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Jogamos o beta: Valorant e seu hype gigantesco

Para começar precisamos entender que, mesmo que Valorant não seja seu estilo de jogo ou muito menos seu estilo de fps preferido, não podemos negar que essas últimas semanas, especialmente estes últimos três dias passados desde do lançamento do beta no servidor brasileiro, no dia 5 de maio, o jogo é sem dúvidas um fenômeno.

Inicialmente intitulado “Project A”, Valorant já carregava um grande peso nas costas, ele era a aposta da Riot Games para os jogos de tiro em primeiro pessoa. A empresa consagrada por moldar todo um cenário de esporte eletrônico com o crescimento exorbitante do League of Legends, antes muito amador, com destaque apenas ao Counter-Strike, que mesmo com todo seu sucesso ainda era algo muito abstrato.

A estratégia de divulgação adotada pela Riot foi impecável: locar grandes nomes do fps nacional e mundial, para “testar” o jogo. Esse teste foi secreto, sem direito a imagens ou vídeos da gameplay, o que gerou ainda mais curiosidade para os possíveis jogadores do game, já que as personalidades que haviam jogado previamente, elogiavam e abriam a mente do seu público para um fps mais family friendly.

A Riot conseguiu disseminar sua sementinha em várias comunidades, a do CS, PUBG, Fortnite e entre outros. E para quem achou que iria para por ai, estava enganado, o beta fechado, na verdade não era tão fechado assim foi lançado.

Seguindo no marketing, a empresa bolou um plano, para ter acesso ao “beta fechado” bastava que você assistisse as streamings do jogo na Twitch, qualquer uma, até mesmo a de seu amigo com apenas 3 espectadores. O resultado vocês já sabem, milhões de canais jogando Valorant, e seus números de espectadores e jogadores aumentando de forma genial. Mesmo aqueles que não estavam tão empolgados, aderiram as streamings, e acabavam jogando, nem que fosse apenas sua introdução, ou uma partida rápida.

Mas o que achamos do jogo? O hype é real? Vale a pena mesmo sofrer com a aleatoriedade do drop do jogo nas streamings?

A resposta pra todas estas perguntas são bastante positivas. Valorant certamente ganhará um cenário competitivo em pouquíssimo tempo. Além do jogo ser bem didático, e com uma curva de aprendizagem bem leve, ele apresenta personagens com características distintas e habilidades diferentes de outros fps do gênero fantasia, ele é divertido de se assistir na mesma proporção que é tenso e gratificante, o que é um ponto muito positivo para o esporte eletrônico.

O modo ranqueado ainda não estava disponível no momento da publicação desta matéria, o que deixa os jogadores a participar de partidas casuais. De certa forma, não é ruim. Entretanto, para alguns jogadores mais competitivos é algo a se trabalhar, visto que ainda não existe um nivelamento. As partidas casuais estão repletas de jogadores sem nenhuma noção de fps, vindo de outros jogos da empresa, jogadores com noções básicas, e outros com absurdas noções de timing e posicionamento, tornando algumas partidas maçantes e outras muito desiguais.

Um ponto que muito jogadores apontavam como sendo negativo, era a questão dos “poderes” e habilidades dos personagens. Bem, em algumas situações específicas dentro da partida as habilidades fazem sim muita diferença. Mas nenhuma delas é desbalanceada, os 10 personagens jogáveis atualmente possuem três habilidades cada, além de uma habilidade ultimate. As habilidades funcionam como smokes e flashs e para ganhar informação dos locais no mapa. Apenas a ultimate que apresenta uma mecânica mais fantástica, onde o jogador consegue saltar mais alto que as “smokes” ou barreiras, voltar para um ponto específico ou atravessar paredes com seu disparo.

Entretanto, durante as partidas o jogador consegue lançar entre 3 ou 4 vezes esta habilidade suprema, algo que não impacta tão diretamente o resultado final, mas que em situações de cluth por exemplo, podem ser um auxílio e tanto.

As habilidades são compradas no início de cada round, assim como as armas. Elas estão categorizadas em pistolas, SMGs, shotguns, rifles, snipers e heavies. Algo muito semelhante ao Counter-Strike, funcionando também com os rounds de ataque e defesa, algo como os terroristas e contra terroristas do jogo da Valve. Nas partidas casuais, os rounds são divididos em 2 turnos de 12, ou seja, você defende por 12 rounds e ataca por 12 rounds, tendo fim no momento em que algumas das equipes alcança 13 pontos no placar, ou ao empatar por 12×12.

É certo que Valorant terá muito jogadores iniciantes no fps, já que a maioria se encontra na mesma situação. Este posto anteriormente era do Counter-Strike: Global Offensive, mas o mesmo necessitava de um conhecimento básico de posicionamento e nomenclaturas dentro dos mapas, para se orientar e poder passar informações.

Overwatch é outro jogo que alguns apontam como inspiração para o Valorant, entretanto devido a algumas escolhas da Blizzard, o cenário competitivo e o próprio jogo estão cada vez menos populares. Call of Duty e Rainbow Six mesmo tendo uma força teoricamente grande em seu cenário, são muito complexos para alguns, o que acaba gerando desinteresse.

Valorant e todo seu cenário são muito promissores, levando em conta todo o histórico positivo da Riot. Para um jogo em beta, a qualidade e gameplay entregue está no mais alto nível. Das horas jogadas, não encontrei nenhum problema assombroso. Pode-se dizer que o produto que temos em mãos é muito bom, e de fato tende a melhorar, principalmente pela adesão da comunidade.