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Cinema Música

The Weeknd, Kendrick Lamar, Doja Cat e mais negociam para participarem da trilha sonora de Black Panther: Wakanda Forever

O site NME afirma que The Weeknd, Kendrick Lamar, Doja Cat, Solange e Stormzy estão negociando para participarem da trilha sonora de Black Panther: Wakanda Forever, filme que estreia em Novembro de 2022 com exclusividade nos cinemas. 

Em 2018, o rapper Kendrick Lamar compôs a música All The Stars, que fez parte da trilha sonora de Pantera Negra e superou a marca de 300 milhões de visualizações no YouTube. SZA  também participa do som. 

Com direção de Ryan Coogler, o elenco é composto por: Letitia Wright, Tenoch Huerta, Winston Duke, Daniel Kaluuya, Danai Gurira, Dominique Thorne, Lupita Nyong’o, Martin Freeman, Michaela Coel, Angela Bassett, Florence Kasumba, Isaach de Bankolé e Mabel Cadena. 

Wakanda e Atlantis são civilizações secretas e avançadas, que possuem habilidades militares aprimoradas, mas decidirem se esconder do resto do mundo para as suas próprias seguranças e medos do mundo exterior. Wakanda temia que abusassem de sua tecnologia, já  Altantis, possuía receio do povo da superfície profanar a sua nação. A tensão aumenta, quando as duas nações antes escondidas, se chocam. Wakanda e Atlantis possuem uma história surpreendente e que se conectam. O país africano é o único lugar do mundo que tem acesso ao poderoso metal vibranium. Entretanto, rumores de seu poder se espalham ao redor da Terra, enquanto o pai humano de Namor sai em busca do raro material na Antártida.

Fique ligado aqui, na Torre de Vigilância para futuras informações a respeito de Black Panther: Wakanda Forever. 

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Séries

The Idol | The Weeknd estrelará uma série sobre um dono de um culto para o HBO Max

O artista The Weeknd estrelará The Idol, série de drama sobre uma artista POP e de um líder de uma seita para o HBO Max. Sam Levinson, a mente por trás de Euphoria, é quem está desenvolvendo o projeto. A informação é do Deadline

Além de protagonizar o seriado, Abel Makkonen Tesfaye irá produzir e co-escrever o roteiro da obra. 

Na trama, uma jovem cantora POP começa um romance com um enigmático dono de um clube de Los Angeles, que é o líder de um culto secreto. Joseph Epstein será o showrunner e roteirista. 

The Weeknd ajudou a expandir a paleta musical do R&B, ao incorporar influências indie e de música eletrônica; seu trabalho é classificado como R&B alternativo.

The Idol não possui data de lançamento. 

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Entretenimento

Pedro Pascal é eleito o artista do ano (2020) pela Entertainment Weekly

Entertainment Weekly,elegeu o astro Pedro Pascal como o melhor artista do ano de 2020.

A seguir, você pode conferir a lista completa, que é composta por:

  • 1- Pedro Pascal.
  • 2- Kerry Washington.
  • 3- Sacha Baron Cohen.
  • 4- Dan & Eugene Levy.
  • 5- Chadwick Boseman.
  • 6- Taylor Swft.
  • 7- Michaela Coel.
  • 8- Brit Bennett.
  • 9- The Chicks.
  • 10- Jonathan Majors.
  • 11- Maya Rudolph.
  • 12- The Weeknd.
  • 13- Megan Thee Stallion.
  • 14- Elisabeth Moss.
  • 15- Jamie Foxx.
  • 16- Sarah Paulson.

Entertainment Weekly é uma revista publicada semanalmente pela Time Inc., fundada em 1990 nos Estados Unidos da América. Seus assuntos são, no geral, sobre filmes, televisão, música, produções da Broadway, livros e cultura popular.

Pedro Pascal Laugh GIF - PedroPascal Laugh Funny - Discover & Share GIFs

 Pedro Pascal é um ator chileno-americano tendo uma longa carreira com papéis pequenos no palco e na televisão, e alguns trabalhos no cinema. Ele ficou conhecido internacionalmente no papel de Oberyn Martell na quarta temporada da série Game of Thrones da HBO e Javier Peña na série Narcos da Netflix. Recentemente, ele anda ganhando notoriedade por dar vida ao Din Djarin em The Mandalorian.

Para futuras informações a respeito dos atores mencionados nessa lista, fique ligado aqui, na Torre de Vigilãncia.

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Música

O que há de mais bizarro no Grammy 2021

Na última terça-feira (24) a Recording Academy divulgou a esperada lista de indicados à 63ª edição do Grammy, a maior premiação da música. Assim como todos os anos, não houve outro assunto na internet durante algumas horas ou dias. Fãs comemoravam as indicações de seus ídolos, outros se lamentavam pelas faltas dela. E claro, assim como todos os anos, houveram injustiças que abalaram a rede de fãs da música.

Que o Grammy é uma premiação polêmica não é novidade para ninguém. Seja nas indicações ou nas vitórias (ou faltas delas) os resultados da premiação sempre geram certo frisson entre o público. Nas últimas cerimônias, diversos artistas testemunharam atitudes da academia considerada “injustas” por diversos fãs e entusiastas. A lista é longa e tem nomes como Beyoncé, Kendrick Lamar, Mariah Carey, Nicki Minaj, Ariana Grande, Lorde e Kanye West. 

Entretanto, a nova edição da premiação mal começou e já marcou a história do evento de maneira negativa entre seus telespectadores. Veja a seguir alguns fatos que contribuíram para as intensas queixas que se espalharam pela internet na última terça-feira:

The Weeknd

Começando pela maior polêmica e injustiça da edição e com certeza, de toda história do Grammys, temos o caso de esnobação de The Weeknd, que era visto como o favorito do ano por todas as apostas de críticos e entusiastas. Só no último ano o cantor canadense vendeu cerca de 4.4 milhões de cópias de seu álbum “After Hours” e ainda emplacou o smash hit “Blinding Lights” que já está há 337 dias no top 10 da parada global do Spotify, além de ter sido unanimemente bem recebido pela crítica especializada. Todavia, esses três fatores não foram o suficiente para a bancada do Grammy que resolveu o esnobar de qualquer indicação possível. The Weeknd não está nas categorias gerais, não está nas categorias pop e também não está nas categorias R&B.

Não é de hoje que o Grammy e demais premiações da indústria fonográfica são acusadas de serem racistas. Há alguns meses, um artigo foi publicado aqui sobre a indicação de “Blinding Lights”, uma música pop, na categoria de R&B do VMAs, premiação da MTV. Porém, desta vez, The Weeknd não teve nem a oportunidade de ser redirecionado a um outro gênero por conta de sua cor. Foi completamente ignorado e boicotado. 

“Os Grammys continuam corruptos. Vocês devem transparência a mim, a meus fãs e à indústria” – Disse The Weeknd em suas redes sociais após a divulgação dos indicados. 

Justin Bieber 

Diferente de The Weeknd, Justin Bieber foi indicado ao Grammy 2021. Indicado até demais. Seu último álbum “Changes”, que foi recebido mornamente pela crítica especializada e rendeu hits igualmente mornos comparado à seu auge comercial alcançado com “Purpose” de 2015. O canadense apareceu nas categorias Melhor Performance Pop Duo/Grupo com “Intentions”, Melhor Performance Pop Solo por “Yummy” e Melhor Álbum Pop. Não contente com o questionável reconhecimento, o cantor reclamou em suas redes sociais por ter sido colocado nas categorias pop e não nas do gênero “R&B”, qual ele acredita que seu último registro pertence. 

“Não quero parecer ingrato, mas eu fiz um álbum R&B. Changes foi e é um álbum R&B.”

Com todo respeito ao cantor e seus fãs, mas se teve alguém que possa ter “roubado” vagas na premiação e ter ajudado na injustiça contra The Weeknd, essa pessoa é definitivamente Justin Bieber.

Coldplay

 

Surpreendendo até os seus fãs mais fiéis e sonhadores, o álbum “Everyday Life” foi indicado na categoria mais importante do Grammy, a de “Álbum do Ano”. Lançado em Novembro de 2019, o disco passou longe de ser um sucesso comercial. Na verdade, diferente dos últimos projetos da banda, ele foi o menos pop possível. O que rendeu até uma grande aclamação da crítica. Contudo, a banda simplesmente só aparece nomeada a esta categoria. Justo a maior. Sem dar as caras no segmento rock, pop ou alternativo. 

Não é como se a banda britânica não seja lembrada a cada registro pela academia, longe disso. Todos os álbuns do Coldplay renderam ao menos uma indicação na premiação, já figuraram “Álbum do Ano” em outra vez. Mas dessa vez tudo é muito, muito estranho. 

Fiona Apple, Perfume Genius e Rina Sawayama

Talvez em edições anteriores do Grammy esse tópico não seria adicionado em um texto como esse. O Grammy nunca foi de  dar bola para artistas undergrounds nas categorias principais. Vez ou outra algum aparecia na categoria alternativa e por aí ficava. Mas, a partir do momento que a premiação coloca em suas categorias principais álbuns e músicas que passaram longe de ser um sucesso comercial como o já citado “Everyday Life” do Coldplay ou o “Djesse Vol. 3” de Jacob Collier e o “Chilombo” de Jhéne Aiko.

Longe de menosprezar o trabalho desses artistas, é bom para que trabalhos fora da bolha mainstream consiga um lugar de destaque. Mas, dito isto onde está Rina Sawayama com seu álbum de estreia e Perfume Genius com “Set My Heart On Fire Immediatly”? Dois discos impecáveis na qualidade, conhecidos dentro da cena alternativa e extremamente bem recebidos pela crítica especializada. 

A veterana Fiona Apple que sempre é lembrada pela premiação quando lança um novo disco, felizmente está na lista. Seu quinto álbum de estúdio, o monumental “Fetch The Bolt Cutters” conta com 3 indicações, ele aparece em “Melhor Álbum Alternativo”, “Melhor Canção de Rock” e “Melhor Performance de Rock” pela faixa Shameika. 3 nomeações é um grande feito, de fato. Entretanto, o disco mais aclamado de 2020 (e dos últimos anos) merecia muito mais. A esnobação do registro que “previu a quarentena” em “Álbum do Ano” dói tanto quanto a de “After Hours”. 

 

Para conferir a lista completa de indicados clique aqui.

 

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Música

Beyoncé, Taylor Swift e Harry Styles são indicados ao Grammy 2021, confira a lista completa

A Recording Academy divulgou hoje (24) a lista completa de indicados à 63 cerimônia do Grammy, principal prêmio da música. O evento ocorrerá no dia 31 de Janeiro de 2021, em Los Angeles.

Dentre os indicados, Beyoncé é a recordista da edição com 9 indicações. A cantora está nomeada nas categorias, de Música e Gravação do Ano por “Black Parade” e “Savage Remix”, faixa da rapper Megan Thee Stallion na qual faz participação especial. Além de concorrer em Melhor Clipe por “Brown Skin Girl” e Melhor Filme Musical por seu longa “Black Is King”.

Taylor Swift, Harry Styles, BTS, Post Malone, Dua Lipa, Justin Bieber, Lady Gaga, Roddy Ricch são outros nomes presentes na lista.

O período de elegibilidade para o Grammy 2021 foi do dia 1 de Setembro de 2019 até 31 de Agosto deste ano. A nova edição da premiação trouxe algumas mudanças para a disputada, como a mudança do nome da categoria “Melhor Álbum Urbano” para “Melhor Álbum de R&B Progressivo” devido a política antirracista adotada pela academia e a extinção de um limite de músicas lançadas para um artista concorrer ao premio de “Melhor Artista Novo”.

A grande surpresa da edição foi o cantor The Weeknd sem nenhuma indicação. Seu álbum “After Hours” é um dos mais vendidos e um dos mais bem recebidos pela crítica especializada no ano de 2020.  Seu smash hit, “Blinding Lights” que acabou de se tornar a música com mais tempo de permanência no Top 10 da Billboard Hot 100 com 40 semanas consecutivas também foi ignorada da premiação.

Confira alguns dos indicados a seguir, o link para a lista completa estará no final da matéria.

 

Álbum do Ano

“Chilombo” — Jhené Aiko

“Black Pumas (Deluxe Edition)” — Black Pumas

“Everyday Life” — Coldplay

“Djesse Vol.3” — Jacob Collier

“Women in Music Pt. III” — HAIM

“Future Nostalgia” — Dua Lipa

“Hollywood’s Bleeding” — Post Malone

“Folklore” — Taylor Swift

 

Gravação do Ano

“Black Parade” — Beyoncé

“Colors” — Black Pumas

“Rockstar” —DaBaby Featuring Roddy Ricch

“Say So” — Doja Cat

“Everything I Wanted” — Billie Eilish

“Don’t Start Now” — Dua Lipa

“Circles” — Post Malone

“Savage” — Megan Thee Stallion Featuring Beyoncé

 

Música do Ano

“Black Parade” — Denisia Andrews, Beyoncé, Stephen Bray, Shawn Carter, Brittany Coney, Derek James Dixie, Akil King, Kim “Kaydence” Krysiuk & Rickie “Caso” Tice (Beyoncé)

“The Box” — Samuel Gloade & Rodrick Moore (Roddy Ricch)

“Cardigan” — Aaron Dessner & Taylor Swift (Taylor Swift)

“Circles” — Louis Bell, Adam Feeney, Kaan Gunesberk, Austin Post & Billy Walsh (Post Malone)

“Don’t Start Now” — Caroline Ailin, Ian Kirkpatrick, Dua Lipa & Emily Warren (Dua Lipa)

“Everything I Wanted” — Billie Eilish O’Connell & Finneas O’Connell (Billie Eilish)

“I Can’t Breathe” — Dernst Emile II, H.E.R. & Tiara Thomas (H.E.R.)

“If the World Was Ending” — Julia Michaels & JP Saxe (JP Saxe Featuring Julia Michaels)

 

Artista Revelação

Ingrid Andress

Phoebe Bridgers

Chika

Noah Cyrus

D Smoke

Doja Cat

Kaytranada

Megan Thee Stallion

 

Melhor Álbum Pop 

“Changes” — Justin Bieber

“Chromatica” — Lady Gaga

“Future Nostalgia” — Dua Lipa

“Fine Line” — Harry Styles

“Folklore” — Taylor Swift

 

Melhor Álbum de Rock

“A Hero’s Death” — Fontaines D.C.

“Kiwanuka” — Michael Kiwanuka

“Daylight” — Grace Potter

“Sound & Fury” — Sturgill Simpson

“The New Abnormal” — The Strokes

 

Melhor Álbum de Rap

“Black Habits” — D Smoke

“Alfredo” — Freddie Gibbs & The Alchemist

“A Written Testimony” — Jay Electronica

“King’s Disease” — Nas

“The Allegory Royce” — Da 5’9″

 

Melhor Álbum de R&B Progressivo

“Chilombo” — Jhené Aiko

“Ungodly Hour” — Chloe X Halle

“Free Nationals” — Free Nationals

“F*** Yo Feelings” — Robert Glasper

“It Is What It Is” — Thundercat

 

Melhor Vídeo

“Brown Skin Girl” — Beyoncé

“Life Is Good” — Future Featuring Drake

“Lockdown” — Anderson .Paak

“Adore You” — Harry Styles

“Goliath” — Woodkid

 

Confira a lista completa de indicados aqui.

