O The Hollywood Reporter anunciou que o cineasta Adam Wingard será o diretor de Hardcore, filme que será baseado nos quadrinhos de mesmo nome do quadrinista Robert Kirkman.
O roteiro está sendo aprimorado por Wingard e Will Simmons, a partir da primeira versão do script feita por Kirkman.
A Universal Pictures será o estúdio responsável pelo projeto.
Na trama, um soldado faz parte de um projeto secreto, no qual ele pode possui o corpo de qualquer pessoa da Terra, para chegar mais próximo do seu alvo.
Procurando diferenciar suas publicações, a editora norte-america Image Comics começou a publicar The Walking Dead ao fim do ano de 2003, dando início a uma transição editorial que só chegaria ao seu ápice em 2012, justamente no seu vigésimo aniversário. Desde então a Image vive o que é, para muitos, seu melhor momento: Lazarus, Saga, The Wicked & The Divine… todos títulos premiados são provenientes de uma fase que teve início exatamente com a epopeia de Rick Grimes, Carl, Michonne e cia.
A obra começou a ser publicado no Brasil bem antes de seu auge comercial: Em 2006, pela extinta Editora HQM. Duas versões foram lançadas: Sob o título de Os Mortos-Vivos, vieram encadernados com seis edições mensais cada em formato menor que as versões norte-americanas. Depois foi publicada a versão mensal, já com o título original, entre 2012 e 2017.
Em 2017, após o fim de contrato da HQM e ainda incompleta, a obra foi retomada desde o início em encadernados no formato original pela Panini Brasil e, após uma frequência intensa de publicação com encadernados quase mensais, chegamos ao fim da saga por aqui, agora em setembro de 2020.
Para falar não só a respeito The Walking Dead, mas sobre vários de seus projetos que vão além dos quadrinhos, conversamos com Charlie Adlard que, substituindo Tony Moore para ilustrar os roteiros de Robert Kirkman, tomou as rédeas do traço da publicaçãoa partir da edição mensal nº 7 e só saiu na edição nº 193, justamente a última da série.
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Depois de 16 anos, The Walking Dead chegou ao fim. Essa decisão é “como deixar a casa dos pais”: Difícil, mas necessária?
Com certeza! O que mais posso dizer? Eu acho que [eu e Robert Kirkman] regemos o caminho da história em quadrinhos para um fim natural. Passamos por vários percursos e arcos de história para completar a narrativa. Eu estava começando a ficar, digamos… exausto. Exausto no sentido de não saber onde iríamos parar. Então cheguei a dizer ao Robert que, quando quer que terminemos a HQ, teríamos que acabar por cima. Não queríamos chegar ao fim quando ninguém percebesse, pois ninguém mais se importava e não lia mais a história. Fizemos uma promessa mútua que seria assim que iria acontecer.
A todo tempo durante a história vocês falavam sobre a morte, que é a situação mais desconhecida pelo ser humano, porque ninguém sabe o que de fato acontece depois. Os zumbis são uma interpretação da morte. Como é para você ter que voltar frequentemente a este assunto tão nebuloso e não deixar o leitor saturado sobre isso?
Hmmmm… bem, quer dizer… Zumbis são obviamente uma dessas coisas que você disse. Uma das coisas mais assustadoras sobre eles é isso aí. Já disse muito. É quase como… a derradeira forma de sair desse plano. Porque se pensa “[depois de morrer] olha o que vai acontecer contigo!” É um panorama muito assustador. Especialmente do jeito que fizemos. Então é… ah! Perguntinha difícil essa que você fez pra mim!
Estou aqui pra isso!
É… eu espero que, esperançosamente, tenhamos demonstrado isso, porque essa é uma HQ de terror. Não é de terror por ser um pouquinho assustadora ou chocante: Nosso terror é aquele que arrepia a mente na ideia de que, quando você morre, é isso que vem depois. É algo muito horroroso.
