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Cyberpunk 2077: A Pressa é a Inimiga da perfeição

Marcado por diversas polêmicas tanto de desenvolvimento como por seus adiamentos, Cyberpunk 2077 finalmente estreou. Desde o final de 2012 quando a CD Projekt anunciou o título, enquanto ainda trabalhava em The Witcher 3: Wild Hunt, a empresa prometeu um jogo grandioso e com diversas funcionalidades – o que levantou o hype de diversos jogadores por anos. Adiado três vezes durante o ano, o dia definitivo de seu lançamento chegou e, junto com o título, diversos problemas vieram juntos.

Gostaria de começar a review comparando a atual situação com o lançamento de Watch_Dogs em 2014: nos eventos anteriores, foi prometido algo inovador com inúmeras possibilidades de gameplay e gráficos inovadores. Assim que o jogo saiu, apenas metade do que foi prometido se cumpriu – o mesmo se repete com os dois últimos jogos da franquia. Infelizmente, algo semelhante aconteceu com Cyberpunk 2077, mas não na mesma proporção que o título da Ubisoft.

Judy Alvarez, personagem de Cyberpunk 2077

Na trama de Cyberpunk 2077, acompanhamos o mercenário V e sua jornada através da megacidade Night City através de três caminhos diferentes. Depois de uma missão arriscada, você precisa lidar com suas consequências e com a consciência de Johnny Silverhand (interpretado por Keanu Reeves) enquanto explora a cidade. Sem muitos spoilers, a história é a melhor coisa do jogo. Para começar a análise, gostaria de ressaltar os defeitos do título – que são muitos.

De início foi prometido que teríamos três caminhos para começar nossa jornada: nômade, marginal e corporativo e de fato temos essas opções. Entretanto, a empresa disse que o background seria customizável e que o jogo teria missões diferentes em cada caminho e na gameplay não é bem assim que acontece. O que muda entre cada caminho é apenas a missão inicial (que dura cerca de 3o minutos até a introdução do jogo) e diálogos no decorrer da campanha – o que acaba sendo bem decepcionante, tendo em vista que o esperado eram missões diferentes para cada background durante a campanha.

Outro ponto não cumprido foi a customização dos personagens onde o prometido foram inúmeras opções de customização corporal e, na verdade, é bem limitado. Você pode customizar desde a face até as genitálias do seu personagem, mas não pode customizar características corporais como altura, massa e não tem diversas opções de cabelo, barba, nariz e outros componentes da face. E uma vez criado, você não pode editar o corte de cabelo nem a barba do seu personagem que nem em títulos como Grand Theft Auto V ou Red Dead Redemption 2. Conclusão: prometeram uma customização completa e venderam o jogo na polêmica das genitálias mas no final entregaram algo medíocre.

Problemas na renderização são marcantes na gameplay.

Os gráficos do título foram a parte mais afetada, o downgrade foi absurdo e há inúmeros problemas na renderização do ambiente, dos personagens e dos veículos. Mesmo com uma configuração considerada recomendável pela empresa, o jogo demora a renderizar e os detalhes ambientais ficam parecendo uma massa amorfa – se o jogo está assim depois dos adiamentos, imagina caso fosse lançado em Novembro ou na primeira data anunciada.  Junto com os gráficos, há diversos bugs que comprometem a gameplay e as quests do jogo. Estes vão desde um objeto flutuando no ambiente até um carro explodindo do nada, entrando no chão ou voando. Há casos também onde o NPC não corresponde a ação desejada.

A jogabilidade entregue no jogo foi a prometida pela empresa, você controla seu personagem em primeira pessoa e o combate é excelente – eu até diria que é uma experiência imersiva, mas todos esses defeitos prejudicam a experiência. Infelizmente a dirigibilidade não é boa e o jogo aparenta não ter nenhuma física, se assemelhando mais uma vez ao título da Ubisoft já citado no texto. De qualquer forma a história e a jogabilidade salvam o jogo de um fracasso total e o tornam, no mínimo, divertido de ser jogado.

Caso Cyberpunk 2077 fosse tudo o que a CD Projekt prometeu seria um jogo incrível e tenho certeza que poderia ser considerado um dos melhores da geração, mas infelizmente passou longe disso e cumpriu apenas 1/3 do que foi dito e vendido nos comerciais e nas gameplays publicadas pela empresa. De qualquer forma, aposto que futuras atualizações chegarão e, após as duras críticas que o mesmo recebeu no lançamento, o jogo poderá atingir o seu potencial prometido. Enquanto isso, teremos que lidar com todos os problemas e com a decepção que foi o título.

