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Confira Todos os Games Solo do Wolverine, Xará!

Durante o evento Playstation Showcase foram anunciados diversas novidades que animaram os gamers, principalmente os fãs da Marvel Comics. Games dos Guardiões da Galáxia, a continuação do (excelente) Spider-Man e a surpresa de um novo game do Wolverine.

Os fãs do personagem foram a loucura com o anúncio e culmina com a onda “Wolverínica” que a Marvel vem proporcionando aos poucos desde que Logan retornou da morte. Com HQs especiais, nova HQ solo, presente na nova fase dos X-Men, o rumor de um novo filme… mas é sabido que Wolverine já é presente há tempos no mundo dos games. Então conheça os games do baixinho canadense invocado.

Wolverine (NES)

No clássico game do Nintendinho, Wolverine foi capturado por seus antigos inimigos Magneto e Dentes-de-Sabre. Preso em uma ilha deserta, Wolverine deve sobreviver a inimigos mortais e armadilhas, concluindo com uma batalha com os vilões já citados. O game foi lançado em 1991.

Era um clássico game daquela época: andar, pular, bater e chutar. O jogador poderia usar as garras usando o botão selecionar. Mas cada vez que isso ocorria, a sua energia esgotava. Para recuperar era necessário o consumo de alimentos e comida (os clássicos hambúrgueres e refrigerantes nos gamers). Quando matava um número suficiente de personagens menores, Wolverine mudará temporariamente para o modo “Berzerker”. Ou Logan boladão.

O game foi lançado em 1991 e foi uma produção da Acclaim Studios Manchester.


Wolverine: Adamantium Rage (Super Nintendo e Mega Drive)

Lançado para a geração de 16 BITS no auge da guerra em 1994, o game apresentava pela primeira vez o fator de cura em um jogo solo. Deve ser por isso que ele é tão difícil. E em cada console o game muda de narrativa.

Na versão do Super Nintendo, Wolverine recebe uma misteriosa transmissão via computador, de alguém que tem informações sobre o seu passado e organiza um encontro para revelar tudo no Canadá. Já na versão do Mega Drive a narrativa é um pouco mais vaga. Ela começa com Wolverine segurando uma fotografia de alguém de seu passado e expressa um desejo de vingança, então ele recebe uma mensagem via computador que mostra o procedimento em que o Adamantium foi implantado em seus ossos.

O resto dos dois jogos apresenta o personagem perseguindo os detalhes de seu passado, e com chefes como Albert, Dentes-de-Sabre (que só aparece na versão do Mega Drive), Lady Letal, Cyber entre outros. Ambas as versões receberam criticas positivas e negativas, mas a versão de Mega Drive foi a que mais sofreu. Essa versão sofreu criticas sobre design gráfico e jogabilidade.

O game foi lançado em 1994.


X-Men: Wolverine’s Rage (Game Boy Color)

O game foi lançado em 2001 exclusivamente para Game Boy Color e nele Logan basicamente tinha que seguir a Lady Letal depois que essa consegue construir uma arma que derreterá o Adamantium no esqueleto de Logan. Doideira, bicho.

A jogabilidade é bem simples e repetitiva. O jogo tem vinte níveis, agrupados em capítulos de cinco com uma batalha de chefe no final de cada um. Os chefes se resumem, além da própria Lady Letal, no Dentes-de-Sabre e Cyber.

O jogo foi desenvolvido pela Eclipse Digital um braço da Activision.


X2: Wolverine Revenge (Nintendo GameCube, Game Boy Advance, Microsoft Windows, Xbox, PlayStation 2)

Esse foi a inovação do Wolverine no mundo dos games. Depois de tantos jogos, um tanto iguais, Wolverine Revenge embarcava em duas frentes: a franquia dos filmes que eram um sucesso e o poderio da nova geração de consoles, principalmente do PlayStation 2.

A capa já abraçava os filmes colocando o ator Hugh Jackman como destaque. Mas apesar disso, e de um uniforme de couro que era adquirido ao longo da ação, as comparações com os filmes terminam aí.

O jogo em terceira pessoa mostrava Logan contra seus vilões mais clássicos e recebendo uma ajuda do Professor X. Mas o grande barato do game era poder usar os poderes do Logan. Tantos os poderes mutantes de recuperação, como o faro apurado e a experiência nos ataques furtivos, por exemplo.

O game recebeu avaliações das mais variadas e foi desenvolvido pela Activision.


X-Men Origins: Wolverine (Microsoft Windows, Nintendo DS, PlayStation 2, PlayStation 3, Nintendo Wii e Xbox 360)

fabricado pela Raven Software e distribuído pela Activision no ano de 2009, o game coincidiu com o lançamento do primeiro solo do personagem em 2009. Mas ainda bem que ele é melhor do que aquele filme desastroso.

