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TORRE ENTREVISTA: MAX ANDRADE

Muitas pessoas acreditam que os anjos existem e que se comunicam com as pessoas no plano terrestre. Uma dessas formas de comunicação é por números. O Anjo 32, que é quando a pessoa ver por “coincidência” esse número mais que o normal, dizem que significa que devemos estar mais presente conosco mesmo. Isso sugere que devemos desligar o modo piloto automático e comecemos realmente a prestar atenção ao que está acontecendo ao nosso redor.

Também precisamos nos projetar da maneira que queremos ser vistos para atrair a energia que desejamos, ouvindo as pessoas que estão perto de nós. Na simbologia, o número 32 é atribuído para pessoas que precisam se manter firme em suas crenças e decisões.

Porque estamos falando sobre “simbologia” Ricardo? Pois bem, seja coincidência ou não, a Graphic MSP #32 fala exatamente sobre Anjos. E como ele precisa desligar o piloto automático e prestar mais atenção ao seu redor.

Anjinho – Além é escrita e desenhada pelo Max Andrade e leva o icônico personagem de Maurício de Sousa em uma jornada de conhecimento após questionar o Criador e ele perde a auréola e as asas e é enviado à Terra, para realizar uma missão. Contudo, não vai ser nada fácil concluí-la. No caminho ele encontra outros personagens como Rolo, Humberto, Denise…

 

Batemos um papo com Max Andrade, que tem na sua bagagem prêmios como Internacional Silent Manga Audition (premiado no Japão), o elogiado Tools Challenge e o incrível Juquinha – O Solitário Acidente da Matéria, sobre Anjinho – Além, a sua jornada e como o personagem “conversou” com o autor.

1. De onde veio as principais influências para conceber Anjinho – Além? Me lembro, principalmente durante o ano passado, você postando que diversas vezes estava escutando uns rocks cristãos e tal…

Na verdade eu gosto de fazer piada o tempo todo. Eu não conheci nenhuma banda nova nesse sentido, tudo que eu escutei eram músicas que eu já escutei pela vida toda. Mas falando de influências, não teve nada relacionado a isso pelo que posso me lembrar. O nome da obra inicialmente veio do título “Higher” do P.O.D, que seria “Mais Alto”, literalmente, mas como quem acompanha o selo sabe, quase todos os nomes de Graphics MSP tem apenas uma palavra, aí mudei pra Além e o Sidão (Sidney Gusman, editor do selo Graphic MSP) curtiu.

De resto, acho que as influências de toda minha vida. São muitas, mas por alto, as primeiras que vieram na minha cabeça: YuYu Hakusho, Yonlu, Hideki Arai, Spy x Family, Emicida, enfim…

2. Você acha que por ser um personagem que envolve fé, algo que é tão debatido hoje em dia, ao criar a história você tomou cuidado, ou teve alguma recomendação da MSP, para não soar iconoclasta? Ou o enredo que foi tramado já cuidava para não ficar assim?

Eu não pensei nisso enquanto fazia a história, sinceramente. No geral, meus trabalhos já são family friendly, e isso não é exatamente uma barreira pra mim. Só contei a história que queria contar, e felizmente o editor topou de primeira. Mesmo assim, já saíram alguns comentários reacionários por aí, só com a sinopse, a capa e os previews. Não tem jeito, de certa forma é um trabalho sensível.

 

3. Já ouvi gente falar que ficou tão envolvida em um trabalho que os personagens “conversavam” com a pessoa. Acredito que você por muito tempo viveu e respirou o Anjinho. Vamos viajar bem longe… de alguma forma, trabalhar o Anjinho lhe fez pensar a sua fé, seja no que você acredita ou não?

Pior que sim (risos). Eu não esperava isso, mas foi 1 ano e alguns dias do convite até a entrega do trabalho pronto. Desse período, 6 meses foram focados trabalhando nela. Pensei muito, mas não concluí nada, como de costume. Mas me sinto muito grato, ao que quer que seja, por estar conseguindo realizar este sonho. É algo que eu queria fazer há mais de 10 anos. As pessoas só vão entender isso (parcialmente) quando lerem a HQ.

