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Review | Fallout 76

Sobrevivência sempre foi o principal tema nos jogos de Fallout. Tudo do lado de fora dos Vaults é enferrujado, quebrado e deteriorado. Mas você acaba se acostumando com a sujeira, se acostumando com as tranqueiras que encontra, e gradualmente se torna um sobrevivente. Infelizmente, Fallout 76 é tão desgastado quanto o seu próprio mundo. Embora haja vislumbres dos antigos Fallout, como buscas irônicas sobre a burocracia do velho mundo e genuinamente relatos sobre o impacto da automação na classe trabalhadora, Fallout 76 não tem o coração e o dinamismo de jogos anteriores da série da Bethesda.

Em Fallout 76 você será apresentado a robôs com profundidade emocional de uma torradeira. Mesmo o personagem robótico principal, que seria a “pessoa” mais próxima a você, com quem a interação deveria ser “natural” não agrada. Uma Miss Nanny modificada chamada Rose, que raramente é tridimensional, tirando a única parte da sua história trágica de criação. E é assim que Fallout 76, não entrega seu potencial, em grande parte ele nem chega perto de ser realizado. Embora os NPCs robóticos pudessem ter sido a grande revelação aqui, as automações que você encontra são vendedores, guardas ou apenas recepcionistas ornamentais. Você se sente verdadeiramente sozinho.

Digamos que não muito sozinho. A crescente comunidade do Fallout 76 brilha tanto quanto o flash de câmeras polaroids ou de uma nuvem de cogumelo. O multiplayer aqui serve para preencher o vazio, as vezes você é recheado por aquela explosão de alegria quando encontra outro sobrevivente no deserto, mesmo depois de horas e horas jogando a novidade do multiplayer. Ajudar alguém a realizar a missão dá a você aquela sensação de solidariedade e isso é, sem dúvida, uma das melhores coisas sobre o Fallout 76.

Independentemente de você estar jogando sozinho ou com amigos, você provavelmente terá uma sensação de déjà-vu. Appalachia é construída usando o mesmo Mecanismo de criação do Fallout 4 e de Skyrim, então a maioria de seus arredores parece estranhamente semelhante à viagem de 2015 para o Wasteland. As texturas levam alguns segundos extras para carregar, mesmo quando você está perto, em terceira pessoa, ou quando seu personagem parece ter sido construído com um manequim de luxo e seus inimigos parecem não possuir articulações. Mesmo depois do beta, ainda podemos encontrar alguns problemas como, os inimigos fazerem pose para combate e deslizarem em direção a você como se estivessem sobre um piso rolante, pedaços de rocha e folhas ficando verde néon quando elas não carregam por inteiro. E não tem como não comparar com o esmero das produções de 2018 como God of War, Homem-Aranha e Red Dead Redemption 2 fazendo ondas com seus gráficos excelentes, podemos até falar de Horizon Zero Dawn em 2017, assim decretando que o Creation Engine simplesmente não está à altura dos grandes.

Mas claro que há locações muito bem trabalhadas no jogo. The Mire e Cranberry Bog, são as duas áreas mais bonitas, e são diferentes de qualquer coisa que você já viu em Fallout, incrivelmente exuberantes, radiantes de vida e criaturas estranhas. The Mire é um pântano de árvores frondosas e trepadeiras sencientes que contaminaram a fauna local, com grama tão alta e espessa que, em parte, obscurece sua visão quando se esgueira. Cranberry Bog é um simples, porém fantástico local extraterreno, árvores bulbosas, com troncos que parecem barrigas salientes, brotando do chão e a terra é um vermelho violento como sangue, são locais angustiantes, que transmitem o clima perfeito de exploração como Fallout deve ser. Seguindo de mãos dadas com as mutações que você pode desenvolver, além dos novos medidores de fome e sede, essas áreas mostram que o mundo que você conheceu se foi e que você está lutando pela sobrevivência.

