Não sei se temos tempo de vida o suficiente para chamar algo de “Tradição”, mas todos os anos, durante a ceia de ano novo da Torre, juntamos as maiores mentes do website para que haja uma digladiação gratuita entre seus membros. O objetivo? Tentar discutir sobre o ano que passou, e ver o que ele trouxe de bom e tentar esquecer o que ele trouxe de ruim.
Nós, os primos pobres que viemos visitar o Tio rico que mora no Centro, preparamos os nossos rankings pessoais dos Melhores Animes de 2018. Os três redatores trabalharam duro tentando não esganar uns aos outros, e você pode conferir o que cada um achou abaixo.
Também foram feitas indicações de Quadrinhos Nacionais e Internacionais, por nossos colegas mais prestigiados. Além dos Melhores Filmes de 2018.
Redator: Vini Leonardi
10 – Cells at Work! (Assista em: Crunchyroll)
9 – JoJo’s Bizarre Adventure: Vento Aureo (Assista em: Crunchyroll)
8 – After the Rain: Primeiras Impressões (Assista em: Amazon Prime Video)
7 – Record of Grancrest War: Primeiras Impressões (Assista em: Crunchyroll)
6 – Cardcaptor Sakura: Clear Card (Assista em: Crunchyroll)
5 – IRODUKU: The World in Colors: Primeiras Impressões (Assista em: Amazon Prime Video)
4 – Chio’s School Road: Primeiras Impressões (Assista em: Crunchyroll)
3 – Asobi Asobase – workshop of fun – (Assista em: Crunchyroll)
2 – Magical Girl Ore: Primeiras Impressões (Assista em: Crunchyroll)
1 – Rascal Does Not Dream of Bunny Girl Senpai: Primeiras Impressões (Assista em: Crunchyroll)
Comentário do Redator:
Caramba, outro ano se passou e cá estamos mais uma vez, pestanejando e esperneando pra ver quem consegue se mostrar como o cara de pior gosto do site todo. Dois mil e dezoito foi um ano muito mais modesto, recatado e do lar, quando comparado com seu antecessor… Ao menos quando falamos de animês. Eu, particularmente, consegui curtir bem melhor as jóias que encontrei, e consegui relevar as pérolas que apareceram. Podemos dizer que foi um ano de superação, em todos os sentidos.
Mais uma vez, a maior parte do meu Top 10 foi coberto pelas postagens de “Primeiras Impressões“. Como sempre ressalto, os primeiros episódios são os mais importantes, pois são eles que fazem com que os últimos sejam assistidos. Se quiser conferir algumas das palavras precoces que eu balbuciei esse ano, basta clicar no hyperlink no nome da cada show (que tiver um, é claro). Pode te ajudar a entender quão mais fundo é o buraco que estamos. E eu já adianto: O buraco é beeeem fundo. E bem engraçado, também. Esse foi o ano das comédias e eu AMO COMÉDIAS.
Vamos comentar, começando de baixo pra cima: Em décimo lugar, Cells at Work! foi bem divertido e contou com um elenco de alto peso molecular (ai desculpa gente eu sou Químico eu preciso fazer essas piadas quando surge a oportunidade). Apesar de ser engraçado com suas piadas nerds bazonga xd, ele acaba tendo um conteúdo muito mais denso do que se espera de uma comédia, e as suas punchlines foram praticamente as mesmas por toda a duração. Ainda é um baita de um show e merece a posição no ranking.
A nona posição dispensa apresentações. A quinta parte de JoJo chegou e sinceramente? Eu quero ser um gangstar. Ainda estamos no começo da história, mas pelo menos ela está tomando algum rumo, diferente da parte quatro, né…
Para a oitava posição, a postagem do começo do ano já ajuda um bocado. Gostaria apenas de acrescentar que adorei o rumo da história, por mais surpreendente que isso possa parecer. O tema principal – graças a Deus – foi para o segundo plano, e um tema muito melhor (ou menos polêmico, caso prefira…) assumiu seu lugar. E mesmo com o gosto amargo na boca, o final conseguiu ser positivamente emocionante. After the Rain foi mais do que uma referência a Falamansa.
