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DC Comics anuncia Lanterna Verde: Terra Um

A linha de graphic novels Terra Um da DC Comics ganhará uma nova história, adaptando a origem do Lanterna Verde Hal Jordan a esta realidade paralela da Editora das Lendas, com nomes envolvidos em quadrinhos de Star Wars e no storyboard de Interestelar. Confira os detalhes abaixo.

Escrito por Corinna Bechko com o artista e roteirista Gabriel Hardman, e cores de Jordan Boyd, Lanterna Verde: Terra Um será lançado nos EUA em março de 2018. Terra Um é uma linha de graphic novels da DC que reinterpreta as origens e principais características dos heróis da editora, como Batman (por Geoff Johns e Gary Frank), Superman (de J. Michael Straczynski e Shane Davis) e Mulher-Maravilha (por Grant Morrison e Yanick Paquette). Modernizando os personagens, as histórias possuem cronologia contínua.

Para o Lanterna Verde, a origem de Hal Jordan também será recriada. Aqui ele será um astronauta que procura a excitação das descobertas, mas encontra-se em um trabalho insatisfatório minerando asteroides para a Ferris Galactic. Sua vida muda quando ele encontra um misterioso anel verde, que descobre pertencer a Tropa dos Lanternas Verdes, um grupo que foi exterminado há muitos anos pelos Caçadores Cósmicos. Isso instaura uma missão para Jordan: restabelecer a Tropa.

Criar esta história na linha Terra Um nos dá a oportunidade de voltar ao cerne da origem do Lanterna Verde e reinterpretá-la, com uma visão moderna e focada na ficção científica, mas ainda nos mantendo fiéis às raízes da origem da Era de Prata de Hal Jordan“, disse Hardman na coletiva de imprensa. “Tendo feito o storyboard de Interestelar, este é um cenário onde estou confortável e gostaria de explorar nos quadrinhos. Ficção científica realística é só o início desta história; nós temos algo muito mais épico guardado.

Enquanto Hal Jordan normalmente é um piloto de testes cabeça quente e metido, em Terra Um ele será um cientista que anseia por descobertas, então sua forma de utilizar o anel será diferente. “Hal Jordan é uma pessoa inteligente e capaz que já possui um conhecimento de ciência que lhe dá muito potencial antes mesmo de encontrar o anel“, explicou Bechko. “Isso significa que ele irá encarar tudo que o anel faz com a perspectiva de um cientista, mas irá utilizá-lo para ação e aventura. A possibilidade para nós, roteiristas, é de abraçar completamente os aspectos de ficção científica da história de uma forma que seria impossível com outros personagens.

Bechko e Hardman já trabalharam juntos em Star Wars: Legacy, Savage Hulk e Invisible Republic. O primeiro volume de Green Lantern: Earth One será lançado em março de 2018 nos EUA. No Brasil, a editora Panini já publicou dois volumes do Superman, dois do Batman e o primeiro da Mulher-Maravilha. Ainda inéditos no Brasil, existem também dois volumes dos Jovens Titãs de Jeff Lemire.

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Mulher-Maravilha: Terra Um | Uma reinvenção ousada e criativa

Terra Um é uma série de graphic novels que reconta e atualiza as origens dos heróis da DC. Depois de Superman e Batman, é hora de testemunharmos a Mulher-Maravilha desta série. Escrita por ninguém mais ninguém menos que Grant Morrison, a HQ provavelmente, entre as três, é a que mais altera certos elementos da personagem, tais como sua personalidade. Aqui não temos a princesa que sai de Temiscira para uma missão oficial no Mundo dos Homens e sim, uma garota rebelde que se opõe a todos os costumes do seu povo e tem curiosidade em explorar o mundo lá fora, saindo sem a permissão da mãe.

O grande trunfo da HQ está na narrativa não linear e no Laço da Verdade, que funciona como um elemento narrativo muito eficiente e criativo. Ao invés de escolher um caminho tradicional para contar a história de Diana, o roteirista escolhe contá-la através de um julgamento. Não existem vilões aqui, este é um quadrinho sobre o prazer da descoberta. O choque cultural é sempre muito interessante nas histórias de Mulher-Maravilha, mas em Terra Um ele é gritante. Existe um certo humor involuntário nisso, principalmente na cena do hospital, onde a heroína não acredita que existam tantas mulheres doentes em um só lugar.

O núcleo de apoio também é ótimo. Algumas alterações foram feitas, por exemplo, Steve Trevor nesta versão é negro e o discurso feito pelo personagem na resolução do quadrinho é perfeito. Elizabeth Candy, que seria neste caso, a Etta Candy, não é uma militar amiga de Trevor e sim uma mulher extrovertida e feliz com o peso que tem. E esta é com certeza a Rainha Hipólita mais paranoica de todas as histórias da Princesa Amazona.

A arte de Yanick Paquette é bonita, não só pela sua Diana que tem um certo ar de superioridade em relação aos humanos, como também as diferentes e inusitadas vestimentas das Amazonas e as tecnologias utilizadas na Ilha Paraíso, que parecem ter saído de um filme de ficção científica. As expressões faciais são o grande destaque dos traços aqui, já que a obra não conta com muita ação.

Mulher-Maravilha: Terra Um é uma obra completa e reimagina de forma muito criativa e ousada a maior heroína de todos os tempos. Foge de todos os clichês possíveis: Seja a presença de um vilão maior ou uma narrativa linear. A editora Panini publicou o quadrinho no Brasil no início deste ano. Você pode adquiri-lo no link abaixo: