Categorias
Música Quadrinhos

Nick Cave – Piedade de mim| Novo quadrinho em campanha pela Editora Hipotética

O grande astro do Rock’n’roll há mais de 30 anos está ganhando sua versão em quadrinhos, isso mesmo! No novo quadrinho que está em campanha no Catarse pela editora Hipotética,  vai contar a trajetória do icônico e excêntrico Nick Cave.

Essa é a primeira obra internacional que a editora está publicando, Nick Cave – Piedade de mim foi lançado originalmente em 2017 na Alemanha pelo autor Reinhard Kleist, e traduzido para diversas línguas, e agora está aterrissando em terras brasileiras com a tradução do jornalista Augusto Paim. O quadrinho é todo em preto e branco, são mais de 300 páginas que contam um pouco da história, incluindo sua passagem pelo Brasil, como mostra a imagem a seguir. 

Sobre o quadrinho

“Ao longo das 328 páginas, Kleist visita o universo musical e cria um panorama dos anos formativos de Nick Cave (1957), do encontro com Mick Harvey e o seminal começo de carreira na Austrália com a The Boys Next Door, passando pelo relacionamento com Anita Lane, os anos em Londres e Berlim – onde conheceu Blixa Bargeld – e, em breves pinceladas, sua passagem pelo Brasil nos anos 1990. Um quadrinho essencial para entender um pouco mais a complexa figura desse eletrizante e taciturno músico, que arrebatou a plateia brasileira no show da turnê Skeleton Tree, em 2018, em São Paulo, marcando seu retorno ao país.”

Recompensas 

Além de desconto sobre o preço de capa (R$ 99), quem contribuir na campanha vai poder escolher entre as seguintes recompensas: marcador de página em forma de ingresso de show exclusivo, marcadores de páginas com imagens dos principais parceiros criativos de Cave, cartões-postais, camisetas, ecobags e poster em serigrafia. Completa o pacote uma cena especial da HQ em paper toy para montar e decorar. Os materiais serão produzidos especialmente para a campanha, em parceria com o estúdio Caderno Listrado. 

Esta é uma oportunidade super bacana de ter a história desse grande ícone, e se você é fã de carteirinha e quer ter esse pedacinho de nostalgia na sua estante, esse quadrinho é para você! Para apoiar a campanha clique AQUI

Ficha Técnica

Nick Cave: Piedade de mim 

Autor: Reinhard Kleist 

Tradutor: Augusto Paim 

N° de páginas: 328 

Formato: 17x24cm 

Papel: off set 90h 

Curtiu? Então não deixe de conferir! Fique agora com o vídeo promocional da campanha! 

 

Categorias
Quadrinhos

A Editora Hipotética vai te levar para Um Lugar do C@ralho

A Editora Hipotética iniciou a publicação de Um Lugar do Caralho, HQ do designer e ilustrador Thiago Krening. A novela gráfica passou vitoriosa de uma campanha de financiamento coletivo, e como diz a música da banda Júpiter Maçã, que tem o mesmo nome da história, o enredo é sobre amizades, descobertas e paixões.

Ambientada nas ruas de Santa Maria (terra natal do autor) e principalmente na lendária Boate do DCE – que marcou a vida de gerações de jovens desde os anos 1970 até o seu encerramento nos anos 2010 –, a HQ acompanha os estudantes universitários Mica, Carlo, Daniel e Lia no início dos anos 2000 em algumas noites de sexta-feira, quando o grupo de amigos sai para se divertir e compartilhar experiências e dilemas da transição para a vida adulta, sempre ao som de uma boa trilha sonora.


Um Lugar do Caralho
é a primeira publicação da Editora Hipotética, e você pode comprar no site da editora clicando AQUI.

Um Lugar do Caralho tem formato 17 x 24 cm, 128 páginas e o valor de R$ 59,90.