Falando da sua banda Cosmic Rays, onde você toca bateria, Dave Mckean declarou em um painel que não tem uma arte dominante. Ele também faz teatro, música, cinema… porque, caso contrário, fica entediado. Para você é o mesmo? Como administrar essas duas tarefas uma vez que você é quadrinista e vive com prazos bem rígidos?
Diferente de Dave, eu tenho uma paixão dominante que são as HQs. Eu acho que sou melhor quadrinista que baterista e sou o primeiro a admitir isso. Por isso provavelmente escolhi essa carreira para viver a tentar a sorte como músico. Mas, por outro lado, é ótimo ter outra veia criativa além de quadrinhos. Entretanto, o que eu faço para, digamos, contribuir a mais para esse mundo, é fazer coisas diferentes nas HQs. Sempre estou interessado em… bem: The Walking Dead claro que foram mais de 15 anos fazendo um estilo similar de HQ, depositando meu esforço na mesa de desenho e fazendo o lápis e nanquim para um determinado estilo de arte. Porém, já explorei outros mundos em outras HQs que fiz, como anos atrás em White Death, com Crayon no papel cinza. Também existem as narrativas que fiz com Joe Casey, uma batizada de Codeflesh e outra chamada Rock Bottom, essa última que teve um traço mais puro sem cores ou sinais de textura porque eu queria sair da zona de conforto onde eu usava tons mais sombrios no traço, então foi bem diferente de anos atras, no momento que eu estava produzindo White Death com Robbie Morrison…
Lá para 2004…
Isso! E agora fazendo um livro cuja produção é totalmente digital, mas uso ferramentas que emulam lápis ao invés de arte-final digital porque eu quero dar um tom mais rústico. Então, variedade é o tempero da vida. É um clichê, eu sei, mas é o que me deixa animado como meu livro Intitulado Life, esse meu trabalho é composto por desenhos sobre a vida como uma nova avenida de criatividade onde eu desenho modelos, já que você nunca aprende o suficiente durante toda a vida. Isso é muito útil.
Nesse livro você desenha modelos nus e sketches de diversas proporções. Como você o vê: Um livro de estudos, de anatomia… qual seu veredicto?
Para mim, todos nós devemos desenhar sobre a vida, não importa o quão bom você seja, pois você está sempre aprendendo…
Porque é muito diferente dos seus trabalhos anteriores!
Com certeza! Esse é um dos motivos porque eu fiz: Ser bem diferente.Me dá a oportunidade de experimentar outras técnicas, materiais… me dá outras oportunidades. O interessante também é que [nesse livro] tive um tempo limite, porque quase sempre tive que abandonar a ideia de ter uma peça mais trabalhada. É algo mais rápido e sem pensar muito. O que eu, na verdade, gosto. Quanto menos se pensa [a respeito do desenho], mais acidental fica a arte e pode terminar com algo feito em 5 minutos pensando que tal peça foi a melhor coisa que você já desenhou. O desenho de capa na versão branca foi feito literalmente em 5 minutos. Lembro de olhar e pensar “Opa, beleza! Tem uma verdadeira paixão e movimento aqui!”. Mas eu nunca replicaria algo assim nos quadrinhos, porque lá se pensa muito e se quer sempre se refinar. Então fazer esse exercício é muito bom para a alma, sabe?
Muitos artistas depois de tantos anos no mesmo título, desistem em fazer projetos mais longos. Tem planos para fazer algo desse tipo novamente ou ficará só nas capas?
Eu nunca mais vou fazer algo longo como The Walking Dead. Estou com na casa dos 50 anos, se fazer isso de novo, eu terminaria outra obra desse tamanho com… cerca de 70. Posso dizer categoricamente que não! Nunca mais vou fazer uma série regular.
Mas ainda fará páginas internas?
