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Resenha | Vagabond #1

Há um ditado que diz: um é pouco, dois é bom e três é demais. Mas esse ditado não pode ser aplicado a grandiosa obra Vagabond de Takehiko Inoue que, após muito tempo e muitas negociações sobre os seus direitos de publicação no Brasil, agora foram adquiridos pela Panini.

A EDIÇÃO ATUAL

Voltando ao que interessa, o mangá… A nova edição publicada pela Panini é o que podemos chamar de um meio termo. Ao nível de qualidade das edições “definitivas” publicadas pela Conrad, um dos mais belos que já tive em mãos no quesito material, a edição da Panini é competente, seguindo um modelo de publicação que foi feito em Planetes (com resenha feita por este que vos escreve), com orelhas e papel off-set, uma diagramação menor do que a feita pela Conrad e menos folhas coloridas que a sua predecessora. Todavia, com um preço bem competitivo para um material desta qualidade.

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Que capa singela!

 

A HISTÓRIA

Shinmen Takezo e Hon’iden Matahachi, dois rapazes da vila de Miyamoto, vão à guerra em busca do reconhecimento de seus nomes como guerreiros. Eles sobrevivem por pouco a famosa batalha de Sekigahara, que definiu os rumos do shogunato japônes, marcado na  história como o evento que deu início a Era Tokugawa. Mas o lado que escolheram lutar acabou derrotado. Por acaso, uma saqueadora de corpos, chamada Akemi, encontra-os feridos enquanto fazia o seu árduo trabalho, levando ambos para a casa de sua mãe, Okoo.

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Eu estou vivo!?

 

Após alguns dias, bandidos atacam a casa das mulheres e Takezo os enfrenta enquanto Matahachi foge com uma delas. A partir daí, começa a aventura solitária de Takezo que mais tarde, será rebatizado como Miyamoto Musashi, que futuramente será reconhecido como o maior samurai que já andou pelo mundo.

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Quem lhe chamou?

 

A arte do mangá é uma coisa de outro mundo, que acima de tudo faz com que a história tenha uma fluidez impressionante, em todos os quesitos técnicos, como cenários, expressões e personalidades dos personagens, as sequências de combate, beirando a perfeição narrativa. O único defeito que vejo no mangá é que ele ainda não foi finalizado; entretanto, dá pra entender o motivo… Aliás, dêem graças ao editor do Takehiko Inoue, pois quase não teríamos sequer uma concepção, uma vez que o mangaká, famoso também pelo mangá esportivo Slam Dunk, quase largou a carreira por desanimo mas, ao ler Musashi, ficou perplexo e resolveu tomar como um desafio para a sua vida essa adaptação.

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Taca lhe pau!

 

Vagabond é a transcrição para a nona arte do épico japonês do maior samurai de todos os tempos, Miyamoto Musashi, que tem como base o famoso romance escrito por Eiji Yoshikawa, publicado no Brasil pela editora Estação Liberdade, um livro sublime mas com uma escrita bastante carregada; coisa que o mangá, principalmente por ser arte sequencial, livra-nos da linha descritiva, importante, mas muito denso em alguns momentos.

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Um calhamaço dos bons, diga-se de passagem!

Vamos torcer para que o mangá finalize seu ciclo. Mesmo que ainda esteja em andamento, 37 volumes servem como um bom começo para que todos possam conhecer  e acompanhar a jornada de Takezo. 

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Até a próxima.

VAGABOND – Vol. 01 de 37
Publicado em: Março de 2016
Editora: Panini
Gênero: Épico histórico
Autor: Takehiko Inoue (Slam Dunk)
Status: Série em andamento / Mensal
Número de páginas: Cerca de 240 páginas (papel offset) / Leitura Oriental
Formato: 13,7×20 cm / P&B com páginas coloridas / Lombada quadrada
Preço de capa: R$ 17,90

Fonte: Panini Mangás