 

Categorias
Quadrinhos

Judas Priest lançará HQ celebrando o aniversário de ‘Screaming for Vengeance’

A icônica banda de Heavy Metal, Judas Priest, lançará uma graphic Novel em comemoração de 40 anos do disco Screaming for Vengeance, lançado em 1982. O disco é considerado um clássico absoluto do gênero, aclamado por fãs de todo o mundo. A Z2 Comics será o selo responsável pelo lançamento da HQ, que pela sinopse, já nos dá um tom de ficção-científica e distopia. Confira:

“500 anos no futuro, um círculo de cidades orbita acima da superfície de um planeta morto, controlado pela elite governante que mantém seu poder através de manipulação e brutalidade. Quando um ingênuo engenheiro acidentalmente ameaça o status quo com sua descoberta científica vital, uma pedra de sangue, ele é traído por aqueles em que confiava e banido para o planeta abandonado abaixo. Em meio à destruição e desolação de um mundo destruído onde cada dia é uma batalha pela sobrevivência, ele deve escolher entre aceitar sua nova vida no exílio ou gritar por vingança.”

 

A HQ será escrita por Rantz Hoseley e Neil Kleid, e contará com o lápis de Christopher Mitten, que já desenhou o Hellboy.

O material ainda terá uma entrevista com o artista original da capa de 82, explicando sobre o seu processo de criação e composição, além é claro, do vinil, prints e diversos outros brindes promocionais.

Judas Priest é uma banda britânica de heavy metal criada em meados de 1969, em Birmingham. Formada por K. K. Downing e Ian Hill, a banda é considerada uma das precursoras do heavy metal moderno, sendo um dos grupos mais influentes na história do gênero. Você pode adquirir a graphic novel em pré-venda aqui. 

Categorias
Música Vitrola

Quando eu me apaixonei por Joey Ramone?

Quando eu me apaixonei por Joey Ramone? Não sei dizer ao certo. Acho que primeiro não exatamente por ele. Era apenas um guri beirando na idade de 13 ou 14 anos, talvez já estivesse com 15 anos. Talvez. Mas lembro de conhecer algumas coisas dos Ramones, mas não tinha desenvolvido o mantra: “Tudo que você faz escutando Ramones, fica melhor”. Até que um amigo me emprestou uma fita K7 com uma (com o perdão do trocadilho) cassetada de músicas dos Ramones. Ali tudo mudou.

Infelizmente, quando comecei a gostar dos Ramones foi também o mesmo período em que a banda já estava na reta final de sua existência. Nunca tive o prazer divino de ir nos shows dos meus heróis. E confesso que na época eu também não era tão fã como sou atualmente, ou como eu era a 20 anos atrás. Infelizmente. Eu tinha amigos que amavam mais do que eu, que ouviam mais do que eu e sabiam mais sobre a banda do que eu. E quando eu me apaixonei por Joey Ramone já era um tanto tarde demais para ir em shows dos caras. Mas graças ao punk amor sempre é eterno.

Joey em sua casa. Foto de André Barcinski

Em razão de alimentar esse amor, como fazemos com qualquer companheiro(a) que encontramos na vida, busquei saber tudo sobre ele, sobre a banda, integrantes e tudo que aconteceu ao redor. Desde o início da banda na década de 1970 até o “final” na década de 1990. E isso é algo perigoso pois em certo momento pode gerar algum tipo de decepção, quando desnudam os seus heróis. E meio que me senti assim em certos momentos. Em relação a todos os Ramones. Sem exceção. Mas, em uma escala menor com Joey.

Jeffrey Ross Hyman teve uma infância difícil, sofrendo com o bullyng das crianças da escola, com a separação dos pais, com um pai que considerava que ele (e o irmão Mickey Leigh) deveriam ir para uma escola militar, com o fato de ser o “esquisitão” da rua e com os primeiros sintomas do TOC. O menino Joey passou por uns maus bocados. Era a personificação de momentos que muitos passam na vida mas buscam esconder, e não me excluo dessa. Tenho momentos em que sofri muito para ir à escola quando criança por causa do meu peso, eu me fechava por dentro e não demonstrava. Ficava introspectivo e silencioso, juntamente com meus quadrinhos e músicas.