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Música

The Weeknd se apresentará no show do intervalo do Super Bowl 2021

O canadense The Weeknd foi anunciado hoje (12) como atração principal do show de intervalo do Super Bowl 2021. O evento acontecerá no dia 7 de Fevereiro na cidade de Tampa, estado da Flórida.

O Super Bowl é o jogo final do campeonato da NFL, principal liga de futebol americano dos Estados Unidos. O evento televisivo é o mais caro e assistido no mundo, tendo atingido  o pico de 114.4 milhões de telespectadores no ano de 2015.

O tradicional show do intervalo já contou com grandes lendas da música como Michael Jackson, Madonna, Prince, U2 e Rolling Stones e com nomes recentes e gigantes como Beyoncé, Bruno Mars, Katy Perry, Justin Timberlake, Lady Gaga e Coldplay. Na edição deste ano, o espetáculo ficou na conta das cantoras Shakira e Jennifer Lopez.

Ao anunciar o evento, The Weeknd deu o seguinte comunicado a imprensa:

“Todos nós crescemos assistindo aos maiores artistas do mundo jogando o Super Bowl e só podemos sonhar em estar nessa posição. Estou emocionado, honrado e extasiado por ser o centro desse palco infame este ano “

The Weeknd é um dos maiores nomes da música contemporânea, o hit “Blinding Lights”, lançado em novembro do ano passado, se encaminha para 39ª semana consecutiva no top 10 da Billboard Hot 100, principal parada americana. Já no Spotify, a música detém o recorde (e ainda contando) de 329 dias consecutivos no top 10 da parada global da plataforma.

Enquanto isso, “After Hours”,  seu quinto álbum de estúdio, já vendeu cerca de 4.4 milhões de cópias ao redor do mundo desde o seu lançamento em março deste ano.

 

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Música Vitrola

Em “Positions”, Ariana Grande repete fórmula de sucesso, mas empaca.

Há 2 anos atrás, Ariana Grande chegava ao topo da indústria musical. A jovem de 27 anos vinha em uma crescente de hits, vendas, popularidade desde sua estreia no cenário pop em 2013. Entretanto, foi só com o lançamento de “thank u, next”, seu quinto disco, que a ex-estrela do Nickelodeon entrou pro seleto hall de artistas indiscutivelmente gigantes. 

De lá para cá, Ariana não parou. Ainda dentro da sonoridade de seu quinto registro, ela fez curadoria da trilha sonora de “As Panteras” no ano passado e ainda lançou a parceria “boyfriend” com o duo Social House. Diversificando seu catálogo, a intérprete de “7 Rings” colaborou na midtempo pop “Stuck With You” com Justin Bieber e na dançante “Rain On Me” com Lady Gaga. Ambas as canções estrearam em 1º lugar na Billboard Hot 100, principal parada americana, o que evidencia tamanha popularidade da cantora. 

Depois de todos esses acontecimentos, havia uma grande expectativa em saber qual seria o seu próximo passo. E agora nós sabemos. 

Anunciado de maneira repentina há apenas duas semanas atrás, “Positions”, está entre nós. No seu sexto álbum de estúdio, Ariana decide ir pelo caminho mais fácil e provavelmente mais perigoso: repetir a fórmula que deu certo no passado. 

Definitivamente, um dos principais fatores que fizeram com que o seu 5º e mais pessoal álbum fosse o de maior sucesso da carreira até então, foi a fusão entre o seu tradicional  pop/R&B com o trap, um dos sub gêneros mais ouvidos no mundo atual. 

Com certos resquícios do seu antecessor e explorando o R&B mais do que nunca, o novo registro não soa nem como uma evolução de “thank u, next”, mas sim, como um irmão mais velho, um adulto talvez. Maduro, sexual, porém chato. 

É válido falar que, apesar de parecer um irmão tedioso, de maneira alguma, o compilado de novidades de Ariana possuiu qualidade duvidosa. Inclusive, músicas como “motivate” com participação de Doja Cat que mistura dance music com R&B e “love language” que lembra um R&B no início dos anos 2000 no melhor estilo Janet Jackson são os pontos altos do disco. 

“Positions” possuiu as letras mais sexuais do repertório de Grande, algumas como “34+35” e “just like magic” são divertidas de cantar, assim como é divertido cantar alguns funks ditos “proibidões” em uma roda de amigos. Ainda no campo lírico, o maior destaque fica em “off the table”,segunda parceria com The Weeknd. 

Saindo um pouco do conteúdo sexual, a letra da colaboração narra o reencontro de um ex casal, chegando a lembrar bastante a balada “exile” de Taylor Swift e Bon Iver. E novamente, Abel e Ariana mostram uma química invejável em suas interações vocais como no hit “Love Me Harder” de 2014. 

Infelizmente, não são só um bocado de 5 ou 6 faixas que fazem um álbum ser incrível. Geralmente quando artistas se arriscam em lançar um álbum menos comercial, eles entregam obras que se destacam positivamente em sua discografia. E isso não aconteceu com Ariana.

Deixar de lado refrãos mais melódicos e chicletes, (mas não totalmente, vide que a faixa título, e primeiro single é a mais comercial do projeto e lembra até seu álbum “Dangerous Woman”) pode ser uma tendência muito válida para a trajetória de Grande. Mas desta vez, não rolou. 