O jogo segue a história do filme, mostrando (de uma forma bem mais resumida) o passado romântico e violento do Wolverine, pondo em foco as antigas missões na África e o surgimento da Arma X. Ao longo do jogo, o seu principal objetivo se torna buscar vingança pela falsa morte de sua amada, Raposa Prateada.

Com um Wolverine selvagem e sanguinolento, o game foi um sucesso e, até hoje, é considerado a melhor adaptação do personagem no mundo dos games. A geração ainda mais moderna na época. Cortando cabeças, braços e pernas em combos incríveis, Logan está animalesco e o corpo dele vai sendo destruído e recuperando. Em uma mistura do clássico “andar e bater” com uns puzzles de “escalada” tipo “Lara Croft”, o jogo apresenta personagens que até então não tinham sidos apresentados nos cinemas, como a Sentinela.

O jogo foi recebido pelos críticos de uma forma positiva, salientando a sanguinolência presente nos combates, a multiplicidade de inimigos presentes no jogo e os vários poderes do Wolverine. Contudo, o jogo pode se tornar um pouco repetitivo e a dificuldade não é muito elevada.
Hugh Jackman (Wolverine), Liev Schreiber (Dentes-de-Sabre) e WILL.I.AM (Espectro) dublam seus personagens do filme.

Lançado em 2009, o game foi desenvolvido por Raven Software (PC/PS3/X360), Amaze Entertainment (Wii/PS2) e Griptonite Games (PSP/DS) e com a distribuição da Activision.


Wolverine M.R.D. Escape (jogo online)

Baseado no desenho animado Wolverine e os X-Men, você passa por 10 fases até terminar com o game e no meio do caminho vai acabar encontrando e ajudando outros integrantes da equipe mutante, como Fera, Ciclope, Lince Negra e Vampira.

Lançado em 2010, praticamente todo o controle de Wolverine M.R.D. Escape é feito no teclado. Com as teclas direcionais, Wolverine anda, se agacha e pula. Com a barra de espaço, ele ataca, ativa o painel. Uma boa diversão que você pode encontrar AQUI.

O novo game do Wolverine, que será lançado pela Insomniac, ainda não tem data prevista. Mas já aguçou e animou os fãs do personagem.

Para saber mais detalhes e assistir o teaser de lançamento, clique AQUI.

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Quadrinhos

O Voo de Polina

Pouco mais de um ano depois de seu último lançamento no Brasil (A Grande Odalisca, publicado em duas partes pela editora Pipoca & Nanquim), Bastien Vivés retorna ao mercado nacional com Polina, que narra a ascensão da dançarina Polina Ulinov com foco em sua relação com Nikita Bojinski, seu exigente e carrancudo professor.

É curioso como esta obra pode ser comparada como a real carreira de Bastien Vivés pois, assim como a protagonista, o autor apareceu na cena de quadrinhos franco-belga ainda jovem e, com o passar do tempo, acompanhamos o seu desenvolvimento tal qual criança aprendendo a andar, falar e, com razão, arrancar sorrisos bobos de seus genitores a cada nova descoberta.

E é exatamente o que se sucede: acompanhamos atentamente todos os passos de Polina desde suas tímidas tentativas de desenvolvimento na carreira até alcance de níveis maiores e mais difíceis. Seu mentor e professor Bojinski sempre está lá como uma pagem ou uma ave que não deixa a cria desgarram de seu ninho e assim comprometendo voos mais altos da bailarina.

Apesar de ser lançado no Brasil depois, Polina foi originamente publicado antes de Uma Irmã em seu país de origem, e percebe-se bem a diferença da arte de Vivés: Seu traço aqui é muito mais simples e rudimentar, com rostos que muitas vezes sequer se completa o desenho de suas partes. Muitos personagens mesmo em destaque são retratados somente como silhuetas. Bojinski, por exemplo, sua barba em diversas oportunidades é mais vista que seus olhos.

Tal peculiaridade na arte remete muito aos momentos que vivemos na vida, onde algumas pessoas têm mais importância que outras, mas com o passar do tempo nossas relações vão se desgastando ou fortalecendo, assim ganhando ou perdendo valor, demonstrado na quantidade de detalhes nos atributos físicos retratados na narrativa.

Polina é o quarto título de Vivés publicado no Brasil, que teve sua estreia por aqui com O Gosto do Cloro, pela editora Barba Negra em março de 2012. Dentre todos, é segundo publicado pela Nemo, que segue o padrão de edição de Uma Irmã com capa cartonada e mesmo formato ainda explorando a bibliografia do autor em seu catálogo da Casterman. Uma sugestão de próximo passo possivelmente seria de Le Chemisier, também da Casterman, pela editora brasileira. Independente do que vier, Vivés tem um catálogo extenso, e vale a pena ficar de olho em boa parte de sua bibliografia.

Polina
Bastien Vivés (roteiro e arte)
Fernando Scheibe (tradução)
Eduardo Soares (revisão)
206 páginas
17 x 24 cm
R$59,80
Capa Cartonada
Nemo
Data de publicação: 04/2021