Dark Souls III chega no mercado como uma sequência de uma das séries mais importantes do cenário gamer. Você não pode, simplesmente amá-lo ou odiá-lo, sua relação com os jogos Souls é sempre uma linha tênue entre a sanidade e a loucura.
E é exatamente nesse ponto que o novo game acerta. Desenvolvido pela From Software e co-realizador por Hidetaka Miyazaki criador da série, e distribuído pela Nanco Bandai. O quarto jogo da série Souls, veio para suprir a carência que tivemos com Bloodborne. Não que o jogo seja ruim, longe disso, mas o próprio Miyazaki afirmou em entrevista, que as limitações encontradas no título fizeram com que ele desejasse voltar a Dark Souls. (Obrigado, Bloodborne!)
Podemos começar falando que Dark Souls III, não só aprendeu muito bem o que ele deve fazer, como faz. Usando seus antecessores como base inspiratória, o jogo traz tudo que já conhecíamos e adorávamos na franquia, conseguindo manter uma identidade própria. Nunca tivemos um uso mais adequado para a frase “Aprenda com seus erros!”.
Desde o início, o game deixa claro que, o que temos em mãos, é um fruto do trabalho árduo dos produtores dedicados aos fãs. Em termos gerais, o jogo é uma reescrita do original, o jogador é mais uma vez um morto-vivo amaldiçoado, que agora ressuscitado tem como objetivo buscar a redenção.
Para isso teremos que os derrotar seres demoníacos em combate, tendo como principal objetivo encontrar os recém-ressuscitados senhores de Cinder. A maior parte da história é contada através de detalhes que vamos encontrando ao longo da gameplay. Exceto por parte da introdução, não temos cutscenes durante as quase 60/70 horas de jogo, ou sequer diálogos longos, nada para explicar de forma metódica o que está acontecendo. Deixando no ar um clima de suspense, característico da série.
Durante o jogo você explorará, castelos gigantescos, rodeados de aldeias, florestas, catedrais, pântanos doentes e catacumbas cheias de esqueleto e cidadelas congeladas. Muitos dos principais locais são visíveis à distância, deixando a experiência de contemplar uma área que você acabou de superar, a partir de um precipício satisfazer de uma maneira que nenhuma recompensa poderia.
Visualmente, este é o jogo mais bonito da saga, o que não é surpreendente considerando que é o primeiro criado de raiz para a nova geração de consoles. Mas mesmo comparando com Bloodborne, exclusivo para PS4 e dos mesmos produtores, Dark Souls III leva vantagem. O jogo parece ter melhor qualidade visual, e a experiência decorre de forma mais fluída do que em Bloodborne. Também ficamos surpreendidos com a quantidade de cor que algumas áreas do mundo mostram. A beleza dos cenários é de tirar a respiração, deixando muitas vezes o jogador distraídos com sua imponência.
O sistema próprio de combate que já conhecemos continua consideravelmente complexo, e incisivo. Assim como nos antecessores ele é constituído mais uma vez em torno dos bloqueios, rolamentos, backstabs, além do poder de dano extra causado por armas de duas mãos. No entanto, a grande novidade é a introdução dos Critical Arts. Estas opções permitem, por exemplo, elevar status da arma, equipar ataques, como o “spin” ou “rush in“. Que podem desferir poderosas estocadas, e quebrar até mesmo a guarda do inimigo. E, na melhor das hipóteses, os golpes também podem ser combinados com ataques especiais.
Além de ter ganho uma ótima melhoria, um dos pontos negativos do jogo aparecem na jogabilidade, ou melhor, durante ela. Considerando o tamanho do jogo e todas as suas propriedades, encontrar um probleminha dentre tantas coisas boas não é surpresa, durante alguns momentos em que lutávamos, podemos observar uma queda significativa no frame-rate do jogo. Nada de extraordinário, mas considerando o valor do jogo no mercado, é de se preocupar.
VEREDITO:
Dark Souls III tem muito de familiar e acomodamo-nos facilmente no seu estilo, sendo o típico jogo que atrai sua atenção, que frustra, que faz a gente agonizar, que impressiona e que nos faz raiva. É talvez o melhor título de toda a série Souls, polindo tudo aquilo que havia para ser polido e retirando o desnecessário. Sendo uma remodelação persuasiva do conjunto de recursos, ele acaba introduzindo novas mecânicas de combate, expandindo as opções à disposição, mas também relacionadas com a exploração, combate, e trilha sonora, deixando tudo no ponto.
Em suma Dark Souls III não foge muito daquilo que já foi visto nos títulos anteriores e limitou arestas, polindo assim a experiência do jogador ao mais alto nível.