Ozob, personagem criado por Azaghal no Nerdcast RPG, presente em Cyberpunk 2077.

Então, é bom?

Marcado por diversos problemas em seu lançamento, Cyberpunk 2077 coloca em prática o ditado popular: ”a pressa é a inimiga da perfeição”. Diante de tantos adiamentos, seria necessário mais um ano no mínimo para dar um acabamento decente no jogo e corrigir todos os defeitos presentes. Infelizmente a CD Projekt prometeu muito, cumpriu pouco e decidiu se apressar para lançar um produto repleto de falhas que como consequência estragam a experiência do jogador. Durante a minha jogatina, eu tive sorte e pouco me ocorreram os bugs e os erros na renderização gráfica – entretanto, quando ocorriam, eram marcantes e as vezes era necessário reiniciar o jogo pois comprometia uma missão inteira.

De qualquer forma, isso não anula o potencial e a premissa do título. Cyberpunk 2077 apresenta uma história incrível e uma ambientação de tirar o fôlego (tanto por ser visualmente bonita como por deixar o jogador com raiva da otimização). Obviamente a empresa irá corrigir os problemas com futuras atualizações, mas infelizmente a primeira impressão é a que fica. Decido terminar minha análise avaliando o jogo com ‘Prata – Considerável’ pois, mesmo com inúmeros problemas, o título é um jogo promissor que tem tudo para dar certo em suas correções. Caso isso ocorra e a CD Projekt entregue tudo o que prometeu em seu marketing, com certeza a avaliação merece ser atualizada para ‘Platina – Obrigatório’ mas, enquanto o jogo continuar medíocre, sua nota continuará igual por todas as falhas técnicas citadas acima.

No fim, como consumidor e após inúmeros adiamentos, me sinto lesado assim como me senti com Watch_Dogs em 2014: esperei o que foi prometido, criei hype e recebi apenas um terço do que foi vendido. Como fã da empresa e do gênero estou desapontado, mas continuarei minha jornada em Night City na esperança de que as coisas melhorem com o tempo e que a CD Projekt aprenda com os seus inúmeros erros.

Veredito: Prata – Considerável

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The Signifier: Uma Viagem à Mente Humana

Lançado recentemente (15/10) para PC na Steam, The Signifier é uma das maiores surpresas de 2020 no cenário dos jogos. O jogo, desenvolvido pela Play Me Studio e publicado pela Raw Fury, deve ser definido como um excelente thriller psicológico que facilmente poderia se tornar um filme, tendo em vista sua forte narrativa cinematográfica.

The Signifier review – A heady mix of cutting-edge tech and psychoanalysisNo título acompanhamos Frederick Russel, um neurocientista que desenvolveu uma inteligência artificial com o poder de explorar as memórias armazenadas dos indivíduos. Russel é chamado para investigar a possível morte de Johanna Kast, a vice-presidente da Go-AT – a maior empresa de tecnologia dentro do jogo. Por meio da inteligência artificial, Russel explora as memórias de Kast para encontrar o responsável por sua morte enquanto problemas externos afetam a investigação.

Misturando thriller com sci-fi, a trama do jogo poderia facilmente ser a de um filme ao apresentar uma narrativa cinematográfica e envolvente. Em conjunto a essa narrativa, a jogabilidade em primeira pessoa, a ambientação e os efeitos sonoros do jogo fazem com que o jogador tenha uma experiência completamente imersiva ao jogar o título.

Durante a jogatina, o seu objetivo é resolver puzzles e explorar três dimensões distintas em busca da verdade: a realidade, onde visitamos o apartamento da vítima, o laboratório de Russel e sua casa; as memórias objetivas da vítima, onde visitamos suas lembranças e os sonhos subjetivos da vítima, que mostram um ambiente deturpado e repleto de sentimentos reprimidos que são usados como um sistema de defesa. Para completar o objetivo, é necessário andar por essas dimensões e investigar cada canto, resolvendo puzzles e juntando peças que completam as memórias/sonhos.

The Signifier review | Adventure GamersA ambientação do jogo é incrível, onde há memórias deturpadas nas quais você precisa se concentrar para encontrar um caminho e desvendar o que está acontecendo e onde também há cenários que parecem retirados de um filme de terror – entretanto, não há nada de aterrorizante nelas. Junto com a ambientação, a sonoridade auxilia na imersão ao jogo e faz com que o jogador tenha uma experiência única desvendando todos os mistérios da mente humana.