“Positions”, enquanto conjunto da obra,  é pior do que ser  bom ou ruim. Ele é esquecível demais dentro do majestoso catálogo de Ariana. E na maioria das vezes, bem arrastado. O que é uma pena.

Lógico que esses fatores não irão impedir o álbum de ser um dos maiores sucessos comerciais do ano e nem irá impactar a persona artista de Ariana, a descredibilizando. Provavelmente, em longo prazo, ele será lido como o “Sweetener” de 2018, um álbum com o propósito de dividir águas. Só que dessa vez, sem o fator de novidade e originalidade.  

Nota: 6.0/10

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Música

Ariana Grande lança “Positions”, novo álbum de estúdio

Ariana Grande lançou hoje (30), “Positions”, seu sexto álbum de estúdio. O disco sucede “thank u, next” de 2019 e conta com participações de Doja Cat, The Weeknd e Ty Dolla $ing.

Anunciado de maneira repentina, Ariana pegou os fãs de surpresa há duas semanas atrás anunciando que seu novo registro já estava pronto. Na última sexta feira (29), a cantora divulgou a faixa-título do projeto acompanhado de um videoclipe.

 

“Positions” está disponível em todas as plataformas digitais. Ouça:

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Música

The Weeknd lança clipe para a faixa “Too Late”

The Weeknd divulgou hoje (22), o clipe para a música “Too Late“, segunda faixa do seu aclamado e bem sucedido álbum After Hours, lançado em março.

O vídeo é a continuação direta da saga apresentada por Abel, que possuiu os clipes de “Heartless”, “Blinding Lights”, “After Hours” e “Untill I Bleed Out”. No novo capítulo, The Weeknd aproveita a chegada do Halloween e aposta em um clipe cheio de suspense, horror e sangue.

Confira:

(Não recomendado para menores de 18 anos)

The Weeknd é uma das principais apostas para o Grammy 2021, After Hours, quinto registro de sua carreira, é um dos maiores sucessos do ano.

O single “Blinding Lights” ocupa nesta semana, a 4a posição na Billboard Hot 100, principal parada americana. A canção está ao todo, há 35 semanas consecutivas no top 10 e detém o recorde de ser a música com mais tempo de permanência no top 10  global do Spotify, contabilizando 311 dias consecutivos.

 

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Música

Além do Disco: A saúde mental como tendência na música pop

No início da década passada, músicas de autoempoderamento dominaram as paradas musicais no mundo todo. Versos como “Querido, querido, por favor /Nunca nunca se sinta / Como se fosse menos do que perfeito pra caralho” de Pink em “Fucking Perfect” ou “Você me derruba, mas eu não caio / Sou de titânio” de David Guetta e Sia em “Titanium” marcaram a juventude de boa parte de uma – ou mais – geração. Porém, passado cerca de 10 anos depois, muita coisa mudou no mainstream. Inclusive, as temáticas da música pop.

Além dos temas clichês que atravessam os anos na música popular como relacionamentos amorosos, festas e drogas a última década trouxe uma revigorada nas composições apresentadas ao grande público. O autoempoderamento  que se diz respeito à autoestima (se assim podemos dizer) cantado pelas vozes dos anos 2000 abriu caminhos para outras formas de afirmação dominassem as rádios, players e pistas de danças mundo afora. O empoderamento feminino, negro e LGBTQ+ são exemplos disso. Entretanto, se a autoestima e a força eram mais celebradas no passado, atualmente a vulnerabilidade e honestidade acerca das questões de saúde mental são umas das tendências do gênero. 

Muitos dos cantores que estão no topo das paradas atuais são pertencentes à geração Y, os famosos millennials (nascidos entre 1980 a 1996). Enquanto isso, os primeiros representantes da geração Z (nascidos entre 1997 a 2010)  já começaram a aparecer no mundo musical. Tais gerações são as que mais apresentam casos de depressão, ansiedade e outros transtornos mentais. Não há um grande consenso por parte dos pesquisadores sobre o porquê disso, mas obviamente, essas estatísticas já estão sendo refletidas na música contemporânea.

Confira a seguir alguns destes casos: 

Musa da Depressão

Lana Del Rey's New Spoken Word Album Will Pay Heartwarming Homage to Native Americans | Grit Daily News

No ano de 2012, todos os holofotes se viraram para Lana Del Rey. No cenário qual a música pop era dominada por batidas eletrônicas e alegres, a nova-iorquina causou com seu álbum de estreia “Born To Die” (Nascer Para Morrer) um dos maiores impactos na indústria na última década.

O som de Lana nunca foi mainstream, principalmente em um mundo de há quase 10 anos atrás. Suas canções são banhadas de melancolia, instrumentos e vozes suaves. Suas letras são explícitas e tristes, e talvez esse tenha sido o motivo do qual  a grande parte do público, principalmente os mais jovens, tenha se identificado tanto com sua arte. Talvez naquele momento, eles precisassem dela para se entenderem e se expressarem como nunca haviam conseguido.

O clipe de “Summertime Sadness”, música que levou a cantora para o topo do mundo e até hoje é seu maior sucesso comercial, Lana canta “Me beije intensamente antes de ir / Tristeza de verão / Eu só queria que você soubesse / Que, amor, você é o melhor” é marcado pela temática de suicídio.

