobre a ambientação do jogo. Ou melhor, a representação da representação do jogo no anime. Ficou meio confuso? Enfim:
Eles estão jogando um bagulho bem simples. Joguinho 2D, com habilidades clicáveis e tal, no melhor estilo Tibia ou Ragnarok Online (Inclusive, a cidade principal do jogo é extremamente parecida com Prontera, a capital do reino de Ragnarok…). Mas quando as cenas se passam dentro do jogo, somos levados pra um ambiente imersivo completo: O traço sofre uma leve alteração para um padrão mais pincelado; as imagens de fundo se tornam menos detalhadas, dando maior destaque para os personagens; o movimento parece mais fluido, devido as cenas de ação… Para, logo em seguida, voltarmos para o quarto do protagonista, e lembrarmos que o jogo é 2D baseado em Sprites, quando olhamos pro monitor do garoto. Isso torna os momentos online muito mais interessantes e visualmente agradáveis do que seria se ficássemos na câmera real o tempo inteiro.

Esse aspecto de MMORPG, que tem sido, nos últimos anos, uma mídia muito utilizada na cultura japonesa no geral (Não consigo lembrar da última temporada que NÃO teve algum anime com ambientação completa ou alguma relação com jogos), não permite meios termos. É algo que, obrigatoriamente, acaba sendo extremamente positivo ou demasiadamente negativo. Exemplos negativos, temos aos montes por ai (olá, Sword Art Online!), mas é difícil encontrar um positivo (que não seja Log Horizon)… Mas Netoge parece estar caminhando para o lado certo.
Assim, não me levem a mal, mas eu sou um cara que joga muito no PC. Devido a isso, eu tenho um conhecimento, no mínimo, ‘satisfatório’ sobre como MMORPGs funcionam. E alguns animes conseguem me ofender com a forma que eles retratam os aspectos do jogo (Até hoje alguém já entendeu como funcionam as lutinhas em SAO? Aquilo não faz sentido nenhum). Não é o caso de Netoge. O autor realmente sabe o que é e como funciona o sub-mundo dos malditos joguinhos de computador que sugam as suas almas.

Isso é um ponto positivo, por retratar de forma mais fiel (na medida do possível) a real ambientação de um jogo online. Eles utilizam um sistema e formação de combate que faz sentido; botam a culpa no healer quando alguém morre; reclamam quando o tanque puxa mais mobs do que o grupo pode aguentar; usam uma linguagem típica de jogos, com termos que você vê com frequência no Reddit
Por outro lado, pode acabar não sendo tão apelativo ou engraçado para alguém que não seja chegado ou não conheça muito sobre joguinhos, como eu já comentei num outro post.

Lembra do Alemão maluco jogando CS? É quase isso.

Mas chega de falar do jogo, e vamos falar sobre a vida real. Digo… Você consegue diferenciar os dois… Né?
O tema primário (ou a premissa) do anime beira a genialidade por misturar uma verdade absoluta com uma situação extremamente improvável. Esse contraste de real e inimaginável é um excelente mote pra comédia. E comédia é o objetivo do show. É óbvio que não existem mulheres na internet, mas quem iria imaginar que aquela garota que dá em cima de você online não é um velho barbudo brincando de shemale pra ganhar itens?
Acontece que isso é uma piada descartável. Você usa uma vez e ela não pode ser reutilizada. É ai que precisa entrar o tema secundário (ou o desenvolvimento) nem-tão-genial-assim. ‘Garota que vive no mundo da lua e não se toca das besteiras que faz‘ é um tópico bem batido e que eu consigo citar uns três que o usam só de cabeça. Não desmerecendo o uso do tema, que inclusive achei muito bem utilizado, mas é bom lembrar que já fizeram isso outras duas mil vezes antes.

O mundo real e o virtual são coisas separadas! Não me importo com a identidade do jogador, desde que sua personagem seja bonitinha!
“O mundo real e o virtual são coisas separadas! Não me importo com a identidade do jogador, desde que sua personagem seja bonitinha!”

O elenco de personagens foi muito bem construído em apenas dois episódios. Todos os protagonistas tem um design marcante (menos o rapaz, pois como já apontei diversas vezes, eles sempre são genéricos. Mas mesmo ele, em sua forma online, consegue ter seu charme), e uma personalidade bem definida. Desde o início, já é possível entender como eles funcionam e para onde eles estão indo, coisa que muitos animes demoram séculos para conseguir. Isso quando conseguem.
Inclusive, a garota principal, Ako, é simplesmente fofa demais. Meu deus do céu, como o Japão consegue fazer personagens tão bonitinhos e que dão vontade de apertar ai que cuticuti meu deus…
Er, digo…

Então, uma conclusão seria que é um anime extremamente engraçado se você gosta de MMORPGs no geral, mas tem uma comédia apenas mediana caso não goste. É um anime que tem bons traços e boa animação, com personagens bacanas e de personalidade forte logo de cara. E também é um anime que sabe como um jogo funciona e entende o que mecânicas como “Aggro” são.
Tipo, sério. Cêis tão ligados que um jogo que não tem Aggro não funciona né? Na moral, não façam jogos sem Aggro.

O que acontece quando eu digo pra alguém que assisto animes.
O que acontece quando eu digo pra alguém que assisto animes.

