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Godzilla: Rei dos Monstros é bíblico, caótico e visualmente soberbo

Godzilla: Rei dos Monstros é uma produção apaixonada por seu material-base, por diversos fatores. Mas os monstros sendo creditados como eles mesmos, é provavelmente o mais fascinante. Talvez seja pelo fato de que eles são tratados como as grandes estrelas e isso demonstre um certo respeito para com a audiência. Pois o que o público quer ver é simples: Uma gigantesca batalha de titãs. Sob essa ótica, o longa é mais do que apenas satisfatório.

Enquanto o primeiro filme revela a existência dos titãs, Rei dos Monstros lida com as consequências disso. A Monarca responde processos e a humanidade questiona: “O que devemos fazer com essa criaturas?” Mas quando King Ghidorah (um dragão de três cabeças) emerge, só há uma forma de pará-lo: Godzilla.

Ghidorah

Para representar lados opostos de uma mesma moeda, o roteiro de Michael Dougherty, Max Borenstein e Zach Shields, utiliza Emma Russel (Vera Farmiga), Mark Russel (Kyle Chandler) e Madison (Millie Bobby Brown) para construir um drama de cisão familiar. Tudo isso serve como pano-de-fundo a fim de que se construa uma óbvia porém eficiente metáfora sobre o tema do filme: Coexistência.

Apesar de ser permeado por diálogos redundantes, o script de Rei dos Monstros é extremamente interessante. Pontuado por questões ambientais relevantes e até mesmo inesperadas reviravoltas, é incompreensível pensar que esse filme é incompreensível. Contudo, as performances auxiliam bastante esse aspecto. Não apenas Farmiga obtém atenção do espectador com um ótimo discurso sobre a estupidez humana. Assim como, Ken Watanabe, com seu Serizawa, entrega um ótimo e quase poético arco.

Emma Russel (Vera Farmiga)

Mesmo que os humanos sejam surpreendentemente interessantes, o público veio pelos monstros. Cada aspecto técnico contribui para a construção dos personagens. Não apenas como eles parecem, mas como se comportam. Acredite ou não, existe um arco dramático para Godzilla extremamente bem executado. Não apenas ele, mas a encantadora Mothra, o furioso Rodan e o implacável King Ghidorah também possuem funções claras dentro da narrativa.

Quanto à direção, Dougherty traz um gigantesco senso de imponência nas batalhas e faz o impossível para imergir o público nesse mundo. Porém, nada disso seria possível sem a direção de fotografia de Lawrence Sher, com a escuridão contrastando com as diferentes cores fluorescentes representadas pelas habilidades dos titãs. Cada traço de sua identidade visual contribui para o tom apocalíptico do longa. As imagens são extremamente poderosas e o  que é feito aqui, beira ao bíblico.

A trilha sonora por Bear McCreary também possui relevância para o individualismo das criaturas. O compositor retoma alguns dos temas originais compostos por Akira Ifukube e os utiliza da maneira mais gloriosa possível. É tão satisfatório testemunhar Zilla rugindo ao som de seu tema, elevando o épico de uma forma indescritível. Cada faixa parece compreender a emoção necessária existente em cada cena.

Em suma, Godzilla: Rei dos Monstros é basicamente o filme de kaiju perfeito. A produção compreende o desejo do público enquanto entrega um épico caótico visualmente soberbo e o maior confronto de monstros da história do cinema. Pelo menos até o momento em que o King Kong quiser reivindicar o trono.

Mas até lá, vida longa ao rei.

 

 

 

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Godzilla vs King Ghidorah em nova arte oficial de O Rei dos Monstros

Vazou durante a Tokyo Comic Con, algumas artes conceituais de Godzilla II: O Rei dos Monstros, que mostram mais dos visuais do protagonista, King Ghidorah, Rodan e Motra.

Dirigido por Michael DoughertyO Rei dos Monstros promete ser mais dramático em sua composição cinematográfica, tendo as atrizes Millie Bobby Brown (Stranger Things) e Vera Farmiga (Invocação do Mal 1 e 2) nos papeis principais. Ao que tudo indica, sua história irá mostrar o planeta Terra caminhando para a extinção após a descoberta que monstros gigantescos que habitam o seu interior, e por falta de recursos naturais, estão migrando para a superfície.

 

Em 2013, a Legendary (subsidiaria da Warner) anunciou que estaria montando o seu próprio universo cinematográfico, composto por diversas criaturas gigantescas clássicas dos cinemas, tendo início em 2014 por Godzilla, dirigido pelo aclamado Gareth Edwards. Posteriormente, em 2017, teve o lançamento de Kong: A Ilha da Caveira, comandado pelo veterano Jordan Vogt-Roberts. 

Contudo, um ano antes, na SDCC de 2016, a produtora anunciou que em 2020 será lançado o vindouro Kong Vs Godzilla, dirigido pelo cineasta de filmes independentes Adam Wingard. 

Godzilla II: O Rei dos Monstros estreia em 31 de Maio de 2019 em todos os cinemas brasileiros.