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Mestres do Universo: Revelação (Parte 2) e o protagonismo de He-Man sem ofuscar Teela

Depois de quatro meses de espera após o término sensacional da Parte 1 (Salvando Eternia), eis que finalmente a Netflix liberou os cinco episódios finais que fazem parte da primeira temporada de Mestres do Universo. Sabe quando o que já estava bom conseguem melhorar bastante? É dessa forma que consigo pontuar essa segunda parte dessa grande mitologia que envolve Eternia e todos os seus habitantes.

A responsabilidade de manter a qualidade estava no alto, porém não precisaram se esforçar tanto para entregarem algo tão excelente quanto os episódios anteriores. Todos os elementos que apareceram antes continuaram sendo mostrados e isso não quer dizer que a série animada entrou num ciclo de inércia. Longe disso. Ação continua como um personagem presente na trama ao mesmo tempo que o terreno vai sendo preparado para a grande batalha final.

A primeira parte finalizou com um importante gancho com Esqueleto tornando-se poderoso o suficiente para acabar com o mundo num estalar de dedos, ou seja, não existe mais nenhuma esperança de vitória para detê-lo. Só que a série segue mostrando que enquanto um representante do bem estiver de pé, este não medirá esforços para encerrar com a vilania.

Príncipe Adam está de volta e agora com uma presença maior em tela. Tanto Adam quanto He-Man participam bastante e entregam cenas legais, até emocionantes quando pensamos em sua família tendo que lidar com seu retorno. Isso mostra como o roteiro ganha muito quando trabalha tão bem nesses personagens e conclui como ambos são importantes para os planos. Creio que isso tenha cessado o ranger de dentes em relação ao protagonismo de Teela nos episódios iniciais.

Mesmo com o protagonismo em He-Man, a nossa querida Teela continua tão grande quanto antes e adentramos melhor em sua essência mágica. Não era surpresa que esse assunto seria explorado eventualmente, pois só prestar atenção no que foi dito e mostrado sobre a personagem antes. Sendo assim, ela se torna tão essencial quanto o musculoso loiro para trazer a paz Eterniana.

A parte dramática fica por conta de sua relação com a Feiticeira, sua mãe. Seu plot diz muito sobre os sacrifícios necessários para manter o mundo seguro e tendo como o contraponto essa distância familiar.

Além da amizade e família como pautas, Mestres do Universo trouxe para a sua segunda parte algumas mudanças no seu status quo e garantiu vários movimentos pontuais nesse grande tabuleiro. Troca de poder, aliança inesperada e retorno de esquentar o coração de qualquer ser humano. Maligna merece toda a atenção e reconhecimento. Personagem incrível demais e repleta de camadas. Foi um prazer conhecê-la melhor.

Posso dizer também que o desfecho foi bastante satisfatório e quando imaginei que não teria mais nada, deram um gostinho de quero mais para uma segunda temporada. Será que rola? Se for do desejo de Eternia, seu filho está pronto.

Mestres do Universo foi uma grata surpresa deste ano ao acertar numa versão moderna de He-Man e trazendo um sopro fresco para a sua mitologia. Ao mesmo tempo que foi respeitoso com o passado, apesar que o clássico continua e continuará existindo sem cerimônia. O importante é saber aproveitar e curtir quando querem nos contar histórias que merecem nossa atenção. Tal como foi Mestres do Universo.

Nota: 5/5.

Crítica da Parte 1

A segunda parte de Mestres do Universo: Salvando Eternia está disponível na Netflix.