Grancrest War fica em sétimo, e preciso confessar que o show cresceu em mim muito mais do que eu jamais poderia imaginar, quando escrevi suas Primeiras Impressões… Não só por suas personagens, mas por chegar um momento onde as coisas se acalmaram e finalmente começamos a entender o que diabos estava acontecendo. As vezes… Nós Gotta go fast um pouco mais devagar.
Liderando a segunda metade da tabela, Clear Card não só foi a sequência que queríamos como foi a que merecíamos. Qualquer fã da garota mágica de Tomoeda deveria voltar a sua infância de TV Globinho e assistir essa continuação. Acabou em aberto? Acabou. Deixou todo mundo com raiva e com gostinho de quero mais? Deixou. Mas a jornada vale, e não é só pela nostalgia.
IRODUKU e Chio’s School Road, quinto e quarto lugares… Mantiveram sua excelente qualidade do início ao fim, e creio que os seus respectivos Primeiras Impressões possam responder por mim.
Inaugurando o pódio, Asobi Asobase foi a coisa mais idiota que eu vi no ano, e justamente por isso merece tantos elogios. Como vocês podem ver, boa parte do meu ranking foi preenchido por comédias… Eu adoro comédias, de todos os tipos e formas. Se você gosta de comédia, sinceramente, qualquer uma das que foram citadas aqui irá te apetecer, basta escolher seu tempero. E o tempero de Asobi Asobase é o pior de todos. E isso o torna um dos melhores. É o macarrão com feijão do ano. E embora eu deteste a combinação… Ah, vocês entenderam.
O mesmo vale para Magical Girl Ore. A postagem explica bem do que se trata, mas não faz jus à qualidade. Acredito cegamente que a obra concluída é no mínimo dez vezes pior (ou melhor, você que sabe) do que eu passei.
Mas, apesar de tudo… Quem realmente levou o caneco foi o dito cujo: O maldito animê com um dos piores nomes localizados que eu já vi, Bunny Girl. Achei simplesmente sensacional como o autor conseguiu fazer um drama adolescente ser tão interessante. Como comentei no Primeiras Impressões… Ele usa de um bode expiatório que hoje eu percebo ser duplo: É tanto pra trazer o sobrenatural pro mundano, como pra fazer o mundano se tornar mais interessante, graças ao sobrenatural.
O desgraçado é um gênio.
Redator: Pedro Ladino
Bom, como já citado pelo Vini, 2018 se mostrou um ano excelente para animes, é claro que tivemos algumas bombas, mas no geral, foi um ótimo ano. Minha lista terá ao todo 11 animes, pois eu realmente não conseguir tirar, ainda que o primeiro das menções honrosas realmente valia a pena estar lá.
11 – Cells at Work! (Assista em: Crunchyroll)
Começando a lista com um dos animes mais educativos que eu já tive o prazer de assistir. Cells at Work! é simplesmente uma das surpresas do ano. É bem produzido, e possui um ótimo timing cômico, e consegue ser pesado quando precisa. O episódio 12, sendo mais específico, trouxe um tom totalmente inesperado para o anime, trazendo medo, agonia e incômodo.
10 – WotaKoi: Love is Hard for Otaku (Assista em: Amazon Prime Video)
Apesar de possuir uma produção feita com troco de pão, WotaKoi é uma ótima comédia romântica sobre otakus. O show de referências e as piadas são um show a parte. O timing cômico é excelente. Além de ter uma das melhores aberturas do ano.
09 – Zombie Land Saga (Assista em: Crunchyroll)
Idols, e tudo relacionados a elas, nunca me chamaram a atenção, tanto pelo estilo, quanto pelas controvérsias relacionadas a esse mundo. Para um anime que não possuía nem sinopse quando estreou, Zombie Land Saga foi a maior surpresa do ano para a minha pessoa. Desde o primeiro ao último episódio, o anime conseguiu me tirar risadas o tempo todo. Mas não é só na comédia que o anime se sustenta, ele possui críticas à esse mundo, qualquer um que saiba um pouco sobre o quanto nojento é o cotidiano das Idols. As músicas são ótimas também e o Koutarou é o melhor personagem masculino do ano.
08 – Asobi Asobase – workshop of fun – (Assista em: Crunchyroll)
Ainda que algumas piadas não funcionem, as personagens e as situações de Asobi Asobase são o ponto alto do anime, as dubladoras mandaram muito bem, em especial Hina Kino, que interpretou a Hanako. A mudança na voz é bastante natural e as reações são ótimas.