Estou fazendo agora em Heretic, minha nova HQ com Robbie Morrison, quer seja uma coletânea de narrativas ou uma história só. Não sei bem ainda, vamos ver. Mas estou fazendo. Sou de coração um contador de histórias, então o que eu predominantemente farei sempre será páginas internas. Sou um quadrinista, é isso que eu e outros fazemos para viver.
Em fevereiro de 2006 chegava às lojas norte-americanas um curioso “What If” (O que aconteceria se… em português) protagonizado por Thor, o Deus do Trovão. Com roteiro de Robert Kirkman (sim, o criador de The Walking Dead) e arte de Michael Avon Oeming, What If: Thor apresentou aos leitores uma história fechada em pouco mais de 20 páginas onde o Filho de Odin tornou-se… Arauto de Galactus.
A premissa é simples. A fome do Devorador de Mundos atingiu Asgard. Lady Sif, Volstagg, Hogun, Fandral, Valquíria e todos os bravos guerreiros do Reino dos Deuses iniciaram suas batalhas contra o gigante e seu arauto, uma mulher criada para esta aventura (e que nunca foi nomeada).
A destruição resulta na morte de Sif e Thor, possuído pela ira, vingou-se derrotando a assassina. Asgard está em frangalhos e seus guerreiros não aguentam mais, então Galactus propõe para Thor que ele se torne seu novo arauto em troca da salvação de seu reino.
A trama descrita acima resume os acontecimentos iniciais da história criada por Kirkman e Oeming. Thor, ao tornar-se arauto de Galactus, deve lidar com a já conhecida sina de “condenar mundos habitados ou não” para que o Devorador sacie sua fome, sob o perigo de, caso falhe, Asgard seja condenada.
A ideia (por mais maluca que pareça) rende uma boa aventura, com reviravoltas a respeito de Loki e o destino de Asgard, soando muitas vezes como uma aventura padrão do Deus do Trovão. E cerca de 13 anos depois, o exercício de imaginação tornou-se realidade… Nas mãos do roteirista Donny Cates.
Thor #1, lançada nos EUA no dia 01 de janeiro de 2020, marcou a estreia de Cates como roteirista do deus nórdico, acompanhado do ótimo artista Nic Klein. Cates assume as rédeas deixadas por Jason Aaron após um longo run de quase sete anos onde o personagem foi revolucionado algumas vezes, de indigno a Rei de Asgard passando obviamente por um meio onde a Poderosa Thor foi criada.
Cates estabelece Thor como rei e aos poucos demonstra o status dos coadjuvantes de seu núcleo de personagens. Até que o inesperado acontece: um Galactus moribundo desaba em Asgard durante um pronunciamento do Rei, e Cates traz os personagens cósmicos em que trabalhou ao longo dos últimos anos para esta aventura, como o Motoqueiro Fantasma Cósmico e o Surfista Prateado Sombrio, e recupera outros como Nova (Frankie Raye) e Raio Alfa.
Não é a primeira vez que Galactus é usado nas histórias modernas de Thor. Durante o run de Jason Aaron, Galactus desempenhou um forte papel como antagonista do Rei Thor no futuro apocalíptico, unindo-se à Necroespada até finalmente ser morto por Ego, o Planeta Vivo. Donny Cates dá a entender que Galactus viu o momento de sua morte e este está associado ao Thor. Por conta disso, condena que ele e o Deus do Trovão devam enfrentar o vindouro Inverno Sombrio juntos. Este evento é previsto pelo Surfista durante a reunião após a queda de Galactus.
A edição termina com um gancho matador onde Galactus transforma Thor em seu arauto, apelidado de Aurato do Trovão. Esta fase do Thor parece ser a junção de tudo que Cates estabeleceu previamente em outros títulos, de Thanos ao Motoqueiro Cósmico passando por sua minissérie do Surfista, realizando agora seu sonho de escrever um de seus personagens favoritos. Cates recupera os membros perdidos do herói (um braço e um olho) ao se utilizar desta tunada em seus poderes – e responsabilidades.