E, por fim, o atrativo do jogo acaba sendo essa abordagem complexa sobre a mente humana e todos os sentimentos dentro dela, fazendo com que você literalmente faça uma viagem à mente humana de forma simples e direta durante a jogatina. The Signifier é um jogo único, entretanto, a sua conclusão aberta não chegou a me agradar tanto como deveria; mesmo assim, foi uma experiência muito boa e gratificante.

O jogo rodou perfeitamente no computador, sem apresentar queda de FPS e nem travamentos. Levei em média 7 horas para concluir a história.

Review: The Signifier Has You Step Into Memories to Solve a Mystery | Third Coast Review

Então, é bom?

The Signifier se prova como uma grata surpresa em 2020 e um excelente thriller, sendo um jogo intrigante e que prende o jogador do começo ao fim. De fato não é um jogo para qualquer pessoa: por ser focado apenas na história e na resolução de puzzles, muitos podem rejeitar o título por acharem tedioso (mesmo que o jogo prove ser o contrário disso). Mas, aos que gostam do gênero, o título apresenta uma história excelente com uma narrativa envolvente que chega a ser, inclusive, cinematográfica em diversos aspectos. Por fim, é um excelente título aos jogadores que curtem uma boa história e uma narrativa imersiva repleta de puzzles, que deixam o jogo dinâmico e imersivo para ser jogado em um final de semana.

Veredito: Ouro – Recomendável

O título está disponível para PC através da Steam e será lançado no início de 2021 para Xbox One e Playstation 4. Agradecimentos especiais à Raw Fury pelo código do jogo.

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Rambo é confirmado como o novo personagem jogável da Kombat Pack 2 de Mortal Kombat 11

A NetherRealm Studios confirmou por meio de um trailer inédito, que Rambo, Mileena e Rain, serão os personagens jogáveis da Kombat Pack 2 de Mortal Kombat 11.

Ed Boon, criador da franquia, confirmou que o Rambo será dublado por Sylvester Stallone, o intérprete do personagem nos cinemas.

A empresa aproveitou a oportunidade para anunciar o Mortal Kombat 11 Ultimate, que virá com todas as dlc’s e será lançado para o PlayStation 5 e Xbox Series X.

Mortal Kombat 11 começa logo após MK X, onde abordará  viagens no tempo  em sua campanha principal. O criador da franquia, Ed Boon, confirmou que a nova personagem Kronika, é a principal vilã da franquia responsável por controlar os atos dos personagens desde o primeiro jogo.

Mortal Kombat 11 já está disponível para PlayStation 4, Xbox One, PC e Nintendo Switch.

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Consoles Games PC

Diplo será um personagem jogável em FIFA 21

A EA confirmou por meio de um comunicado de imprensa, que o DJ Diplo será um personagem jogável no game FIFA 21. 

Além de Diplo, Mbappé, Anthony Joshua, Kaká, Eric Cantona e Trent Alexander-Arnold estarão disponíveis no jogo. A desenvolvedora prometeu que mais nome renomados serão anunciados em breve. 

FIFA 21 também irá receber, diversos itens das marcas Adidas e Nike, além de uma coleção exclusiva do Volta Football com a curadoria de Héctor Bellerín.

Dentre as novidades do Volta Football, está a apresentação na voz de Guto Nejaim, dublador e narrador de grande destaque no cenário do futebol brasileiro.

FIFA 21 fica sem demo antes do lançamento; EA explica | Jogos | Tecnoblog

O lançamento de FIFA 21 está previsto para 06 de Outubro de 2020 para PlayStation 4, Nintendo Switch, Xbox One e PC. Posteriormente, ele será lançado para PlayStation 5 e Xbox Series X.

Para futuras informações a respeito de FIFA 21, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância;.

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Gustavo Villani assume a responsabilidade da narração em FIFA 21

Gustavo Villani, atualmente narrador esportivo do Grupo Globo, substituirá Tiago Leifert, nas narrações do FIFA. Sua voz já estará presente em FIFA 21.

A EA (Eletronic Arts), desenvolvedora da franquia FIFA, já buscava uma renovação. Unindo pesquisas com o público alvo da franquia e algumas indicações, tanto de Tiago Leifert quanto de seu companheiro de comentários, Caio Ribeiro,  a empresa chegou ao nome de Gustavo Villani.

Em entrevista para o GloboEsporte, Gustavo Villani explicou alguns dos motivos da substituição de Leifert – “Thiago Leifert sai do jogo porque tá nascendo a Lua (sua primogênita), ele está vivendo um momento profissional e pessoal ótimo… Eu estou jogando há duas edições para entender o que o Thiago fazia, então tem uns momentos hilários como o Caio cantando paródias. Nós cantamos “We will never walk alone”, do Liverpool, a gente se permitiu se divertir, muito além de narrar e ele comentar, a gente teve um bom entrosamento logo de cara para levar para também dividir alegria com quem joga” – explicou Villani.