Joey, Mike (seu irmão) e um tio deles.

Joey Ramone é um case de sucesso que faz os olhos de qualquer coach, desses bem charlatão, brilharem. Era o derrotado, que montava banda após banda com baterista, em certo momento foi posto para fora de casa, virou Jeff Starship e tocou na Sniper, uma banda de GLAW ROCK, de onde foi expulso por não ser bonito o suficiente para ser vocalista. Muitas idas e vindas em clínicas psiquiátricas, onde foi atestado como “O paciente essencialmente se enxerga com baixa autoestima, sofrendo grande dor emocional na forma de ansiedade; a personalidade do paciente é consistente com o diagnóstico de esquizofrenia do tipo paranoide”, lutou contra um linfoma de 1994 até 2001 e se tornou lenda amada do rock.

Isso sem falar em tocar em uma banda que vivia em zona de conflito. Muitas vezes graças ao domínio de ferro de Johnny Ramone e seu tradicional mau humor e jeito conservador. Joey ainda teve a decepção de ver a sua namorada, Linda, começar a ter um caso com o guitarrista da sua banda. Aliás ele não viu, depois de muitos comentários foi que tudo explodiu.

Joey, Johnny e Linda.

E perdeu a namorada, foi traído, descobriu a traição e continuou na banda. Uma banda que não explodia no sucesso que todos achavam que ia fazer. Os Ramones só foram ser tornar pilares deuses do rock quase ou já no final da carreira, a maior parte de suas carreiras eram grandiosos no circuito underground. Eles por exemplo, se posicionam hoje em um local como (serei xingado) os Beatles. Os rapazes de Liverpool foram o grande estopim de diversas bandas como o Black Sabbath e os próprios Ramones. E inspiraram milhares de pessoas ao redor do mundo. O efeito Ramones no punk é equivalente a isso. Pois muitas bandas como o Green Day, Ratos de Porão e Racind, por exemplo, citam os caras como grandes mestres.

Os Ramones nunca tiveram um grande disco de sucesso. As vendagens sempre foram baixas. Os motivos nunca foram claros. De repente foi a estratégia que tiveram no inicio, o discursos, as suásticas que usavam para chocar a sociedade judaica, apesar de ter judeus em seus integrantes (Joey era um), as confusões etc e tal.

GABBA GABBA HEY!

Os Ramones, incluindo o próprio Joey, tiveram momentos esdrúxulos que acabaria com o fanatismo de qualquer fã. Johnny tinha uma namorada que ele batia com regularidade, por exemplo. Dee Dee Ramone, além de todas as drogas, ele ainda foi diagnosticado com Distúrbio de Bipolaridade. O próprio Joey era um turbilhão de emoções, e ao mesmo tempo que era uma pessoa mais amável do mundo, era o tremendo escroto irritante. De gritar com quem tivesse que gritar. Sem pudor.

Mas então porque eu me apaixonei por Joey Ramone? E possivelmente você também?

Pode ser toda a mística que envolve os Ramones. O jeito fácil que pega quando você é moleque e pensa: “uma banda inteira que toca em três notas. Eu posso fazer isso também!”, esse tipo de ensinamento é algo que se pode levar para a vida. “Se fulano consegue, porque eu também não consigo” (brilham os olhos dos coachs novamente).

Pode ser pelo fato de Joey teve uma vida complicada desde criança. Muitos de nós temos nossos momentos em que somos ridicularizados, nos sentimos para baixo, mas sabemos que temos os Ramones para afagar e Joey levantar o astral com seu HEY HO!

A placa em homenagem a Joey Ramone, fica na esquina da Bowery com a East Second Street em Nova York e é a placa mais roubada da cidade. O que obrigou a prefeitura instalar a seis metros de altura.

