Se a Fase I pode ser considerada como a introdução deste universo, como podemos definir o que veio a seguir? A partir do momento que saiu da fase de testes e até ficar aliviado em concluir que a ideia deu certo, o manda-chuva da Marvel Studios sentiu-se na necessidade de expandir. Só que como?
Manter a próxima leva de longas com continuações dos filmes-solos não eram mais o suficiente, então era preciso adicionar novos membros para o Universo Cinematográfico Marvel. E que membros, não é mesmo? De formigas super-fofas a uma equipe desajustada, fomos apresentados a esta importante fase que trouxe consequências não só para os eventos cinematográficos, mas também para as telinhas (e não é que está tudo conectado?).
Homem de Ferro 3
Aposto que muitos já deram aquela reviradinha nos olhos só de ler o nome deste filme, certo? Entendo bastante da frustração de todos com a trama que encerrou as aventuras-solo do nosso playboy milionário favorito. Sem entrar em mais detalhes para não virar um poço de lamentações, gosto apenas de ressaltar um acerto legal nele. Sendo o primeiro longa pós-Vingadores, fomos apresentados ao psicológico de Tony Stark que ficou claramente afetado após ter lidado com o exército de Chitauri. Foi muito interessante conhecer esse lado vulnerável e temeroso com uma nova invasão. Confesso que até hoje me sinto mal pelas armaduras sendo destruídas no final, mas para Stark não foi problema. Ele é phyno e rykissimo!
Thor: O Mundo Sombrio
Com a confirmação da sequência de Thor, imaginaram que aprenderiam com os erros daquele?. Acharam errado, otários! Thor: O Mundo Sombrio mantém o desinteresse do público para com o seu personagem principal e mais uma vez, deixam o excelente Loki de Tom Hiddleston se destacar do elenco. O funeral de Frigga foi o momento mais bonito aqui.
Além disso, foi na cena pós-crédito que confirmaram o Éter e o Cubo Cósmico como Joias do Infinito juntamente com a introdução do Lulu Santos Colecionador. Dando assim, o início do hype para uma nova aparição de Thanos e a chegada da trupe de malucos comandada por James Gunn.
Capitão América: O Soldado Invernal
Foi com a chegada dos Irmãos Russo que esta fase mostrou para o que veio. A sequência elevou a um nível excelente de qualidade já estabelecido em Primeiro Vingador e ainda adotou um tom bem sério inserido num clima perfeito de espionagem com boas reviravoltas junto com sequências de lutas de tirar o fôlego.
Considerado como um dos longas mais importantes do MCU, uma vez que mostrou a queda da S.H.I.E.L.D. e expôs que os tentáculos da HYDRA estava bem enraizada há anos dentro da organização. Só que esta consequência também atingiu em cheio Agents of S.H.I.E.L.D. no melhor crossover que a série realizou em seu ano de estreia. O que antes era público até certo ponto, agora os agentes teriam que agir completamente nas sombras.
Outro fato importante foi o desenvolvimento maravilhoso de Steve Rogers e Bucky Barnes, que foram de amigos a inimigos em dois filmes. O desfecho disso veríamos mais pela frente, mas isso ficará para outra análise.
Ooga-Chaka-Ooga-Ooga ♪
Como tornar uma equipe B dos gibis numa equipe tão amada e querida nos cinemas? Somente Gunn será capaz de responder a isso. Guardiões da Galáxia foi a primeira aventura cósmica que trouxe a nova aparição de Thanos, introdução dos Kree (que viriam a aparecer em Agents of S.H.I.E.L.D. também) e mais das Joias do Infinito numa história bem divertida e emocionante. Parte da expansão que mencionei no início do texto foi realizada aqui, onde fomos apresentados a um mundo 100% fora dos acontecimentos na Terra (desconsiderando é claro a cena inicial com a maravilhosa I’m Not in Love de 10cc tocando no walkman de Peter Quill). Foi um filme gostoso de assistir, até porque we are Groot!
Não há cordas em mim!
Vingadores: Era de Ultron não trouxe uma nova invasão alien, mas brincou com o conceito da inteligência artificial se desfazendo do controle de seu mestre e criando sua própria concepção sobre a vida. A introdução de seres aprimorados foi a bela desculpa de não usar o termo mutantes devido aos direitos de personagens que naquela época ainda era emblemática e com a aparição de Wanda aliada ao Ultron, pudemos ver os Vingadores sendo destruídos pelos seus maiores medos.
Seguindo o exemplo de Soldado Invernal, a continuação de Vingadores foi essencial para determinar a tolerância do governo referente aos desastres ocorridos desde que a equipe foi criada e trazendo também uma gama de vilões. Além disso, a trama deste foi bem urgente em mostrar as ameaças da Fase III, seja com o Ragnarok chegando em Asgard, Thanos com a Manopla do Infinito ou com a cisão da equipe prestes a acontecer.
Homem-Formiga
Para a surpresa de muitos, a segunda fase não acabou com Era de Ultron e sim com Homem-Formiga com a missão de explorar o conceito do microverso (universo que será bastante importante para a trama da sequência). O primeiro filme-solo além de bastante divertido, permitiu abraçar a ideia de vermos um Hank Pym aposentado e passando seu manto para Scott Lang. Com a sequência planejada para sair no meio deste ano, quem sabe a Marvel Studios nos mostre um pouco mais da rotina de Pym como herói e seu lado instável por causa da fórmula. Outro destaque será ver Hope como a Vespa.
Como uma redação, a Fase I foi uma introdução. Então, a Fase II é o desenvolvimento do tema proposto. É quando começa a expor os argumentos para concordar com o início do texto. É o jeito de seguir a ideia que deu certo, porém sair ligeiramente do foco e criar algo novo para o seu universo (Hail, Hydra!). Com a Fase III em curso, Kevin Feige precisa entregar a conclusão desta história. Será que Thanos: Em Busca do Poder (título dessa redação) terá um bom desfecho?