Falando em luta, as criaturas são uma adição fantástica a Appalachia. Forçando você a criar estratégias na hora, já que basicamente elas aparecem de surpresa durante a gameplay, é quase como jogar um simulador de observação de pássaros, mas em vez de pássaros são monstros radioativos e no final eles querem te matar. A sensação de satisfação vem quando eles estão mortos e você passa por seus corpos sem medo. Algumas aparições são tão raras quanto Meotwo no Pokemon Go. Esta versão apocalíptica da observação extrema de pássaros definitivamente incentiva você a voltar para caçar essas criaturas, se você tiver paciência.

A esquisitice da ficção científica em Fallout é famosa, como procedimentos burocráticos hilariantemente frustrantes ainda sendo reforçados por robôs apesar de seus escritórios serem escombros em torno deles, uma sociedade secreta de vigilantes liderados por uma dublê / atriz, os eventos públicos que simplesmente como um desfile há muito tempo perdido ou ajudar um prefeito robótico a pegar garrafas de cerveja em local completamente destruído. Além disso, na maioria dos cantos e recantos há cartas de pessoas mortas há muito tempo, holotapes deixados pelas primeiras pessoas para tentar fazer de Appalachia uma casa, esqueletos deixados em poses simplesmente perturbadoras. Você sente que os lugares estavam vivos uma vez. Mas não mais. Corpos mortos de invasores, colonos e socorristas estão espalhados em cabanas e acampamentos, um lembrete doloroso de que você chegou tarde demais para ajudar.

Sem NPCs, a conexão emocional que faz com toda a sobrevivência valer a pena está seriamente ausente. Cada quest de enredo principal que você escolhe tem uma conclusão inevitável: você é a última esperança. Seja a Irmandade do Aço, os Respondentes, o Estado Livre, ou até mesmo os Raiders formalmente hostis, sempre é para você ajudar a reconstruir ou descobrir o que aconteceu com algum grupo. Isso é emocionalmente exaustivo. Não ajuda, sem NPCs, adicionar peso emocional ao que você está fazendo é quase impossível. Tudo bem, que em Fallout 4, toda aquela ladainha poderia ser apenas uma busca, mas pelo menos você sentia que estava fazendo a busca por alguém, que alguém se importava se você conseguisse voltar. É difícil fazer um holotape pré-gravado soar como se importasse.

VEREDITO:

Fallout 76 tem algumas peculiaridades novas, mas elas servem principalmente para mostrar como o restante do jogo está desatualizado. O que acontece é que em Fallout 76 você não quer apenas sobreviver, você quer viver. Com suas questões temperamentais, questões técnicas e mecanismo fora de moda, o Fallout 76 não tem a vida que fez do pós-apocalipse um farol de esperança nos jogos anteriores. No entanto, quando ele entra em um novo território, às vezes literalmente como no caso de The Mire ou Cranberry Bog, ou apresenta novos inimigos, você vê algumas das faíscas que fazem o Fallout ser Fallout.

Vale a pena lembrar que como Fallout 76 é um MMO, há a possibilidade real de que assim como em Elder Scrolls Online o Fallout 76 de hoje será muito diferente do Fallout 76 do próximo ano, então, caso ele não seja seu jogo ideal, espere a poeira radioativa abaixar, e confira novamente, o jogo com certeza irá continuar crescendo e se adaptando.

PONTOS POSITIVOS:

  • Novas criaturas intrigantes para lutar.
  • História fascinante de Appalachia.
  • Novas regiões ampliam o que o pós-apocalipse pode ser.

PONTOS NEGATIVOS:

  • Numerosos problemas técnicos.
  • Mecanismo gráfico desatualizado.
  • A maioria das missões sem profundidade.
  • Falta de profundidade emocional para os (poucos) robôs NPC.

 

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E3 2017 | O que esperamos do evento?

A maior feira de games do planeta está contando os dias para abrir suas portas. A E3 2017 acontecerá entre os dias 13 e 15 de junho em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Pela primeira vez, o evento será aberto ao público, nas suas edições anteriores apenas jornalistas, empresários, convidados e varejistas do setor tinham carta branca para participar. Em fevereiro foram disponibilizados 15 mil ingressos, para os interessados em adquiri-los, felizmente para alguns e infelizmente para a grande maioria, eles já se esgotaram. 