Eu costumo dizer que tenho um sistema de notas especial apenas para comédias, e Netoge ficará com um belo 9/10 no meu Comedômetro até o momento que eu tiver saco de ir atualizar o meu My Anime List outra vez.

A série pode ser assistida na Funimation, caso a barreira idiomática não seja um problema. Caso seja, algum beco escuro da internet pode servir.

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Primeiras Impressões | Sakamoto desu ga?

Olá! Sejam muito bem-vindos ao Primeiras Impressões, um quadro que servirá para podermos dar piti sobre coisas que estamos assistindo, sem termos que nos preocupar com profundidade ou seriedade. Mais seriamente, ele funcionará para, como o nome sugere, darmos nossas primeiras impressões sobre os lançamentos, tanto de séries quanto de animes.

E pra começar de maneira fabulosa, iremos falar sobre o cara mais legal do colégio.

O quê, você não soube? É o Sakamoto!

Sakamoto desu ga? fez sua estréia na temporada de abril no dia oito (8), e desde cedo já chamou a atenção de muita gente. Afinal, como não se voltar para essa magnificência de pessoa que é o Sakamoto? Ele é tudo que você sempre quis ser, e ainda mais: Descolado, bonito, inteligente, atlético, bom cozinheiro, amigável, gentil… Ai… Que homem!

Essa comédia colegial parece ter vindo da cabeça de todos as crianças excluídas, góticas e emos do planeta. Afinal, quem não queria ter uma vida escolar como a do Sakamoto? Te pago uma coxinha se você, nos devaneios mais profundos da sua doentia mente, durante aquela massante aula de biologia, nunca pensou em fazer algo que ele faz, ou se imaginou sendo tão descolado quanto ele (me cobrem no Anime Friends/CCXP).

Um paralelo que posso fazer é com Joukamachi no Dandelion, de julho (Ou como eu gostava de chamá-lo, “DEMOCRACIA DUVIDOSA“).
É uma comédia bem simples, e que se apoia bastante em situações absurdas e características cartunescas dos personagens. Ou um famoso NONSENSE, se preferir. É um tipo de humor que eu simplesmente adoro, por apelar para a imbecilidade do espectador (coisa que eu tenho de sobra).

Continuando o paralelo, para conseguir preencher vinte minutos de tempo televisivo, ambos dividem seus episódios em “mini-episódios”. Lembra de quando você tinha doze anos, e sua única preocupação era qual capítulo de Os Padrinhos Mágicos estava passando no Disney Channel? É mais ou menos isso. Dividindo em partes menores e mostrando duas ou três historinhas na mesma semana, eles evitam o prolongamento excessivo de uma mesma situação, coisa que sempre acaba estragando comédias (vide Nurse Witch Komugi-chan R, na temporada passada). Inclusive esse é um dos motivos de porque curtas de comédia são tão bons, como Sekkou Boys foi na última temporada. Mas isso é assunto pra outro post.

Diferenças incluem a animação desanimadora da DEEN, quando comparada com o marcante Estúdio IMS. O tempo todo só temos uns tons pastéis deixando o clima extremamente pra baixo, um contraste enorme com a ambientação do anime. Pode até funcionar como forma de aumentar ainda mais o absurdo da comédia, mas eu não compro essa ideia não, e prefiro botar como incompetência do estúdio mesmo.

Eu quando sofro ataque das inimiga.
Eu quando sofro ataque das inimiga.

Também possui um design de personagens extremamente fraco: Tipo, sério? O cara mais famoso, descolado e popular da escola e ainda protagonista da história não tem nenhum destaque além dos óculos. Tá certo que protagonistas são genéricos mesmo… Mas todo o resto do elenco também? Na preview do episódio dois vimos uma tal de “idol do colégio”, e ela é simplesmente inexpressível.
Os outros “antagonistas”, ao menos, possuem um pouco mais de personalidade em seus designs. Os três amigos da primeira parte tem claramente uma pegada delinquente em seu visual, por mais óbvio e clichê que essas pegadas possam ser.

Uma última reclamação viria sobre a cena de abertura: Passar quase dois minutos num fundo estático com bonecos minúsculos feitos em 3DCG jogando vôlei de uma forma estranhamento desgostosa, enquanto conversam de uma forma estranhamento desgostosa… Foi uma exposição muito massante e que não valeu a piada que trouxe. Quando eles voltaram, no final, eu quase dei um suspiro de agonia.

Por outro lado, os pontos negativos acabam por aí. Eu não vejo motivos para reclamar de todo o resto do anime. O roteiro foi excelente; os personagens interagem entre si e com o ambiente de uma forma ótima (para uma comédia, etc); as músicas de fundo, em sua maioria, se mesclaram perfeitamente com as situações, deixando as cenas ainda mais engraçadas; As piadas são forçadas, mas o objetivo era esse desde o princípio, então entrega muito bem o prometido; o elenco de dubladores conta com diversos nomes de peso (como Hikaru Midorikawa no papel principal e Tomokazu Sugita sendo um dos punks) e que caíram muito bem em seus personagens.

Eu observando o recalque das inimiga
Eu observando o recalque das inimiga

Pra um primeiro episódio, foi excelente. Pra quem gosta de humor retardado, é uma escolha obrigatória na season. Facilmente um 7/10, com potencial de crescimento elevadíssimo.

Você pode encontrar o anime para assistir na Crunchyroll, ou em qualquer beco escuro da sua internet.