Não sei o motivo na verdade porque me apaixonei por Joey Ramone. Só sei que hoje, 15 de abril, completam 20 anos de sua morte. E sinceramente sinto a falta de como se fosse um amigo. Um amigo que esteve em momentos felizes e tristes da minha vida adolescente e adulta. Mas um amigo que eu nunca vi pessoalmente, que é só eu dar um play em alguma música e sei que ele estará ali para me abraçar novamente.

No livro Eu Dormi com Joey Ramone, escrito por Legs McNeil e Mickey Leigh. Mickey revela a última música que Jeffrey Ross Hyman ouviu no dia em que faleceu, aos 49 anos, após uma batalha de sete anos contra o linfoma no Hospital Presbiteriano de Nova York em 15 de abril de 2001, foi “In Little While” do U2. Confira abaixo a versão legendada em português.

Eu te amo Joey Ramone!

 

Categorias
Música Vitrola

1991! O Ano que Mudou a História da Música Mundial

Estamos em 1991! Sim, viajamos no tempo e chegamos no início da década onde a famigerada ditadura militar não pairava mais na liderança do Brasil e tínhamos um presidente escolhido por meio de votos depois de décadas de chumbo. Era a época de Collor como presidente e seu nefasto plano econômico que estava aterrorizando os brasileiros. Sim amigos, estamos em 1991!

No setor musical, felizmente, em escala mundial, 1991 foi um ano de verdadeiros tesouros. Grandes álbuns, músicas e excelentes artistas debutaram nesse ano. O tanto que ele ficou marcado como o ano que influenciou o rock em mais de duas décadas seguintes. E podemos falar não somente no rock ocorreu a evolução musical. Mas também foi o ano de despedidas. Foi o ano em que foi lançado o Innuendo, o último disco do Queen com Freddy Mercury ainda vivo. O Dire Straits lançou o On Every Street, seu último álbum de estúdio. Assim como o Pixies que lançou o Trompe le Monde, seu quarto e último álbum de estúdio.

Michael Jackson e Quincy Jones

Foi o ano em que recordes foram estabelecidos. Em novembro de 1991, Michael Jackson iniciava a lendária com o multi-produtor musical Quincy Jones e lançam Dangerous. O disco se torna o mais vendido de um artista masculino na década de 1990. O trabalho é recheado de sucessos como “Black or White”, “Jam” e “Heal the World”.

A banda Guns N’ Roses inicia a Use Your Illusion World Tour, que se tornou a maior turnê mundial da história do rock com 192 shows em 27 países. Ela iniciou justamente no Brasil, durante o Rock in Rio II, no Maracanã. A turnê era o lançamento mundial dos álbuns Use Your Illusion I e Use Your Illusion II, que tem sucessos como “Live And Let Die”, “Don’t Cry”, “November Rain”, “The Garden”, “Garden Of Eden” e “Dead Horse”.

Uma foto da gigantesca Use Your Illusion World Tour.

1991 também foi o ano em que bandas e artistas se reafirmaram e lançaram seus discos de maiores sucessos, seja de crítica ou na parte financeira. A banda Motörhead, do icônico vocalista e baixista Lemmy Kilmister, lançam o disco 1916 que tem as faixas “Going to Brazil” (feita após a primeira vinda da banda ao país), “R.AM.O.N.E.S” e “1916”. É um dos trabalhos mais elogiados da banda.

O Red Hot Chili Peppers lançou o seu quinto álbum intitulado Blood Sugar Sex Magik, onde conseguiram alcançar o topo do rock mundial. Depois de saírem da EMI e assinarem com a Warner Bros. Records, o RHCP lança seu quinto álbum de estúdio. O trabalho tem produção de Rick Rubin. Com letras que tocam em temas que variam de insinuações sexuais passando por drogas e morte, luxuria e preconceitos. A mistura de funk e rock contribuiu para a ascensão do rock alternativo naquela década. Os sucessos “Give It Away”, “Under The Bridge”, “Suck My Kiss” e “Breaking the Girl” viraram hits rapidamente. Juntamente com o sucesso e reconhecimento mundial, também veio problemas ardidos como pimenta. Como brigas entre os integrantes da banda, uso excessivo de drogas e até expulsão de palco na turnê europeia.