07 – Hinamatsuri (Assistam em: Crunchyroll)
E o melhor anime de drama do ano vai para… uma comédia? Ainda que seja um anime de comédia, a parte que mais me conquistou em Hinamatsuri foi a parte dramática estrelada pela personagem Anzu. Eu chorei assistindo, que personagem! As partes de comédia com a Hina são bem legais também, ainda que algumas piadas sejam previsíveis, mas o anime vale pela Anzu.
06 – Megalo Box (Asssista em: Crunchyroll)
Homenagem a Ashita no Joe (que eu não assisti e nem li, ME DESCULPEM), e é fantástico. Mesmo com uma produção limitada, o anime conseguiu passar a sua mensagem de forma sensacional. Ainda que o Boxe mova a trama, Megalo Box não é necessariamente um anime de luta. A estética noventista de Megalo Box faz ele passar um tom de clássico, além de uma trilha sonora fenomenal, e que foi parar até no Spotify.
05 – After the Rain (Assista em: Amazon Prime Video)
A primeira vista, conhecendo o Japão como ele é, After the Rain possui uma sinopse que faz qualquer um pensar: isso vai dar merda. Mas, graças a Deus, esse anime é MARAVILHOSO. Que personagens, que produção, até perdoo o WitStudio por ter “estragado” The Ancient Magus Bride, e por favor, que lancem o mangá por aqui.
04 – Shoujo Kageki Revue Starlight (Assista em: Hidive)
E aqui está o motivo para que essa lista tenha 11 obras e não 10, como de costume. Minha lista já estava praticamente fechada quando, por motivos paralelos a Torre, eu comecei a assistir. Starlight já estava na minha lista fazia um tempo, mas por causa dos atrasos do Hidive em colocar legendas em PT-BR, eu acabei deixando de lado para assistir quando acabasse, no entanto, esqueci. E meu Deus, que anime ein? A mensagem que ele trás é ótima, como crítica ao show business. Além de possuir as melhores cenas de lutas do ano. BANANICE BEST GIRL.
03 – Lupin III – Part 5 (Assista em: Crunchyroll)
Aqui um anime que eu nunca pensei que assistiria, até descobrir que poderia assistir individualmente cada série de Lupin III. Para um primeiro contato com a franquia, não poderia ter sido melhor. Essa nova parte trás mini-arcos de 4 episódios que se juntam no final, e é incrível. Lupin é um excelente personagem, que funciona mesmo você só sabendo o básico sobre ele: é um ladrão, o maior de todos. Assistam Lupin III!
02 – Devilman Crybaby (Assista em: Netflix)
Quando você começa o ano com uma obra de arte chamada Devilman Crybaby, pode apostar que o resto dele será sensacional. Produção, trilha sonora e porrada no coração, só assistam. Devilman Crybaby se tornou um clássico instantaneamente, Masaaki Yuasa, eu te amo. O final mais sincero possível.
01 – SSSS.Gridman (Assista em: Crunchyroll dos Estados Unidos)
E chegamos ao anime que eu considero o melhor de 2018. Até Outubro eu considerava Devilman Crybaby imbatível. Mas sempre podemos contar com a Trigger, não é mesmo? (shiu, fica quieto ai Darling in the Franxx)
A direção de Gridman é espetacular, a ausência de trilha sonora em diversas partes acaba trazendo uma imersão e agonia. E só Deus sabe o quanto eu gritei com as cenas de luta, enlouqueci criando teorias e perdi o folego com Gridman. E o final… incrível, somente isso.
00 – Sangatsu no Lion S2 (Assista em: Crunchyroll)
VOU ROUBAR MESMO. Sangatsu no Lion para mim é o anime da década, e que todos deveriam assistir. O anime começou em 2017, mas temporada se encerrou esse ano. O arco do bulliyng tratado nessa segunda temporada é pesadíssimo e me deixou passando mal, ao ponto de ter que pausar os episódios a cada cena filha da puta. O segundo arco é espetacular, e explora mais personagens do anime. Assistam Sangatsu no Lion, é sério.
Menções Honrosas:
A Place Further than the Universe, Captain Tsubasa, Saiki Kusuo no Psi-nan S2, Yuru Camp, Grand Blue, Planet With, Run with the Wind e JoJo’s Bizarre Adventure PT. 5: Vento Aureo.