4. Pelo o que parece nas prévias e até mesmo no texto do Duca Tambasco (baixista da banda Oficina G3), presente na HQ, o pavio aceso de Anjinho será uma mistura de questionamento com a sua Autoridade Máxima e um tanto de soberba do personagem. Ao ser jogado do céu, ele parte para uma viagem para se reencontrar ou encontrar no que acreditar ou mesmo achar o “propósito”. Se for por esse meu “chute”, é possível que muitos leitores, sejam cristãos ou não, se vejam no Anjinho?

Eu fiz uma história que acredito ser universal. Eu nunca estou tentando ENSINAR nada quando faço uma HQ, eu vejo mais como um comentário que eu faço sobre um tópico, uma coisa que eu passei, vivi, e cheguei em alguma conclusão. Aí, pode fazer sentido pra quem precisar. Foi assim com o Tools Challenge e o Juquinha, e aqui eu segui o mesmo princípio.

Então, acho que o que falo na HQ pode servir pra quem acredita na vida após a morte, pra quem tem qualquer outra crença alternativa, ou mesmo nenhuma crença.

5. Na onda da pergunta anterior… você tirou o Anjinho do seu lugar seguro, e vemos muitas histórias, principalmente que envolvem figuras divinas, que tirar esse topo do personagem do lugar comum é um recurso bem usado. Muitas vezes bem e outras não. Como você fez para Anjinho não cair no lugar comum como essas outras histórias?

Não pensei muito nisso também. É uma história muito pessoal, muito minha, então não tem como nenhuma outra ser igual a ela. E quando eu faço uma HQ, o pensamento é esse: fazer algo real, verdadeiro, em que eu acredito. De resto é torcer pra dar certo (risos).

6. Acho que todo mundo, em algum momento, já pensou em realizar de uma MSP. Antes do convite do Anjinho, tinha algum personagem específico que você gostaria de fazer?

Acredito que pelo menos 90% dos quadrinistas brasileiros gostariam de fazer uma, por tudo que isso envolve. No meu caso, eu queria fazer exatamente a Graphic MSP do Anjinho, desde sempre. Não é como se eu não fosse aceitar fazer outra, mas meu desejo sempre foi esse, embora eu não tenha compartilhado ele praticamente nunca com ninguém até receber o convite.

7. O que o SEU Anjinho tem do Max?

Primeiramente, não acho que é o MEU Anjinho (risos). Inclusive, trabalhar com a Turma da Mônica é começar com meio caminho andado. Meu respeito pelo Mauricio é enorme, e o personagem é dele. Agora, na história que escrevi, o personagem reflete o que eu penso sobre a vida aqui na terra, no geral.

8. Quais os próximos projetos depois do lançamento de Anjinho?

Muitos, mas todos são SE-GRE-DO! (risos).

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Cinema

Com lançamento para 2023, Chico Bento ganhará um filme solo em live-action

A Paris Filmes confirmou ao site Omelete, que um filme solo do Chico Bento está em desenvolvimento. 

O seu lançamento está previsto para Janeiro de 2023, exclusivamente nos cinemas. A produtora ainda não confirmou o elenco do longa-metragem, assim como um roteirista e diretor. 

Chico Bento se passará no mesmo universo de Mônica: Laços e Mônica: Lições.

3 curiosidades bacanas para comemorar os 60 anos de Chico Bento - Vale um Like | Escotilha

Chico Bento é um adorável garoto que vive no interior. Suas histórias, são centradas nas mais diversas aventuras que ele vive em seu dia a dia. É uma criação de Mauricio De Sousa.

Para futuras informações a respeito de Chico Bento, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

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Séries

Série em live-action da Turma da Mônica está em desenvolvimento pelo Globoplay

Foi revelado pela jornalista Patrícia Kogut através de sua coluna de notícias, que a Turma da Mônica ganhará uma série em live-action produzida pela Globoplay

Daniel Rezende, diretor de Turma da Mônica: Laços e Turma da Mônica: Lições retornará para dirigir o seriado. O elenco de ambos os filmes também será mantido. 

As filmagens começarão ainda em 2022 e uma data de lançamento ainda não foi divulgada.

https://twitter.com/tag_revista/status/1479460272880431107

Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão fogem da escola. Agora, terão que encarar as suas consequências, e elas não serão poucas. Nesta nova jornada, a turma descobrirá o real valor e sentido da palavra amizade. Diz a sinopse de Lições, que já está em cartaz nos cinemas nacionais. 
Fique ligado aqui, na Torre de Vigilância para futuras informações a respeito da Turma da Mônica. 
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Cinema

Turma da Mônica: Lições ganha teaser que revela as versões em live-action de Tina e Rolo

A Paris Filmes divulgou o primeiro teaser de Turma da Mônica: Lições, no qual revela os visuais dos personagens Tina e Rolo, que serão vividos respectivamente por Isabelle Drummond e Gustavo Merighi.

O longa-metragem será baseado na história em quadrinhos de mesmo nome escrita pelos irmãos Vitor Lu Cafaggi. Nela, a Turma da Mônica tem problemas com a escola após esquecerem de fazer a lição de casa.

Para futuras informações de Turma da Mônica, fique ligado na Torre de Vigilância!

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Detective Comics Quadrinhos

E quando Maradona foi personagem de Mauricio de Sousa? Conheça a Turma do Dieguito

Eram o começo dos anos 80, quando o jovem Diego Maradona começava a ser considerado o melhor jogador da época, sua passagem para ir defender a camisa do Barcelona já estava pronta. Então em um encontro realizado na concentração da seleção argentina, Mauricio de Sousa teve apresentou uma proposta para El Pibe. Lá ele manifestou a vontade de transformar o jogador em personagem em quadrinhos.

Já existia, nessa época, o Pelezinho. Sucesso nos quadrinhos no Brasil, o projeto idealizado por Mauricio de Sousa era seguir os mesmos passos do brasileiro mas buscando atingir um publico argentino. Foram feitos testes e até um desenho animado foi produzido, a animação foi guardada para lançar em um melhor momento. A tática de guardar valeria a pena, depois de um amistoso da seleção argentina conta a Inglaterra, com mais um show de Maradona, o empresário Jorge Fisbein, representante de Maurício no país hermano, alegou que estavam com uma mina de ouro nas mãos. O brasileiro tinha acabado de recusar uma proposta de 500 mil dólares de um grupo italiano pelos direitos.

A animação foi exibida no La Noche del 10, programa de TV de Maradona, bem no dia em que ele recebeu o brasileiro Pelé. Confira abaixo:

 

O lançamento seria simultâneo na Argentina, Espanha e Itália. E não tinha previsão de chegar nas bancas brasileiras. As histórias de Dieguito Maradona (essa foi uma das exigências do jogador, de não chamar o personagem de “Maradoninha”), ou Turma do Dieguito, iam reunir momentos da infância do jogador, tendo como cenário os campos de futebol, ao lado de criações baseadas em amigos e familiares do atleta. Os personagens se chamariam El Negro, Vaquita, Peluza, Bombolito, Coloradito, Choco, Flaquito, Sylvia, Morena, Rosita e Chena.

Porém o projeto não foi para frente. As inúmeras transferências de carreira de Maradona, comprometeram o planejamento. Mas o seu comportamento fora campo também foi um fator importante para o Dieguito Maradona ficar para escanteio. Maradona frequentemente se envolvia em polêmicas com jornalistas, drogas, bebidas, violência etc.

Pela conta do Twitter da Turma da Mônica, Mauricio de Sousa lamentou a recente morte de Maradona e falou um pouco sobre o projeto, de como o jogador foi solicito e ainda sugeria temas para as histórias. Mauricio disse que todo o material foi encaminhado para a família do jogador.

E hoje, dia 25 de novembro de 2020, Diego Maradona veio a falecer de aos 60 anos em sua casa em Tigre, cidade vizinha de Buenos Aires, depois de sofrer uma parada cardiorrespiratória.

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Quadrinhos

Cebolinha completa 60 anos e Ganha Coletânea Especial

Um dos mais icônicos e queridos personagens dos quadrinhos brasileiros está completando 60 anos. Cebolinha foi criado por Mauricio de Sousa no ano de 1960, com participações secundárias nas tiras diárias do Bidu e Franjinha, que era publicadas no jornal Folha de S.Paulo.

Com o passar do tempo, Cebolinha ganhou protagonismo, e cresceu cada vez mais. Tornando-se um dos mais conhecidos da Turma da Mônica e status de ícone da cultura pop. Para completar os 60 anos, a Panini Comics publicará o especial Cebolinha 60 anos – Dono da “lua”.

O menino franzino, com cabelos espetados e mente inquieta viveu tantas aventuras que seria praticamente impossível colocar em palavras. Seus planos infalíveis surgiram nas tiras de jornais, passaram por tabloides até que ganhassem sua própria revista. E nunca mais deixou de se meter nas mais diversas confusões ao lado de toda a Turminha. Pode-se dizer que mesmo antes de atingir seu maior objetivo, que é se tornar o Dono da Rua, ou melhor, Dono da “Lua”, Cebolinha conquistou o mundo.

Cebolinha 60 anos – Dono da “lua” é uma coletânea de histórias em formato 20,5 x 27,5 cm, 160 páginas, capa dura e o valor de R$ 49,90. A edição já se encontra em pré-venda no link abaixo:

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Séries

Jeremias ganhará seriado em live-action anunciado durante a CCXP 2019

Durante o painel MSPVERSO – As novidades da MSP pra 2020 realizado no auditório Cinemark XD da CCXP 2019, foi anunciada uma série em live-action do Jeremias, na qual será baseada na HQ Pele.

O processo de escalação de elenco será parecido com o de Turma da Mônica: Laços, onde os fãs puderem se inscrever para os papéis.

Até o momento, mais informações não foram reveladas. Ainda não se sabe quando a produção irá ao ar e o seu meio de emissão.

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Criado em  24 de dezembro de 1976 por Mauricio de Sousa, Turma da Mônica é uma franquia de quadrinhos mais lucrativos da história brasileira, tendo diversos spin offs e até mesmo, crossovers com outras editoras; caso da DC Comics, que anunciou parceria com o Mauricio para produzir histórias da turminha do bairro do limoeiro ao lado da Liga da Justiça.

Para futuras informações de Turma da Mônica e do Jeremias, fique ligado na Torre de Vigilância!

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Cinema

Turma da Mônica: Lições | Sequência de Laços é confirmada para 2020 durante a CCXP 2019

Durante o painel MSPVERSO – As novidades da MSP pra 2020 realizado no auditório Cinemark XD da CCXP 2019, o cineasta Daniel Rezende confirmou que o filme Turma da Mônica: Lições, sequência de Laços, será lançado em 10 de Dezembro de 2020.

Giulia Benite, Kevin Vechiatto, Laura Rauseo e Gabriel Moreira retornarão para a sequência.

O longa-metragem será baseado na história em quadrinhos de mesmo nome escrita pelos irmãos Vitor Lu Cafaggi. Nela, a Turma da Mônica tem problemas com a escola após esquecerem de fazer a lição de casa.

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Criado em  24 de dezembro de 1976 por Mauricio de Sousa, Turma da Mônica é uma franquia de quadrinhos mais lucrativos da história brasileira, tendo diversos spin offs e até mesmo, crossovers com outras editoras; caso da DC Comics, que anunciou parceria com o Mauricio para produzir histórias da turminha do bairro do limoeiro ao lado da Liga da Justiça.

Para futuras informações de Turma da Mônica, fique ligado na Torre de Vigilância!

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Detective Comics Entretenimento

A inclusão na Nona Arte! Conheça 5 Quadrinhos sobre Deficiência Intelectual e Autismo

Deficiência Intelectual costuma ser um tema raramente abordado em mídias tradicionais.  Geralmente quem é acostumado a falar sobre isso, ou convive com quem possui, ou trabalha com serviços voltados para o assunto.

Eu poderia somente vir aqui e dizer que precisamos de mais materiais voltados para o tema, mas não é esse o objetivo do texto, é pertinente deixar bem claro, que por mais leituras que a gente realize, só conseguimos aprender o que é a deficiência de verdade, quando convivemos com ela, seja direta, ou indiretamente.

Mas mesmo dizendo isso no parágrafo anterior, eu ainda arriscaria dizer que existe mais um meio de sentir e nos colocar na pele de quem possui ou convive com a deficiência intelectual. E como o título já diz, estamos falando sobre os quadrinhos.

Do dia 21 ao dia 28 de Agosto desse ano, acontece a Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual, e claro, aproveitando esse gancho, separamos aqui 5 obras que te ajudam a entender, e até mesmo, sentir na pele tudo que esse assunto nos trás.

Turma da Mônica: Um Amiguinho Diferente

Capa da Edição

Nada melhor iniciar a nossa Lista com quem nos ajudou (pelo menos a grande maioria dos atuais leitores Brasileiros) a iniciar nos quadrinhos desde a infância, o grande Maurício de Souza.

No ano de 2001, ele foi convidado para desenvolver um projeto com o objetivo de alertar a população sobre os sintomas do autismo. E com alguns meses e bastante trabalho, foi criado mais um personagem da Turma da Mônica, o André.

No seu primeiro quadrinho, o André, de forma indireta conseguiu passar diversas informações sobre o autismo e o melhor de tudo, de um jeito claro e lúdico, de modo que crianças e seus familiares conseguiam compreender, de forma natural e sem preconceitos, do que se tratava o espectro.

Além do quadrinho, também foram criadas seis vinhetas de desenho animado, que alertam pais, familiares e professores para a importância do diagnóstico precoce e esclarecem o comportamento que deve ser adotado com a criança autista.

A turma da mônica sempre foi um grande exemplo de inclusão e representatividade. Além do André dentro do bairro do Limoeiro temos o Humberto, que é um menino mudo, a Dorinha que é uma menina cega, o Luca que é um menino cadeirante, e também a Tati que é uma deficiente intelectual com síndrome de Down.


A Vida Com Logan

Capa do Quadrinho

Também nacional, A vida com Logan nos mostra um pouco do cotidiano de uma criança com Síndrome de Down. Crenças limitantes são desfeitas dentro do quadrinho que é escrito por nada menos que o pai do Logan. Sim… o Logan é real! E é filho do quadrinista Flávio Soares, que graças a convivência com o filho, nos consegue passar uma ideia diferente de tudo que estamos acostumados a ouvir sobre o que é a Síndrome de Down.

Além de todas as aventuras e emoções no quadrinho, conseguimos também muitas informações sobre a Síndrome no final da obra e inclusive fotos do verdadeiro Logan.


A Diferença Invisível

Capa do Quadrinho

Saindo um pouco dos nacionais, chegamos a um quadrinho publicado pela Editora Nemo, que como de costume foge de todo o Mainstream.

A Diferença Invisível acaba trazendo, além de toda informação sobre o Autismo, uma história de descoberta. Já que a Francesa Marguerite, protagonista do quadrinho, após muito tempo se sentindo deslocada, consegue entender o porque de toda a angústia que sentia.

Há um tempo publicamos aqui uma resenha sobre esse quadrinho (Clique aqui para ler) e para não perder muito a graça da leitura do texto em si, sugiro que clique no link e aproveite mais a fundo a obra de arte que ele é, e consiga entender a importância da mistura de cores juntamente do desenvolver da história.


Bim, Um menino Diferente

Capa da edição

Voltando ao nacional, mas não deixando de inovar, trazemos um quadrinho simples (à primeira vista), não muito conhecido, mas de grande importância para o mundo dos Quadrinhos. Bim, Um menino diferente retrata a vida de um menino com Paralisia Cerebral, e consegue provar, que apesar de todas as suas dificuldades, ele consegue ser uma criança feliz.

Bom… Lendo a sinopse, daria pra pensar que seria mais uma história clichê de filmes de sessão da tarde presente nos quadrinhos. A diferença está em quem escreveu o quadrinho. Bim acaba se tornando um autorretrato do autor Fábio Fernandes, que possui paralisia cerebral e mesmo com todas suas limitações publicou o seu primeiro quadrinho e se inseriu no mundo editorial.


Não era Você que eu esperava

Capa da Edição

Finalizando a nossa lista, Não era você que eu esperava acaba sendo um dos quadrinhos mais emocionantes e que mais nos toca sobre o assunto tratado.

Fabien Toulmé narra e desmistifica, com bastante emoção e delicadeza, sua experiência com sua filha que possui Síndrome de Down. O ponto principal no quadrinho, ao meu ver, nem seria somente a deficiência em si, mas todo o contexto extremamente bem trabalhado, e as ocorrências na vida de todos que estão ao redor da família do protagonista. Acredito que essa obra deveria ter um espaço na coleção de todos, não somente pelo tema, mas sobre todo o modo em que ela é contada.

Eu até gostaria de falar mais sobre ele por aqui, mas como no caso de A diferença Invisível, também temos um texto muito bom e bastante detalhado sobre o quadrinho aqui na torre, que não precisa de nenhum complemento (Clique aqui pra conferir).