Assista o trailer do jogo abaixo:

FIFA 21 tem lançamento previsto para 6 de outubro, para PC, PS4, Xbox One e Switch em versão Legacy. E posteriormente, disponível para PS5 e Xbox Series X.

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Primeiro gameplay de Halo Infinite é revelado durante a Xbox Games Showcase

Foi divulgado hoje (23/07) pela Microsoft, durante a Xbox Games Showcase, o primeiro gameplay de Halo Infinite. Confira abaixo:

Junto com a gameplay, também foi revelado um trailer onde podemos ver a construção da lendária armadura de Master Chief. Veja:

Halo Infinite ainda não possui uma data específica de lançamento, mas sairá no final do ano para Xbox One e Xbox Series X.

 

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Entretenimento Games

Trailer de lançamento de Carrion é divulgado

Anunciado durante a E3 de 2019 pela Devolver Digital, Carrion criou expectativa com sua gameplay. Hoje (22/07), a empresa divulgou o seu trailer de lançamento – confira abaixo:

O trailer foi animado pelos mesmos artistas responsáveis de My Friend Pedro (confira nossa crítica clicando aqui) e Mother Russia Bleeds, Wizz e CRCR. O jogo é descrito como um terror reverso e coloca o jogador na pele de uma criatura desconhecida que tem como objetivo fugir do laboratório que o manteve refém e, para isso, precisará passar por todos os obstáculos possíveis.

Carrion será lançado amanhã para Nintendo Switch, Xbox One e PC. O jogo estará disponível no serviço do Xbox Game Pass a partir do seu lançamento.

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Próximo jogo do estúdio de Wasteland usará Unreal Engine 5

InXile Entertainment produtora do série de jogos Wasteland, anunciou que seu próximo jogo, um RPG para Xbox Series X, utilizará a nova Unreal Engine 5, revelado recentemente pela Epic Games no dia 13 de maio deste ano, durante um evento online da Summer Game Fest.

A notícia foi divulgada por Brian Fargo, fundador da InXile Entertainment, em seu Twitter pessoal.

“Tivemos algumas perguntas sobre nosso próximo RPG e podemos confirmar que ele usará a Unreal Engine 5“. Brian Fargo.

Atualmente a produtora está trabalhando nos retoques finais de Wasteland 3, previsto para sair em agosto deste ano, disponível para PC e Xbox One

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5º aniversário de The Witcher 3: Wild Hunt chegará com promoções!

Em comemoração dos 5 anos de lançamento de The Witcher 3: Wild Hunt, a CD PROJEKT RED disponibilizará descontos em vários títulos da franquia em várias plataformas.

“É difícil acreditar que já se passaram cinco anos desde que Geralt de Rivia embarcou em sua última aventura épica. Sua ajuda para encontrar Ciri, lutar contra a Wild Hunt e dominar Gwent foi inestimável, amigos! Obrigado, não seria o mesmo sem você!”. Este foi o agradecimento da empresa aos fãs da franquia. 

Abaixo, segue as ofertas especiais para jogos de The Witcher no PlayStation 4, Xbox One e PC!

PlayStation (até 27 de maio)
  • The Witcher 3: Wild Hunt — Game of The Year Edition 70% off
Xbox (até 25 de maio)
  • The Witcher 2: Assassins of Kings 85% off
  • The Witcher 3: Wild Hunt base game and Game of The Year Edition 70% off
  • The Witcher 3: Wild Hunt expansions 60% off
  • Thronebreaker: The Witcher Tales 50% off
GOG.COM (até 26 de maio)
  • The Witcher: Enhanced Edition 85% off
  • The Witcher 2: Assassins of Kings 85% off
  • The Witcher 3: Wild Hunt base game and Game of The Year Edition 70% off
  • Witcher 3: Wild Hunt expansions 60% off
  • Thronebreaker: The Witcher Tales 50% off
Steam (até 25 de maio)
  • The Witcher: Enhanced Edition 85% off
  • The Witcher 2: Assassins of Kings 85% off
  • The Witcher 3: Wild Hunt base game and Game of The Year Edition 70% off
  • Witcher 3: Wild Hunt expansions 60% off
  • Thronebreaker: The Witcher Tales 50% off
Epic Games Store (até 4 de junho)
  • Witcher 3: Wild Hunt — Game of The Year Edition 70% off

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Streets of Rage 4 é a nostalgia batendo na sua porta

Streets of Rage 4 segue o padrão da saga com seu estilo beat ‘em up e side-scrolling. O game foi desenvolvido pela Lizardcube e Guard Crush Games e publicado pela Dotemu em associação com a Sega. O jogo é a quarta edição da série Streets of Rage que surgiu nos grandiosos Mega Drive, Master System e Game Gear, com seu terceiro e até então, último título lançado em 1994. Streets of Rage 4 foi anunciado em agosto de 2018 e tem lançamento marcado para 30 de abril de 2020.