O explosivo Red Hot Chili Peppers em 1991

O R.E.M. lança o álbum Out of Time, sétimo álbum da banda e recheado de sucessos que atravessam gerações: “Losing My Religion”, “Shiny Happy People” e “Country Feedback”. Graças a esse disco, o R.E.M. abocanhou três Grammy Awards no ano seguinte. A dupla sueca Roxette lança o seu terceiro trabalho de estúdio, Joyride. Que tem sucessos como “Fading Like a Flower (Every Time You Leave)”, “The Big L.”, “Spending My Time”, “Church of Your Heart” e a faixa título do álbum. O Roxette alcançou o topo dos rankings musicais em mais de 20 países.

O U2 lançou o seu sétimo álbum Achtung Baby, o disco que foi um marco para a banda. Nesse trabalho os caras propuseram a se reinventar onde substituíram a imagem de “fechados” para “descontraídos e autodepreciativos” frente ao público. Além de vender mais de 18 milhões de cópias mundialmente, o trabalho levou um Prêmio Grammy em 1993 de Melhor Performance de Rock por Duo ou Grupo com Vocais. Quem também lançou um disco icônico e até hoje celebrado pelos fãs foi o Metallica. The Black Album é considerado como a “verdadeira essência” da banda, com faixas como “The Unforgiven”, “Enter Sandman” e “Nothing Else Matters”, tornou-se no álbum de maior sucesso do grupo sendo campeão de vendas ao redor do mundo e colecionador de prêmios da música.

Em 1991, as bandas/artistas não afetaram e atingiram somente o lado musical, mas também foram importante para ditar a moda dos jovens. Estávamos nos despedindo das roupas extravagantes e coloridas da década de 1980 e abraçando a cor preta e os casacos quadriculados do grunge. Isso mesmo, era o Nirvana e a tchurma de Seatle chegando.

O lendário Nirvana

O Nirvana lançou o histórico Nevermind que catapultou a banda para um dos mais altos patamares do rock mundial, transformando o vocalista Kurt Cobain em ídolo da uma geração. O disco foi tão poderoso que desbancou o Dangerous de Michael Jackson (já citado aqui) do primeiro lugar das paradas da Billboard 200, no ano seguinte. Outra banda que se firmou de vez foi o Pearl Jam. O seu disco de estreia Ten marcou a trajetória da banda e apesar de ser muito celebrado por diversos clássicos como “Even Flow”, “Jeremy”, “Black” e “Alive”, o trabalho não foi um sucesso imediato, e os caras ainda foram acusados de usar o grunge para se promoverem na época. Muitas pessoas consideram o Ten como a popularização do rock alternativo no mainstream. No final das contas, o disco vendeu mais de 20 milhões de cópias no mundo e é o mais bem sucedido do Pearl Jam.

Muitas outras bandas fizeram o seu debute em 1991. Os britânicos do Blur lançaram o Leisure. Que fez sucesso apesar das pessoas não entenderem direito a proposta da banda, com seu rock baladeiro e guitarras distorcidas. Mas que nos trabalhos seguintes inspiraram muitas cenas musicais. Foi o ano que a banda Smashing Pumpkins estreiam com seu disco Gish, o álbum foi elogiado na época, mas não foi um estouro comercial, mas já pintava a proposta da banda que se consolidou nos anos seguintes.

Foi uma época que as gravadoras buscavam as chamadas “bandas de garagem”, todas buscavam um “novo Nirvana”. Na Inglaterra, o subgênero shoegaze ficou em evidência após o My Bloody Valentine lançar o seu segundo disco, intitulado Loveless. O estilo de rock alternativo foi um que cresceu muito com o grunge. E esse disco foi um dos pilares.

