Em 2017 a Netflix lançou ‘A Babá’, um filme de Terror B – ou seja, trash – onde acompanhamos Cole, de 12 anos, e a relação com sua babá, Bee. Em sua casa, após dar a hora de dormir, ele decide ver por curiosidade o que a Babá faz enquanto ele dorme e presencia Bee com um grupo de amigos assassinando um homem para realizar um ritual e que, para completar ele, o grupo precisa do sangue de Cole. Logo, começa uma caçada onde o garoto precisa sobreviver em sua própria casa.
Com uma trama bem semelhante ao clássico ‘Esqueceram de Mim’ e com uma montagem típica do gênero de Terror B (ou o clássico ”Terrir”), ‘A Babá’ divertiu grande parte do público. Agora, dois anos após seu lançamento, o longa ganhou uma sequência – ‘A Babá: Rainha da Morte’ chegou nessa Quinta-Feira (10/09) no serviço de streaming e conseguiu superar o seu antecessor no trash, se tornando o filme mais insano e violento do ano, até então.
Na sequência, dois anos se passaram e Cole sofre as consequências do longa anterior: seus pais acreditam que tudo foi uma alucinação e após inúmeras tentativas de desacreditar o rapaz, planejam enviar ele para uma instituição psiquiátrica. Depois de descobrir os planos do pai, Cole conta para sua amiga Melanie – que estava presente na noite do primeiro filme – e, então, eles decidem fugir para uma festa no lago. Entretanto, o grupo responsável pelo culto retorna e, mais uma vez, ele precisa sobreviver à caçada durante a noite.
O título de fato parece uma sequência desnecessária, afinal, o seu antecessor teve um arco fechado e a trama desse se apresenta solta durante o seu primeiro ato. Porém, após um plot interessante no segundo ato, o longa assume uma personalidade diferente – mesmo que essa reviravolta seja esquecida logo após dez minutos. Infelizmente, o desfecho não é dos melhores, e nota-se que o diretor pretende fazer mais uma sequência com a presença de cena pós-créditos.
Além disso, a sequência repete a mesma fórmula que o longa de 2017, mas acrescentando mais violência gratuita, mortes estupidamente mais insanas e aumentando o nível das piadas – ou seja, aumentando completamente o nível do trash e, assim como o primeiro, sendo uma homenagem ao gênero. Resumindo, ele pega todos os acertos do primeiro filme e potencializa todo o gore nesta sequência.
McG se preocupa também em apresentar por meio de flashbacks a motivação de cada membro do culto, sendo estas sequências bem engraças de se ver. O interessante também é ver que o título, mesmo utilizando os elementos técnicos que constituem um filme trash, consegue criar seu próprio estilo através da montagem do longa. Quanto ao elenco, não tem muito o que comentar: todos repetem as suas atuações do primeiro filme onde cada um é um clichê que saiu de um filme adolescente norte-americano (e essa é a graça).
Então, é bom?
Por mais que apresenta um desfecho relativamente fraco, ‘A Babá: Rainha da Morte’ acerta ao repetir a mesma fórmula e os acertos que seu antecessor, inclusive superando-o em alguns momentos. É um longa divertido de se assistir e que consegue atingir seu objetivo utilizando elementos técnicos clássicos do gênero de terror trash da forma correta para entreter o telespectador e homenagear o gênero. Por fim, é um filme que diverte o telespectador e que merece ser assistido no seu tempo livre.
Nota: 3/5