A história se passa 10 anos após os acontecimentos de Streets of Rage 3, e o que sabemos é que mesmo após a derrota de Mr. X e o Sindicato, uma nova organização criminosa começou a ganhar força na cidade. Velhos conhecidos dos fãs, como Axel e Blaze, precisam então unir forças com novos aliados para parar os planos desta nova organização. Cherry e Floyd são os novos personagens jogáveis do game, porém, velhos amigos acabam aparecendo durante a gameplay. Esta por sua vez não é tão longa, o modo História possui cerca de 4 horas, unindo ação ininterrupta, com cutscenes que parecem ter sido retiradas de gibis, e pela música. Mas,não ache que o jogo se resume apenas ao modo História. A maior adição foi o multiplayer de até 4 jogadores. Bater em vândalos já é incrivelmente satisfatório sozinho, e Streets of Rage 4 permite que você compartilhe esta sensação com seus amigos, e sem sombra de dúvida é onde o game está em sua melhor forma.

Falar sobre os gráficos não é tarefa muito difícil aqui em Streets of Rage 4, o trabalho realizado pela equipe foi fantástico, mesmo que para alguns mais conservadores as mudanças podem ter parecido heresia com a série clássica. A animação dos sprites, se é que ainda podemos chamá-lo assim, está muito fluída e bem integrada com o novo estilo cartoon, adotado para “modernizar” a aparência do jogo. O que pode ser considerado um grande acerto. 

A jogabilidade é a clássica de beat ‘em up e side-scrolling, o famoso 2.5 D, onde no plano 2D você pode subir e descer no cenário. Os controles são compreensíveis, com uma curva de aprendizagem muito fácil e clara. Basicamente temos o botão de “porrada”, o de interação com os objetos do cenário, o de pulo, e o de counter, que consiste num golpe que o personagem realiza para parar algum adversário que esteja vindo pela suas costas. Cada personagem possui um estilo de luta particular com combos próprios e habilidades únicas. Está habilidade especial é facilmente ativada, basta unir os botões de ação que o poder é produzido.

De certa forma, está opção segue o padrão simples e acessível da jogabilidade. Entretanto, em algumas ocasiões, pode ser que você acabe escorregando o dedo e ative a habilidade especial acidentalmente, e isto em certos estágios do game, pode ocasionar sua derrota.

Um dos pontos altos de toda a franquia Streets Of Rage sem dúvida é a trilha sonora, e em Streets of Rage 4 as coisas não são diferentes. Yuzo Koshiro está de volta, e com ele Yoko Shimomura (Kingdom Hearts, Final Fantasy XV) e Motori Kawashima, tendo trabalhado em muitos jogos da Sega o compositor carrega o título de estar entre os maiores nomes quando falamos de trilhas sonoras de vídeo games. Alguns fãs ficaram divididos em relação em seu trabalho no 3º jogo da saga, mas todos concordam que os dois primeiros lançamentos tiveram trilhas sonoras excepcionais. Aqui a missão foi unir o nostálgico com o atual, assim como fizeram com a animação do jogo, e o resultado foi ótimo.

Streets of Rage 4 é um ótimo jogo, não só para aqueles que curtem beat ‘em up, mas os que gostam de jogos onde o principal objetivo é se divertir, sem ter que se preocupar com nada além disto. Em alguns momentos, os adversários poderão parecer repetitivos e fáceis, assim você está ciente que deve evoluir na dificuldade, e se desafiar cada vez mais. Em relação aos combates de fato, não existe poluição visual quando acontece a porradaria, mas algo que chama atenção é que em certas posições no cenário seus golpes costumam não acertar o adversário, porém os golpes que o mesmo desfere em você são contabilizados, sem dar chance de você se defender. Fora isto, o jogo é um deleite para os fãs do gênero e da franquia em si. Um clássico jogo de briga de rua.

Streets of Rage 4 estará disponível para PlayStation 4Xbox OneNintendo Switch e PC a partir do dia 30 de abril de 2020. O jogo foi testado em um PC.

Agradecimentos à Dotemu pelo envio do código.

Ouro – Recomendável