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Sláine de Simon Bisley será relançado no Brasil em edição de luxo

A história mais famosa do bárbaro Sláine, criado por Pat Mills, será relançada no Brasil após quase duas décadas: O Deus Guerreiro, que conta com arte do veterano Simon Bisley, retornará às livrarias da forma que merece, em uma edição de luxo capa dura da Mythos Editora. Confira detalhes abaixo!

DEUS DA GUERRA. Por tempo demais o povo de Tir-Nan-Og sofreu sob o domínio dos Drunes; druidas estranhos que envenenaram a terra com sua magia. Sláine está farto de sua tirania e, por meio da Deusa da Terra, descobre algumas verdades chocantes sobre o sacerdócio e seu próprio futuro. Agora, Sláine deve unir os quatro reis de Tir-Nan-Og e usar suas armas místicas enquanto ele e a tribo Sessair se preparam para uma guerra total.

Esta edição com uma das histórias mais populares da editora britânica 2000 AD virá completa com uma introdução e comentários de Pat Mills (A.B.C. Warriors, Réquiem), o criador do personagem, e apresenta a estonteante arte de Simon Bisley (Lobo).

O Deus Guerreiro (originalmente, The Horned God) foi um arco publicado no final da década de 80 e início dos anos 90. Esta história tornou-se uma das mais famosas do personagem (que hoje possui aventuras modernas publicadas na revista Heavy Metal da editora Mythos), e foi trazida ao Brasil no início dos anos 2000 pela extinta editora Pandora Books.

Posteriormente, entre 2013 e 2015, Sláine foi publicado na Juiz Dredd Megazine da editora Mythos, que trouxe as primeiras aventuras do bárbaro celta. Este será seu primeiro encadernado de luxo publicado no Brasil.

Sláine: O Deus Guerreiro possui 212 páginas encadernadas em capa dura e formato 25,9 x 18,7 cm, e o preço sugerido é R$ 79,90. Clique aqui para reservar sua edição na pré-venda com preço mais baixo garantido.

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Juiz Dredd: Heavy Metal | O lado porra-louca de Mega-City Um

As histórias do Juiz Dredd transitam entre o sério e o caricato, equilibrando muito bem os dois estilos graças a incrível capacidade dos artistas e roteiristas envolvidos, que são capazes de abordar tantos elementos deste universo com naturalidade. Em Juiz Dredd: Heavy Metal, lançamento da Mythos Editora, encaramos os lados pouco explorados e muito inusitados de Mega-City Um, especialmente para leitores casuais: a zoeira, a porra-louquice, com histórias imprevisíveis, brutais, politicamente incorretas e muito caricatas.

Biba Baitolo, O Homem Que Matou o Juiz Dredd, quer ser chamado de Cabra-Macho. Bimba, um pequeno veadinho dos estúdios Wolt Bisley, perdeu sua mãe, morta por um caçador que tem uma piroca na cabeça. E não podemos deixar de mencionar o Grande Arsoli, que possui a maravilhosamente útil habilidade de esconder objetos no cu.

As histórias que compõem o encadernado Juiz Dredd: Heavy Metal dividem opiniões não somente no Brasil mas também no Reino Unido, terra de origem do personagem. Quando foram criadas, em meados dos anos 90, muitos fãs encararam o estilo satírico escrachado como algo ruim, e até hoje estas histórias são polêmicas e geram discussões por conta disso. Apesar do Juiz Dredd ser o meu personagem favorito dos quadrinhos, eu quero que se foda. aqui pra ver o caos.

Uma das principais particularidades dos quadrinhos do Juiz Dredd é justamente a possibilidade de criar histórias sérias, densas e políticas mas também ir para o lado oposto, lidando com o absurdo engraçado do início ao fim.

Este tipo de abordagem só poderia ser feita por grandes mentes criativas que entendem o personagem e são exímios profissionais capazes de escrever todo tipo de história, fazendo o Juiz Dredd lidar com inimigos Soviéticos e problemas sociais ou, por outro lado, investigar Senhoras do Politicamente Correto que usam corpos de macacos para saírem pelas ruas matando a corja da sociedade, usando somente controle mental. É isso aí.

Dredd foi criado no final dos anos 70 na revista semanal 2000 AD como uma paródia das medidas de Margaret Thatcher, a Dama de Ferro do governo inglês. Desde a sua criação, por John Wagner e Carlos Ezquerra, passando pela dupla Pat Mills e Mike McMahon e voltando posteriormente aos seus criadores (longa história), o personagem equilibrou as sátiras com as tramas mais relevantes.

A Revolta dos Robôs, primeiro arco longo do Juiz, publicado (pelo menos o início) no Brasil pela Ebal, lidava com a ideia do futuro onde as máquinas se revoltam, mas também encara as situações com muito humor. Não é absurdo que, ao decidirem publicar aventuras de seis páginas na revista Rock Power voltadas para os metaleiros da época, decidissem fazer algo diferente, apresentando um show visual e entretenimento barato e divertido.

Curtas, diretas e belissimamente ilustradas por nomes que revolucionaram o mercado como Simon Bisley, Dean Ormston, Brendan McCarthy, John Hicklenton e Colin MacNeil, as aventuras da antologia Heavy Metal foram idealizadas por David Bishop, visando criar algo separado do universo regular. John Wagner (que, ora pois, é O criador), Alan Grant, John Smith e Jim Alexander, todos nomes intimamente ligados ao Juiz, cuidaram dos roteiros e o resultado é absurdamente bom.

O nível de violência é extrapolado: você começa a ler e suas mãos ficam sujas de sangue. Palavrões, cenas ridículas e muitas paródias musicais, que vão de Elvis Presley a Beatles, resumem perfeitamente o teor Heavy Metal que dá nome ao quadrinho. Sobra piada até para o Ozzy Osbourne. Tudo é muito caricato, mas também extremamente detalhado. E o já citado show visual tornou-se um trabalho pioneiro pois daí em diante surgiram, oriundos destes nomes fortíssimos da nona arte, diversos clones que reproduzem seus estilos à exaustão até os dias de hoje.

E a revolução de Heavy Metal Dredd pode ser vista também em outras mídias. A série animada Judge Dredd: Superfiend (2014), por exemplo, bebe da influência de histórias como as mencionadas acima para, misturando com a cronologia comum do personagem, criar cada um dos episódios, cheios de momentos absurdos, com violência e extrapolação de conceitos.

Heavy Metal é um trabalho diferente. Se encarado da forma errada pode sim soar somente como algo ridículo, mas a ideia é outra, merecendo atenção e elogios. O capricho da edição nacional (a despeito de alguns imperceptíveis errinhos de letreiramento), traduzida por Érico Assis, também merece todo o louvor possível, adaptando perfeitamente as piadas e até mesmo as músicas, como na história A Cartilha de Mega-City.

Feito para ser lido de mente aberta e visando única e exclusivamente a diversão, Juiz Dredd: Heavy Metal possui 132 páginas em papel couché encadernadas em capa dura no formato 26,4 x 18,8 cm, com preço sugerido de R$ 64,90. Ficou interessado? Aproveite os 40% de desconto na Amazon! Quer conhecer mais sobre o personagem? Confira nosso Guia de Leitura completo clicando aqui!

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