E como é comum entre os jornalistas e gamers, os ânimos estão sofrendo com tanto hype e com as novidades que o evento deve apresentar.

Decidimos reunir a cúpula de games da Torre de Vigilância para falar sobre suas expectativas em relação ao evento que esse ano promete muito. 

Luan Oliveira:

Sem dúvida quero ver como eles vão atualizar o VR virtual realitymuitos jogos já foram lançados anteriormente mas é visível que há muito para evoluir, e ver uma demonstração do poder real do VR na E3 seria épico.

Uma ideia que a Microsoft já vem maturando na mente do público é que eles querem ultrapassar seus concorrentes em termos de vendas, podemos esperar demostrações ou informações do seu novo console.

Falando especificamente sobre os prováveis anúncios de games. Gostaria muito de ver mais sobre o novo Assassin’s Creed, sem dúvida uma das apostas mais prováveis, pois já tivemos algumas fotos da própria Ubisoft confirmando a existência dele, a dúvida fica para sua data de lançamento. Estamos a quase 3 anos sem um novo Assassins Creed – excluindo os Chronicles então não seria surpresa o jogo ter seu lançamento confirmado para o final desde ano.

A Bethesda já havia deixado claro, que só faria uma conferência na E3 se tivesse novidades para apresentar, logo com sua participação confirmada e data definida para sua apresentação que acontecerá no dia 11 de junho, podemos supor que teremos algo muito bom para o público. Termos talvez um destaque para o novo Quake que tem data de lançamento próximo, mas não podemos descartar um Fallout, mas o que realmente quero ver é uma revelação sobre The Elder Scrolls VI, uma série muito aclamada pelo público e crítica.

Uma nova adaptação para o cinema da franquia está sendo produzido com lançamento em 2018. Então ver algo sobre um novo jogo de Tomb Raider pode acontecer.

E por último mas não menos importante. O anúncio da parceria entre Marvel e a Square Enix pegou todos da mídia de surpresa e empolgou os fãs, mesmo sendo pouco provável, fica minha torcida para que algo sobre o jogo seja divulgado nessa E3.

Pedro Ladino:

A Microsoft tem como carro chefe nesse ano a apresentação oficial do Project Scorpio. Creio que esse não será o nome verdadeiro do console. Estou ansioso pelos novos exclusivos da empresa, visto que com o Xbox Play Anywhere, teremos a possibilidade de jogar com suporte no Windows 10. Tenho esperanças de que Scalebound apareça novamente, acredito que não renovaram apenas para manter a patente.

Já pela Bethesda, só espero o anuncio de um novo The Elder Scrolls, não creio que a empresa anuncie um novo Fallout ou um novo DOOM nesse momento. Ela deve focar sua conferencia em Quake Champions. E sempre existe uma possibilidade de um novo Wolfenstein aparecer na conferência.

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Por parte da Ubisoft, claramente espero o anuncio oficial de Assassin’s Creed, sou um fanboy da franquia e desejo que esse hiato tenha feito a Ubisoft pensar nas péssimas escolhas que vinham estragando a franquia. Ele e Far Cry 5 devem tomar conta da apresentação desse ano. Uma nova IP também será bem-vinda, mas que não seja um novo Steep

De uns anos para cá a Sony tem dado um banho de água fria em apresentações de outras empresas, apesar da maioria dos jogos anunciados não terem nem data de lançamento, e nesse ano eu não espero nada abaixo disso. Quero que ela continue me deixando extasiado, durante e depois de sua apresentação. Espero ver noticias sobre Final Fantasy VII, God of War, The Last of Us 2 e Days Gone. E, é claro, ser surpreendido pelas novidades. O novo Homem-Aranha deve dar as caras também.

Na EA, que mais uma vez estará fora da E3, gostaria de ver novidades sobre Battlefront 2, tenho grandes esperanças de que irão acertar nesse jogo. A Bioware deve apresentar sua nova IP também. O novo capitulo do modo História de FIFA 18 também é algo que eu quero ver.

