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Balada Para Sophie toca cada um de nós

Ninguém alcança a glória sem antes passar pelo inferno.

Não conheço o autor, não encontrei os devidos créditos e o único registro que tenho da citação acima foi em uma chamada televisiva para o longa-metragem Whiplash – Em Busca da Perfeição quando estreou no canal de TV à cabo HBO.

Eu poderia escolher outra frase para iniciar? Sim.

Uma boa opção seria algum autor célebre daqueles que são compartilhados à exaustão nas redes sociais? Sem dúvida.

Então por que ignorei todas as opções pomposas e fui parafrasear um (suposto) anônimo? Porque eu quis.

Apesar de tudo, minha escolha não é tão vaga quanto parece. Whiplash é um filme sobre um garoto que sonha em ser um grande baterista, mas para isso precisa vencer seu professor e seus métodos de ensino, digamos, agressivos. Aprender a tocar um instrumento musical não é fácil como faz parecer os registros fonográficos ou apresentações ao vivo, seja em um couvert artístico de restaurante ou em megafestivais. É preciso tempo, paciência, horas, dias, semanas, meses e anos. Eu mesmo já tentei e, bem… quem sabe outro dia tento novamente senão terei que rivalizar com o Chatotorix.

Todos esses percalços rendem ótimos histórias. Por isso mesmo, em Balada Para Sophie, temos a saga da repórter Adeline Jourdain para entrevistar o agora idoso Julien Dubois, célebre pianista cuja vida, repleta de intempéries, já rendem grandes sinfonias por si só.

IMAGEM: amazon.com.br

Desde pequeno, Dubois é forçado por sua mãe a ser um grande músico. Dessa forma, é submetido a horas de estudo e treino sob a guarda de um rígido professor, representado graficamente como um demônio.

O tempo passa, o período da 2ª Guerra Mundial abate a Europa e a genitora de Dubois torna-se uma “boa samaritana” para os nazi-fascistas que invadem sua região. O tratamento privilegiado dado pela dama aos combatentes de extrema-direita invade suas vidas até sua casa, sua sala, seu quarto, sua cama. Dessa forma, o jovem pianista logo cedo encontra-se sozinho no mundo e sem rumo.

As metas de Dubois mudam a partir do momento em que descobre que tem um, de certa forma, rival: François Samson, outro jovem pianista cujas execuções demonstram o que seria a perfeição alcançada na arte da música. Assim, o que Dubois mais quer é se tornar Samson, não só na precisão musical, mas como um todo.

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A obsessão de Dubois por Samson é tão expressiva que até a esposa do segundo é tomada como amante pelo primeiro. O objetivo de Dubois é ter não só o talento de Samson, mas sua vida. Vida que revela-se repleta de surpresas, inclusive envolvendo a jovem Adeline, que inicialmente aparentava apenas escrever um artigo a respeito do pianista.

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Toda a trama, apesar do conteúdo ora delicado, ora pesado, possui como principal artifício a deslumbrante arte de Juan Cavia, que une seu traço ao uso de cores extremamente preciso e aprazível aos olhos de quem lê o texto de Filipe Melo. Assim, o roteiro e arte regem a narrativa tal qual as Variações de Goldberg mesclando entre impacto e delicadeza.

A edição brasileira dispensa comentários. Trata-se de um conjunto pensado nos mínimos detalhes, como é uma canção erudita. Inclusive, nos créditos finais, é possível escanear um código que leva o leitor ao programa de música por streaming Spotify para ouvir a trilha sonora apropriada para a obra. Além disso, temos capa dura, papel offset, lombada ovalada e marca-páginas em forma de fita. Tudo como uma regência orquestrada.

Portando, Balada Para Sophie é, acima de qualquer outro rótulo, uma experiência de efeito sinestésico. De todas as  obras da dupla Melo/Cavia publicadas no Brasil, Balada é incontestavelmente a melhor, e é bem provável que outras publicações dos mesmos autores atravessarão a Europa, vindas de Portugal, nosso país-irmão, até o Brasil. Esteja atento a todos os detalhes, pois cada nota aqui presente constrói sua canção como um todo.