A segunda edição de Thor chegará às lojas americanas em fevereiro. Clique aqui para acessar o site da Marvel Comics. No Brasil, a Guerra dos Reinos de Jason Aaron está para começar, e paralelamente a editora Panini vem publicando encadernados de capa dura com toda a fase de Aaron no personagem, além da série Loki: Agente de Asgard e do título Asgardianos da Galáxia.
Thanos,Motoqueiro Fantasma Cósmico e A Morte dos Inumanos de Donny Cates foram publicados por aqui em formato encadernado, e seu Surfista Prateado permanece inédito, bem como sua fase dos Guardiões da Galáxia. Além das aventuras cósmicas, a elogiada passagem de Cates no Venom possui uma revista mensal, e seu Doutor Estranho também foi publicado em encadernados.
O Deadline anunciou que a vindoura HQ de Robert Kirkman, Stealth, ganhará um longa-metragem. A primeira edição da revista será lançada em Março de 2020.
Mark Fergus e Hawk Ostby serão os responsáveis pelo roteiro da obra, enquanto Lee Daniels ficará responsável pelo cargo da direção.
“Por décadas, Stealth promoveu a guerra contra o crime em Detroit, mas agora ele levou a sua perseguição à justiça longe demais. Só o repórter Tony Barber sabe que atrás do comportamento descuidado de Stealth está um homem mais velho lutando sobre o Mal de Alzheimer — seu próprio pai. Um pai indisposto a aceitar que ele não é mais o herói que a cidade precisa… com inimigos dispostos o bastante para forçar a sua aposentadoria”. Afirma a sinopse do filme.
Robert Kirkman é um escritor de história em quadrinhos americano, conhecido por seus trabalhos como The Walking Dead e Invencível, ambos para a Skybound e a Image Comics, da qual é um dos cinco sócios, sendo o único entre eles que não é co-fundador da empresa.
Para futuras informações a respeito de Stealth, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.
Segundo a Variety, Robert Kirkman, o criador da franquia The Walking Dead, está desenvolvendo um remake do clássico longa-metragem Um Lobisomem Americano em Londres.
Kirkman será o produtor executivo do longa-metragem, que até o momento, não possui data de lançamento.
David Kessler e Jack Goodman viajam dos Estados Unidos para conhecer a Inglaterra. Chegando em uma pequena cidade, eles vão ao bar e são friamente recepcionados. A situação piora quando Jack pergunta o porquê do local ter velas e um pentágono na parede. Ao saírem, eles caminham por uma estrada deserta e percebem que um animal está os cercando. Jack é atacado e tem seu corpo dilacerado, enquanto David fica apenas com cortes no rosto e nos ombros, o suficiente para transformá-lo em um lobisomem.
Para futuras informações a respeito de Um Lobisomem Americano em Londres, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.
E chegou ao fim The Walking Dead, depois de quinze anos convivendo com o apocalipse zumbi e a forma em que a humanidade se portou diante das ruínas da sociedade, Robert Kirkman resolveu dar um ponto final a sua história surpreendendo todos os leitores. Durante todo esse tempo a franquia ficou gigante. Ganhou livros, séries para a TV, games, action figures e tudo que o consumismo da cultura pop lhe dá direito.
Mas principalmente, durante todos esses anos, a HQ trouxe personagens memoráveis (com grande destaque nos vilões). Rick Grimes merece configurar no panteão de grandes personagens de quadrinhos, assim como os seus antagonistas Governador e Negan. Robert Kirkman sempre deixou bem claro que The Walking Dead nunca foi uma história sobre zumbis, sobre a busca de uma cura. Os zumbis seriam algo como um “cenário” de sua trama principal. Sempre foi uma história que tratava de sobrevivência. De até onde uma pessoa pode chegar para viver. Quais os limites e pudores as pessoas podem romper para sobreviver. Mas como a humanidade se portaria diante do fim de tudo quanto é regra social. O autor apresentou o pior do íntimo do ser humano mesclando violência, machismo, violência doméstica, abuso sexual, pedofilia, canibalismo, total falta de caráter e traições. Mas também soube pontuar coisas importantes como amor, trabalho em conjunto, amizade, perdão e romances LGBTQ+.