A frase “Queria estar morta” dada em uma entrevista durante a divulgação seu segundo álbum, “Ultraviolence”, virou meme. Mas na época, Lana realmente afirmava que não queria estar viva. Confira um trecho:

“Tenho estado doente há cerca de dois anos. Essa é uma grande parte da minha vida: eu me sinto muito doente na maior parte do tempo e não consigo entender o porquê”

e completou com:

“É pesado se apresentar para pessoas que realmente se importam com você quando nem mesmo você se importa às vezes. Eu acho que isso é triste. Acho que minha posição é triste”.

De lá para cá, Lana parece ter melhorado muito no que se diz respeito a sua saúde mental. Em 2017, a cantora surpreendeu os fãs e a mídia ao aparecer sorrindo na capa do seu quarto álbum “Lust For Life” , em tradução livre, “Desejo Pela Vida”. Como afirmou em entrevista à revista alemã ‘Neue Westfälische’:

“Sim, pessoalmente, me desenvolvi de uma forma muito boa, considerando meu sentimento geral de felicidade. Continuo melhorando, mas o caos faz parte da minha vida. No entanto, posso sentir claramente a mudança. Tenho mais diversão em minha vida do que anos atrás”

A honestidade e sensibilidade de Lana Del Rey (que também é criticada por glamourizar a depressão e morte precoce), foi essencial para que a temática mental saísse de gêneros menos convencionais, e entrasse de vez na música pop. Porque a partir daquele momento, existia um grande público querendo ouvir sobre isso. 

Depressão Masculina

Ed Sheeran & The Weeknd Step Out For NRJ Music Awards In Cannes

Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, os homens são o grupo que mais sofrem de depressão e que mais cometem suicídio, chegando a 4 vezes mais do que as mulheres. Estes números, em suas devidas proporções, acabam se aplicando em boa parte do mundo. A depressão em homens ainda é tida como tabus em diversos segmentos da sociedade. Na música, não seria diferente.

Ed Sheeran e The Weeknd, dois grandes nomes masculinos da música pop atual, já sofreram com depressão e, felizmente, não tiveram vergonha de exporem pelo o que estavam passando. Seja em entrevistas ou nas músicas. 

Na entrevista mais pessoal de sua carreira ao Chasing the Present Summit, Sheeran falou abertamente sobre o conturbado período que sofreu durante o ano de 2015:

“Eu ficava acordado e bebia a noite toda. Os ônibus estacionavam embaixo das arenas, eu dormia no ônibus o dia inteiro e depois acordava e saía para fazer o show, bebia e voltava para o ônibus. Não vi a luz do sol por uns quatro meses.”

Na mesma entrevista, o cantor-compositor afirma que aprendeu a cuidar melhor de sua própria saúde, e conseguiu vencer a depressão que veio em sua turnê mundial. Em “Save Myself”, canção de seu best seller álbum “Divide” de 2017 retrata bem tal processo:

“A vida pode levá-lo para baixo assim
Eu apenas anestesio como sentir isso
Eu afogo com uma bebida
e remédios fora da data de validade

E todos os que me amam
Eles só me deixaram na prateleira
Sem despedida

Então, antes de salvar alguém
Tenho de me salvar”


The Weeknd,  que já colaborou tanto com Lana Del Rey tanto com Ed Sheeran, é ainda mais reservado sobre sua vida pessoal, nunca deu declarações públicas sobre assuntos mais íntimos como a sua saúde mental. Todavia, suas músicas falam explicitamente sobre suas próprias experiências, incluindo as mais pesadas. O que realmente mostra que há uma identificação por parte de público. Na sua discografia há versos como: “O que faz um homem adulto querer chorar?/ O que o faz querer tirar sua vida?/Sua felicidade nunca é real” em “I Was Never There”.

Suas parcerias com Lana e Sheeran não ficam longe da atmosfera depressiva. Em “Prisoner”, Abel canta com Del Rey: “Eu sou um prisioneiro do meu vício / Estou viciado em uma vida tão vazia e tão fria”

Dark Times”, canção com Sheeran, ambos cantam: “Nos meus momentos sombrios eu ainda tenho problemas, eu sei/ Dirigindo rápido mas me movendo devagar/ E eu tenho algo que estou tentando abrir mão/ Que continua me puxando para trás toda vez/ Só minha mãe me amaria nos meus momentos sombrios”

Depressão Pop


Lady Gaga e Katy Perry surgiram praticamente juntas na indústria fonográfica em 2008. Com o passar dos anos, a vida e carreira das cantoras divergiu em diversos aspectos, mas é inegável falar que não houveram coincidências. Ambas com discurso político engajado, máquinas de hits, foram o rosto e a voz de uma geração, e novamente, como millenials que são, a saúde mental não poderia ficar de fora do trabalho de ambas.