Vale lembrar que 1991 foi o ano em que a música eletrônica saiu do underground e se consolidou no mainstream. E um dos responsáveis foi a banda britânica Primal Scream com o seu terceiro disco chamado Screamadelica. Esse disco é considerado como um dos melhores álbuns que mudaram a música com os arranjos eletrônicos misturando com rock, blues e soul music. Fazendo a crítica especializada abrir mais os olhos para a Dance Music e o Techno, algo que muitos relutavam muito para digerir.

O Primal Scream fez os críticos reconhecerem a música eletrônica em 1991.

O 2Pacalypse Now foi o primeiro disco do rapper americano 2Pac, onde ele aborda as questões sociais enfrentadas pelos negros nos EUA, como racismo, brutalidade policial, pobreza, crimes etc. O disco não atingiu nenhum grande sucesso e por isso ficou meio que “esquecido” por todos durante anos.  Somente em 1995 o disco foi certificado como Ouro, um ano antes do rapper ser assassinado.

Aqui no Brasil, como dito antes, estávamos saindo dos anos de chumbo e começando a pisar em terras que não conhecíamos em questão de liberdade de expressão. Os discos não eram mais censurados pelos militares (apesar de algumas rádios colocarem o famigerado PIII em algumas músicas ainda) para um modo em que íamos ainda nos acostumar e até mesmo torcer o nariz às vezes.

Foi o ano da despedida de Arnaldo Antunes da banda Titãs no sexto álbum Tudo ao Mesmo Tempo. A cena do hardcore melódico começava a surgir em Vitória, Espírito Santo, com a formação do Dead Fish. Foi também o ano em que o sertanejo tomaria de assalto, juntamente com o pagode e o Axé as paradas de sucesso e a TV brasileira. A dupla Sandy e Junior, respectivamente com oito e sete anos, lançaram o seu primeiro disco intitulado Aniversário do Tatu, que tem o clássico Maria Chiquinha. O disco vendeu mais de 1 milhão de cópias.

O grupo de pagode Raça Negra lançou o seu primeiro disco em 1991, iniciando uma era de ouro do pagode romântico no Brasil

Foi também em 1991 que Zezé di Camargo & Luciano lançaram o seu primeiro disco, atingindo quase dois milhões de cópias vendidas, embalado pelo hit “É o Amor”. A cantora baiana Daniela Mercury lançou o seu primeiro disco autointitulado com o sucesso “Swing da Cor“, que tem a participação especial do Olodum. Já o pagode era representado com a estreia do Raça Negra debutando no seu primeiro disco, depois de oito anos na estrada. Você com certeza já cantarolou “Caroline”, “Chega” e “Volte Amanhã”, iniciando à era da trindade pagode/axé-music/sertanejo que invadiu as rádios populares naquela década.

O Sepultura lançou o Arise, marcando assim seu nome no metal mundial. O disco foi o primeiro da banda a conseguir uma certificação mundial, em 1992 vendeu mais de 265.000 cópias na Indonésia.

O ano musical de 1991 moldou toda a década seguinte. Mas as influências também aconteceriam em outros pontos como mídias e moda. Foi os estilos musicais iniciados em 1991 que ditaram por exemplo, as trilhas sonoras dos programas populares da TV brasileira durante a década de 90 e suas semanais brigas por audiências. Foi o ano em que pessoas foram alçadas ao ponto de estrelas mundiais do rock e algumas dessas pessoas sofreram com a pressão e algumas sucumbiram às mesmas. Mas a influência ainda está por aqui mas principalmente na cultura e registro de excelentes discos e músicas lançados.

Aqui temos uma playlist com algumas músicas que fizeram sucesso nesse ano dourado:

Categorias
Literatura

Una Gira En Sudamerica – Com o Conjunto de Música Rock Merda, Ganha sua Segunda Edição

Já está à venda no site da Läjä Records a segunda edição de Una Gira En Sudamerica – Com o Conjunto de Música Rock Merda, livro escrito pelo icônico Fabio Mozine, membro da banda Merda e do Mukeka di Rato. O livro narra as aventuras e desventuras da banda Merda em uma, como diz o livro, empreitada suicida: uma tour pelo Brasil e América do Sul nos moldes europeus, usando um carro como meio de transporte. A tour aconteceu no ano de 2005, o livro foi lançado quatro anos depois em 2009 e agora recebe sua segunda edição.