Buscamos listar as mortes que mais marcaram impacto durante toda a trama. E olhe que não foram poucas. Kirkman nunca teve muito pudor em matar o personagem que fosse. Fique com a gente nessas memórias dos mortos!
The Walking Dead #5 – Andrea mata a sua irmã Amy
The Walking Dead #6 – Jim pede para ser abandonado para morrer
The Walking Dead #6 – Carl Mata Shane
The Walking Dead #14 – O pacto suicida entre Chris e Julie (filha de tyreese)
The Walking Dead #15 – O assassinato de Susie e Rachel, as gêmeas de Hershel Greene
The Walking Dead #41 – O suicídio da Carol
The Walking Dead #46 – A morte de Tyreese
The Walking Dead #48 – A morte de Lori e Judith
The Walking Dead # 48 – O Governador mata Hershel
The Walking Dead #48 – A morte do Governador
The Walking Dead #61 – Ben assassina Billy
The Walking Dead #61 – Carl mata Ben
The Walking Dead #66 – Caçadores massacrados
The Walking Dead #66 – A morte de Dale
The Walking Dead #83 – As mortes de Jessie e seu filho Ron
The Walking Dead #83 – A Morte de Morgan
The Walking Dead #98 – Abraham assassinado
The Walking Dead #100 – A morte de Glenn
The Walking Dead #118 – A morte de Eric
The Walking Dead #118 – A morte de Shiva
The Walking Dead #144 – A fronteira das cabeças
The Walking Dead #156 – Negan assassina Alpha
The Walking Dead #158 – A morte de Gabriel
The Walking Dead #159 – A “morte” de Lucille
The Walking Dead #167 – A morte de Andrea
The Walking Dead #186 – Rick mata Dwight
The Walking Dead #192 – A morte de Rick Grimes
The Walking Dead: Alien – A morte de Jeffrey Grimes
Apesar de ter encerrado a trama principal de The Walking Dead, Robert Kirkman deixou um universo gigantesco que ainda pode ser explorado e com diversas histórias para serem contadas. Portanto, não será nenhuma surpresa que ainda voltaremos a visitar o apocalipse zumbi.
De acordo com o site Bleeding Cool, a edição 193 da HQ The Walking Dead será o encerramento da série nos EUA. Robert Kirkman, no Twitter, alertou seus fãs e seguidores duas vezes durante o dia para que evitem spoilers da próxima edição a ser lançada no exterior, que terá 70 páginas – mais que o dobro do habitual.
Entretanto, no site da editora original há capas divulgadas até a edição 195, que será lançada em setembro de acordo com o cronograma. Resta saber se as edições 194 e 195 serão realmente lançadas.
Houve também o vazamento de uma possível carta de Kirkman anunciando o fim da jornada e agradecendo a seus fãs e colaboradores. Eric Stephenson, publisher da Image, confirmou a notícia e falou sobre o assunto. Alerta de spoilers para os trechos descritos abaixo.
Na carta, Kirkman explica os motivos que o levaram a encerrar The Walking Dead. Em seu ponto de vista, este sempre foi um quadrinho criado para surpreender, tal qual os melhores episódios de Game of Thrones. Anunciar o fim não seria uma boa ideia, pois a surpresa valeria a pena. E o autor parece feliz com a jornada e o encerramento que escolheu.
A última edição de The Walking Dead chocou seu público com a morte de Rick Grimes, o protagonista da história. Resumidamente, na edição 191 Rick foi baleado e o cliffhanger deixava a entender que algo aconteceria. Na edição seguinte a morte de Rick foi confirmada e ele se transformou num zumbi. Seu filho Carl não hesita e atira no pai.