A dance music está de volta à música pop. Todas as paradas musicais atuais estão recheadas de produções que exploram o disco dos anos 70, o synthpop dos anos 80 e o house dos anos 90. E “Chromatica”, mais recente álbum de Lady Gaga, é uma celebração de lágrimas em plena pista de dança. Gaga sofre de depressão há anos e já falou abertamente sobre diversas vezes, é uma grande ativista pela conscientização das pessoas acerca desses problemas. Em seu novo álbum, por mais dançante e alegres as músicas soem, há letras que expõe os sentimentos depressivos da cantora. Como em “911”, novo single do disco, que tem como refrão a repetição do verso “Meu maior inimigo sou eu, ligue para o 911”. Além de uma estrofe inteira como:

“Mudando de entorpecentes emocionais
Continuo repetindo frases de ódio próprio

Já ouvi o suficiente dessas vozes
Quase como se eu não tivesse escolha
Isso é estase biológica

Meu humor está indo para lugares maníacos
Gostaria de rir e continuar com boas amizades

Me aguarde vida, aqui vou eu de novo”

Recentemente, Katy Perry lançou seu quinto álbum de estúdio, intitulado de “Smile”. O álbum narra a jornada pessoal de Perry após ser sofrer com a maior crise de depressão da sua vida. (Para entender de maneira mais profunda, leia nossa review aqui.) Mas foi em “Witness“, de 2017, que Katy, cantou abertamente sobre seus sintomas em faixas eletrônicas e dançantes marcadas por sintetizadores graves como “Mind Maze” e “Dance With The Devil”, no qual a cantora deixou um pouco de lado os hits coloridos e alegres por qual ficou conhecida. Confira uma estrofe da primeira canção citada:

“Estou perdendo as direções
Afundando em areia movediça

Despedacei a ilusão por trás das cortinas
Estou desencantada
Dançando em um fio
Malabarizando desejos
Cada golpe fica mais forte quando você luta sem armadura
Estou desanimada”

Ainda falando em millennials, parte dessa geração viveu a popularização da música emo. Músicas que tinham como principal característica a influência do punk e hardcore mas também letras melódicas, expressivas, confessionais e emocionais. Durante esse movimento dos anos 2000, diversas bandas surgiram e conquistaram uma legião de fãs, dentre as mais famosas temos o Paramore.

Surpreendendo à fãs e crítica, o grupo liderado por Hayley Williams, lançou em 2017 o colorido e mais pop álbum da banda, After Laughter. Sendo um dos primeiros artistas do mainstream a trazer a estética e sonoridade synthpop dos anos 80, o quinto álbum de estúdio do grupo – e o último lançado até então – tem como temática a depressão de sua vocalista. De maneira genial, o grupo brinca com contraste entre som, imagem e letra. E o melhor exemplo possível é o primeiro single “Hard Times“. Confira o refrão:

“Tempos difíceis
Vão te fazer questionar por que você ainda tenta

Tempos difíceis
Vão te derrubar e rir quando você chorar
Estas vidas
E eu ainda não sei como sobrevivi até agora
Tempos difíceis
Tempos difíceis
E eu tenho que chegar ao fim do poço”

Ansiedade

Com o mundo cada vez mais acelerado, carregado de informação e sobrecarregado de instantaneidade, a ansiedade é outro transtorno mental que vem chamando atenção, e novamente, entre os mais jovens. Julia Michaels, Selena Gomez e Ariana Grande são 3 nomes da música pop que sofrem, ou já sofreram com esse mal e retrataram em algumas de suas canções.

De maneira mais clara possível, a faixa “Anxiety” de Julia Michaels e Selena Gomez expõe muito bem o problema em torno da ansiedade. A grande maioria de pessoas que sofrem com transtorno de ansiedade, veem suas mentes cheias de informações e questionamentos. E de forma irônica (ou não), a canção de Julia e Selena é a mais simples possível. Praticamente apenas na voz e violão, as moças cantam os seguintes versos:

“Meus amigos querem me levar ao cinema
Eu mando eles irem embora, estou de mãos dadas com minha depressão
E justo quando acho que superei
A ansiedade começa a atacar pra me ensinar uma lição”

Embora Ariana Grande tenha chegado no topo da cadeia musical nos últimos anos, sua vida pessoal sofreu com diversos baques. Em 2017, a intérprete de “thank u, next” viu um show seu ser cenário de um atentado terrorista na cidade de Manchester, Inglaterra. Em 2018, a jovem terminou um noivado com Pete Davidson e viu seu ex-namorado, Mac Miller, morrer de overdose. Além disso tudo, a cantora teve que lidar com a pressão de estar no topo do mundo musical. Ariana Grande desenvolveu também transtorno de ansiedade nos últimos tempos e não só fala, como canta abertamente sobre isso.

“Eu quase me sinto culpada por ter isso [ansiedade] porque está apenas na minha cabeça e é muito louco como é tão poderoso. Você tem altos e baixos e às vezes você passa semanas derrotando isso e não terá ansiedade… E, então, algo acontece que pode desencadear e você tem dias tristes” – Disse Ariana à BBC Music

Seu hit, “breathin” do álbum “Sweetener” tem como tema principal a ansiedade. Confira alguns versos:

“Alguns dias, as coisas apenas tomam muito da minha energia
Eu olho para cima e toda a sala está girando
Você leva embora minhas preocupações
Eu posso ser tão complicada, as pessoas me dizem para me medicar
Sinto meu sangue correndo, juro que o céu está caindo

Como eu sei se essa merda é inventada?
O tempo passa, e eu não consigo controlar minha mente
Não sei mais o que tentar, mas você me diz todas as vezes”


A Geração Z e a saúde mental

Como citado no início da matéria, os primeiros ícones da Geração Z já começaram a aparecer na música. Billie Eilish de 18 anos, Shawn Mendes e Khalid de 22 são três desses artistas que não só já alcançaram o topo das paradas e aclamação crítica, como também cantam sobre os problemas enfrentados por sua geração. E que provavelmente, são ainda mais intensos que os millennials.