Narrado pelo Mozine, Una Gira En Sudamerica é o diário de bordo de um golzinho mil lotado de muamba com chapa de Vila Velha que roda movido a uma atitude rockeira, como diz o próprio João Gordo, do Ratos de Porão, no texto da contracapa, e a banda realizando shows todos os dias, viajando em um carro apertado, cheio de discos e materiais promocionais, fazendo shows no interior do continente, dormindo na casa da mãe de amigos, o “boicote” de punks bobos, as bebedeiras, as centenas de coxinhas frias consumidas em postos rotos na estrada e vivendo a neura do dinheiro e vendas.

 

Além das histórias (maravilhosas diga-se de passagem), Una Gira En Sudamerica ainda apresenta fotos da tour e uma narrativa fluida, que conta em detalhes os casos mais cômicos e interessantes.

Una Gira En Sudamerica – Com o Conjunto de Música Rock Merda tem 159 páginas e você pode encontrar o seu exemplar AQUI.

Categorias
Entretenimento Música

Emoções Misturam Ovos, o Podcast que vai Falar sobre o Movimento EMO está no ar!

O podcast é um tipo de mídia que é uma realidade para o brasileiro. A mídia nos últimos anos cresceu de forma absurda nos últimos anos, uma pesquisa apresentada pela plataforma Deezer no ano passado, constatou que o consumo dessa mídia cresceu 67% entre os brasileiros. A onda de crescimento foi ocasionada pelos criadores de conteúdos cada vez mais usando e criando materiais mais diversos possíveis. Hoje em dia é possível termos podcasts dos mais variados assuntos, seja quadrinhos, filmes, políticas, filosofia, crimes, músicas e por aí vai.

E um novo tipo de formato começa a ganhar força no Brasil. Normalmente vemos um podcast com um elenco fixo, que vai de número X de pessoas. E agora está começando a pipocar os programas com uma única pessoa. Isso mesmo. Podcasts com uma só pessoa, falando, comentando etc. E um deles é o EMO – Emoções Misturam Ovos do Pablo Sarmento.

Obviamente o podcast vai falar de assuntos ligados ao movimento EMO e suas bandas, tendências etc. O EMO está voltando a ficar em evidência novamente nos últimos anos depois de acontecimentos como o novo disco do Good Charlotte e o retorno do My Chemical Romance. A banda de Gerard Way tinha em seus planos voltar em turnê esse ano, mas foram adiados por culpa da pandemia do COVID-19.

O Emoções Misturam Ovos será uma espécia de documentário, construído a partir da perspectiva de Pablo Sarmento, viajando pelo passado do movimento no Brasil e no Mundo. Comentando bandas, músicas, moda, cultura, bastidores e percorrendo o cenário relacionado ao estilo. Misturando relatos de personalidades da cena, músicos, quadrinhistas, escritores e criadores de conteúdo. E pensando como um novo público abraçaria o futuro do EMO.

Pablo Sarmento é um dos hosts do podcast ComicPod, escreve para os sites Terra Zero e Proibido Ler e tem dois livros publicados: A Caminho da Justiça, sobre os 75 anos do Batman (escrito em parceria com Felipe Morcelli e Luis Alberto) e o e-book Quem é Esquadrão Suicida, escrito também em parceria do Morcelli e publicado pela Balão Editorial.

O Emoções Misturam Ovos tem a periodicidade semanal, com episódios de 30 minutos de duração e é lançando todas as segunda-feiras nas plataformas. Ele conta a edição do músico Matheus Gramigna e sonorização da LB Records e a arte de vitrine feita pelo quadrinista Daniel Sousa, autor das obras Entrespaço e Tachyon.