Daniel Estorari Fonseca:

E3 gosta de surpreender os gamers quando se trata de novidade, vários jogos de peso com certeza marcarão presença no evento.

Depois de alguns anos sem lançamento para os consoles, a franquia Assassin’s Creed deve retornar com tudo nesse novo jogo. Segundo rumores, se passará no Egito, ambientação totalmente inédita na franquia, um gameplay ou um trailer de anúncio seria muito bem vindo.

Anunciado como um projeto misterioso da Bandai e posteriormente revelado como Code Vein, o jogo traz uma história diferente com vampiros. Quando o projeto foi anunciado para o público, muito ficaram surpresos pela proposta, inclusive eu. Com um grande potencial, a Bandai em sua conferência poderia mostrar mais da história e um gameplay totalmente inédito, para atiçar os fãs.

Ambientado em Montana, o novo jogo da série FarCry irá explorar o lado mais mau e religioso das pessoas. O trailer oficial foi revelado pela Ubisoft, mas sem um gameplay para que os fãs pudessem ter uma pequena noção de como será o sistema do game. Tem muito chão pela frente, mas a E3 seria o lugar ideal para divulgar mais novidades de Far Cry 5.

O jogo de luta mais frenético da Marvel vai voltar. Marvel Vs Capcom Infinite ainda não tem lista completa de personagens que estarão presentes no game, tanto do lado da Marvel, quanto os da Capcom. A E3 seria ideal para mostrar o leque de personagens que o jogo terá e até mesmo surpreender os gamers com personagens surpresas, e uma apresentação com gameplay.

Outros jogos que eu quero ver no evento são: Frostpunk. Call Of Duty: WWII, Avengers da Square Enix, Spider-Man da Insominiac, Star War Bttlefront 2, o reboot da franquia Arkham ou algo novo da DC, Darksiders III, o glamouroso e cheiroso Death Strading dentre muitos outros!

A cobertura completa da E3 2017 você pode acompanhar aqui na Torre de Vigilância.

E você? Quais são as suas expectativas e palpites para a E3 2017?

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Consoles Games

Nintendo Switch | Confira o novo console da empresa

Essa semana tem sido incrível para gamers e nerds em geral, tivemos anúncio oficial de Red Dead Redemption 2 (com o trailer saindo hoje mesmo!!!), Demo de Pokémon Sun & Moon, segundo trailer do filme de Assassin’s Creed, trailer de Logan, entre outras coisas. E parece que a Nintendo não quis ficar de fora.

Após muitos rumores e silêncio absoluto a Nintendo finalmente veio a publico falar de seu novo console, até agora sob o codinome de NX, a empresa soltou um vídeo de 3 minutos com tudo sobre o console, incluindo o seu nome verdadeiro: Nintendo Switch

Veja:

https://youtu.be/f5uik5fgIaI

Como já esperado, o Nintendo Switch será um hibrido entre console portátil e um de mesa, tendo a possibilidade de jogar aonde quiser.

 

 

 

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Design do Nintendo Switch

Segundo press release, o console se conectará normalmente ao televisor de seu usuário. Contanto, ao erguê-lo de sua base, o Switch desacopla uma tela de alta definição em que seus controles, chamados Joy-Con, podem ser conectados — permitindo seu livre transporte.

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Lista de apoiadores do Nintendo Switch.

Lista de jogos já confirmados para o Nintendo Switch:

  • The Legend of Zelda: Breath of the Wild
  • Just Dance 2017
  • The Elder Scrolls V: Skyrim
  • NBA 2K (Não confirmaram a edição)
  • Splatoon
  • Dragon Quest X
  • Dragon Quest XI
  • Mario Kart (Não confirmaram a edição)
  • Super Mario 3D (Sem nome confirmado)

Nintendo Switch será lançado em março de 2017. No Brasil ainda não temos uma previsão de chegada do console, visto que a empresa encerrou suas atividades no país em 2015.