Se a informação proceder e a série em quadrinhos se encerrar na próxima edição, a mesma será compilada no total de 32 encadernados. Atualmente, a editora Panini publica a obra no Brasil, tendo lançado o encadernado número 25 recentemente.
A série foi publicada nos EUA desde 2003 e marcou uma revolução criativa para a Image Comics, sua editora original. O seriado televisivo ainda é exibido pelo canal AMC, com 9 temporadas produzidas até o momento. A edição 193 chegará às lojas americanas no dia 3 de julho.
ESSE ARTIGO POSSUI SPOILERS DE EDIÇÕES RECENTES DE THE WALKING DEAD!
Depois de 16 anos, a trajetória de Rick Grimes chegou ao fim em The Walking Dead. Nas duas últimas edições (#191 e #192), o autor Robert Kirkman apresentou o destino do principal protagonista. E muitos leitores ficaram surpresos, digamos não da forma que foi, mas COMO foi e toda a trama que cercou. Kirkman é muito sagaz na série dos quadrinhos. Geralmente esperaríamos um evento como esse, com essa importância em uma edição especial. Ou comemorativa. Ele poderia ter feito o óbvio e ter esperado chegar na edição de número 200, ter montado um grande desenvolvimento onde veríamos a vida toda do personagem, com suas vitórias, derrotas, ganhos e perdas. Rever pessoas importantes que ambientaram a sua trajetória. Um grande acontecimento. Como qualquer editora faria.
Mas, como dito antes, Robert Kirkman é muito sagaz na trama, segura bem a direção dela e sabe onde atingir e quando atingir o leitor. Ele nunca teve medo de ter que matar o personagem seja lá qual ele fosse, querido ou não, popular ou não, rentável financeiramente ou não. O que normalmente seria decidido com uma grande batalha final, ou com o personagem agonizando em uma cama, como uma imensa ópera trágica… foi resolvido em um simples quarto e como fio condutor um personagem que foi recém introduzido na trama e que não era aspirante a nada na trama. Sem grandes alardes.
Sebastian Milton, o filho da governadora de The Commonwealth, Pamela Milton, foi apresentado como um rapaz frágil e mimado. Que tinha Mercer como guarda-costas e muitas vezes como capacho. Ou seja, não representava uma ameaça tão terrível e real como foi o Governador, Negan, Shane, Sussurradores e nenhum dos milhares de zumbis que cruzaram o caminho de Rick Grimes. Mas essa perversa ironia do destino que Robert Kirkman criou, reflete a realidade de como grandes líderes/influenciadores mundiais encontram seus fins de onde menos esperam, ou de onde não vejam que pode ser ameaçador.
Foi assim com John Lennon, Abraham Lincoln, Julio Cesar, Lady Di… muitos influenciadores e líderes, que arrebatavam milhões, mas tiveram seus destinos simplesmente em formas, digamos, simplórias, por pessoas ou meios. O ato de Sebastian Milton me lembra muito quando Robert Ford assassinou o terrível bandido Jesse James. Um total desconhecido, que matou o famoso fora da lei. Mas a fama de “o homem que matou Jesse James” se tornou uma maldição e um motivo de vergonha por onde passava. Mas Rick Grimes foi um grande líder. A pergunta agora é a seguinte: “Quem assumirá essa estirpe na trama?”
Uma coisa que sempre pensei era a seguinte: o Rick tinha o “dom” da liderança. Como todo líder era motivador e questionado. Ele às vezes tombava e tinha o a sua liderança questionada, e até mesmo por si mesmo. Mas sempre dava a volta por cima e as pessoas sempre ouviram e o seguiram. Vejo uma galera falando que o Carl vai assumir esse “cargo”.