Finalizamos a nossa lista, mas espero que nunca finalizemos a luta por toda essa causa, se você conhece algum deficiente intelectual, se informe, interaja e utilize todo esse super poder que nos foi dado chamado inclusão. Uma excelente semana da Deficiência intelectual para todos e até a Próxima.

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Gameplay Games

Review | Mônica e a Guarda dos Coelhos

A década de 1990 foi um marco para a Maurício de Sousa Produções que lançou, em parceria com a Tectoy, o jogo Mônica no Castelo do Dragão, a estreia da Turma do Limoeiro nos videogames.

E óbvio que o sucesso fez com que viessem mais dois jogos da turminha, Turma da Mônica em O Resgate para Master System e o grande Turma da Mônica na Terra dos Monstros para o Mega Drive.

Anos se passaram e nunca mais vimos a famosa turminha nas telas dos videogames, uma geração cresceu apenas acompanhando as aventuras da Mônica e sua gangue pelos quadrinhos e adaptações para televisão. 

Ai então surgiu a Mad Mimic, e junto com a Maurício de Sousa Produções, colocaram em ação o novo jogo da franquia, Mônica e a Guarda dos Coelhos. O jogo apresenta um estilo em pixel art, nos moldes 8-bits, embora seja simples, se encaixou perfeitamente na jogabilidade, que funciona como os já conhecidos jogos do gênero tower defense, defendendo sua base de ataques de hordas inimigas.

Mônica e a Guarda dos Coelhos traz uma mecânica bem conhecida e uma curva de aprendizado bem estimulante,  você precisa evitar a invasão dos inimigos, e para isso são disponibilizados três tipos de coelhos, cada um com uma característica para compor sua estratégia, a Dalila deixa os inimigos mais lentos enquanto o Hércules aplica o efeito de paralisia/congelamento por um curto tempo, e por último o Sansão que elimina os monstros.

Mas não pense que é apenas selecionar o Coelho e atirar, para isso você precisa coletar materiais que, misturados, podem resultar aos diferentes tipos de coelhos. Nesse ponto é que dividimos os especialistas dos jogadores casuais, otimização de tempo para criar os itens, e preparar os canhões para atirar é o ponto crucial para o avanço das fases. E ainda por cima, a cada nova fase elementos são modificados de lugar, e outros passam a aparecer, como portais e paredes, deixando a sua experiencia ainda mais árdua, e bem dinâmica.

O jogo conta com um total de 16 personagens, sendo eles, Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali, Chico Bento, Franjinha, Jotalhão, Astronauta entre outras figuras conhecidas das histórias de Maurício de Sousa. Toda a turma do Limoeiro poderá fazer parte da aventura

O que mais chama a atenção em Mônica e a Guarda dos Coelhos é sem dúvida a escolha por seu modo multiplayer, algo que já foi comum em games da antiga geração, o multiplayer local. De certa forma ultrapassada, mas que se encaixa perfeitamente no conceito do jogo, um jogo para família e amigos. Acertando no principal alvo, a diversão.

Não pense que esse multiplayer é jogado ao acaso. Não diremos “impossível”, mas é muito mais cansativo e doloroso, vencer certas fases sozinho, e essa cooperação é que faz o jogo ficar ainda mais divertido, pois não basta apenas participar, é preciso interagir a todo momento, enquanto um companheiro está arremessando os coelhos, outro recolhe a pólvora e a forma como isso acontece, de maneira tão natural, é o que torna esse jogo muito prazeroso.

VEREDITO:

Mônica e a Guarda dos Coelhos é um jogo que trás a nostalgia e mescla com uma jogabilidade brilhante, que no modo multiplayer local se destaca ainda mais. É sem dúvida uma grande experiência para os dias de hoje, não por sua forma, mas sim pela tentativa de reviver os momentos únicos, de jogabilidade in-loco com seus amigos e familiares.

PONTOS POSITIVOS:

  • Jogabilidade simples e curva de aprendizado bem curta
  • Multiplayer local
  • Presença de vários personagens da franquia

PONTOS NEGATIVOS

  • Falta de multiplayer online
  • Curta duração

Mônica e a Guarda dos Coelhos está disponível para Xbox OnePlayStation 4, Nintendo Switch e PC, via Steam.

Agradecimentos à Mad Mimic pelo envio do código.