Billie Eilish, é hoje um símbolo para os atuais adolescentes. Existe uma grande parcela dos jovens que se veem representados por Billie, seja no seu estilo, na sua roupa e/ou em seus pensamentos. A vencedora mais jovem do Grammy de “Álbum do Ano”, já sofreu com uma profunda depressão nos últimos anos e falou abertamente sobre em entrevista à revista Vogue.

“Isso [Depressão]  levou-me para um buraco. Passei por uma fase de auto-mutilação — não precisamos de entrar por aí. Mas a essência disso era que eu sentia que merecia dor”.

“Há dois anos, senti que nada importava. Tudo era inútil. Não só na minha vida, mas no mundo inteiro. Estava totalmente deprimida clinicamente. É uma loucura olhar para trás e não estar mais assim”

Sua música, “Lovely“, em parceria com Khalid, retrata essa experiência depressiva de Billie.

“Oh, espero que algum dia eu consiga sair daqui
Mesmo que demore a noite toda ou cem anos
Preciso de um lugar para me esconder, mas não consigo encontrar nenhum por perto
Quero me sentir vivo, lá fora não consigo enfrentar meu medo”

Shawn Mendes vêm sofrendo com ansiedade há alguns anos. Aos 19, o astro já comentava sobre seus problemas com ansiedade e terapias que vinha fazendo. Em 2018, Shawn Mendes lançou “In My Blood”, faixa na qual o canadense retrata a sua luta contra o seu transtorno.

“Ajude-me, é como se as paredes estivessem desmoronando / às vezes eu sinto vontade de desistir / nenhum remédio é forte o suficiente, alguém me ajuda.”

A partir desta década veremos novos nomes surgirem. Os talentos nascidos no final dos anos 90 e início dos anos 2000 podem não só intensificar a temática e conscientização da saúde mental na música, como também reformular todo o pensamento da sociedade à respeito desses transtornos. 

No Brasil

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo inteiro e o quinto em casos de depressão. Conforme o levantamento da OMS, 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade e a depressão afeta 5,8% da população. E mesmo assim, a saúde mental ainda não é retratada com tanta frequência no cenário pop mainstream nacional; exceto por alguns exemplos. 

Em 2019, Clarice Falcão lançou seu terceiro álbum de estúdio “Tem Conserto”. Embalado por produções eletrônicas altamente influenciadas pelo house e techno dos anos 80 e 90, as batidas e arranjos dançantes, assim como Chromatica, não impedem que a mensagem depressiva do álbum seja repassada. “Minha Cabeça”, primeira faixa do álbum e o single principal do disco, expõe muito bem a temática do projeto, como mostra os seguintes versos: “Minha cabeça não é/Flor que se cheire/Não é minha parceira/Não faz nada que eu peço/Minha cabeça repete/As mesmas coisas/Repete as mesmas coisas/Até não ter mais coisa”

Clarice Falcão sofre com depressão desde os seus 16 anos e mesmo que o transtorno já estivesse presente de maneira sutil em seus outros registros carregados de humor, foi durante a divulgação de “Tem Conserto” em que a artista falou mais abertamente sobre, justamente por entender a necessidade e urgência que o tema pede. 

“Eu achei que o mais honesto e mais legal seria deixar muito claro que é sobre isso sim. Foi uma decisão consciente esse momento de, depois do disco pronto, decidi falar abertamente.” – Em entrevista à Reverb

“Quando vejo como a música me ajudou nos meus momentos de crise tenho vontade de falar desse assunto. Eu tive a sorte de nascer em uma família que entende perfeitamente essa situação. Mas tem muita gente que não sabe o que tem, que a família não consegue entender e acha que é drama. Isso dá uma sensação muito grande de solidão.” – Em entrevista à Tpm

“É importante admitir que você fica triste. É importante admitir que você têm problemas.” disse Jão em entrevista ao canal Papo de Música. O jovem cantor que é uma das grandes revelações da música nacional dos últimos anos, tem em seu repertório músicas tristes e sombrias, indo na contramão de quase todo pop nacional contemporâneo. Embora nunca tenha falado de maneira explícita sobre depressão, há faixas que evidenciam isso como “Monstros”, presente em seu álbum de estreia.

“Sinto um nó na minha garganta
A voz treme ao sair
Debaixo da cama, os monstros
Me impedem de dormir”

Confira à seguir a nossa playlist no Spotify com todas as músicas citadas aqui:

Depressão, ansiedade e outros transtornos psicológicos são assuntos sérios e que merecem cada vez mais atenção e notoriedade. Saber que há novos ídolos cada vez mais conscientes e engajados na problemática é, sem dúvidas, um afago há diversas pessoas ao redor do mundo, principalmente os mais jovens, que podem se sentir acolhidos e compreendidos em uma realidade que os desprezam. Talvez esse seja o maior papel que a arte, neste caso, a música tenha na nossa sociedade. O poder de ajudar a salvar vidas através da conexão. 

Caso você esteja enfrentando alguns desses problemas, não hesite em pedir ajuda. Busque um profissional e seja forte. O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.

Acesse o site para mais informações: https://www.cvv.org.br/