Mas será que o Carl também tem isso? Será que as pessoas escutariam e seguiriam o jovem? É de se esperar que as pessoas esperem essa liderança “messiânica” dele por acreditarem que seja algo hereditário, mas será que ele tem o mesmo “dom”? Será que ele QUER isso? Pode ser que ele se veja forçado a fazer isso. E as pessoas com o tempo percebam que Carl tem pensamentos diferentes de seu finado pai. Pode ser que venha acontecer mais uma evolução do personagem. O jovem Carl Grimes ficaria irritado com todo o acontecido da morte do pai e buscaria vingança com sede de sangue. Ele teve que matar o zumbi que o seu progenitor se tornou. Mas aceitou que a prisão de Sebastian pelo assassinato, foi a coisa mais certa. Seria algo que seu pai iria fazer.
Recentemente, estava relendo a fase da Prisão. Ali nunca imaginaríamos que a Maggie chegaria a liderar uma comunidade. Ela se viu em uma posição que a obrigou a tomar as rédeas. Ela não tinha a veia da liderança. Foi uma grande evolução. Apesar do seu pai ter sido o líder de família e com grande poder de decisão de ser ouvido e respeitado. Mas era algo patriarcal. Mas não sei se Robert Kirkman faria a mesma coisa duas vezes. Mesmo sendo personagens distintos.
Depois dessa morte de Rick Grimes, ficou mais que provado que não podemos esperar o óbvio vindo de Robert Kirkman. Veremos como irá se desenrolar a trama daqui por diante. Será que estamos testemunhando a reta final? Ou o início de uma nova era?
A editora Intrínseca pegou todos os leitores de quadrinhos de surpresa após anunciar hoje, 13 de fevereiro, que em abril as livrarias contarão com sua nova série licenciada: Oblivion Song, série criada por Robert Kirkman (autor de The Walking Dead), Lorenzo de Felici e Annalisa Leoni.
No texto de divulgação da própria editora, é descrito: “Na trama ilustrada pelo italiano Lorenzo de Felici, trezentos mil moradores da Filadélfia desaparecem subitamente e vão parar em Oblivion, uma nova dimensão repleta de criaturas ameaçadoras. Dez anos depois, o governo já desistiu de procurar mais sobreviventes, mas Nathan Cole não se deu por vencido… Ele retorna todos os dias para a inóspita dimensão, na esperança de salvar aqueles que estão sozinhos, perdidos e amedrontados. Mas quem Nathan tanto procura talvez não deseje ser encontrado…”
A série é publicada nos EUA pela Image Comics, casa editorial por onde Kirkman publicou e ainda publica suas outras séries, como The Walking Dead, Haunt, Ladrão dos Ladrões e Outcast – entre muitas outras. A publicação de Oblivion Song teve início em março de 2018. Possui 12 edições lançadas até o momento, compiladas em dois encadernados (o segundo será lançado em maio no exterior).
O primeiro volume da Intrínseca compilará as edições 1 a 6 da série original. A data prevista para lançamento é 14 de abril.
Em seu catálogo a editora possui outras séries de sucesso, como Black Hammer e O Árabe do Futuro.
Em uma nova entrevista ao IMDb, Kirkman deu detalhes sobre a saída do ator principal e como estão planejando isso de forma digna.
”Tudo indica desta forma. Isso faz com que as diferenças entre os gibis e a série sejam mais pronunciadas, mas no final do dia, é tudo sobre Andrew Lincoln. É um ser humano. É alguém que conheço há quase uma década e alguém que amo. Ele está suando na Geórgia longe de sua família há muito tempo.”
Ele também disse que a saída valerá a pena, porque Lincoln quer dar aos seus fãs algo especial para sua despedida.
”Ele se preocupa com os fãs e também com a série profundamente. Ele quer fazer algo especial ao sair e nós temos algo incrível planejado. Eu não gostaria de estragar nada, mas qualquer um que tenha sido fã de sua jornada, que ama Rick Grimes, que ama o mundo de The Walking Dead, vai querer ver o que fazemos.”
Nesta sexta-feira (20) será exibido o primeiro trailer da nona temporada de The Walking Dead.