Você pode começar a ouvir o E.M.O. – Emoções Mistura Ovos AQUI.

 

Categorias
Música

Pearl Jam lança novo álbum “Gigaton”

A banda norte-americana Pearl Jam, lançou hoje (27) o seu décimo primeiro álbum de estúdio “Gigaton“. O disco marca o retorno da banda após 7 anos do último lançamento, “Lightning Bolt“. O projeto conta com os singles “Dance of the Clairvoyants” hit número #3 nas paradas de rock americana, “Superblood Wolfmoon” e “Quick Escape

Junto com o lançamento do álbum, a banda também lançou um videoclipe para a faixa “Who Ever Said” que abre o projeto.

Categorias
Música Quadrinhos

Black Canary EP 2 | Ouça o mais novo disco da Canário Negro

Em comemoração aos 70 anos da estreia da Canário Negro nos quadrinhos, a DC Comics lançou Black Canary EP 2. O mais novo álbum seguindo a carreira musical de Dinah Lance.

Foram nas páginas de Flash #86 (1947), que Dinah fez a sua primeira aparição com o seu alter-ego Canário Negro. De lá para cá, ela se tornou uma das mais importantes e queridas personagens da DC Comics, e atualmente tem participação bem ativa em três revistas: Arqueiro Verde, Batgirl e as Aves de Rapina e Liga da Justiça da América.

Black Canary EP 2 tem três músicas inéditas: “Get In The Car”, “Lost Art” e “Last Days”. Você pode ouvir as faixas abaixo:

É o segundo disco que a editora lança que fazia parte da série da Canário Negro: O Som e a Fúria que foi publicada em 2015 e 2016. Nas histórias Dinah rodava os Estados Unidos como vocalista de uma banda de rock intitulada Black Canary. E como no primeiro álbum Brenden Fletcher e Annie Wu fazem a parte musical do projeto, além deles a cantora e compositora Michelle Bensimon é a voz da Dinah. Black Canary EP 2 tem produção de Joseph Donovan.

Categorias
Música

Oxigênio Hardcore Fest 2017 acontece nesse final de semana em São Paulo

O próximo final de semana, nos dias 26 e 27 de agosto, o Hardcore vai comer solto em São Paulo! Vai acontecer a nova edição do Oxigênio Hardcore Fest. Bandas como Dead Fish, Cueio Limão, Dance Days, Garage Fuzz, Pense, Sugar KanePlastic Fire entre outras vão se apresentar divididas em dois palcos onde os shows serão simultâneos.

Confira o Line-up completo:

Além dos shows, o Oxigênio Hardcore Fest 2017 vai ter diversos outros tipos de atrações para o publico. Como pista de skate, fliperama, exposições de arte e outras interações para os visitantes. Os interessados podem levar seus skates ou patins.

“Não é um evento apenas musical, mas artístico. Você terá exposição de arte, skate, a chance de ver a sua banda favorita e ainda conhecer novos artistas que estão atrás do seu lugar ao sol. É uma oportunidade de juntar e fortalecer não só a cena do punk rock ou hardcore, mas do rock em geral”, falou Ricardo Galano, guitarrista do Não Há Mais Volta ao site TMDQA.

O Dead Fish é uma das principais atrações do festival.

Rafael Pelegrino, o popular Piu, um dos organizadores do Oxigênio Hardcore Fest 2017, falou que o um dos objetivos é trazer de volta o espírito de ir até um show, rever os amigos. “Ver as novidades, conhecer gente nova, mostrar a cara. Se não curtir a banda, vai ver a outra, reclama, xinga, pula, corre. Mas ali, trocando energia com o cara do lado. Longe de casa, sem tela do computador”.

O Oxigênio Hardcore Fest 2017 vai acontecer na Via Matarazzo Nº 746, a partir das 14h. E os ingressos ainda se encontram à venda na Loja 255 na Galeria do Rock (sem taxa) ou no site do evento (com taxa) AQUI.