 

Balada Para Sophie
Filipe Melo (roteiro)
Juan Cavia (arte)
Michele A. Varturi (tradução)
Pipoca e Nanquim
Capa dura
324 páginas
17 x 25 cm
R$99,90
Data de publicação: 06/2022

 

 

 

 

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Sara, HQ de Garth Ennis sobre Mulheres Snipers, chega ao Brasil pela Panini

A Editora Panini está lançando no Brasil a badalada Sara, HQ com roteiro de Garth Ennis. O aclamado autor de The Boys, leva os leitores para uma jornada sangrenta com um grupo de atiradoras durante a Segunda Guerra Mundial. A graphic novel tem arte de Steve Epting e cores de Elizabeth Breitweiser.

Confira a sinopse abaixo:

“Na segundo pior inverno durante o cerco a Leningrado, sete snipers mulheres se veem presas em um conflito contra os invasores alemães. A atiradora mais mortífera o grupo é Sara, cujos demônios internos podem se mostrar sua ruína. Mas com o inimigo no front e os agentes do estado soviéticos espreitando nas sombras, por quanto tempo pode um esquadrão sobreviver ao terrível turbilhão da guerra?”

 

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Glorioso Exército Vermelho recrutou milhares de mulheres para utiliza-las como franco-atiradoras. E foram muitas vezes o terror para os soldados nazistas. Diversas dessas mulheres fizeram história, mas a Lyudmila Mikhailovna Pavlichenko tornou-se uma das mais famosas, tendo responsável pela morte de 309 soldados nazistas. Ela se tornou a franco-atiradora mais bem sucedida na história e foi condecorada com o título de Heroína da União Soviética em 1943.

Sara tem formato 28,9 x 19 cm e 152 páginas.

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Conheça Estação 4, HQ Independente de Diogo Netto, sobre a Segunda Guerra Mundial

O quadrinista independente Diogo Netto lançou no início de dezembro a HQ Estação 4. A história se passa na Segunda Guerra Mundial e apresenta um belo enredo de aventura, emoção e reencontros. Onde busca mesclar a realidade sofrida de 1945 com as fraquezas e virtudes do ser humano, apesar de ser uma ficção, ela pode ter acontecido em algum momento.

A segunda guerra mundial causou muitos desastres e obrigou pessoas a fugir em meio a incertezas e fogo cruzado. Numa dessas agoniantes escapadas, Tony, um jovem alemão de 11 anos, perde-se de sua mãe numa estação de trem e agora precisa vencer seus medos e superar suas fraquezas para poder reencontrá-la, tendo como cenário os resultados da guerra.

 

Diogo Netto nasceu no sertão de Pernambuco, e iniciou nos quadrinhos com apenas 11 anos. Estação 4 marca um grande passo na carreira do artista. A HQ é uma publicação da Fliptru.

Estação 4 tem 42 páginas coloridas e para poder adquirir o seu exemplar clique AQUI.

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Netflix está produzindo série animada da Segunda Guerra Mundial e Velozes e Furiosos

Intitulado The Liberator, a Netflix está produzindo uma série animada para adultos ambientada na Segunda Guerra Mundial. A animação contará a história de um oficial do Exército, Felix Sparks e sua tropa, que lutam para libertar a Europa da guerra.

O drama histórico será inspirado em O Libertador: Uma Odisséia de 500 Dias do Soldado da Segunda Guerra Mundial, de Alex Kershaw. Trioscope Enhanced Hybrid Animation é o nome do estilo que a empresa usará para fazer a produção, que mistura elementos animados em CGI com atores em live action.

E mais: o serviço de streaming também está planejando um desenho de Velozes e Furiosos. Tudo será feito em colaboração com a DreamWorks Animation Television.

A trama será para crianças e contará a história do jovem  Tony Toretto, primo de Dom (Vin Diesel), que após ser induzido a entrar numa gangue de corrida clandestina ao lado de seus amigos, devem descobrir as reais intenções do grupo criminoso.

Resultado de imagem para velozes e furiosos

Ambas animações não possuem data de lançamento.