Redator: Luiz Alex Butkeivicz
10 – Darling in the Franxx (Assista em: Crunchyroll)
Apesar do final apressado e decepcionante, Darling in the Franxx fez jus ao seu sucesso inicial e apesar dos pesares ainda é uma obra interessante e aproveitável até o episódio 18.
9 – Violet Evergarden (Assista em: Netflix)
A aguardada adaptação da novel de mesmo nome escrita por Akatsuki Kana foi um misto de decepções com expectativas elevadas com base nos livros, e deleite com com as maravilhas visuais e sonoras de encher os olhos. Violet Evergarden ganha um lugar nessa lista pela sua excelência técnica e fidelidade à essência da história original, apesar das mudanças.
8 – Cells at Work! (Assista em: Crunchyroll)
Uma das grandes surpresas de 2018 e do estúdio David Production, foi o anime original Cells at Work que se excedeu pela excelente temática e execução na animação em CG. Cells at Work com seu leque de personas das células do corpo humano entregou uma temática genuína e refrescante, se tornando um clássico; aquele anime do corpo humano.
7 – After the Rain (Assista em: Amazon Prime Video)
A intensidade do brilho não dita a duração ou a beleza da chama. Koi wa Ameagiri foi anunciado com uma sinopse controversa e de interesse dúbio, mas demonstrou sua beleza sem chamar muita atenção. Uma beleza memorável que marcou um grande romance de 2018.
6 – That Time I Got Reincarnated as a Slime (Assista em: Crunchyroll)
Desde Sword Art Online e Daimachi, o gênero isekai ficou saturado com dezenas de animes genéricos toda temporada. That Time I Got Reincarnated as a Slime seguindo a mesma nota de KonoSuba, torna o gênero interessante novamente ao colocar o protagonista na pele de uma singela amoeba, transformando o que antes seria um clichê inexpressivo em uma comédia de expectativas além da fantasias shounen.
5 – Pop Team Epic (Assista em: Crunchyroll)
Você tem que ter um QI muito baixo para entender Pop Team Epic. Com uma proposta de adaptar tiras de 4 painéis, a realização desse anime foi uma afronta à Deus. Pop Team Epic se destacou pela qualidade humorística absurda que personificou tudo que simboliza o humor memético da internet.
4 – Lupin III – Part 5 (Assista em: Crunchyroll)
Sempre que uma nova série é anunciada há a certeza de qualidade está por vir. A parte 5 da adaptação de Lupin continua com o ascendentes nível de qualidade já estabelecidos nos filmes clássicos e especialmente no anime de 2015. Lupin III: Part 5 não é apenas um doce para os fãs de longa data como também uma porta de entrada para novos espectadores.
3 – Zombie Land Saga (Assista em: Crunchyroll)
Juntando zumbis e idols, Zombieland Saga reformula o padrão imposto por Idolmasters e Love Live! e trás uma nova vida ao gênero. Zombieland Saga deu a luz a Kotarou Tatsumi (info do dublador aqui), o melhor personagem do ano que definiu o sucesso desse grupo de idols e desse anime.
2 – Devilman Crybaby (Assista em: Netflix)
Após 45 anos a obra prima de Go Nagai finalmente teve a adaptação que merecia através da Netflix, apresentando a obra para toda uma nova geração. Devilman Crybaby permanece fiel ao original da melhor forma possível além de apresentar diversas referências ao original e aos OVAs. Fiz um texto dedicado ao anime, onde me expresso melhor sobre ele.
1 – Megalo Box (Asssista em: Crunchyroll)
A comemoração do aniversário de 50 anos de Ashita no Joe, fez jus ao nome de uma dos clássicos dos animes de boxe e se consagrou como um dos melhores do ano. Fazendo uma releitura de personagens e trazendo a história para um cenário mais moderno, Megalobox reviveu o espírito dos grandes personagens que Ashita no Joe nos apresentou pela primeira vez há 50 anos. Sem uma animação impecável, mas com uma proposta direta e impactante, um estilo mais simples e sujo e uma trilha sonora memorável, Megalobox marcou este ano se tornou apenas uma marca à ser seguida por animes do gênero, como também um eterno clássico.
E esses foram os animes que consideramos os melhores de 2018, e que 2019 seja tão promissor quanto.